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AD1 E. de J. e A. Alba Valeria de a. Zebende Polo Nova Friburgo

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
 
 
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 1 – 2017.2 
 
Disciplina: Educação de Jovens e Adultos 
Coordenadora: Professora Andrea da Paixão Fernandes 
Aluno (a): Alba Valeria de Aguiar Zebende Matr.: 16112080390 
Polo: Nova Friburgo 
 
Caro/a Estudante, 
Nosso objetivo com a Avaliação a Distância é possibilitar o desenvolvimento das 
respostas a partir de pesquisas e leituras que possam ser feitas utilizando-se, para 
isso, o material didático postado em cada aula como obrigatórios e o livro da 
disciplina como material complementar. Além disso, outros materiais relacionados 
aos temas podem fazer parte de sua pesquisa e devem ser indicados na elaboração 
da avaliação. Ao final da resposta de cada questão registre as referências 
bibliográficas utilizadas, conforme as normas da ABNT. 
Sugerimos, mais uma vez, entendê-la como um trabalho de pesquisa. 
Bom trabalho! 
 
1ª questão: (valor: até 3,0 pontos) 
O artigo “Escolarização de jovens e adultos”, de Sérgio Haddad e Maria Clara Di Pierro 
(In: Revista Brasileira de Educação, n. 14, maio-ago/2000, p. 108-130) que faz parte do 
material didático da disciplina, apresenta uma visão panorâmica da educação para 
pessoas jovens e adultas. 
Considere a década de 1940 e aponte o que essa década representou para a história da 
educação de adultos no Brasil. Para isso, destaque duas ações criadas no contexto 
nacional e explicite-as. 
 
A década de 1940 representou um grande marco ampliando a educação 
de jovens e adultos, nesse contexto distingue-se a preocupação com o EJA 
como fonte de um pensamento pedagógico e de políticas educacionais 
específicas. 
 Em 1942 foi instituído o Fundo Nacional do Ensino Primário (FNEP). 
Com seus recursos, o “fundo deveria realizar um programa Progressivo de 
ampliação da educação primária incluindo o Ensino Supletivo para 
adolescentes e adultos,” e em 1945 o “fundo foi regulamentado, estabelecendo 
que 25% dos recursos de cada auxílio deveriam ser aplicados num plano geral 
de Ensino Supletivo destinando a adolescentes e adultos analfabetos.” 
Alguns anos depois, precisamente em 1947, foi instalado o Serviço de 
Educação de Adultos (SEA) como serviço especial do departamento Nacional 
de Educação do Ministério da Educação e Saúde, com a finalidade a 
orientação e coordenação geral dos planos anuais do ensino supletivo para 
adolescentes e adultos analfabetos. Sendo desenvolvida uma série de 
atividades a partir da criação desse órgão, integrando os serviços já existentes 
na área, que produzia e distribuía material didático, mobilizando a opinião 
pública, como os governantes estaduais, municipais e a iniciativa particular. O 
Serviço de Educação de Adultos que nasceu em 1947 com o movimento em 
favor da educação de adultos estenderam-se até fins da década de 1950. 
Referências bibliográficas: 
 Texto: "Escolarização de Jovens e Adultos", de Sérgio Haddad e Maria 
Clara Di Pierro. 
 VÍDEO: Paulo Freire - Educar para transformar 
 Salgado, Edmée Nunes. 
 Educação de Jovens e Adultos. V. 1 / Edmée Nunes Salgado; 
 Paulo Corrêa Barbosa. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 
 2014. 
 
 
2ª questão: (valor: até 3,0 pontos) 
Considere a seguinte afirmação: 
“O esforço que vem se fazendo no Brasil e a repercussão no seio da população mais 
carente de educação sistemática têm sido o testemunho desse despertar da consciência 
coletiva para a importância da escola. Por outro lado, a oferta não tem sido pequena, 
apesar de ainda insuficiente, em termos de demanda. É assim, por exemplo, que, 
segundo dados oficiais, nos últimos anos o Movimento Brasileiro de Alfabetização 
(MOBRAL) conseguiu progressos notáveis (...)”. (ROMANELLI, op. cit., Petrópolis: 
Vozes, 1997, p. 75). 
 
O MOBRAL teve um tempo de existência que se conjugou ao de um importante 
período da história do nosso país. Caracterize o MOBRAL e explique o contexto 
histórico e político vivido no Brasil no momento de sua criação. 
 
O Mobral tem algumas características como o paralelismo em relação 
aos demais programas de educação, sendo que, os seus recursos financeiros 
também dependiam de verbas orçamentárias, tendo também a característica 
de organização operacional descentralizada, através de Comissões Municipais 
espalhadas por quase todos os municípios brasileiros, que se encarregaram de 
executar a campanha nas comunidades, promovendo-as, e recrutando 
analfabetos, providenciando salas de aulas, professores e monitores. A 
característica de centralização de direção do professor educativo, através da 
Gerência Pedagógica do Mobral Central, encarregada da organização, 
programação, execução e da avaliação do processo educativo, e também do 
treinamento de pessoal para todas as fases, de acordo com as diretrizes que 
eram estabelecidas pela Secretaria Executiva. 
O Mobral foi um movimento de alfabetização diferente dos outros 
movimentos e campanhas que ocorreram anteriormente, pois ele foi promovido 
em uma conjuntura de repreensão e silêncio, devido o contexto em que foi 
criado. A repreensão foi à resposta do Estado autoritário à atuação dos 
programas de educação de adulto, pois as suas ações de natureza politica 
contrariava os interesses impostos pelo golpe militar de 1964, que havia 
produzido uma ruptura politica, oprimindo, interrompendo e desmantelando o 
Movimento Brasileiro de Alfabetização, com o Estado exercendo uma função 
de coerção, para garantir a “normalização” das relações sociais. 
Alguns programas de caráter conservador foram consentidos e incentivados, 
como a Cruzada de Ação Básica Cristã (ABC), que tentava ocupar o lugar 
deixado pelos movimentos de cultura popular, servindo de maneira 
assistencialista aos interesses do regime militar, sendo praticamente um 
programa semi-oficial, e a partir de 1968, com uma série de críticas a sua 
conduta ela foi progressivamente se extinguindo. O setor de educação a 
escolarização básica de jovens e adultos não deveria ser abandonada pelo 
Estado, sendo um canal de mediação com a sociedade e perante as 
sociedades nacional e internacional, ficaria difícil conciliar a manutenção dos 
baixos níveis de escolaridade da população, pois como se construiria a 
proposta de um grande país, como propunham os militares. 
 Como resposta a tudo isso fundou o Movimento Brasileiro de 
Alfabetização – MOBRAL, que foi fruto do trabalho realizado por um grupo 
interministerial, que buscou uma alternativa ao trabalho da Cruzada ABC, 
programa de maior extensão apoiado pelo Estado, em função das críticas que 
vinha recebendo. 
 
Referências bibliográficas: 
 Texto: "Escolarização de Jovens e Adultos", de Sérgio Haddad e Maria 
Clara Di Pierro 
 Salgado, Edmée Nunes. 
 Educação de Jovens e Adultos. V. 1 / Edmée Nunes Salgado; 
 Paulo Corrêa Barbosa. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 
 2014. 
 VÍDEO: Paulo Freire - Educar para transformar 
 
 
 
3ª questão: (valor: até 4,0 pontos) 
3.1 – Assista ao curta-metragem “Vida Maria”, de Márcio Ramos. 
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Qwa7BmfQ4Rs 
 
3.2 – Elabore uma análise crítica, relacionando a animação de Márcio Ramos a 
contextos vivenciados. Em sua análise, considere a necessidade de oferta de classes de 
EJA produzida a partir de situações de vida como as apresentada no curta-metragem. 
 
Vida Maria, conta a história de uma menina de aproximadamente sete 
anos de idade que vive no sertão, ela fica orgulhosa em escrever seu nome,Maria José, mas, logo é impedida por sua mãe, tendo que deixar os estudos 
para cuidar dos afazeres domésticos. Esse ciclo continua a se reproduzir de 
geração em geração, fazendo com que, essas crianças fiquem condicionadas 
as situações as quais se acomodam, deixando seus sonhos se perderem no 
tempo, tornando-se adultos sem expectativas de vida melhor. Infelizmente essa 
é uma realidade vivenciada por muitas crianças que, acabam tendo seus 
sonhos, seus objetivos podados por suas mães, tornando-se jovens, adultos 
que foram privados de inúmeras informações e possibilidades, com pouca ou 
nenhuma instrução escolar sendo incapazes de exercerem a sua cidadania. 
Vida Maria é o relato de uma família que sofre como muitas outras o 
abandono do governo responsável, onde a inclusão social é fundamental. 
É preciso que haja uma ação que conscientize esses indivíduos para 
que, possam mudar seus conceitos sobre a educação escolar para seus filhos, 
pois a escolarização, a saúde e o lazer são direitos de todos e dever do Estado 
garanti-los. As leis que asseguram a obrigatoriedade de matricular todas as 
crianças com idade de seis anos na escola não são cumpridas em muitas 
Regiões do nosso País, isto acontece devido o descaso com a educação de 
muitos governantes, possibilitando que crianças como Maria José deixam de 
frequentar a escola. 
 A implantação da Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi um avanço, 
garantindo estudos para aqueles que em idades adequadas como a Maria do 
curta-metragem que não tiveram a oportunidade de frequentar uma escola. 
No entanto, faz-se necessário que haja mais ofertas de educação 
regular escolar para jovens e adultos, com modalidades e características 
adequadas ás suas necessidades e disponibilidade, para que, se restabeleça o 
direito civil negado a eles. 
 
Referências bibliográficas: 
 https://www.youtube.com/watch?v=Qwa7BmfQ4Rs 
 Salgado, Edmée Nunes. 
 Educação de Jovens e Adultos. V. 1 / Edmée Nunes Salgado; 
 Paulo Corrêa Barbosa. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 
 2014. 
 Texto: "Escolarização de Jovens e Adultos", de Sérgio Haddad e Maria 
Clara Di Pierro. 
 https://www.youtube.com/watch?v=WJryIAcbRRE 
 VÍDEO: Paulo Freire - Educar para transformar

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