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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB PRODUÇÃO TEXTUAL: O SURGIMENTO DA TELEVISÃO E SUA RELAÇÃO COM O CINEMA Trabalho realizado pelo discente Eliwelton Lima de Brito tendo como objetivo a complementação de nota na disciplina de História do Cinema e do Audiovisual no Mundo, sob orientação da professora Milene. VITÓRIA DA CONQUISTA – BAHIA 2014 O Surgimento da Televisão e sua Relação com o Cinema Atualmente existe um componente eletroeletrônico nas salas das casas do Brasil e do mundo que outrora foi o marco da divisão entre as classes. A Televisão. Hoje, se chegarmos numa casa em que não há, ao menos, um aparelho de TV em algum cômodo da casa, teremos uma sensação de estranhamento. É como se a casa estivesse incompleta. Nesse sentido, questiona-se: Como surgiu a televisão? Como a TV se inseriu tão amplamente no cotidiano das pessoas? Qual o impacto da ampla divisão sobre o cinema? Para atender a todos esses questionamentos, é necessário entender o que é a televisão. FLOHERTY define a televisão como sendo “... a transmissão e reprodução de uma vista ou cena mostrando pessoas e objetos em ação, por meio de um invento que transforma raios de luz variados em ondas eletrônicas de intensidade igualmente variada, que, por sua vez, são transformadas em visíveis raios de luz que reproduzem, num ponto distante, a vista original.” (1964, pág. 12). Entretanto, a transmissão dos sinais de TV – os raios de luz transformados em ondas eletrônicas – tende a ser mais difícil que a transmissão dos sinais de rádio – que era o meio de comunicação de alta velocidade vigente –. Estes eram muito mais facilmente transmitidos por uma simples questão de física: Enquanto os sinais de rádio viajam numa velocidade próxima à da luz e se adequam à curvatura do planeta, os sinais de TV viajam em linha reta, apesar de velocidade semelhante. Isso, pra época, ainda era um grande empasse na institucionalização da TV enquanto meio de comunicação popular. Com o passar do tempo e com a crescente quantidade de invenções na área da eletrônica, como o iconoscópio e a bateria voltaica, e o estabelecimento do primeiro cabo telegráfico entre a Irlanda e os EUA, a televisão foi ganhando subsídios pra se estabelecer entre os meios eletrônicos de comunicação. Durante a Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento tecnológico no campo da comunicação – principalmente no que diz respeito a comunicação de alta velocidade – foi alavancado, de forma que o desenvolvimento da TV foi uma grande consequência. Os anos de 1950 foram os responsáveis pela explosão da televisão. Os eletrodomésticos começaram a chegar às casas estadunidenses e, como tal, a televisão. Outro fator que influenciou esse mercado foi a ascensão de grandes astros da época, como Elvis Presley, fazendo com que as pessoas quisessem poder ver seus ídolos no conforto de suas casas. É válido ressaltar que, bem como o Cinema, a TV não foi uma invenção de uma pessoa ou grupo em determinado espaço. Ela é a culminância de diversas pesquisas realizadas em diversas partes do mundo e em períodos históricos diferentes. De todo modo, a TV ainda era de caráter elitista. Mas, aos poucos, a tecnologia foi sendo aperfeiçoada e, por consequência, os preços dos aparelhos foram caindo à medida que a qualidade de transmissão/recepção de sinal aumentava. Isso aconteceu em todo o mundo e mais fortemente nos EUA. Pensando na TV como uma transmissora/difusora de som e imagem em movimento, é notório que o próprio cinema tenha entrado em crise. A televisão foi, aos poucos, ganhando espaços que outrora pertenciam ao cinema e ao próprio rádio. Partindo desses pressupostos, fica claro que o cinema, especialmente o cinema hollywoodiano, teve que criar subsídios para não morrer. O cinema teve que reinventar-se. Para isso, teve de oferecer algo que a TV não oferecia: espetáculos mais fantásticos, telas cada vez maiores, cores mais intensas e efeitos extraordinários. Dessa forma, apesar da crise causada pelo surgimento da televisão, o cinema chega à contemporaneidade totalmente reinventado, de forma que utiliza-se do próprio desenvolvimento da TV para manter-se presente enquanto arte, enquanto indústria, enquanto som e imagem em movimento. Referências FLOHERTY, John J. História da Televisão. Rio de Janeiro: Letras e Artes, 1964.
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