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TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 1 Aula 05 5 Papel constitucional do TCU. I. DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ------------ 2 II. QUESTÕES DA AULA --------------------------------------------------------------------------------------- 25 III. GABARITO -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 29 IV. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA----------------------------------------------------------------------- 30 Olá futuros Técnicos de Controle Externo! Prontos para trabalhar em um dos melhores órgãos da Administração Pública e para o SEU salário de R$ 9.381,76? (Esse é o salário!) Estão estudando como eu ensinei na aula inaugural? E os resultados? Tenho certeza de que estão melhorando! E também estou certo de que eles serão cada vez melhores! Na aula de hoje, estudaremos um assunto FUNDAMENTAL para a sua prova, afinal, é exatamente o órgão no qual você irá trabalhar: 5 Papel constitucional do TCU. Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria. Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão. Na aula de hoje, teremos APENAS 10 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum. Vamos então à nossa aula! TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 2 I. DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA DO CONTROLE INTERNO E EXTERNO “Os Tribunais de Contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo e que o auxiliam no controle externo da Administração Pública, sobretudo o controle financeiro” (Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino). Dessa forma, observe que a função de fiscalização da Administração Pública é uma função típica do Poder Legislativo. Observe o que diz a Constituição Federal: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ouque, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete(...) Da leitura desses dispositivos constitucionais, é necessária a explicação de dois termos: o primeiro é o controle interno, que nada mais é do que o controle que cada Poder deve exercer sobre si mesmo. Assim, cada Poder deve ter mecanismos para impedir que algum ato seja praticado fora da lei e também para corrigi-lo, caso seja praticado. A CF estabelece que os três poderes manterão, de forma integrada, sistema de controle interno e que os responsáveis por ele, ao tomarem conhecimento de irregularidades devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidadeSOLIDÁRIA. Aliás, essa é uma questão bem batida em prova: caso o responsável pelo controle interno saiba de alguma irregularidade e não tome as medidas cabíveis, ele será responsabilizado solidariamente (não é subsidiariamente). TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 3 O segundo termo é o controle externo, que é o controle exercido pelo Poder Legislativo e auxiliado pelo Tribunal de Contas da União. Esse controle engloba a fiscalização COFOP (contábil, operacional, financeira, orçamentária e patrimonial) da União e das entidades da administração direta e indireta. Observe que os Tribunais de Contas (TCs) são órgãos vinculados(e não subordinados) ao Poder Legislativo, assim, não existe nenhuma hierarquia entre os TCs e o Legislativo. Por fim, deverá prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que GAGAU (guarde, arrecade, gerencie, administre ou utilize), dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ouque, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO O Tribunal de Contas da União é composto de nove ministros, tem sede no Distrito Federal e possui jurisdição em todo território nacional. Na verdade, o termo jurisdição não foi aplicado pela CF de maneira técnica, uma vez que o TCU não é um órgão do Poder Judiciário e não pode, em sentido estrito, “dizer o direito”. Dessa forma, os atos do TCU possuem natureza administrativa e suas decisões podem ser anuladas pelo Poder Judiciário. Observe que se o Tribunal de Contas julga uma conta regular, irregular ou regular com ressalvas, o Judiciário não pode alterar o mérito desse julgamento (ex: mudar de “regular” para “irregular”). O que o Poder Judiciário pode fazer é anular os atos do TCU, em razão de algum vício ou ilegalidade por ele praticada. Esquematizando: TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 4 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO x Função típica do Legislativo - Legislar - Fiscalizarx Controle interno: o Inerente a todo poder o Os 3 poderes manterão, de forma integrada, sistema de controle interno o Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de irregularidades devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIAx Controle Externo: o Feito pelo Poder Legislativo (CN) o Auxiliado pelo TCU o Os Tribunais de Contas são órgãos VINCULADOS ao Legislativo Não são subordinados a ele Não há hierarquia entre o Legislativo e os TCs o Fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonialCOFOP da União e Administração direta e indireta Exercida pelo CN Mediante controle externo Sem prejuízo do controle interno de cada Poder Auxiliado pelo TCU o Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada que guarde, arrecade, gerencie, administre ou utilize (GAGAU) $, bens e valores públicos DEVEM PRESTAR CONTASx Composição do TCU o TCU - Composto por 9 ministros - Sede: DF - Jurisdição (*): em todo território nacionalx Jurisdição o O TCU é órgão técnico o Não exerce jurisdição no sentido estrito: seus atos têm natureza administrativa o TCU não integra o Judiciário o Quando o Tribunal de Contas julga uma conta regular, regular com ressalva ou irregular, o judiciário NÃO PODE mudar o mérito desse julgamento. O Judiciário pode apreciar para ver se houve vícios formais/processuais no julgamento das contas pelo TC, mas não pode mudar o mérito da decisão do Tribunal de Contas. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 5 COMPOSIÇÃO DO TCU O Tribunal de Contas da União é composto de nove ministros, que devem possuir os seguintes requisitos: x Ser brasileiro nato ou naturalizado;x Ter entre 35 e 65 anos de idade;x Possuir idoneidade moral e reputação ilibada;x Ternotórios conhecimentos e mais de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo: o Jurídicos ou o Contábeis ou o Econômicos ou o Financeiros ou o De Administração PúblicaDois terços dos ministros do TCU, ou seja, seis ministros, são escolhidos pelo Congresso Nacional, enquanto o terçorestante, ou seja três ministros, são escolhidos pelo Presidente da República, com aprovação pelo Senado Federal em voto secreto e arguição pública. O CN escolhe seus ministros livremente, porém, o Presidente deve nomear os três ministros obedecendo às seguintes regras: x Doisalternadamentedentre auditores (Ministros substitutos) e membros do Ministério Público junto ao TCU, indicados em lista tríplice pelo Tribunal,segundo os critérios de antiguidade e merecimento; x Um de livre escolha do Presidente da República. Uma observação importante é que os ministros do TCU adquirem a vitaliciedade com a posse e que a proporção da composição do Tribunal deve ser sempre obedecida. Assim, à medida que forem abrindo vagas, as de origem são preservadas. Exemplo: se uma vaga originária de um membro do Ministério Público do TCU for aberta, deve entrar um membro do MPTCU. Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos,vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e são aplicadas a eles as regras de aposentadoria dos servidores públicos (art. 40 da CF). TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 6 Já o auditor (o ministro substituto), quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e,quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. O MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCU (MPjTCU) Junto ao Tribunal de Contas da União, atua um Ministério Público “especial”, que integra a estrutura do próprio TCU. Assim, o MPjTCU não é parte do Ministério Público da União, apesar de ter os mesmos direitos, vedações e forma de investidura deste. Assim, sua Lei Orgânica deve ser de iniciativa do TCU e não do Procurador-Geral da República. Esquematizando: TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 7 x Composição: 9 ministros o Requisitos - Brasileironato ou naturalizado - Idade:+ de 35 e - de 65anos - Idoneidade moral e reputação ilibada - Ter+ de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo - Notórios conhecimentos -Jurídicos - Contábeis - Econômicos - Financeiros - De Administração Pública o Escolha • 2/3 (6) – escolhidos pelo CN • 1/3 (3) – escolhidos pelo PR • 1 auditor do TCU Com aprovação do SF • 1 membro do MP/TCU • 1 livre escolha do PR o À medida que forem abrindo vagas, as de origem serão preservadas Ex: se sai membro do MP, entra outro membro do MP o Nomeação: PR o Garantias - Ministros doTCU – mesmas garantias, impedimentos, prerrogativas, vencimentos e vantagens que os Ministros do STJ - Auditores(ministros substitutos)–mesmas garantias, impedimentos, prerrogativas, vencimentos e vantagens que os Juízes de TRF (desembargador federal) o Quando estiverem substituindo o titular: Ministros do STJ Vitaliciedade com a posse x MP junto ao TCU o NÃO é o MPU o Mas tem os mesmos direitos, vedações e forma de investidura o Sua Lei Orgânica é de iniciativa do TCU e não do PGR Lista tríplice do TCU TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 8 COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO A Constituição Federal estabelece uma série de competências ao TCU. Eu as coloquei abaixo de uma forma mais esquematizada para facilitar o seu estudo. Lembre-se do seu salário de R$9.381,76 e do seu cargo de Técnico de Controle Externo e vamos lá! I - APRECIAR as contas do PR, mediante parecer prévio em 60 d a contar de seu recebimento; II - JULGARas contas dos demais que mexeram em $ público - Quem julga as contas do chefe do executivo é sempre o Poder Legislativo - Os TCs apenas apreciam as contas do chefe do executivo - Os TCsjulgam as demais contas x Observe que existem dois tipos de contas: as contas do Presidente da República (chefe do executivo) e as “contas dos administradores”. o As contas do Presidente da República sofrem um julgamento político pelo Congresso Nacional, após apreciadas pelo TCU. Assim, observe o raciocínio: 1. O Presidente presta contas ao Congresso Nacional até 60 dias do início da sessão legislativa; 2. O TCU APRECIA essas contas e emite um parecer prévio. Assim, o TCU não “julga”e sim “aprecia” as contas do Presidente e o Congresso Nacional não tem que obedecer ao parecer prévio emitido pelo TCU. 3. O Congresso Nacional JULGA as contas do Presidente da República. o São JULGADASpelo Tribunal de Contas da União as“contas dos administradores” (administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízoao erário público). TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 9 III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - SUSTAR, se não atendido, a execução do ATO impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; - ATOS: o TCU só pode sustar ATOS ADMINISTRATIVOS. - CONTRATOS: o CN é quem sustará o CONTRATO e solicitará ao Executivo as medidas cabíveis • Verificada irregularidade em CONTRATO adm, o TCU deve dar ciência ao CN para que este determine a sustação do contrato e solicite ao Executivo as medidas cabíveis • Se o CN ou Executivo ficarem inertes: o TCU decidirá a respeito (90d) IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza (COFOP) contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estados, DF ou Município; VII - prestar as informações solicitadas pelo CN, por qualquer de suas Casas ou Comissões, sobre a fiscalização COFOP e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - aplicaraos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 10 OUTRAS OBSERVAÇÕES SOBRE O TCU 1. O TCU NÃO pode determinar a quebra do sigilo bancário de seus jurisdicionados (MS 22.801) e também não pode alterar determinações de decisão judicial transitada em julgado (inf. 561 STF). 2. São assegurados contraditório e ampladefesa em todos os processos no TCU salvo na apreciação de legalidade da concessão INICIAL de aposentadoria, reforma e pensão (Súmula Vinculante 3). 3. O TCU pode apreciar a constitucionalidade das leis no exercício de suas funções. Observe que a Corte de Contas somente pode fazer o controle difuso/concreto de constitucionalidade e sempre pela maioria absoluta dos votos, obedecendo a cláusula de reserva de plenário prevista no artigo 97 da CF. lembre-se de que o TCU não faz controle concentrado de constitucionalidade, sendo este, competência exclusiva do STF. 4. O TCU pode determinar medidas cautelares para garantir a eficácia de suas decisões. Exemplo: o TCU pode expedir uma cautelar para suspender uma licitação que esteja sendo investigada pelo Tribunal. 5. As decisões do TCU que imputarem débito ou multa têm eficácia de título executivo EXTRA JUDUDICIAL, uma vez que não foi emitido por um órgão do Poder Judiciário (lembrando que o TCU não pertence ao Judiciário). 6. O TCU encaminha relatório de suas atividades trimestralmente e anualmente. 7. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU. No entanto, este não pode manter o sigilo do autor da denúncia (MS 24.405/DF). Assim, caso haja uma denúncia ao Tribunal, este pode apreciar e manter o sigilo do autor durante o processo. Mas, ao final do mesmo, o Tribunal deve revelar o autor da denúncia. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 11 “TIPOS” DE TRIBUNAIS DE CONTAS Existem vários “tipos” de Tribunais de Contas, cada um com a sua finalidade, competência e jurisdição próprias. Assim, observe os quatro tipos de TCs existentes (as siglas podem varia de acordo com o autor): 1. Tribunal de Contas da União (TCU):órgão da União estudado até agora. 2. Tribunais de Contas Estaduais (TCEs): os TCEs julgam as contas referentes ao respectivo Estado e, quando não houver Tribunais de Contas dos Municípios, julgam também as contas dos seus municípios. Dessa forma, ele é um órgão estadual (ou distrital) responsável pela fiscalização financeira dos Estados (ou Distrito Federal) e, regra geral, dos municípios nele situados; Os Tribunais de Contas Estaduais são compostos por 7 Conselheiros:4 escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 Escolhidos pelo Governador (1 auditor do TCE, 1 membro do Ministério Público do TCE e 1 de livre nomeação do governador). Por fim, no que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais, do DF e dos Tribunais e Conselhos de contas dos Municípios. 3. Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos M): para que o TCE não fique sobrecarregado, opcionalmente, pode ser criado umórgão ESTADUAL que julga as contas de todos os municípios do seu estado. Assim, o TCE julga as contas do estado, enquanto o Tribunal de Contas dos Municípios (órgão estadual) julga as contas municípios do estado. Assim, os TC dos M (existentes em Estados como Ceará, Bahia e Goiás) são órgãos estaduais competentes para a fiscalização financeira de todos os municípios do Estado. 4. Tribunais de Contas Municipais (TCM): por fim, temos o TCM, que é um órgão municipal competente para a fiscalização financeira do município. A Constituição Federal veda a criação de novos TCMs (órgãos municipais), mas manteve os que já existiam. Dessa forma, existem apenas dois TCMs: de São Paulo e do Rio de Janeiro. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 12 Mas Roberto, se os municípios não possuem Tribunais de Contas, como é então o controle externo em seu âmbito? CONTROLE EXTERNO NOS MUNICÍPIOS (ART. 31) A resposta já está acima, mas para ficar mais claro, vamos refrisar: o Legislativo municipal exerce o controleexterno do município, auxiliado pelos Tribunais de Contas Estaduais, Tribunais de Contas dos Municípios (órgão estadual) ou pelos Tribunais de Contas Municipais (órgão municipal), onde houver. Lembre-se que é vedada a criação de novos Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Deve ainda haver sistemas de controle interno do Executivo Municipal, na forma da lei e é a Câmara Municipal quem julga as contas do prefeito, após emitido o parecer prévio do TCE / TC dos M / TCM. No entanto, existe uma diferença quanto à obrigatoriedade do parecer prévio: como vimos, nas esferas federal e estadual, o Poder Legislativo não é obrigado a obedecer o parecer prévio emitido pela Corte de Contas competente. No entanto, na esfera municipal, o parecer prévio só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 da Câmara Municipal. Esquematizando: x Outras observações: o O TCU não pode - Determinar a quebra do sigilo bancário (MS 22.801) - Alterar determinações de decisão judicial transitada em julgado (inf. 561 STF) o Súmula Vinculante nº 3 – contraditório e ampla defesa no TCU São assegurados contraditório e ampla defesa em todos os processos no TCUsalvo na apreciação de legalidade da concessão INICIAL de aposentadoria, reforma e pensão. o Controle de constitucionalidade pelo TCU TCU pode apreciar a constitucionalidade das leis no exercício de suas funções Pode fazer controle constitucionalidade DIFUSO por MA dos votosx Pode declarar lei inconstitucional, mas só no caso concreto Não pode fazer controle de constitucionalidade abstrato (só o STF o faz) o Medidas cautelares: O TCU pode determinar medidas cautelares o Eficácia das decisões:As decisões do TCU que imputarem débito ou multa têm eficácia de título executivo (EXTRAJUDUDICIAL) TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 13 o Relatório de atividades: O TCU encaminha relatório de suas atividades trimestralmente E anualmente o Denúncias:Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU O TCU não pode manter o sigilo do autor da denúncia (MS 24.405/DF) x Tipos de Tribunais de Contas 1. TCU 2. Tribunais de Contas Estaduais (TCE) o Julgam as contas do Estado e, quando não houver TC dos M, dosseus municípios também. o Ou seja, ele é órgão estadual (ou distrital) responsável pela fiscalização financeira dos Estados (ou Distrito Federal) e, regra geral, dos Municípios nele situados; o No que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais, do DFe dos Tribunais e Conselhos de contas dos Municípios o TCE: 7 Conselheiros - 4 escolhidos pela Assembleia Legislativa - 3 Escolhidos pelo Gov - 1 auditor do TCE - 1 MP do TCE - 1 livre 3. Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos M) o Órgão ESTADUAL e que julga as contas de todos os municípios do seu estado (para que o TCE não fique sobrecarregado) o Os TC dos M (existentes em Estados como Ceará, Bahia e Goiás) são órgãosestaduais competentes para a fiscalização financeira de todos os municípios do Estado 4. Tribunais de Contas Municipais (TCM): o Órgão municipal competente para a fiscalização financeira do município. o Vedado criação de novos TCMs (órgãos municipais) Os que existiam ficam (SP e RJ), mas não pode criar mais (OBS as siglas podem variar dependendo do autor) x Controle externo nos municípios (art. 31) o O Legislativo municipal exerce o controle - TCE externo do município, auxiliado pelos - TC dos M - TCM, onde houver o Deve haver sistemas de controle interno do Executivo Municipal, na forma da lei. o É a Câmara Municipal que julga as contas do prefeito, após emitido o parecer prévio do TCE / TC dos M / TCM. Mas este só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 da Câmara Municipal. o É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof.Roberto Troncoso 14 EXERCÍCIOS 1. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista)O controle interno deve, entre outras finalidades, comprovar alegalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia eeficiência, não apenas da gestão orçamentária, financeira epatrimonial nos órgãos e nas entidades da administraçãofederal, mas também da aplicação de recursos públicos porentidades de direito privado. Essa questão está todinha no art. 74, II. O controle interno avalia não só a legalidade, mas o “mérito” da aplicação dos recursos (eficácia e eficiência). Esse controle também alcança recursos públicos aplicados por entidades de direito privado. Gabarito: Certo. 2. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista)O Tribunal de Contas da União (TCU) poderá realizar — poriniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do SenadoFederal, de comissão técnica ou de inquérito — inspeções eauditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,operacional e patrimonial nas unidades administrativas dosPoderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Nada de errado aqui... Lembre-se sempre de que o controle do TCU alcança os três poderes! Essa questão foi retirada do art. 71, IV. Gabarito: Certo. 3. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) Ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade ocorrida no âmbito do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, os responsáveis pelo controle interno dela devem dar ciência à Controladoria Geral da União, sob pena de responsabilidade solidária. O artigo 74, estabelece que: “§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIA.” Lembre-se também que a responsabilidade, caso os responsáveis pelo controle interno não deem ciência ao TCU é SOLIDÁRIA (e não subsidiária). Gabarito: Errado. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 15 4. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) As normas da CF que versam sobre o TCU aplicam-se à organização e à fiscalização dos tribunais de contas dos estados e do DF, cabendo às respectivas casas legislativas estabelecer o número de conselheiros dessas cortes de contas e a sua forma de nomeação. Enquanto o TCU é composto por 9 ministros, os Tribunais de Contas Estaduais e do Distrito Federal são integrados por 7 Conselheiros: 4 escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 Escolhidos pelo Governador (1 auditor do TCE, 1 membro do Ministério Público do TCE e 1 de livre nomeação do Governador). Por fim, no que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais, do DF e dos Tribunais e Conselhos de contas dos Municípios. Gabarito: Errado. 5. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Quando o TCU detectar irregularidades ou abusos na execução de contratos firmados pela administração pública federal, o Senado Federal poderá determinar-lhes a imediata sustação, além de poder imputar débito ou multa aos responsáveis. No art. 71, §1º, temos disposto que, no caso decontratos, a sustação será realizada pelo Congresso Nacional. Nos outros casos, o responsável será o TCU, diretamente. O Senado Federal foi só para tentar te confundir. Gabarito: Errado. 6. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) A fiscalização exercida pelo Congresso Nacional sobre a administração pública federal, no que diz respeito aos aspectos financeiros, não alcança as empresas públicas e as sociedades de economia mista, que se sujeitam ao regime jurídico próprio das empresas privadas. A fiscalização exercida pelo Congresso Nacional com o auxílio do TCU tem alcance máximo e afeta, sim, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Vamos ler o parágrafo único do art. 70: “Prestará contas QUALQUER pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária”. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 16 Gabarito: Errado. 7. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Compete ao TCU aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário. O art. 71 traz as competências do TCU. Entre elas, no inciso VIII, temos exatamente o texto da questão. E quem disse que o CESPE não cobra decoreba??? Gabarito: Certo. 8. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) É competência exclusiva do Congresso Nacional julgar as contas prestadas pelos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal Temos que pensar na competência para julgar contas da seguinte forma: x Contas do Presidente – Congresso Nacional (parecer prévio do TCU);x Administradores e demais responsáveis por dinheiros (União) – TCU. Assim, essa competência é do TCU e não do Congresso Nacional. Gabarito: Errado. 9. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Cabe à comissão mista de deputados e senadores, com exclusividade, emitir parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo presidente da República. As contas do Presidente, antes do julgamento do Congresso Nacional, são apreciadas e recebem parecer prévio do TCU. Veja no art. 71, I. Gabarito: Errado. 10. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) Os auditores do TCU, quando em substituição a ministro, possuem as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando estiverem no exercício das demais atribuições da judicatura, terão as prerrogativas conferidas aos ministros do STJ. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 17 Houve uma mistura por parte da banca. A primeira parte está certinha: os auditores em substituição a ministro possuem as mesmas garantias e impedimentos do titular. Nas demais atribuições, suas prerrogativas são as mesmas das dosjuízes do TRF(art. 73, §4). Quem tem prerrogativas iguais às dos Ministros do STJ são os nove Ministros titulares do TCU. Gabarito: Errado. 11. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) De acordo com a CF, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem comunicá-la ao tribunal de contas, sob pena de responsabilidade subsidiária. Essa é uma pegadinha clássica neste assunto! A responsabilidade do responsável pelo controle interno que tomar conhecimento de irregularidade e não comunicá-la ao Tribunal de Contas da União é SOLIDÁRIA. Gabarito: Errado. 12. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) A CF assegura aos ministros do TCU as mesmas garantias e prerrogativas conferidas aos ministros do STF. No art. 73, §3º, temos que os Ministros do TCU terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do STJ. Gabarito: Errado. 13. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) Cabe ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, nos quais se incluem as nomeações para cargos de provimento em comissão e para funções de confiança. As nomeações para cargo de provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração, não são apreciadas pelo TCU, na forma do art. 71, III. Gabarito: Errado. 14. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) No auxílio ao controle externo exercido pelo Congresso Nacional, compete ao TCU julgar as contas prestadas anualmente TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncosowww.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 18 pelo presidente da República, pelos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta. O Tribunal de Contas da União não tem competência para julgar as contas do Presidente da República, ficando esta tarefa a cargo do Congresso Nacional. Em relação a essas contas, o papel do TCU é apreciá-las e sobre elas emitir um parecerprévio. Em relação às contas dos demais administradores de dinheiros de responsabilidade da União, está correto, o TCU terá a competência de julgá-las. Gabarito: Errado. 15. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Após a criação do CNJ, o TCU deixou de ter competência para zelar pela correta aplicação dos princípios constitucionais no âmbito do Poder Judiciário O artigo que organiza o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o 103-B. No seu § 4º, II, está previsto que compete ao CNJ zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atosadministrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixarprazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, SEM PREJUÍZO da competência do Tribunal de Contas da União. Gabarito: Errado. 16. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista) De acordo com o disposto na CF, compete ao Tribunal de Contas da União apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as nomeações para cargos de provimento em comissão. Assunto bastante recorrente em provas! As nomeações para cargo de provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração, não são apreciadas pelo TCU. Veja no art. 71, III. Gabarito: Errado. 17. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário)O Tribunal de Contas da União, órgão ao qual incumbe a prática de atos de natureza administrativa concernentes à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União, é subordinado ao Poder Legislativo, do qual é órgão auxiliar e de orientação. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 19 Subordinado é um termo muito forte! Rs! Brincadeiras à parte, utilizamos o termo VINCULADO, pois não há subordinação hierárquica entre o TCU e o Poder Legislativo. Assim, o TCU é um órgão auxiliar do Poder Legislativo mas não é subordinado a ele. Gabarito: Errado. 18. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) O Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar e de orientação do Poder Legislativo, e a este Poder se subordinando, ao qual incumbe a prática de atos de natureza administrativa concernentes à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União. Parece que as bancas não se cansam de cobrar isso! O TCU não é subordinado ao Poder Legislativo. Gabarito: Errado. 19. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) Compete ao Congresso Nacional exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional da União e das entidades da administração direta e indireta. São duas as funções típicas do Poder Legislativo: editar leis e exercer a fiscalização de que trata o art. 70, trazida corretamente pela questão. Gabarito: Certo. 20. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) É da competência exclusiva do Senado Federal julgar anualmente as contas prestadas pelo presidente da República e apreciar os relatórios acerca da execução dos planos de governo. Essa competência é do Congresso Nacional, conforme o art. 49, IX. Gabarito: Errado. 21. (CESPE - 2010 - ABIN - Agente Técnico De Inteligência) É atribuição do Tribunal de Contas da União fiscalizar o modo de aplicação de recursos repassados pela União, a exemplo dos recursos repassados a município para a construção de estação de tratamento de água. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 20 Se o recurso foi repassado pela União, a competência de fiscalizar sua guarda ou emprego será do TCU (art. 71, VI). Gabarito: Certo. 22. (CESPE - 2009 - TCE-TO - Analista de Controle Externo – Direito) As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial. A Constituição Federal estabelece que: “Art. 71, § 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.” No entanto, esse título executivo não foi emitido pelo Poder Judiciário, sendo, portanto, um título executivo EXTRA JUDICIAL e não judicial, como afirma a questão. Lembre-se de que o TCU não pertence ao Poder Judiciário. Gabarito: Errado. 23. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha incumbe ao presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os demais são indicados entre os auditores e os membros do Ministério Público junto ao tribunal. Dos 9 Ministros do TCU, 6 são escolhidos pelo Congresso Nacional. Os 3 restantes são escolhidos pelo Presidente, com aprovação do Senado Federal, devendo ser separadas da seguinte forma: x 2 vagas entre os auditores do TCU e os membros do MP junto ao TCU, alternadamente, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimentox 1 vaga de livre escolha do Presidente da República, mediante aprovação do Senado Federal. Veja o esquema: o Escolha:• 2/3 (6) – escohidos pelo CN • 1/3 (3) – escolhidos pelo PR • 1 auditor • 1 membro do MP • 1 livre escolha do PR Gabarito: Certo. 24. (CESPE/Técnico-TCU-2009) No exercício de suas competências constitucionais, o TCU deve observar, em todo e qualquer procedimento, o princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa. Lista tríplice do TCU TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 21 A resposta da questão está na súmula vinculante nº 3, que foi editada pelo STF especificamente para o TCU: “nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.” Gabarito: Errado. 25. (CESPE/Auditor-TCU/2009) É inconstitucional lei estadual que estabeleça como atribuição do respectivo tribunal de contas o exame prévio de validade de contratos firmados com o poder público. O controle dos Tribunais de Contas é em regra repressivo. A Administração Pública celebra, diariamente, milhares de contratos administrativos. Imagine só se cada um desses contratos tivesse que ser apreciado pelos Tribunais de Contas antes de serem válidos, isso seria extremamente improdutivo, além de antieconômico e de desrespeitar a separação dos poderes. Gabarito: Certo. 26. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Compete aos tribunais de contas dos estados o controle de economicidade para verificar se cada órgão procedeu, na aplicação da despesa pública, de modo mais econômico. O art. 70 da CF estabelece que “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, ECONOMICIDADE, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.” Assim, pela aplicação do princípio da simetria, os Tribunais de Contas dos Estados também possuem essa atribuição. Gabarito: Certo. 27. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A CF conferiuao TCU a competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, porém não atribuiu a esse tribunal competência para aplicar sanções aos responsáveis quando constatada TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 22 a ocorrência de ilegalidade de despesa ou de irregularidade de contas, por se tratar de competência exclusiva do Congresso Nacional. O TCU pode, diretamente, aplicar sanções aos responsáveis quando for constatada a ocorrência de ilegalidade de despesa ou de irregularidade de contas (art. art. 71, VIII). Gabarito: Errado. 28. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Não compete ao TCU fiscalizar a correta aplicação das receitas que os estados e municípios recebem pela participação ou compensação no resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural. O STF decidiu que "Embora os recursos naturais da plataforma continental e os recursos minerais sejam bens da União (CF, art. 20, V e IX), a participação ou compensação aos Estados, Distrito Federal e Municípios no resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural são receitas originárias destes últimos entes federativos (CF, art. 20, § 1º). É inaplicável, ao caso, o disposto no art. 71, VI da Carta Magna, que se refere, especificamente, ao repasse efetuado pela União, mediante convênio, acordo ou ajuste – de recursos originariamente federais." (MS 24.312, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 19-2-2003, Plenário, DJ de 19-12-2003.) Gabarito: Certo. 29. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) O TCU, ao apreciar a legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, deve assegurar ao servidor o exercício do contraditório e da ampla defesa, sob pena de nulidade do procedimento. A resposta da questão está na súmula vinculante nº 3, que foi editada pelo STF especificamente para o TCU: “nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.” Gabarito: Errado. 30. (CESPE/TJAA-STF/2008) O TCU, porque dotado de poderes jurisdicionais, detém poder para determinar a quebra de sigilo bancário de dados constantes TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 23 em instituições bancárias acerca de pessoas que estejam sendo por ele investigadas por irregularidade de contas. Segundo o STF, "A LC 105, de 10-1-2001, não conferiu ao TCU poderes para determinar a quebra do sigilo bancário de dados constantes do Banco Central do Brasil. O legislador conferiu esses poderes ao Poder Judiciário (art. 3º), ao Poder Legislativo Federal (art. 4º), bem como às comissões parlamentares de inquérito, após prévia aprovação do pedido pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do plenário de suas respectivas Comissões Parlamentares de Inquérito (§ 1º e 2º do art. 4º). Embora as atividades do TCU, por sua natureza, verificação de contas e até mesmo o julgamento das contas das pessoas enumeradas no art. 71, II, da CF, justifiquem a eventual quebra de sigilo, não houve essa determinação na lei específica que tratou do tema, não cabendo a interpretação extensiva, mormente porque há princípio constitucional que protege a intimidade e a vida privada, art. 5º, X, da CF, no qual está inserida a garantia ao sigilo bancário(...)” (MS 22.801, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 17-12-2007, Plenário, DJE de 14-3-2008.) Gabarito: Errado. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 24 Meus carosTécnicos de Controle Externo, chegamos ao final de nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o espírito das normase não apenas decorando informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci). Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante! Abraços a todos e até a próxima aula. Roberto Troncoso Se você acha que pode ou se você acha que não pode, de qualquer maneira, você tem razão. (Henry Ford) TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 25 II. QUESTÕES DA AULA 1. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista)O controle interno deve, entre outras finalidades, comprovar alegalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia eeficiência, não apenas da gestão orçamentária, financeira epatrimonial nos órgãos e nas entidades da administraçãofederal, mas também da aplicação de recursos públicos porentidades de direito privado. 2. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista)O Tribunal de Contas da União (TCU) poderá realizar — poriniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do SenadoFederal, de comissão técnica ou de inquérito — inspeções eauditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,operacional e patrimonial nas unidades administrativas dosPoderes Legislativo, Executivo e Judiciário. 3. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) Ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade ocorrida no âmbito do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, os responsáveis pelo controle interno dela devem dar ciência à Controladoria Geral da União, sob pena de responsabilidade solidária. 4. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) As normas da CF que versam sobre o TCU aplicam-se à organização e à fiscalização dos tribunais de contas dos estados e do DF, cabendo às respectivas casas legislativas estabelecer o número de conselheiros dessas cortes de contas e a sua forma de nomeação. 5. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Quando o TCU detectar irregularidades ou abusos na execução de contratos firmados pela administração pública federal, o Senado Federal poderá determinar-lhes a imediata sustação, além de poder imputar débito ou multa aos responsáveis. 6. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) A fiscalização exercida pelo Congresso Nacional sobre a administração pública federal, no que diz respeito aos aspectos financeiros, não alcança as empresas públicas e as sociedades de economia mista, que se sujeitam ao regime jurídico próprio das empresas privadas. 7. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Compete ao TCU aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 26 8. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) É competência exclusiva do Congresso Nacional julgar as contas prestadas pelos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal 9. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Cabe à comissão mista de deputados e senadores, com exclusividade, emitir parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo presidente da República. 10. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) Os auditores do TCU, quando em substituição a ministro, possuem as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando estiverem no exercício das demais atribuições da judicatura, terão as prerrogativas conferidas aos ministros do STJ. 11. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) De acordo com a CF, os responsáveis pelo controle interno,ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem comunicá-la ao tribunal de contas, sob pena de responsabilidade subsidiária. 12. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) A CF assegura aos ministros do TCU as mesmas garantias e prerrogativas conferidas aos ministros do STF. 13. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) Cabe ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, nos quais se incluem as nomeações para cargos de provimento em comissão e para funções de confiança. 14. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) No auxílio ao controle externo exercido pelo Congresso Nacional, compete ao TCU julgar as contas prestadas anualmente pelo presidente da República, pelos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta. 15. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Após a criação do CNJ, o TCU deixou de ter competência para zelar pela correta aplicação dos princípios constitucionais no âmbito do Poder Judiciário 16. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista) De acordo com o disposto na CF, compete ao Tribunal de Contas da União apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as nomeações para cargos de provimento em comissão. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 27 17. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário)O Tribunal de Contas da União, órgão ao qual incumbe a prática de atos de natureza administrativa concernentes à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União, é subordinado ao Poder Legislativo, do qual é órgão auxiliar e de orientação. 18. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) O Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar e de orientação do Poder Legislativo, e a este Poder se subordinando, ao qual incumbe a prática de atos de natureza administrativa concernentes à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União. 19. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) Compete ao Congresso Nacional exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional da União e das entidades da administração direta e indireta. 20. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) É da competência exclusiva do Senado Federal julgar anualmente as contas prestadas pelo presidente da República e apreciar os relatórios acerca da execução dos planos de governo. 21. (CESPE - 2010 - ABIN - Agente Técnico De Inteligência) É atribuição do Tribunal de Contas da União fiscalizar o modo de aplicação de recursos repassados pela União, a exemplo dos recursos repassados a município para a construção de estação de tratamento de água. 22. (CESPE - 2009 - TCE-TO - Analista de Controle Externo – Direito) As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial. 23. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha incumbe ao presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os demais são indicados entre os auditores e os membros do Ministério Público junto ao tribunal. 24. (CESPE/Técnico-TCU-2009) No exercício de suas competências constitucionais, o TCU deve observar, em todo e qualquer procedimento, o princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 28 25. (CESPE/Auditor-TCU/2009) É inconstitucional lei estadual que estabeleça como atribuição do respectivo tribunal de contas o exame prévio de validade de contratos firmados com o poder público. 26. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Compete aos tribunais de contas dos estados o controle de economicidade para verificar se cada órgão procedeu, na aplicação da despesa pública, de modo mais econômico. 27. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A CF conferiu ao TCU a competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, porém não atribuiu a esse tribunal competência para aplicar sanções aos responsáveis quando constatada a ocorrência de ilegalidade de despesa ou de irregularidade de contas, por se tratar de competência exclusiva do Congresso Nacional. 28. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Não compete ao TCU fiscalizar a correta aplicação das receitas que os estados e municípios recebem pela participação ou compensação no resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural. 29. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) O TCU, ao apreciar a legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, deve assegurar ao servidor o exercício do contraditório e da ampla defesa, sob pena de nulidade do procedimento. 30. (CESPE/TJAA-STF/2008) O TCU, porque dotado de poderes jurisdicionais, detém poder para determinar a quebra de sigilo bancário de dados constantes em instituições bancárias acerca de pessoas que estejam sendo por ele investigadas por irregularidade de contas. TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 29 III. GABARITO Da Fiscalização COFOP 1. C 2. C 3. E 4. E 5. E 6. E 7. C 8. E 9. E 10.E 11.E 12.E 13.E 14.E 15.E 16.E 17.E 18.E 19.C 20.E 21.C 22.E 23.C 24.E 25.C 26.C 27.E 28.C 29.E 30.E TCU Aula 05 Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 30 IV. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas PAULO, Vicente eALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. Ed. Impetus MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do Ponto (ebook) www.cespe.unb.br http://www.esaf.fazenda.gov.br/ http://www.fcc.org.br/institucional/ www.consulplan.net http://www.fujb.ufrj.br
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