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Micro aula 3 Citologia bacteriana II

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Microbiologia
Fernanda Marques de Carvalho, Msc
Citologia bacteriana II
Micobactérias
Micobactérias
◊ 100 membros no gênero 
◊ Sem flagelos - imóveis 
◊ Não possuem cápsula 
◊ Não produzem toxinas 
◊ Intracelulares – Macrófagos 
◊ Acidorresistência
◊ Pleomórficas
Classificação
Família: Micobacteriacea
Gênero: Mycobacterium
◊ Mycobacterium leprae
◊ Complexo M.tuberculosis
◊ Complexo M. avium
◊ Micobactérias não tuberculosas(MNT).
Mycobacterium sp.
• Compartilha características comuns com os gêneros 
Corynebacterium e Actinomyces – produção de 
ácidos micólicos. Responsável pela característica tintorial 
(acidorresistência)
Ácido micólico liga-se 
covalentemente ao 
peptídeoglicano da parede 
micobacteriana e esse 
complexo deixa a parede 
celular com uma 
consistência cerosa e 
hidrofóica
Classificação
Micobactérias de 
crescimento rápido
Micobactérias de 
crescimento lento
Mycobacterium smegmatis
Mycobacterium phlei
Mycobacterium chelonae
Mycobacterium parafortuitun
Mycobacterium tuberculosis
Mycobacterium avium
Mycobacterium bovis
Mycobacterium cansai
Morfologia colonial característica das micobactérias
Quando crescem em meios sólidos as micobactérias formam 
colônias densas, compactas e frequentemente rugosas
Parede celular
• Permite a sobrevivência 
em macrófagos e a 
aderência entre bactérias; 
• Resistência à corrosivos e 
ácidos ou álcalis fortes; 
• Resistência ao 
ressecamento; 
• Não resistentes ao calor ou 
irradiação UV.
Parede celular das micobactérias
Nutrição
Necessidades nutricionais relativamente simples
Meios simples contendo sais minerais
Fonte de 
carbono e 
doador de 
elétrons
amônia
Fonte de 
nitrogênio e 
glicerol
Acetato
Formação de pigmentos carotenoides amarelo
Classificadas em três grupos:
Não 
pigmentadas
(Mycobacterium 
tuberculosis e 
bovis)
Formam pigmentos 
somente quando 
cultivadas na luz 
(Mycobacterium Kansasii
e marinum)
Fotocromogênse
Formam pigmentos 
quando cultivadas na 
ausência de luz 
(Mycobacterium 
gordonae)
Escotocromogênese
Fotoindução do carotenóide
A identificação de regiões específicas permite a 
utilização em testes sorológicos!
Genoma:
-Peptídeos 
-proteínas
Glicolipídeos
BAAR
Infectam e 
proliferam-se 
no interior de 
macrófagos
Características gerais
◊ Crescimento lento (12 -24horas) 10 dias a 3 semanas
◊ Crescimento rápido 3 a 7 dias 
Cura espontânea adoecimento
Mycobacterium tuberculosis
• 1/3 da população mundial está infectada;
• 2 milhões de óbitos a cada ano;
• 22 países representam 80% dos doentes;
• Brasil: 53,4 casos/100.000 hab (> América Latina e 
6° mundo)
Contato repetido e prolongado!
Países em desenvolvimento:
5 – 10% Tuberculose 
extrapulmonar;
Ossos, articulações,
linfonodos, aparelho
genito-urinário
Um indivíduo bacilífero de 
uma comunidade pode 
infectar entre 10 e 15 pessoas 
num ano.
Componentes lipídios estão envolvidos na 
patogênese
não são destruídos no interior dos fagócitos
Evita fusão do fagossoma com o lisossoma
Patogenia
Principais sintomas
(tuberculose pulmonar)
Tratamento
Hanseníase
M. leprae
Multiplica-se por divisão binária
Mycobacterium leprae em processo de divisão 
celular (microscopia eletrônica de varredura). 
NATURE |VOL 409 | 22 FEBRUARY 2001 |www.nature.com
31.000 new 
cases 
in 2013
Coeficiente geral de detecção por 
municípios do Estado do Rio de Janeiro
Adaptado de Secretaria de vigilância em saúde-Ministério da Saúde 2010
Nódulo Mancha Placa Infiltração
Tipos de lesões de pele observadas em pacientes com hanseníase
Guia para o controle da hanseníase-Ministério da saúde. Brasília; 2002.
# Paucibacilares: apresentam até 5 lesões cutâneas;
# Multibacilares: mais de 5 lesões cutâneas.
Lesão tuberculóide - hipopigmentação
Face leonina da doença lepromatosa
S.L.Walker and D.N.J. Lockwood. British ,edical Bulletin 2006. 77 and 78, 103-121.
Tipos de lesões de pele observadas em pacientes com hanseníase
Danos neurais observados em pacientes com hanseníase
Britton WJ, Lockwood DNJ. Leprosy. Lancet. 2004 Apr 10;363(9416):1209–19. / Googleimagens/danos neurais na hanseníase
Hanseníase
Isolamento compulsório dos pacientes de 
hanseníase em hospitais colônias vigorou no 
Brasil até 1976 
camundongo nude (atímico) 
Pata de 
camundongo nude
infectada com 
M. leprae
O Mycobacterium leprae não cresce em meios artificiais
Utilização de camundongos atímicos como fonte de bacilos
Dasypus novemcictus
Prevenção
Vacinação com Mycobacterium bovis BCG: 
(1921)
•neonatal: confere 70% de proteção contra a 
hanseníase (Cunha et al, 2004).
*50% de proteção contra a tuberculose
Peter Aaby and Christine Benn. PNAS. V.109, n43.2012

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