Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TOXICOLOGIA TOXICOCINÉTICA Prof. Miranda Jr DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO Os xenobióticos são transportados pelo SANGUE e pela LINFA para diversos tecidos; Esse processo depende do FLUXO SANGUÍNEO e LINFÁTICO nos diferentes órgãos; Outros fatores interferentes são: LIGAÇÃO A PROTEÍNA PLASMÁTICA, PH, COEFICIENTE DE PARTIÇÃO ÓLEO/ÁGUA. 3 4 INTRODUÇÃO APENAS uma PARTE da DOSE INICIAL estará disponível no SÍTIO DE AÇÃO e o restante ficará distribuída pelos compartimentos corporais em equilíbrio com o plasma; O EQUILÍBRIO de distribuição é atingido com mais facilidade nos tecidos que grande quantidade de sangue (coração, cérebro etc); 5 VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO É o parâmetro que indica a extensão da distribuição; Expressa o volume teórico dos compartimentos onde o xenobiótico está uniformemente distribuídos 6 VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO A retenção do xenobiótico no plasma reflete a sua forte ligação às proteínas plasmáticas. Xenobiótico com Vd muito altos apresentam concentrações muito mais elevadas no tecido extravascular do que no compartimento vascular. A toxicidade das substâncias depende do seu Vd. 7 PROTEÍNAS PLASMÁTICAS As proteínas do sangue do tipo: ALBUMINA, LIPOPROTEÍNAS E a1-GLICOPROTEÍNA ÁCIDA tem o poder de complexar várias moléculas; A fração complexada com essas proteínas é temporariamente INATIVADA e INCAPAZ de ATRAVESSAR as MEMBRANAS. 8 PROTEÍNAS PLASMÁTICAS A albumina constitui a proteína plasmática mais abundante; A ligação às proteínas plasmáticas reduz a disponibilidade do fármaco ou xenobiótico para difusão no órgão-alvo; Apenas a forma livre ou não-ligada do fármaco é capaz de difundir-se através das membranas. 9 ÓRGÃOS 10 BARREIRAS BIOLÓGICAS Interferem na PERMEABILIDADE CAPILAR Destacamos as barreiras HEMATOENCEFÁLICAS; Os capilares cerebrais apresentam células justapostas, sem espaços entre elas; 11 12 BIOTRANSFORMAÇÃO BIOTRANSFORMAÇÃO É toda alteração que ocorre na estrutura química da substância, no organismo; A biotransformação dos xenobióticos se dá sob atuação de enzimas específicas; Os fármacos representam um caso especial de substâncias químicas estranhas (xenobióticos). 14 BIOTRANSFORMAÇÃO Os xenobióticos LIPOSSOLÚVEIS são facilmente absorvidos, porém mais difíceis de serem ELIMINADOS; Podem sofrer reabsorção em função da sua facilidade de atravessar as MEMBRANAS CELULARES; Os metabólitos encontrados na urina e fezes geralmente são POLARES e HIDROSSOLÚVEIS. 15 INTRODUÇÃO O metabolismo dos fármacos envolve dois tipos de reação bioquímica: REAÇÕES DE FASE I: oxidação, redução REAÇÕES DE FASE II: conjugação 16 xenobiótico Fase I Produtos conjugados Fase II Oxidação Redução Excreção 17 INTRODUÇÃO As enzimas de biotransformação são amplamente distribuídas pelo organismo, mas a maior concentração é HEPÁTICO; O FÍGADO ao receber todo o sangue que PERFUNDE a área ESPLÂNCNICO entra em contato com a maioria dos NUTRIENTES, substâncias EXÓGENAS absorvidas no INTESTINO antes do processo de DISTRIBUIÇÃO. Essa característica é típica da absorção ORAL sendo denominado de EFEITO de 1° PASSAGEM 18 INTRODUÇÃO As reações que ocorrem no fígado são classificadas em: reações de FASE I e FASE II As reações ocorrem principalmente no FÍGADO, embora algumas sejam metabolizadas no plasma, intestino e pulmão. 19 REAÇÃO DE FASE I São reações catabólicas; As principais são: oxidação, redução ou hidrólise; Os produtos são quimicamente mais reativos e algumas vezes mais tóxicos ou carcinogênicos do que a substância original; Essas reações introduzem um grupo reativo, exemplo hidroxila. 20 REAÇÃO DE FASE I Nas reações de fase I o principal mecanismo de metabolização dos fármacos é o citocromo P450; Degrada, com eficácia, xenobióticos lipossolúveis; As enzimas do citocromo P450 são proteínas do heme (hemoproteína), que formam uma grande família; O Citocromo P450 é componente primordial do sistema enzimático oxidativo. 21 REAÇÃO DE FASE I As enzimas P450 são abreviadas por CYP; Subfamília do citocromo P450: CYP1A1, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP3A3, CYP2A11 etc; Essas enzimas estão envolvidas no metabolismo de cerca de 75% de todos os fármacos. 22 REAÇÃO DEPENDENTE DO CITOCROMO P450 CLASSE DE REAÇÃO FÁRMACO REPRESENTADO Oxidação Fenitoína 23 METABOLISMO DO ÁLCOOL No metabolismo do ETANOL o composto intermediário é mais tóxico (aldeído) que o composto inicial para posterior inativação (ácido carboxílico) também com reações da FASE I. O ÁCIDO CARBOXÍLICO é menos tóxico que o ALDEÍDO e mais facilmente excretado pelos rins. REAÇÃO DE FASE I REAÇÃO DE FASE II As reações de fase II são anabólicas; São reações que ocorrem a COMPLEXAÇÃO entre o xenobiótico e COMPOSTOS ENDÓGENOS; Essas reações são divididas em duas fases: Síntese dos compostos endógenos que serão complexados com os XENOBIÓTICOS; Transferência do composto endógeno para o XENOBIÓTICOS; 26 REAÇÃO DE CONJUGAÇÃO Principal reação reações de conjugação e de hidrólise são destinados a modificar os compostos para sua excreção; Os substratos dessas reações incluem: metabólitos da fase I, substâncias endógenas e substâncias que já contenham grupos químicos apropriados para a conjugação: OH, NH2, COOH; 27 REAÇÃO DE CONJUGAÇÃO Esses substratos são acoplados a metabólitos endógenos como: ÁCIDO GLICURÔNICO, ácido sulfúrico, ácido acético aminoácidos entre outros. 28 29 Algumas reações de conjugação são clinicamente importantes no caso dos recém-nascidos, que ainda não desenvolveram totalmente a capacidade de realizar esse conjunto de reações; A UDP–GLICURONIL TRANSFERASE (UDPGT) é responsável pela conjugação da bilirrubina no fígado, facilitando a sua excreção. 30 FATORES QUE MODIFICAM A BIOTRANSFORMAÇÃO Podem ser classificados em: INTERNOS: relacionados ao sistema biológico EXTERNOS: dependem das propriedades das substâncias, vias de exposição e meio ambiente FATORES QUE MODIFICAM A BIOTRANSFORMAÇÃO INTERNOS Variações na biotransformação por presença ou ausência de enzimas, condições fisiológicas e doenças associadas; ESPÉCIE E RAÇA FATORES GENÉTICOS: GENÊRO IDADE ESTADO NUTRICIONAL FATORES QUE MODIFICAM A BIOTRANSFORMAÇÃO EXTERNOS INDUNÇÃO ENZIMÁTICA INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
Compartilhar