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RECURSO EXTRAORDINÁRIO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE (XXX) JUSTIÇA DO ESTADO DE (XXX)
Apelação...
MITRA DIOCESANA DE ITAPEMIRIM, já qualificado por seu advogado que esta subscreve nos autos da ação (XXX). Em sede de apelação, que lhe move a 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE ITAPEMIRIM, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tendo em vista o Venerando Acórdão de fls (xxx). E com fundamento nos artigos 102, III da Constituição Federal, interpor RECURSO EXTRAORDINÁRIO pelas razões anexas;
Requer seja recebido o presente recurso no seu regular efeito devolutivo (art. 542, § 2º do Código de Processo Civil) com a posterior remessa ao Egrégio Supremo Tribunal Federal.
Requer a juntada da inclusa guia de preparo devidamente recolhida.
Termos em que, pede Deferimento
Município X, 25 de maio de 2017.
______________________________
Advogado - OAB
EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Razões de Recurso Extraordinário
Recorrente: MITRA DIOCESANA DE ITAPEMIRIM
Recorrido: 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE ITAPEMIRIM
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
I - DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
Consoante se depreende dos autos, o recorrente foi intimado do acórdão aos (xxx) e protocolizou o presente recurso aos (xxx), portanto dentro do prazo de 15 dias previsto no artigo 508 do Código de Processo Civil.
Trata-se de decisão que violou a Constituição Federal, na medida em que a r. sentença de primeiro grau e o v. acórdão que a confirmou a cobrança de IPTU dos imóveis do requerido proposta pela 2ª Vara da Fazenda desse Município, sem que a referida fizesse a prova de que os imóveis eram alugados para fins lucrativos fora do intuito de cultos. E, portanto cabível, no caso, recurso extraordinário.
Aliás, é o que preconiza o artigo 102, III da Constituição Federal Art. 102, “a”, onde “compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:. pelos fundamentos a seguir expostos, requerendo o seguinte: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição”.
II - DA REPERCUSSÃO GERAL
O caso em tela versa sobre imunidade tributária de entidades religiosas.
Nota-se que a questão possui relevância, pois, assim agindo, as decisões recorridas violentaram o artigo 150, VI, b, da Constituição Federal, infra, que garante a imunidade tributária de entidades religiosas. Nesses termos, o Recorrente foi acionado a pagar IPTU desses imóveis, em processo não obediente das normas legais. 
"Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto."
De acordo com Coelho, o Texto Constitucional determina que a imunidade se opera sobre o patrimônio, renda e serviços vinculados às finalidades essenciais dos templos, ou seja, contempla além do patrimônio físico, de natureza imóvel, também a renda e serviços, razão pela qual há quem afirme, inclusive, a existência de identidade entre o conceito de templo e de religião, “que para a sua manifestação necessita de suportes físicos e exteriores de um lado, imateriais de outro, e, em especial, financeiros, para dar apoio econômico a todos os demais [...]” (COELHO, 2003, p. 130).
Portanto, preenchido o requisito da repercussão geral, nos termos do artigo 543-A do Código de Processo Civil.
III - PREQUESTIONAMENTO
Consoante se depreende do acórdão de fls (xxx). Verifica-se que foi amplamente debatido e decidido sobre a questão da imunidade tributária do autor. Justamente a matéria objeto do presente recurso.
Portanto, demonstra-se prequestionada a matéria, e preenchido dessa forma, o requisito constitucional. Aliás, preconiza a súmula 282 do Superior Tribunal Federal, “é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”. 
IV - RAZÕES RECURSAIS
Merece reforma o acórdão, pois fica flagrante a violação da regra que diz respeito ao devido processo legal, ao se admitir nas decisões pretéritas que o Estado de (xxx) reivindicasse o imóvel sem a prova de propriedade, socorrendo-se para tal em inexistente presunção de domínio.
Os Tribunais têm repelido essa pretendida presunção como se pode ver dos julgados seguintes: 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE RIO GRANDE DO SUL. 
TJ-RS - APELAÇÃO CÍVEL Nº 70053963856. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXAS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO. ALEGAÇÃO QUE NÃO PRESCINDE DE PROVA. O reconhecimento da imunidade tributária do art. 150 , VI , b , da CF depende da comprovação de que os imóveis ou a renda deles advinda estão relacionados com as finalidades essenciais da entidade religiosa. Estas questões não vieram demonstradas de plano, razão por que inviável a apreciação da exceção de pré-executividade por demandar dilação probatória. Precedentes desta Corte. APELAÇÃO PROVIDA, SENTENÇA DESCONSTITUÍDA. (Apelação Cível Nº 70053963856, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Arno Werlang, Julgado em 26/06/2013).
 
V - PEDIDO
Isso posto requer:
A) tendo em vista o preenchimento de todos os requisitos de admissibilidade seja, conhecido o presente recurso extraordinário;
B) seja recebido o recurso no seu regular efeito devolutivo;
C) ao final seja dado provimento para o fim de...
D) a intimação do recorrido, para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias;
E) a inversão do ônus da sucumbência para que fique ao encargo do recorrido.
Termos em que,
Pede Deferimento
Município X, 25 de maio de 2017.
______________________________
Advogado - OAB

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