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Micologia - Aulas 01 a 04

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Amanda Lofeu Cury 
Micologia - Medicina 
15 de julho de 2014 
Introdução à Micologia 
Estudo dos Fungos 
♦ ️Características dos Fungos 
- Ubíquos 
- Ecossitemas: sapróbios, simbiontes ou parasitas 
- Eucariontes 
- Unicelulares ou pluricelulares 
- Parede celular de quitina 
- Membrana plasmática: ergosterol 
- Imóveis (alguns possuem esporos móveis) 
- Reprodução assexuada ou sexuada 
- Nutrição por absorção 
- Mesófilos: 5º à 37ºC 
- Metabolismo: aeróbios, microaerófilos, fermentadores obrigatórios, anaeróbios facultativos ou obrigatórios. 
(Todos os fungos patogênicos são aeróbios) 
- pH ótimo: 6,5 
Nota: Estruturas celulares próprias dos fungos 
	 Lomossoma: invaginações da membrana plasmática, com varias funções associadas não comprovadas 
como: secreção da parede celular, atua na síntese do glicogênio.. No entanto, alguns micologistas o julgam como 
um artefato, de técnica de preparo da lâmina. 
	 Corpo de woronin: presentes em certos tipos de fungos e estão associadas tipicamente aos poros septais. 
♦ ️Morfologia Fúngica 
	 Podem ser filamentosos, leveduriformes ou dimórficos (assume as duas formas separadamente, de acordo 
com o ambiente) 
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	 🔺 Leveduriformes (unicelulares): compostos por células ovaladas que se reproduzem assexuada por 
brotamento. 
	 🔺 Filamentosos (puricelulares): São os bolores. Compostos por hifas: filamentos microscópios (células 
cilíndricas) dos fungos pluricelulares, tubo microscópio rico em quitina no interior no qual se aloja a massa 
citoplasmática que contém os núcleos. O conjunto de hifas é denominado micélio. 
Nota: Fungos pluricelulares macroscópios - Não formam tecidos verdadeiros. O cogumelo que conhecemos, 
corresponde ao micélio aério. 
	 	 O reconhecimento dos fungos pluricelulares é feito pela estrutura de reprodução. Dessa maneira, 
o Micélio poderá ser classificado em duas categorias: 
• Vegetativo (rasteiro): fica sob ou dentro do meio de cultura, realizando a função de fixar o fungo e absorver 
• Reprodutor: é aério, que produz as estruturas reprodutivas e esporos 
	 As Hifas também podem se apresentar de duas maneiras, visualizada no microscópio: 
• Cenocíticas: Hifas que não possuem septo Ex: Zygomycetes 
• Septadas: Quando essas hifas são divididas em unidades celulares unicelulares. Os septos possuem poros que 
fazem com que o citoplasma das células se comuniquem. 
	 Quanto à coloração, as hifas podem ser classificadas com demáceas (coloração natural amarromzadas) 
ou hialinas (coloração azuladas). 
	 🔺 Dimórficos: no ambiente encontra-se na condição filamentosa, e quando submetido à temperatura 
corporal, encontra-se na forma leveduriforme. São os fungos capazes de causar infecções sistêmicas clássicas. 
Meio de cultivo: Sabourad - rico em glicose, possui antibiótico para evitar o crescimento de bactérias. Pode se 
fazer em placas, tubos ou garrafas. 
"2UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
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Typewritten Text
- ágar-sabourad - para fungos não resistentes ao cicloheximidanull- ágar-mycobiotic ou ágar-mycosel - ágar sabourad +clorafenicol (antibacteriano) + cicloheximida (antifúngico contra fungos do meio ambiente)
♦ ️Macromorfologia 
	 As colônias leveduriformes são pastosas ou cremosas, formadas por microorganismos unicelulares que 
cumprem as funções vegetativas e reprodutivas. 
	 As colônias filamentosas são algodonosas, aveludadas ou pulverulentas. O corpo do fungo é composto de 
longos filamentos de células conectadas, as hifas. 
♦ ️Reprodução Assexuada 
	 Pode ocorrer com, ou sem, formação de estruturas diferenciadas. 
	 🔺 Sem formação de estruturas diferenciadas: 
• Leveduriformes: Brotamento - A célula parental forma um broto na sua superfície externa, blastoconídeos. Á 
medida que essa célula filha se desenvolve, o núcleo da célula parental se divide e um dos núcleos migra para 
esse broto, que se separa da célula parental. 
	 Algumas leveduras produzem brotos que não se separam e formam uma pequena cadeia de células 
denominadas pseudo-hifa ou pseudo-micélio. 
• Filamentosos: Septação de hifa - As hifas crescem por alongamento das extremidades. Dessa maneira, uma 
hifa septada pode se alongar originando uma nova hifa. 
Nota: Crescimento Vegetativo - Os fungos possuem um alongamento da hifa sempre nas extremidades, o que 
confere a lesão um aspecto arredondado. Por esse mesmo motivo, ao realizar um raspado de uma lesão, é 
necessário que essa coleta seja feito nos bordos. O centro possui hifas sem conteúdo citoplasmático. 
	 🔺 Com formação de estruturas diferenciadas: 
• Esporos sexuais: Formados pelas hifas, quando germinam, tornam-se clone do indivíduo parental. 
	 - Conidiósporo ou conídio: produzidos em cadeia na extremidade de um conidióforo 
	 - Artrósporo ou artroconídios: resultam da fragmentação de uma hifa septada 
	 - Blastoconídeos: formado a partir de brotos de uma célula parental 
	 - Clasmidiósporo: formado por um arredondamento e alargamento do interior de um segmento de hifa 
	 - Esporangiósporo: formado dentro dos esporângios na hifa reprodutiva 
	 
	 Resumidamente, pode ocorrer por formação de conídeos (esporos exógenos) ou por formação de 
esporangiósporos (esporos endógenos). 
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	 Os conídios são esporos assexuados formado por células conidiogênicas (esterígmas e fiálides). Estas por 
sua vez, são formadas e sustentadas por hifas reprodutivas, os conidióforos. 
	 A hifa vegetativa forma o esporangióforo que possui em sua extremidade o esporângio com vários 
esporangiósporos em seu interior. 
	 
♦ ️Reprodução Sexuada 
	 Pode ocorrer de duas maneiras: homotálica (quando ocorre na mesma hifa que tem células positivas e 
negativas); ou heterotálicas (ocorre em hifas de micélios diferentes). 
	 Na verdade, não ocorre união de gametas, e sim junção de núcleos (cariogamia). 
	 Consiste de três fases: 
(1) Plasmogamia: Fusão dos citoplasmas. Um núcleo haplóide de uma célula doadora penetra no citoplasma da 
célula receptora 
(2) Cariogamia: Fusão dos núcleos, formando um zigoto diplóide. 
(3) Meiose: Redução do núcleo diplóide para haplóide (esporos sexuais) 
	 Os esporos resultantes receberam o nome de acordo com a classe a que pertencem (Zygomycetes, 
Ascomycetes ou Basidiomycetes). 
• Zigomycetes: Hifas asseptadas, reprodução sexuada com a formação do zigósporo. Reprodução assexuada pela 
formação do esporangiósporo. 
• Ascomycetes: Incluem fungos com hifas septadas e algumas leveduras. Seus esporos assexuais são normalmente 
os conídeos. Ascósporos são esporos sexuados que se originam da fusão do núcleo de duas células em uma 
estrutura em forma de saco, denominada asco. 
• Brasidiomycetes: Fungos de hifas septadas que produzem cogumelos. Esses fungos produzem esporos 
proveniente da reprodução sexuada exógena, os brasidiósporos. 
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Nota: Fungos Mitospóricos - antigo Deuteromycetesou "fungo imperfeito", não existe ou não é conhecida a fase 
sexuada. Ex: Sporothrix schenckii 
♦ ️Importância dos fungos 
	 🔺 Benefícios: 
- Micorrizas: associacao entre fungos e raízes de plantas 
- Líquens: associação entre fungos e algos 
- Criação de antibióticos, como a penicilina 
- Alimentação (cogumelos), e utilizado no preparo de queijos, pão, cerveja.. 
- Produção de bebidas (cerveja, vinhos..) 
- Decomposição da matéria orgânica 
	 🔺 Malefícios: 
- Deterioração dos alimentos 
- Interesse agrícola 
- Alergias 
- Biodeterioração 
- Síndrome dos edifícios doentes 
- Micoses em animais e plantas 
- Micotoxicose e micotoxinas 
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Micotoxicose - Ingestão de alimento contaminado com toxinanullMicetismo - Ingestão de fungo tóxico
Nota: Micotoxinas - São substâncias tóxicas produzidas pelos fungos. Pode atuar de maneira endógena ou 
exógena. 
• Exógena: promove uma intoxicação denominada Micotoxicose. Quando a micotoxina é produzida e liberada 
para o meio externo, substrato (alimento), que poderá ser ingerido pelo homem ou outros animais. 
Geralmente produzida por fungos microscópios. 
• Endógena: promove uma intoxicação denominada Micetismo. Quando a micotoxina está localizada no 
interior do micélio de fungo. Há necessidade de ingerir o fungo, parte dele ou extrato, parai que ocorra a 
intoxicação. Geralmente produzidas por fungos macroscópios. 
	 As micotoxinas pode apresentar diferentes toxicidades 
	 - Aguda: resultando em danos aos rins ou fígado 
	 - Crônica: resultando em câncer de fígado 
	 - Mutagênica: causando danos ao DNA 
	 - Teratogênica: causando câncer em crianças por nascer 
	 A gravidade da intoxicação por micotoxinas pode ser agravada por fatores como: deficiência da 
vitamina A, privação calórica, alcolismo, vulnerabilidade às doenças microbianas 
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Mecanismos de Defesa e Agressão 
em Infecções Fúngicas 
♦ ️Infecções fúngicas 
	 Associadas á condições especificas de imunidade, como por exemplo: 
- Meningite criptococica » AIDS 
- Candidíase disseminada » Neutropenia 
- Aspergilose » Transplante de medula óssea 
	 Caso o indivíduo esteja saudável, pensar em doenças de pele, mucosas.. Por exemplo: 
- Coccidioides 
- Histoplasma » infecções por esse pode se confundir com raiva, comum em pessoas que habitaram cavernas, 
casas abandonadas 
- Sporothrix 
Nota: Uma simples intervenção médica, como o uso de catéter, pode atuar como fator de risco para candidíase 
disseminada. 
♦ ️Relação Fungo-Hospedeiro 
• Barreiras físicas e químicas (temperatura, lisozima, hormônios, pele, muco e cílios..) 
• Infecção heterogênea: quando um fungo ambiental entra no oorganismo por inalação ou inoculação 
• Infecção endógena: quando há um fungo da própria microbiota atinge a corrente sangüínea atuando como 
agente patogênico 
Resposta de células T aos fungos 
	 Se tratando de fungos, esses serão reconhecidos principalmente por receptores de leptina, e tool like. 
- TH1: Imumanidade de base celular. Ativa macrófagos, produzindo interferon gama » Uma possível vacina 
para infecções sistêmicas deveria atuar estimulando esse tipo de resposta. 
- TH2: induz produção de anticorpos, relacionado principalmente à alergias (IgE). No entanto, esse não ativa 
macrófagos. É uma resposta antagônica ao TH1, ou seja, atua inibindo-a quando uma é ativada, a outra é 
reprimida » é deletério, faz uma inflamação extensa, mas não exclui o fungo 
- TH17: Imunidade de submucosa. Mantém microbiota de submucosa, ativa migração de neutrófilo e ativa a 
célula epitelial à produzir IL-17 e IL-22, que faz com que as células que revestem a mucosas produzam 
defencinas (antimicrobianos) » Uma possível vacinas para infecções de mucosa poderia atuar estimulando esse 
tipo de resposta. 
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- Treg: modula a resposta imune através da liberação de citocinas inflamatórias. » Essas citocinas produzidas 
poderão ser pró ou anti-inflamatórias, tal fato irá depender de diversos fatos (espécie fúngica, receptor ativado, 
célula, PAMP) 
Nota: Porque não se faz vacina para fungos? Não ha como prever como será a RI ao fungo pois, por exemplo, 
um fungo dimórfico poderá se apresentar filamentoso ou leveduriforme. Dessa maneira, esse fungo poderá estar 
na forma de conídeos, hifas, leveduras, o que irá mudar os PAMPS da superfície. 
	 O mesmo PAMP pode ser reconhecido por diferentes receptores na imunidade inata, interagindo de 
maneira sinérgica ou antagônica. Logo, devido a essa grande variedade de formas, que podem ser reconhecido 
por diferentes receptores da imunidade inata, o resultado final (resposta TH1, TH2, TH17..) irá depender de 
diversos aspectos. 
♦ ️Patogenia dos Fungos 
Fatores patógenos + Fatores do hospedeiro + Fatores ambientais 
• Fatores patógeno: fatores de virulência, tipo de resposta » adaptação ao ambiente, penetração, colonização e 
evasão da resposta imune » lesões = micose 
• Fatores do hospedeiro: status imune, sexo, raça, comportamento 
• Fatores ambientais: habitat do hospedeiro, área em que reside 
Fatores de Virulência Fúngica 
	 🔺 Termotolerância: fungos capazes de tolerar a temperatura corpórea do hospedeiro. 
	 Acredita-se que mesmo pequenas diferenças na tolerância à temperatura podem influenciar o potencial 
patogênico de um fungo assim como a forma da doença apresentada pelo hospedeiro. 
	 🔺 Dimorfismo: muda de forma (filamentoso para levedura) de acordo com alterações da temperatura 
e/ou nutrientes » Importância: confere termotolerância e promovem alterações dos PUMPS (moléculas de 
superfície) gerando alteração antigênica para sobreviver ➡ ️ resposta imune 
	 A hifa possui maior capacidade de penetração, além de passar a produzir enzimas que degradam a 
matriz alvo 
Excessão: Dimorfismo Invertido - Conversão de levedura em filamentoso. Ocorre na cândida, não depende de 
temperatura mas sim de alterações como radiação e quimioterapia. 
Nota: Biofilme como um determinante de virulência - resistência as drogas antigúngicas, evasão do sistema 
imune.. Sua formação é dependente das condições ambientais. 
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	 🔺 Componentes da parede celular: Sob forma de micélio, possui o Beta-Glucana, uma molécula 
altamente imunogênica. No entanto, quando no corpo humano, sob forma de levedura, converte essa molécula 
para Alfa-Glucana, um antígeno que não é facilmente reconhecido pela resposta inata (promove rigidez e 
resistência fagocitária). O receptor leptina-1 não consegue reconhecer essa molécula na levedura. ▶ ️ Escape da 
Resposta Imunológica 
Nota: Produção de quitina como fator de virulência - Com o fim evitar a resposta imunológica, o fungo 
aumentaa produção de quitina na parede celular, tornando-se mais imunogênicos e promovendo inibição do 
reconhecimento dos receptores da imunidade inata, evitando a ativação de macrófagos, neutrófilos.. 
	 Tal situação também ocorre quando esses são expostos à antifúngicos. 
	 🔺 Cápsula fúngica: Características distinta dos Cryptococcus neoformans 
	 Polissacarídeos que formam a cápsula, GXM e GalXM possuem diversas funções: 
- Repulsão eletrostática: promovem a repulsão dos fagócitos, evitando que neutrófilos cheguem perto do fungo. 
- Ativa via de complemento: Esse fungo libera também pedaços da cápsula formando uma "cortina de fumaça", 
escapando da opsonização quando em contato com o C3b. 
- Inibição da migração de polimorfonucleares:mimpedem que os neutrofilos saem da corrente sanguínea, 
soltando a exoleptina (molécula de adesão) 
- Apoptose de Linfócitos e morte de APC: Esses componentes polissacarídios da cápsula, vão induzir a morte 
tanto da APC (presente em macrófago ou células dendríticas) quanto do linfócito, por apoptose. Isso ocorre 
fazendo a expressão dessas moléculas que induzem a apoptose. 
	 🔺 Melanina: formada a partir da polimerização de compostos fenólicos e indólicos, ocorre 
melanização, que é a deposição desse complexo na superfície celular. Tem potencial antimicrobiano, de 
antidegradação. Essa substância protege contra peptídeos microbicidas gerados por fagócitos. 
	 🔺 Interações com receptores hormonais: Observado quando ocorre maior proporção da manifestação 
desse fungo em homens do que em mulheres. Noss paracocos, por exemplo, o estradiol inibe o dimorfismo, ou 
seja, a conversão do conídio em levedura. Isso acontece pois o estradiol se liga a receptores citosólicos do fungo, 
o que impede o dimorfismo, fazendo com que o conídio se transforme em hifa e seja degradado. 
	 Na cândida, ocorre o contrário. O estradiol estimula na levedura a formação do tubo germinativo com 
produção de hifa, que é a forma parasitária. Tal fato faz com que essa seja mais frequente em mulheres do que 
o homem. 
	 🔺 Produção de enzimas tóxicas: Fosfolipases, proteinases, catalases, queratinases, lipases, elastases, por 
exemplo. Podem afetar a nutrição, aderência, invasão tecidual e evasão imune. Algumas enzimas, por exemplo, 
degradam moléculas importantes como fibronectinas, colágenos e imunoglobulinas. 
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Fragmento da cápsula induzem a produção de Fas e Fas-ligante nas APCs --> provoca morte celular
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Proteção contra anti-fungicos
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Amanda Lofeu Cury 
Micologia - Medicina 212 
22 de julho de 2014 
Drogas Antimicrobianas 
Antifúngicos 
♦ ️Conceitos 
- Toxicidade seletiva: diferenças entre o hospedeiro e patógeno » A melhor droga é aquela com menor 
toxicidade pro hospedeiro e maior toxidade com ação exclusiva para o patógeno 
- Superinfecção: seleção de oportunidades ou de cepas resistentes 
- Resposta adaptativa: enzimas inativadoras, alterações na superfície (impedindo a ligação e entrada do 
medicamento) 
- Quimioterápico: qualquer medicamento de origem química artificial utilizado no tratamento de uma doença 
- Antibiótico: na origem da palavra, significa "anti-vida". Um composto de origem natural isolada de um fungo 
Nota: É mais difícil descobrir altos potenciais novos no tratamentos para fungos do que para bactérias. Porque 
isso acontece? 
	 Como os fungos são eucariontes, compartilham muitas vias fisiológicas, metabólicas e componentes 
estruturais com o hospedeiro. Tal fato dificulta encontrar uma alta toxicidade seletiva para fungos. 
Alvos Potenciais para a Ação de Antifúngicos 
1. Componentes associados à estruturas de superfície: moléculas como 
adesinas, fazem adesão ao tecido alvo do hospedeiro » Colonização 
2. Enzimas que são excretadas: enzimas necessárias ao metabolismo do 
fungo » Nutrição 
3. Parede celular e Membrana plasmática: biossíntese e/ou formação 
dessas. Hoje em dia, a maioria das drogas atuam nessa etapa. 
4. Síntese de proteínas 
Nota: Fungicida X Fungistático - O fungistático interrompe o metabolismo do fungo sem matá-lo, ao contrário 
do fungicida, que mata. Essa diferença irá depender da dose administrada, do sítio de ação da droga e do fungo 
que está sendo tratado. 
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♦ ️Parede Celular: Equinocandinas 
	 Antifúngicos que atuam na parede celular, principalmente sobre dois componentes estruturais: Quitina e 
Beta-1,3-Glucano. Atuam sobre enzimas sintases, inibindo a síntese desses componentes. Dessa forma, a parede 
celular fica instável, não protegendo o fungo contra o desequilíbrio osmótico ou confere resistência mecânica. 
	 Essa droga será mais eficaz no momento de divisão celular e formação de uma nova célula fúngica, uma 
vez que atua na síntese da parede. 
Exemplos: Nicomicinas, Cascofungina.. 
♦ ️Membrana Celular: Derivados Azólicos, Derivados Alilamínicos e Derivados Poliênicos 
	 Os derivados azólicos e alilamínicos atuam na biossíntese de esteróis. Enquanto que derivados poliênicos 
atuam diretamente na membrana, na ligação à esteróis. 
	 No fungo o principal alvo esteróide é o ergosterol. Esse atua como um bom fator de toxicidade seletiva, 
uma vez que células animais não possuem ergosterol, mas sim colesterol. 
- Efeito de Alilamínicos: atuam inibindo a enzima escaleno epoxidase 
(escaleno 🚫 2,3-oxido-escaleno) não há formação de ergosterol e ocorre 
acúmulo de escaleno, que é tóxico para a célula » ruptura da membrana 
celular fúngica 
Exemplos: Naftifina 
- Efeito de Azólicos: atuam inibindo a enzima 14alfa-demetilase (lanosterol 
🚫 14-demetil-lanosterol) não há formação de ergosterol, ocorre acúmulo 
de lanosterol » aumento da permeabilidade da membrana celular 
Exemplo: classes Imidazol e Triazol, temos o Cetoconazol, Intraconazol, 
Fluconazol 
- Efeito de Poliênicos: atua na ligação do ergosterol já formado, na 
membrana » promove a formação de poros na membrana celular, 
comprometendo a integridade da célula. 
Exemplo: Nistatina, Anfotericina.. 
Mecanismos de Resistência aos Antifúngico 
• Modificação dessas enzimas ou da substâncias alvo em sua estrutura, de modo que essa continue funcional, 
mas não haja ligação da droga 
• Superprodução enzimática ou da substância alvo 
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- Produzir substâncias que degradem a alilamina ou azóliconull- Mudança estrutural da enzima que converte os produtos em ergosterol 
Amanda Lofeu Cury 
Micologia - Medicina 212 
26 de julho de 2014 
Micoses Cutâneas 
	 As micoses cutâneas podem ser classificadas em dermatofitoses ou ceratofitoses. As dermatofitoses são 
infecções causadas por fungos dermatófitos que colonizam a pele, pêlos e unhas, atingindo tecidos 
queratinizados. Enquanto que as ceratofitoses alteram apenas as camadas mais superficiais da pele. 
 
Dermatofitoses 
	 Infecções causadas pelo grupo dos fungos dermatófitos, pertencentes aostrês gêneros: Microsporum, 
Trichophyton e Epidermophyton. São fungos filamentosos, hialinos, queratinofílicos e, sendo fungos queratinofílicos, 
são capazes de se alimentar da queratina, causando lesões clínicas em pêlos e/ou extratos córneos. 
	 O filamento fúngico se desenvolve a favor da escoriação, penetrando na camada córnea da epiderme, 
crescendo dicotomicamente, de maneira circular e centrífuga. 
	 Dermatofitoses são micoses extremamente contagiosas, com lesões variáveis que resultam da 
combinação de destruição da queratina associada a uma resposta inflamatória, podendo ser transmitida por: 
- Contato direto: com seres humanos, animais ou solo contaminado 
- Contato indireto: por exposição à fômites 
	 Em ambos os tipos, a estrutura infecctante são os artroconídeos, e o risco de infecção aumenta com a 
quantidade desses. 
♦ ️Classificação quanto ao Habitat 
1. Espécies Geofílicas: contágio feito pelo solo contaminado (Microsporum gypseum) 
2. Espécies Zoofílicas: contágio feito através de contato com animais (Microsporum canis, Trichophyton 
mentagrophytes, T. verrucosum) 
3. Espécies Antropofílica: adquiriu através de contato direto ou indireto com ser humano. Não é da microbiota 
humana. (Trichophyton rubron, Trichophyton tonsurans, Epidermiphyton floccosum, Trichophyton schoenieinii) 
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Nota: Nomenclatura 
	 Existem duas formas de classificação clínica das dermatofitoses: uma que denomina todas elas de Tinea, 
associada ao sítio anatômico acometido. 
- Tinea capitis: dermatofitose de couro cabeludo 
- Tinea corporis: dermatofitose de pele 
- Tinea unguium: dermatofitose de unha 
- Tinea cruris: dermatofitose inguinal 
	 E uma outra classificação clínica, que denomina de tinea somente as dermatofitoses de pêlos, bigode e 
barba. Enquanto as de outros tipos adquirem outros nomes: 
- Epidermofitíase: dermatofitose de pele glabra 
- Ornicomicose dermatofítica: dermatofitose de unhas 
- Dermatofitose subcutânea e profunda: acomete o espaço celular subcutâneo ou outros órgão profundos 
Dermatofitose dos Pêlos 
♦ ️Tipo de parasitismo 
	 🔺 Ectotrix: parasitismo piloso em que o fungo não consegue penetrar o interior do pêlo, ficando 
circunscrito à sua bainha externa (Microsporum canis, Microsporum gypseum..) 
	 🔺 Endotrix: parasitismo piloso em que o fungo destrói a bainha externa do pêlo, alojando-se e 
proliferando-se no interior dos pêlos (Tinea tonsurans) 
	 A Tinea pode ser dividida, segundo sua apresentação clínica, em Tinea Tonsurante, Tinea Supurativa e 
Tinea Fávica. 
♦ ️Tinea Tonsurante (Tinea Capitis) 
	 A tinea tonsurante é uma das mais frequentes apresentações clinicas das dermatofitoses, acometendo 
principalmente crianças. 
	 Caracteriza-se pelo aparecimento, no couro cabeludo, de uma ou varias placas de alopecia (ausência de 
pêlos) aparente, onde se observam pequenos fragmentos de pêlos remanescentes emergindo dos folículos pilosos. 
	 Seus agentes etiológicos mais comuns são: Microsporum canis, Microsporum gypseum e Tinea tonsurans. 
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♦ ️Tinea Supurativa (Tinea Capitis) 
	 Acomete indistintamente adultos e crianças. Caracteriza-se pelo aparecimento gradual de uma placa 
escamosa que se estende durante vários dias, e inflama. A lesão é conhecida como "kerion de Celse", em que 
observa-se um caminho serpentiginoso onde podemos observar gotas de pus. Pode ser encontrada no couro 
cabeludo, ou região de barba e bigode. 
	 O parasitismo piloso observado é o ectotrix, e seus agentes etiológicos mais comuns são: trichophyton 
mentagrophytes. 
♦ ️Tinea Fávica (Tinea Capitis) 
	 Caracteriza-se por por mostrar, na fase inicial da infecção, o aparecimento em torno do pêlo de líquido 
seroso que, misturado com matarial córneo e o ato de coçar, forma uma crosta amarelada, côncova e centrada 
por um pêlo que são conhecidas como escútulas ou godge (mostrada ao lado). Seu agente etiológico mais comum é 
o Tricophyton schoenleinii. 
 
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Dermatofitose Cutânea 
	 
Ou epidermofitíases, são lesões dermatológicas que acometem exclusivamente o extrato córneo da pele glabra. 
Levando-se em consideração seu aspecto clínico, em cinco formas distintas: herpes circinado, lesões de grandes 
pregas, lesões interdigitoplantares/palmares e tokelau (tinea imbricata). 
♦ ️Herpes Circinada (Tinea Corporis) 
	 Lesão superficial, inflamatória, mais ou menos intensa, com evolução centrífuga, única ou múltipla, com 
tendência a coalescer, localizada na pele glabra (com excessão de região inguinal e interdigital). Acomete tanto 
adultos como crianças, e possui distribuição cosmopolita. 
	 Inicia-se como uma pequena lesão rósea, puriginosa ou não, com evolução excêntrica, tendendo a 
formar na periferia pequenas pápulas. Seus agentes etiológicos mais comuns são: T. mentagrophytes, T. rubrum e M. 
canis. 
♦ ️Lesões de grandes pregas (Tinea Cruris) 
	 Trata-se de lesões localizadas mais freqüentemente na região inguinal, que se inicia pelo aparecimento 
incidioso na face interna proximal das coxas, de uma ou mais manchas que tendem a confluir formando uma 
placa única. Lesão característica conhecida como "eczema marginado de Hebra". 
	 É comum em homens adultos, e possui acometimento geralmente bilateral. Seu agentes etiológicos mais 
frequentes são: Trichophyton rubrum e Epidermophyton floccosum 
♦ ️Lesões interdigitopalmares e plantares (Tinea Pedis e Tinea Manum) 
	 Seus agentes etiológico comuns são: T. rubrum, T. Tonsurans e T. mentagrophytes. As lesões podem se 
apresentar das seguintes formas: 
• Desidróticas: vesículas duras que podem se romper liberando um líquido 
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• Hiperqueratóticas: placas eritomatoescamosas 
• Intertriginosas: conhecida como "pé-de-atleta", intensa maceração que atinge preferencialmente a base 
inferior dos dedos. 
Nota: A coleta de material para análise deve ser feita a partir do teto da bolha. 
♦ ️Ornicomicose Dermatofíticas (Tinea Ungeal) 
	 Consiste no comprometimento fúngico das unhas. Podemos observar quatro tipos diferenciados de 
acometimento das unhas: 
• Ornicomicose subungueal distal: lesão que começa na borda livre da unha, iniciando-se por deslocamento da 
lâmina superficial, que evolui, nessa região, para tornar-se opaca, esbranquiçada e espessa. (T. rubrum) 
• Ornicomicose subungueal proximal: se observa manchas brancas ao nível da lúnula, comprometendo toda a 
unha à medida que esta cresce, adquirindo assim característica semelhante à subungueal distal. 
	 Existe também a Ornicomicose superficial branca e Ornicodistrofia total. (T. rubrum) 
Diagnóstico Laboratorial 
♦ ️Coleta de Material 
- Lesão seca e descamativa: raspado cutâneo 
- Lesão exsudativa: raspado e/ou swab 
- Lesão vesicular: colher o teto das vesículas e bolhas 
- Couro cabeludo: raspado e pêlos to surados 
- Lesões ungueais: raspado da massa ceratósica 
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♦ ️Exame Micológico 
	 🔺 Direto: amostra coletada 
- Carificação do material coletado (KOH) 
- Levar ao microscópio e observar o aspecto típico dos dermatófitos 
Nota: Clarificação - Esse procedimento possui um tempo específico para que o fungo possa ser analisado, após 
esse período, nada será visto na lâmina. 
	 🔺 Cultura: semeadura da amostra » Sabouraud (agar glicose) e Mycosel (clorofenicol e 
clicoheximedina) 
- Isolamento do agente 
- Estudo da morfologia 
Nota: É importante que seja feita esses dois tipos de cultura pois existem alguns fungos parasitas que não 
crescem em uma delas. 
▶ ️Parasitismo na pele e unha: escamas com hifas septadas, artrosporadas, artroconídeos 
▶ ️Parasitismo no pêlo: arteoconídeos dentro do pêlo (endotrix) ou fora (ectotrix) 
• Microsporum canis 
- Hifas septadas hialinas 
- Microconídeos presentes (pequenos números) 
- Macroconídeos em naveta, fusiforme ou "em canoa", com paredes espessas e rugosas com septações 
- Fluorescente à lâmpada de Wood 
• Microsporum gypseum 
- Cultura cor de canela, granulosa, com a perfieria terminando em aspecto típico "esparramado" 
- Reverso castanho claro ou incolor 
- Microcomídeos simétricos (3-7 septos) de paredes finas 
• Trichophyton rubrum 
- Cultura de aspecto aveludado ou finamente granulosa, com botão central cotonoso e halo vinhoso 
- Pigmento vinho pode se difundir no meio 
- Reverso vinho 
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- Microconídeos delicados, regulares e piriformes 
• Trichophyton tonsurans 
- Cultura de aspecto granuloso 
- Reverso com tonalidade ferrugem 
- Círculos com depressão central 
- Cor amarelo sulfuroso ou areia escuro 
- Hifas septadas hialinas 
• Epidermophyton floccosum 
- Cultura de aspecto arborescente, superficial lembrando uma fina camurça 
- Cor esverdeado pardacento 
- Reverso cor verde limão 
- Não tem microconídeos 
Ceratofitoses 
	 São micoses superficiais que invadem apenas a camada córnea da pele ou a haste livre dos pêlos. 
Incluem as seguintes infecções fúngicas: Pitiríase vesicolor, Tinea negra, Piedra negra e Piedra branca. 
♦ ️Pitiríase Vesicolor 
	 Micose superficial, benigna e crônica. As lesões são constituídas por placas hipo ou hiperpigmentadas, 
escamosas e de bordas delimitadas, que podem confluir cobrindo extensas áreas do corpo. Seu principal agente 
etiológico é a Malassezia sp. Levedura lipofílica, que vive saprofiticamente. 
	 Não é contagiosa, e o homem a possui normalmente. No entanto, sua filamentação, tornando-se 
patogênica é desencadeada pelos seguintes fatores: 
- oleosidade e sudorese excessiva da pele 
- Substancias lubrificantes 
- Estados carenciais 
- Higiene pessoal 
- Uso indiscriminado de corticóides e antibióticos 
	 
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	 🔺 Cultura: meio rico em gordura, colônias leveduriforme branco-amarelado. 
	 🔺 Macromorfologia: células leveduriformes, brotamento único (aspecto "garrafa de boliche") 
	 🔺 Micromorfologia: hifas ou filamentos septados, e blastoconídeos agrupados (aspecto "macarrão com 
almôndegas") 
♦ ️Tinea Negra 
	 Lesões acastanhadas que ocorrem na palma da mão e sola do pé. O agente etiológico mais comum é a 
Hortaea werneckii. 
	 🔺 Macromorfologia: crescimento lento, aspecto leveduriforme e filamentoso (colônia mista). Sua 
coloração varia do castanho-esverdeado ao negro (aspecto "cocada negra"). 
	 🔺 Micromorfologia: hifas septadas e conídeos bicelulares acastanhados (didimoconídeos) 
♦ ️Piedra Negra 
	 Enquadra-se na categoria das feo-hifomicoses superficiais,, é uma micose contagiosa pouco frequente, 
causada por nódulos negros aderidos ao cabelo. Seu principal agente etiológico é a Piedraia hortae. 
	 Epidemiologicamente, é encontrada em climas tropicais, com maior número de casos na região 
Amazônica. 
	 🔺 Macromorfologia: nódulos pretos firmes e aderentes, lojas ascíderas, ascos com ascosporos fusiformes 
e encurvados (formato de "banana") 
♦ ️Piedra Branca 
	 Acomete os pêlos, principalmente na região genital e dos cabelos, muito confundido com piolho. O 
principal agente etiológico é o Trichosporon sp. 
	 Epidemiologicamente é comum de climas temperados, e habita a microbiota da pele humana, solo, água 
de lagoas e animais domésticos. 
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	 🔺 Macromorfologia: colônia leveduriforme bfanca-amarelada cerebriforme (aspecto de "cocada 
branca", as vezes com discreto micélio aéreo branco e cotonoso. 
	 🔺 Micromorfologia: pêlos com nódulos constituídos por hifas septadas hialinas, arteoconídeos e 
blastoconídeos. 
Nota: Pseudomicoses 
	 • Tricomicose palmelina ou axilar, causada pela Corynebacterium tennis. Não se caracteriza nas descritas 
acimas, é simplesmente acumulo de gordura, suor, poeira, escamas, restos de roupa.. Que, juntamente com a 
bacteria, forma uma massa gordurosa visível. 
	 Macroscopicamente, vê-se nódulos gelatinosos aderidos 
	 • Eritrasma: encontrado entre os dedos do pé, nas axilas e dobras. Causado pela Corynebacterium 
minutissimum, uma bactéria sapróbica, no entanto, a irritação, obesidade, sudorese, pode favorecer a proliferação 
dessa bactéria. Pode ser corada com fluorescência, e essa é mais visível se a pessoa não tiver tomado banho 
antes de fazer o procedimento. 
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Amanda Lofeu Cury 
Micologia - Medicina 212 
05 de agosto de 2014 
Micoses Subcutâneas 
	 Por habitarem regiões mais profundas, são fungos adaptados a temperaturas um pouco mais alta do que 
comparados às micoses superficiais. Possui portanto, uma adaptação distinta ao organismo do hospedeiro e 
fatores de virulência para isso. Qualquer uma que forme um abcesso que pode ou não fistulizar, abaixo da 
camada da derme. 
• Esporotricose: Sporothix schenckii 
• Micose de Jorge Lobo: Lacazia loboi 
• Rinospoeidiose: Rinosporidium seeberi 
• Cromomicose 
• Feohifomicose 
	 Todas essas são causadas por inoculação do fungo em tecidos mais profundo, no entanto, esses não são 
capazes de inocular o tecido, o fazem através de uma ação traumática ou por uma ferida. São fungos 
ambientais que entram em contato com o hospedeiro através de um nicho ambiental específico, pois possuem 
uma distribuição associada a uma atividade laboral ou recreacional, que leva ao contato com o nicho ambiental 
específico do fungo. 
Esporotricose 
	 É uma doença subaguda ou crônica do homem e de animais, causada pelo fungo Esporothrix schenckii. É, 
na maioria das vezes, infecções benignas limitadas à pele e ao tecido celular subcutâneo, mas, em raras 
ocasiões, pode-se disseminar para órgãos internos. Causada pelo fungo "verdadeiramente patogênico" 
♦ ️Características 
- Fungo verdadeiramente patogênico, ou seja, independe do oportunismo para desenvolver doença 
- Dimorfismo: adaptação ao parasitismo. É miceliano a 25ºCe leveduroforme a 37ºC, no entanto essa 
termoconversão é dependente de matéria orgânica animal abundante 
- Zoonose: transmite o agente através de arranhões ou pelo contato com o pûs de lesões ulceradas e 
exsudativas 
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Nota: Comum em pessoas que tinham contato com roseiras, e crianças por conta da estatura . Hoje em 
dia, o rio de janeiro é o principal local em que essa transmissão tornou-se zoonótica e epidêmica. 
A transmissão de organismo infectado para organismo saudável só foi reportado a partir de gato 
infectado, pois esse é o único que possui a carga microbiana necessária para promover a infecção, uma vez que 
esse não consegue contê-la. 


♦ ️Epidemiologia 
	 É um sapróbio que existe na vegetação e no solo e que torna-se patogênico ao penetrar nos tecidos de 
homens e animais geralmente por traumatismos com espinhos, farpas, objetos perfuro-cortantes ou por 
contaminação de lesões existentes. 


♦ ️Aspectos clínicos 
• Linfangite nodular ascendente: fungo se multiplica dentro dos linfonodos, e segue na via ascendente da 
cadeia linfática. É a forma mais comum, frequente quando a transmissão é zoonótica. 
• Forma cutânea fixa: lesão única no local de inoculação do fungo, que pode fistular ou não. Em geral, é a 
forma comum em pessoas que tem mais contato com o fungo, devido ao desenvolvimento de uma imunidade 
protetora. 
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• Outras formas: 
	 - Forma cutâneo-mucosa: secundárias a processos cutâneos ou disseminados. Afeta principalmente 
mucosa oral e conjuntiva. 
	 - Forma pulmonar primária: via inalação. Raríssima ou não subnotificado 
	 - Forma extra-cutânea (disseminada): após traumatismo ou inalação (imunodeficiência). Fungo pode 
crescer e invadir qualquer tecido de órgãos solido por disseminação. No entanto, ocorre, em geral, em 
indivíduos imunocomprometidos. 


♦ ️Diagnóstico Laboratorial 
- Materiais clínicos para exame: swab de úlceras, punção de abscessos, biópsia 
- Cultura em meio de Sabourad/Mycosel a 25ºC: varia de tonalidades clara até o negro. Geralmente 
apresenta halo negro em toda a volta 
- Microscopia aos 25ºC: é filamentoso, com hifas hialinas septadas e delicadas, em que na extremidade 
dos conidióforos observa-se conídios em forma de gota em arranjo de "margarida" ▶ ️ Faz-se prova de 
termoconversão para exclusão de outros fungos 


♦ ️Tratamento 
	 É longo (em torno de 1 ano), utilizava-se iodeto de potássio. Hoje em dia utiliza-se o Intraconazol, no 
entanto é mais caro. 
Micose de Jorge Lobo 
♦ ️Características 
- Agente etiológico: Lacazia loboi 
- Via de infecção traumática passiva 
- Doença típica da região Amazônica, acometendo principalmente seringueiros, mateiros e garimpeiros » 
pessoas que tem contato direto ou indiretamente com botos ou golfinhos 
♦ ️Aspectos Clínicos 
	 Lesões principalmente no pavilhão auricular, embora possa acometer outras áreas do corpo, são do tipo 
queleiforme, por se assemelhar à quelóides. 
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♦ ️Diagnóstico Laboratorial 
	 Exame direto, por histopatologia: fragmento de tecido, secreção, biópsia. 
- Microscopia: faz-se impregnação por prata. Observa-se células leveduriformes uniformes de membrana 
birefringente. Reprodução catenular, blastoconídeos em cadeia. 
Nota: Até hoje, não conseguiu isolar o fungo, pois esse não cresce em meio de cultura de laboratório. Os dados 
obtidos são epidemiológicos. 
♦ ️Tratamento 
	 Cirurgia para remoção das lesões, juntamente com o Intraconazol. 
Rinosporidiose 
♦ ️Características 
- Agente etiológico: Rhinosporidium seeberi 
- Na verdade não é um fungo, e sim um protozoário aquático presente em peixes do grupo Ichthyosporea 
- Doença comum na Índia e no noroeste brasileiro 
- Fonte de infecção: água estagnada (lago, lagoa, açudes, poços..) Ou provenientes dessas 
♦ ️Aspectos Clínicos 
	 Lesões polipóides com pontilhado branco, que sangram com facilidade. Afetam principalmente mucosas 
(nasal, conjuntiva e genitália). 
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♦ ️Diagnóstico 
	 Cultivo em laboratório não foi obtido. Faz-se biópsia da lesão, seguida de exame histoatológico. 
	 Exame direto: o agente apresenta estruturas esféricas de parede espessa contendo endosporos. 
♦ ️Tratamento: Cirúrgico com cauterização. Utiliza-se Intraconazol. 
Cromomicose ou Cromoblastomicose 
♦ ️Características 
- Agente etiológico: família Dematiaceae, principalmente Fonsecaea pedrosoi 
- Frequente no continente africano, e América do sul e central de forma moderada 
- Fontes de infecção: traumática passiva de pessoas que trabalham descalças próximo a açudes que apresentem 
anfíbios, comum principalmente em agricultores (Não se sabe porque) 
♦ ️Aspectos Clínicos 
	 Proliferação exagerada, tanto do fungo quanto do tecido. Forma uma lesão, principalmente nos 
membros inferiores, em aspecto de "couve-flor". 
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♦ ️Diagnóstico Laboratorial 
	 Exame direto: pontos negros dérmicos, escamas, crostas, material purulento, exsudato, biópsia. 
- Microscopia: observação de células esclerótica/corpos fumagóides/corpos muriformes. Comum em todos os 
agentes de cromomicose. 
	 A diferenciação da espécie etiológica é feita a partir da análise do tipo de conidiogênese (formação de 
conídeos). 
♦ ️Tratamento 
	 Remoção cirúrgica; Termoterapia tópica (45º-55ºC); Crioterapia; Eletrocoagulação. 
	 Intraconazol 
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