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Resumo - Micobactérias

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Micobactérias 
Referência Bibliográfica: Murray, Microbiologia 
médica. Cap 25: Mycobacterium. 
 
→Tuberculose 
→Hanseníase 
 
Classificação Clínica das Micobactérias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Micobactérias de importância médica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quem são as micobactérias? Quais as doenças elas 
podem causar? Aliás, sempre há doença? 
172 espécies, 13 sub-espécies no gênero 
Mycobacterium 
A maioria das micobactérias são saprófitas de solo e 
somente algumas espécies são patogênicas ao homem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Micobactérias de importância médica 
Família: Micobacteriaceae 
Gênero: Mycobacterium 
 
Micobactérias não tuberculosas (MNT) 
Não transmissíveis paciente-paciente 
Classificação Runyon (1959) (Grupos I, II, III e IV): 
- tempo crescimento 
- produção pigmento carotenóide 
- organismos “atípicos” 
Infecções linfáticas, pulmonares, esqueléticas, 
cutâneas e disseminadas. 
 
Micobactérias não tuberculosas ou atípicas (MNT) 
patogênicas para o homem segundo classificação de 
Runyon: 
 
Micobactérias de crescimento rápido: < 7 dias 
Micobactérias de crescimento lento : > 7 dias 
 
Características gerais da Micobactérias 
• Bacilos pleomórficos: retos ou encurvados, 
cocobacilos, filamentosos ou formas ramificadas. (0,2- 
0,6 µm por 1-10 µm) 
• Não esporulados 
• Imóveis 
• Sem cápsula 
• Fracamente Gram positivos; 
• Álcool-ácido resistentes (BAAR) 
• Aeróbios obrigatórios 
• Sensível a ação de calor e radiação ultravioleta = 
sensível a luz solar 
• Resistente a dessecação e ao ambiente escuro – 
podem sobreviver por anos no ambiente externo 
• Parede: Complexa Lipídeos (60% lipídeos) 
• Natureza hidrofóbica (30% do genoma produção 
destes lipídeos (Ácido micólico = 70 a 90 carbonos) 
 
 
Técnica de Ziehl-Neelse n 
 
Intracelulares - infectam e proliferam-se no interior 
de macrófagos 
Bacilos Álcool Ácidos Resistentes (BAAR) (Ziehl-
Neelsen) 
→Intracelulares 
 
Mycobacterium tuberculosis 
M. tuberculosis 
1882- Robert Koch – "Bacilo de Koch“ (BK) 
Tuberculose era causa de 1 a cada 4 óbitos na Europa 
há 100 anos 
Estreptomicina (1944): cura da Tb 
1993: OMS declara tuberculose emergência global. 
Estratégia do Tratamento Diretamente Observado 
(DOTS) 
1998: Decifrado o genoma do M. tuberculosis. 
Vacina: BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) (1921) (M. 
bovis modificado) (50% de proteção) 
 
Epidemiologia da Tuberculose 
 
 
 
• Principal agente de tuberculose no homem 
• Dimensões 0,3 a 0,6 µm por 1,0 a 4,0 µm 
• parasita intracelular facultativo 
• Imóvel 
• Crescimento lento /Tempo de geração de 24 horas 
• Virulência: Propriedades metabólicas e/ou 
estruturais 
• Sem Fatores de Virulência Clássicos 
• Infecções que podem durar a vida toda do indivíduo 
• *Componentes lipídios estão envolvidos na 
patogênese (Intracelulares facultativas e não 
destruídos no interior dos fagócitos, evita fusão do 
fagossoma com o lisossoma ) 
• A maioria das bactérias e micobactérias não 
patogênicas são rapidamente mortas quando 
fagossomo fundi-se com lisossomos. 
• O M. tuberculosis permanece dentro dos fagossomos 
e a bactéria libera PknG (proteina kinase G) para 
bloquear a fusão do fagossomo com lisossomo. 
• As bactérias que não possuem gen pknG são 
rapidamente transferidas para os lisossomos e 
eliminadas. 
 
 
 
 
 
 
Tuberculose 
• Transmissão 
• Contato direto 
• Inalação de aerossol 
• Contágio 
• Um indivíduo bacilífero de uma comunidade pode 
infectar entre 10 e 15 pessoas num ano. 
• Tipo de ambiente 
• Duração da exposição 
 
Quem pode transmitir a tuberculose? 
• Somente pessoas doentes com tuberculose 
pulmonar e laríngea transmitem a doença. 
 
 
Tuberculose: Modo de Transmissão 
• Fala / Espirro /Tosse 
• Somente o núcleo das gotículas em suspensão 
(núcleos de Wells) com diâmetro de até 5 micra que 
podem atingem os brônquios e alvéolos (1 a 2 bacilos) 
• Não há transmissão por roupas, lençóis, copos e 
outros objetos, pois os bacilos dificilmente se 
dispersarão em aerossóis. 
• transmissão depende da capacidade da fonte 
produzir gotículas-núcleos (1 a 250/h) , no sarampo 
5.000/h 
• > convivência > possibilidade de infecção (tempo 
necessário para uma infecção bem sucedida 100 e 
200h) 
 
 
 
 
 
 
Granuloma ou Tubérculo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Bacilo alcançando os pulmões 
2. Resposta inflamatória inespecífica e 
ineficiente; 
3. macrófagos derivados dos monócitos do 
sangue se acumulam no foco inflamatório. 
4. Alguns macrófagos fundem-se entre si, dando 
origem às células. Em torno deste acúmulo de 
células, há linfócitos e fibroblastos. 
5. Arranjo nodular de macrófagos, macrófagos 
modificados, linfócitos e fibroblastos, 
granuloma. 
6. Com o aparecimento do fenômeno da 
hipersensibili dade (10 a 14 dias), ocorre uma 
forma peculiar de necrose no centro do 
granuloma, chamada de necrose caseosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maior parte dos indivíduos - cura espontânea da 
lesão. 
Lesão vai se tornando menos celular, envolta por 
fibrose densa, ocorrendo até mesmo a calcificação da 
lesão (que pode ser vista radiologicamente). 
Bacilos podem permanecer viáveis no interior destas 
lesões por muitos anos. Esta lesão é chamada de 
nódulo de Ghon ou nódulo primário. 
 
 
TUBERCULOSE SECUNDÁRIA 
PULMONAR 
A tuberculose secundária (também chamada do 
adulto, pós-primária ou de reativação), ocorre por 
reativação do foco primário (por queda da imunidade) 
ou por reinfecção exógena (o indivíduo entra uma vez 
mais em contato com o bacilo da tuberculose). 
Formas evolutivas: 
a) Cavernas pulmonares 
b) Tuberculose pleural 
c) Tuberculose miliar 
d) Intestinal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reforçando: 
• Bacilos aspirados alvéolo pulmonar 
• fagocitose pelos macrófagos 
• parte dos bacilos fica viva 
• produção de ácidos pelos macrófagos - BAAR (não 
morre) 
• dos bacilos - morte do macrófago- libera lisossoma- 
destruição do tecido - reação inflamatória inespecífica 
-granuloma - cancro de inoculação. 
• Disseminação linfática (foco de Ghon) 
• Secundariamente sanguínea podendo levar a formas 
extrapulmonares da tuberculose 
• Bacilemia normalmente inaparente 
• Até surgimento da imunidade específicabacilos 
multiplicam - migram para foco inflamatório inicial 
macrófagos - fagocitose dos bacilos – disseminação 
hematogênica 
• No pulmão o reimplante = zonas superiores demanda 
de O2 e perfusão 
• como quantidade de bacilos pequenas se houver 
defesas a doença não se desenvolve. 
 
 
 
TUBERCULOSE PULMONAR – 
DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO 
Anamnese e exame físico 
LABORATORIAL 
Baciloscopia (escarro) ver vídeo 
Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) 
Cultura e teste de sensibilidade aos antimicrobianos 
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 
Radiografia de tórax 
Tomografia computadorizada de tórax 
DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO 
Biópsia (TB pulmonar e extra pulmonar) 
DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO LATENTE PELO 
M.tuberculosis (ILTB) 
Prova tuberculínica - PT (antes chamado de PPD) 
 
Diagnóstico Clínico 
• Contato com pessoas com Tb (infecção – bacilíferos) 
• Sintomas e sinais sugestivos: 
•tosse seca ou produtiva por 3 semanas ou + 
•febre vespertina 
• perda de peso 
•sudorese noturna 
• dor de cabeça 
•História de tratamento anterior para Tb 
• Presença fatores de risco: pessoas que vivem com HIV 
(PVHIV), câncer, etilismo 
 
Exame laboratorial – Baciloscopia 
• Permite descobrir fontes de infecção: Bacilíferos 
Detecta 70 a 80% casos Tb 
• Indicações: 
• pacientesadultos com sintomas respiratórios 
• pacientes com alterações ao RX 
• contato com pacientes com casos de Tb 
 
 
Exame laboratorial: Cultura 
• Cultura (Lowestein-Jensen, Middlebrook) 
• limite de detecção-102 bacilo/mL (O aumento da 
tensão de CO2 intensifica o crescimento) 
• Diagnóstico Laboratorial Indicações: • Suspeita de TB 
pulmonar com exame direto negativo; 
• Diagnóstico de forma extra-pulmonares; 
• Casos suspeitos de resistência bacteriana às drogas 
(testes de sensibilidade a drogas). 
 
Teste rápido molecular (TRM-TB) 
•O teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) 
é um teste automatizado, simples, rápido e de fácil 
execução nos laboratórios; 
•O teste detecta simultaneamente o Mycobacterium 
tuberculosis e a resistência à rifampicina (RIF) em 
aproximadamente 2 horas; 
• O TRM-TB utiliza a técnica de reação em cadeia da 
polimerase (PCR) em tempo real para extração, 
amplificação e detecção do DNA do M. tuberculosis e 
triagem de cepas resistentes à rifampicina; 
• O teste é executado com risco mínimo de 
contaminação, podendo ser realizado em laboratórios 
com condições básicas de biossegurança. 
 
Exame radiológico 
 
 
Prova da tuberculina (PT) 
• Imunodiagnóstico: Teste da Tuberculina 
• Auxiliar no diagnóstico • Proteínas de transporte e 
porinas da parede (Teste Cutâneo) 
• Presença de infecção latente – contato com o bacilo 
• (Não suficiente para diagnóstico da Tb doença) 
• HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV 
 
 
 
 
Tuberculose – Tratamento 
• Esquema Básico para o tratamento de adultos e 
adolescentes (≥10 anos de idade) 
• Duração: 06 meses 
• Dose supervisionada (DOTS) 
• Após 15 dias, não ocorre transmissão do M. 
tuberculosis 
 
2RHZE (fase de ataque) (2 - meses) 
Rifampicina (R) 
Isoniazida (H) 
Pirazinamida (Z) 
Etambutol (E) 
 
4RH (fase de manutenção) (4 - meses) 
Rifampicina (R) 
Isoniazida (H) 
 
VACINA BCG (Bacilo de Calmette e Guerin) 
• Formulada com o Mycobacterium bovis atenuado; 
• Administrada ao nascer; 
• Proteção contra as formas mais graves de 
tuberculose (meníngea e miliar); 
• Resposta T dependente - Celular e Humoral; 
•Resposta Celular – Bactéria intracelular 
 
 
 
 
 
 
 
→Em comum: Cresceram e viveram em comunidades. 
Podem ter contraído lá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hanseníase 
Mycobacterium leprae 
DIAGNÓSTICO PRECOCE – PREVENÇÃO DE 
INCAPACIDADES 
 
HANSENÍASE 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE) 
• Doença crônica, transmissível, de notificação 
compulsória e investigação obrigatória em todo 
território nacional; 
• Agente etiológico - Mycobacterium leprae 
• Capacidade de infectar grande número de indivíduos; 
• Atinge principalmente a pele e os nervos periféricos; 
Capacidade de ocasionar lesões neurais; 
• Alto poder incapacitante, principal responsável pelo 
estigma e discriminação às pessoas acometidas pela 
doença; 
• A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de 
ambos os sexos e de qualquer idade; 
• Entretanto, é necessário um longo período de 
exposição à bactéria; 
• Pequena parcela da população infectada realmente 
adoece. 
• A hanseníase é uma das doenças mais antigas da 
humanidade; 
• Conhecida como Lepra e mal de Lázaro; 
• As referências mais remotas datam de 600 a.C. e 
procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são 
consideradas o berço da doença; 
• Entretanto, a terminologia hanseníase é iniciativa 
brasileira para minimizar o preconceito secular 
atribuído à doença, adotada pelo Ministério da Saúde 
em 1976; 
• Com isso, o nome Lepra e seus adjetivos passam a ser 
proibidos no País. 
• O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo, entre os países 
que registram casos novos; 
• Em razão da elevada carga, a doença permanece 
como um importante problema de saúde pública no 
País. 
→Lázaro: Chamar de lazarento = leproso. 
→Preconceito nas pessoas acometidas. 
→Achavam que era um castigo divino. 
→Por isso em 1976 mudou o nome de lepra para: 
Hanseníase. 
 
 
 
→Leprosário. 
→As pessoas eram retiradas de forma compulsório do 
convívio com a família. Agentes de saúde buscavam 
elas e colocavam em lugares isolados: leprosário. 
→Para sempre, não voltava para casa. 
 
CARACTERISTICAS GERAIS – 
M.leprae 
• Morfologia semelhante ao M. tuberculosis (bacilos 
retos ou ligeiramente encurvados); 
• Dimensões 0,3 a 0,6 µm por 4,0 a 7,0 µm; 
• BAAR; 
• Não móveis e não produtores de esporos; 
• Não cultivados em meios de cultura artificiais 
(culturas de células); 
• Temperatura ótima de crescimento 30°C 
• Intracelular obrigatório sendo o homem único a 
apresentar a doença 
• Multiplica-se por divisão binária → 11 a 16 dias 
• Afinidade por células cutâneas e por células dos 
nervos periféricos 
• Resiste no meio ambiente: 9 dias em secreções 
dessecadas e 46 dias em ambiente úmido 
• Baixa patogenicidade - alta infectividade (infectar 
grande número de indivíduos) 
 
Mycobacterium leprae 
Gerhard Henrick Armauer Hansen (1841-1912) – 
1873 - Agente da lepra biópsias de lesões cutâneas - 
Hanseníase ou mal de Hansen) 
1970 - Infecção Sistêmica em Tatu (semelhante a 
hanseníase lepromatosa em humanos) 
Calcula-se cerca de 12 milhões de pessoas no mundo 
com hanseníase (Brasil 4,6/10 mil Hab.) 
Mycobacterium leprae 
Isolamento compulsório dos pacientes de hanseníase 
em hospitais colônias vigorou no Brasil até 1976 
 
Alvo do M. leprae 
Células de Schwann 
• Única bactéria conhecida por invadir o sistema 
nervoso periférico (SNP); 
• Afeta pele, vias aéreas superiores SNP e olhos; 
• Invasão dos nervos, colonização das células de 
Schwann: 
○ Proliferação celular; 
○ ↑ secreção de proteínas, ↑ produção de citocinas 
(ex. TNF): recrutamento celular e ↑ de lesões 
• ↓ produção de mielina pelas células de Schwann: 
perda sensorial. 
 
 
 
 
 
 
Modo de transmissão 
Pessoa doente (multibacilar) eliminando bacilo para 
meio 
Vias áreas superiores, gotículas 
Necessário contato direto e prolongado com o doente 
• Mucosa nasal: Integridade influencia (lesões por 
condições climáticas ou infecções facilitam o 
estabelecimento do patógeno) 
 
Aparecimento doença 
• Relação parasita/hospedeiro (2 - 7 anos) 
• Afeta todas as idades e ambos sexos (mais frequente 
homens (2:1) (raramente crianças período longo de 
incubação da bactéria) 
• Risco adoecer: 
• Condições individuais 
• Condições socioeconômicas 
 
Classificação da hanseníase de acordo com 
patogenicidade e manifestação 
• Paucibacilar: 
Tipos: 
- Indeterminada 
- Tuberculóide 
(ATÉ 5 lesões) abrigam pequeno número bacilo não 
infectam outras pessoas cura espontânea 
- ↑ resposta celular 
- ↓ disseminação 
 
• Multibacilar: 
Tipos: 
- Dimorfa 
- Virchowiana ou Lepromatosa , antiga/e Lepra 
Lepramatosa (LL) 
(> 5 lesões) – pacientes bacilífero - alto n. de bacilos 
- Lesões generalizadas 
- Sem resposta imune específica (associada a resposta 
humoral e produção de AC) 
- Lesões em superfícies frias (mucosa nasal, 
extremidades dos nervos periféricos - cotovelos, 
joelhos 
 
 
Hanseníase indeterminada 
-Máculas hipocrômicas, hipo ou anestesia local (tátil, 
térmica ou dolorosa); 
- Intensa resposta imune celular; 
- Paucibacilar – não é transmissor 
 
 
 
Hanseníase tuberculóide 
-Máculas com coloração eritemato acastanhado; 
- Ausência de sensibilidade; 
-Bordas papulosas 
-Perda de pelo e ausência de suor 
-Resposta imune celular intensa 
-Paucibacilar – não transmissor 
 
 
Hanseníase dimorfa 
– Lesões eritematosas planas ou infiltradas com o 
centro claro, de tonalidade ferruginosa ou pardacenta; 
com alteração de sensibilidade; 
– Excessiva multiplicação bacilar (multibacilares); 
– Forma onde a resposta imunológica não está bem 
definida, coexistindo aspectos das formas virchowiana 
e tuberculóide 
 
 
Hanseníase Virchowiana 
• Placas eritematosase infiltradas; 
• Presença de nódulos (eritemato violáceo); 
• Atrofia de músculos, diminuição de força muscular; 
• Queda de pelo, ausência de suor; 
• Resposta imune celular ausente; 
• Multibacilar – grande quantidade de bacilos 
• É transmissor 
 
 
 
 
 
 
 
Hanseníase - Sinais e sintomas 
• Sinais e sintomas dermatológicos 
- Lesões - Alteração sensibilidade 
– Mais frequentes: face, orelhas, nádegas, braços, 
pernas e costas 
 
• Sinais e sintomas neurológicos 
-Dor e espessamento nervos periféricos 
-Perda sensibilidade área inervadas (olhos, mãos e pés) 
-Perda força músculos inervados (pálpebras) -Neurite 
 
 
Hanseníase – Diagnóstico 
Clínico 
- Anamnese e exame físico 
 
 
- Teste de sensibilidade 
 
 
- Teste de Mitsuda/lepromina 
- Auxilia na classificação da hanseníase 
(+) para Tuberculóide; (-) para Virchowiana 
A leitura deve ser realizada entre 21° e 28° dia após a 
inoculação 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV 
PRESENÇA DE LINFÓCITOS ATIVADOS CONTRA O M. 
leprae 
MEDIR O DIÂMETRO COM A RÉGUA 
 
 
 
Laboratorial 
- Baciloscopia (Ziehl-Neelsen) 
 
 
Tratamento 
– dose mensal e supervisionada

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