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Processos Grupais

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PROCESSOS GRUPAIS – NP1 - RESUMO
KURT LEWIN => TEXTO 1: Dinâmica e Gênese dos Grupos - Mailhiot
Funda um centro de pesquisas em dinâmica dos grupos. Esta será para Lewin a ocasião de criar e introduzir no vocabulário dos psicólogos o termo "dinâmica dos grupos". Ele afirmará primeiramente que a dinâmica dos grupos deve ser concebida como uma social engineering. Fato que lamentará amargamente quando descobrir que alguns de seus alunos se apressaram em concluir gratuitamente que a dinâmica dos grupos consiste na ciência da manipulação dos grupos. Por isso Lewin dedicou os últimos meses de sua vida a desmistificar este termo que ele criara e fora o primeiro a utilizá-lo. Acabou definindo-o em termos menos equívocos, mais operacionais e mais científicos. 
Sua preocupação cada vez mais dominante é então a de elaborar uma psicologia dos grupos que seja ao mesmo tempo dinâmica e gestáltica, isto é, articulada e definida por referência constante ao meio social no qual se formam, integram-se, gravitam ou se desintegram os grupos. Suas pesquisas literalmente o absorviam, o que fazia dele um professor medíocre toda vez que devia abordar em classe, diante de um grupo de estudantes, problemas que não o interessavam mesmo na hora em que os expunha.
Ele exigia que tudo fosse discutido, explorado e decidido em grupo: hipóteses, objetivos, metodologia, experimentação. Na maioria das vezes não se comportava como o chefe, adotando com todos atitudes mais democráticas e estabelecendo com seus colaboradores relações autenticamente igualitárias. 
É preciso ressaltar sua ausência de dogmatismo. As descobertas de Kurt Lewin sobre a comunicação humana só constituíram para ele uma ciência depois de terem sido submetidas a experimentações sistemáticas e a múltiplas verificações na vida concreta dos agrupamentos humanos. Para Kurt Lewin o problema fundamental que ele buscou elucidar até sua morte era: Que estruturas, que dinâmica profunda, que clima de grupo, que tipo de leadership permitem a um grupo humano aceder à autenticidade em suas relações tanto intragrupos quanto intergrupais, bem como à criatividade em suas atividades de grupo?
Foi na França que pela primeira vez se tratou de psicologia social. E em termos negativos. Auguste Comte declara-se contrário à edificação de uma ciência que ele foi o primeiro a chamar por um nome novo à época: a psicologia social. Segundo ele existiriam apenas duas ciências legítimas: a ciência da vida, a biologia; e a ciência da sociedade, a psicologia. Conclui que seria inútil construir esta ciência intermediária, que seria a psicologia social!
Pioneiros e fundadores
São os franceses, sociólogos e filósofos sociais, os primeiros a introduzir o termo "psicologia social". Por outro lado, são os anglo-saxões que elaboram de maneira sistemática e articulada os primeiros tratados de psicologia social. 
MacDougall distinguirá três capítulos na psicologia: a psicologia individual; a psicologia coletiva; a psicologia social, que estuda a influência do grupo no indivíduo.
Esta fase inicial, que vai de 1908 e termina em 1930, ao longo da qual a psicologia social se constitui como ciência autônoma e adquire seu estatuto acadêmico, é dominada por duas influências aparentemente contraditórias: "fase instintiva" ou "fase psicopedagógica".
Reducionistas e anexionistas
Sob a influência das teorias de Freud, a pesquisa em psicologia social torna-se cada vez mais preocupada em formular uma psicologia exaustiva do leadership (líder carismático). No decorrer da fase anterior, era a influência do grupo sobre o indivíduo que tinha sido observada, medida e avaliada. A partir de 1930, é a influência do indivíduo sobre o grupo que, por experimentações em situações controladas, os psicólogos sociais desta época tentam revelar. 
Mas esta contribuição da psicanálise à evolução da psicologia social é logo questionada e posta em dúvida pelas pesquisas e teorias da antropologia cultural. Assim encontram-se introduzidos como determinantes do processo de socialização do ser humano os fatores situacionais e institucionais que os antropólogos acabarão por chamar de determinantes socioculturais dos comportamentos em grupo e de grupo. 
Os psicanalistas que constroem então tratados de psicologia social parecem unicamente preocupados em levar em conta dimensões ou componentes inconscientes das condutas sociais. Os psicólogos sociais desta época emprestam suas hipóteses da antropologia cultural e acabam interpretando toda conduta social como a resultante de pressões ou de coerções socioculturais.
Ainda que a psicologia social saia renovada destas duas fases, necessárias ao seu crescimento, marcadas pelo "individualismo" e o "culturalismo", ela não deixa de perseguir os mesmos objetivos últimos que tinham obsedado seus precursores. 
Kurt Lewin rompe desde o início não apenas com as abordagens de seus precursores, mas fixa novos objetivos à psicologia social. Muito cedo ele convida os psicólogos sociais a centrar seus esforços no estudo dos microgrupos, que ele chamará face-to-face groups. Mais tarde os psicólogos franceses traduzirão assim esta expressão: os grupos frente a frente. 
Kurt Lewin preconiza que a exploração válida e fecunda dos fenômenos de grupo deve acontecer no próprio campo psicológico em que se inserem, e não ser reconstituídos, em escala reduzida, em laboratório. As variáveis de qualquer fenômeno de grupo, em razão de sua essencial complexidade, não podem ser identificadas e manipuladas a não ser no próprio campo, em uma perspectiva de "PESQUISA-AÇÃO". 
Kurt Lewin, por sua modéstia intelectual e seu bom-senso, conduziu a psicologia social a um maior realismo. Ela renunciou, graças a ele, à utopia de querer edificar um saber coerente, exaustivo e definitivo do social. Ao abrir novos caminhos e novas fronteiras à psicologia social, libertou-a de seu dogmatismo e de seus a priori, e, ao fazê-lo, transformou-a em uma ciência experimental autônoma. 
Em suma, as condutas sociais e os comportamentos em grupo são cada vez mais considerados como o campo ou o objeto específico da psicologia social propriamente dita. A dinâmica dos grupos, atualmente, para a grande maioria dos teóricos contemporâneos, tornou-se a psicologia dos microgrupos. Ao passo que a psicologia coletiva, desde alguns anos, vê-se confinada ao estudo e à interpretação dos macrogrupos. 
Uma última distinção proposta por Kurt Lewin é a distinção entre "sociogrupo" e "psicogrupo". O sociogrupo, para ele, era o grupo de TAREFA (o grupo estruturado e orientado em função da execução ou da realização de uma tarefa). O psicogrupo era, ao contrário, definido como um grupo de FORMAÇÃO (um grupo estruturado, orientado e polarizado em função dos próprios membros que o constituem: "grupo centrado no grupo").
Kurt Lewin, por seu talento da experimentação e pelo realismo de suas abordagens científicas, permitiu à Psicologia Social conquistar sua identidade e sua autonomia.
TEXTO 4: Conceitos básicos em intervenção grupal – Melo; Maia; Chaves - Ceará
O campo do conhecimento sobre a convivência em grupo e de suas relações com os outros grupos e com as instituições mais amplas foi denominado dinâmica de grupo. A dinâmica de grupo está intimamente ligada à teoria de campo aplicada à psicologia social. Kurt Lewin é considerado o fundador da moderna dinâmica de grupo. 
Para Lewin, um grupo é mais do que a soma de seus membros: consiste numa totalidade dinâmica que não resulta apenas da soma de seus integrantes, tendo propriedades específicas enquanto totalidade (Gestalt). Possui estrutura própria, objetivos e relações com outros grupos. A essência de um grupo não é a semelhança ou a diferença entre seus membros, mas sua interdependência. Caracteriza um grupo como sendo um todo dinâmico, o que significa que uma mudança no estado de uma das suas partes provoca mudança em todas as outras.
Utilizou a expressão em oposição ao termo “estática”, que significa sem movimento – como a física o define. Em tempo,Lewin graduou-se em física antes de estudar psicologia. Cabe destacar que a expressão dinâmica enfatiza o movimento. Que movimento é esse? Denominamos movimento o conjunto de processos e atividades na direção da realização grupal e esse é um o conceito fundamental para quem pretende trabalhar com e em grupo. 
Para Lewin o ideal é que a comunicação entre os integrantes de um grupo seja AUTÊNTICA. Para tanto, devemos observar como o grupo, na resolução de seus problemas relativos à tarefa grupal, trata as diferenças em termos de manifestações discursivas. Um grupo que não apresenta espaço interno para que seus integrantes possam ser autênticos e se comunicarem em todos os níveis, apresenta a possibilidade de desenvolver redes paralelas e informais externas ao grupo, esvaziando a força do grupo.
KURT LEWIN => Campo de força (dinâmico) + 3 aspectos fundamentais na definição do grupo: Existência; Interdependência; Contemporaneidade + Objetivo máximo => que a pessoa chegue à AUTENTICIDADE
Cria a Teoria de Campo (como um campo tensionado) + funda o conceito de Pesquisa-Ação (ação efetiva do pesquisador: ele incorpora um papel, vivencia, para poder entender a realidade pesquisada), numa função mimética (imitação). + Criou a expressão Dinâmica de Grupo. Fala da Autenticidade. (influência da Gestalt e da Fenomenologia).
. Influenciado por Le Bon, Freud (Psicologia das massas). Tudo influenciado pela Revolução Francesa (força do líder no grupo: líder carismático) + influenciado pela física e química => pensa num grande campo de forças gravitacionais (que estão em constante movimento de integração e que se atraem de forma tão intensa que pode gerar uma desintegração) + grande mérito => entendeu que só poderia entender este grupo como um campo social e psicológico se ele usasse o experimento e aplicasse uma METODOLOGIA para aferir esses fenômenos grupais: faz a opção pela PESQUISA-AÇÃO (fundador). 
Metodologia: Pesquisa-ação (introjetar o papel do pesquisado: vou viver como ele, por determinado tempo). 
. Os PROCESSOS GRUPAIS sempre objetivam a MUDANÇA (daquela realidade) + O momento que o grupo se forma é o momento inicial do devir do grupo (do que ele virá a ser) + Interpessoal => eu me relacionando com o grupo + Intrapessoal => o que eu trago para mim (da relação com o grupo).
Diferenças entre Jacob Moreno e Kurt Lewin:
Moreno => tendência muito grande a ressaltar a questão do Psicodrama, buscando o surgimento da ESPONTANEIDADE, visando a CATARSE.
Lewin => grande preocupação com a relação intergrupal e interpessoal; é altamente influenciado pela Psicologia Social. Visa a AUTENTICIDADE (ideal de relacionamento interpessoal que busca principalmente a questão da AUTONOMIA) (campo social ou campo psicológico) As questões são GRAVITACIONAIS.
Enquanto apenas racionalizo, a situação é uma; somente quando há uma ligação AFETIVA é que a realidade muda (somente aí é possível ser ESPONTÂNEO e AUTÊNTICO).
Obs: Eu mudo de POSIÇÃO (quando eu ressignifico alguma coisa ou alguém), mas não de PAPEL (minha essência).
MORENO: TEXTO 2: PSICODRAMA - Dirle Portella Bezerra
O PSICODRAMA É UMA LINHA teórica dentro da Psicologia que como várias outras propostas, compartilha o mesmo objeto de estudo: o ser humano e a doença mental que o aflige. 
Em seus escritos adultos, Moreno faz referência às implicações pessoais que estão ligadas à origem do Psicodrama e, das quatro experiências que destaca como berço teórico, a primeira delas é a brincadeira de ser Deus. Moreno tornou-se Deus e seus companheiros, anjos. Conta que, ao subir até a última cadeira e chegar ao teto, um dos anjos solicitou que Moreno voasse e ele, ao tentar fazê-lo, despencou e fraturou o braço direito. 
Segundo berço do Psicodrama: Revolução nos jardins de Viena. Reunindo crianças e também seus pais, estimulava suas fantasias por meio de contos de fadas para os quais solicitava a representação livre e improvisada. Permitiu assim uma verdadeira cruzada de crianças em favor de si mesmas, em prol de uma sociedade de suas próprias idades e com seus próprios direitos.
O terceiro berço é considerado a dramatização realizada em 01/04/1921, local do nascimento oficial da primeira sessão psicodramática: um teatro de Viena. Diante de uma numerosa plateia, sem um elenco de atores e nem sequer uma peça, colocou no centro do palco um trono vermelho e uma coroa dourada. O público seria o próprio elenco, do qual surgiriam os protagonistas. A proposta era: o que faria cada um dos protagonistas no papel de rei para organizar e dirigir o país? Cada um foi convidado a subir ao palco para expor sua visão de líder, ao mesmo tempo que a platéia participava e julgava. Ao final, ninguém conseguiu ser o salvador da Áustria. 
O quarto berço é o caso Bárbara. No ano de 1923, Moreno funda o teatro da espontaneidade. Ele conhecia o poder de catarse do teatro, porém não concordava com o uso de textos decorados e ensaiados. Fazia parte do elenco de atrizes uma jovem que se distinguia por sua habilidade em desempenhar papéis românticos e ingênuos. Essa jovem, Bárbara, casou-se com Jorge, um poeta que a admirava. Pouco tempo depois do casamento, Jorge procurou Moreno queixando-se do comportamento de Bárbara, que na intimidade agia grosseiramente, com linguagem baixa, recorrendo inclusive à agressão física. Moreno propôs à jovem o desempenho de papéis de características opostas aos que vinha desempenhando até então, permitindo mostrar no cenário aspectos de sua vida íntima. Modificações no comportamento agressivo de Bárbara passaram a ser observadas e, em seguida, Jorge começou a trabalhar como ator, ao lado de Bárbara, representando cenas de sua vida familiar. Mediante esse procedimento, foram obtidas mudanças notáveis. Surgia então, o teatro terapêutico.
Em 1930, Helena Antipoff introduz no Brasil (MG) o Psicodrama, com uso de técnicas parciais. Um ano depois, Moreno lança as bases da Sociometria a partir de estudos feitos com jovens delinquentes da Comunidade Hudson. 
O Psicodrama significa o marco da passagem do tratamento do indivíduo isolado para o tratamento do indivíduo em grupos; do tratamento por métodos verbais para métodos de ação. Desenvolveu uma teoria de personalidade e uma teoria de grupo, buscando uma combinação eficaz de catarse individual com a coletiva, da catarse de participação com a de ação. 
Moreno acreditava que todo homem era um Deus, significando assim que somos um microcosmo dentro do macrocosmo, ou seja, temos o macrocosmo em nós mesmos. Enfatiza a influência de Sócrates em sua formação. Crê em um homem co-participante do seu próprio destino e do próprio destino do mundo.
Buscou um método que trata o homem em relação, e não o indivíduo isolado em contrapartida à psicanálise. Surgiu a psicoterapia de grupo, sustentando a ideia que um paciente é um agente terapêutico dos outros. Um grupo é um agente terapêutico para outros grupos.
Entretanto, tudo aquilo que é criado pode cristalizar-se como conserva cultural. A conserva cultural, caracterizada por comportamentos e por valores e formas de participação automatizada na vida social, reduz a espontaneidade a comportamentos estereotipados.
O conceito de espontaneidade (fator e) de Moreno se contrapõe fortemente ao do determinismo psíquico freudiano. Para Moreno, a busca incessante de determinantes para toda e qualquer experiência levava Freud a uma perseguição infindável, que muitas vezes terminava em interpretações forçadas, que desconsideravam o momento no qual a experiência tinha lugar. 
Para Moreno, a realização da verdadeira ação espontânea equivale à criação e ao desempenho de papéis que correspondem a modelos próprios de existência. Associa a espontaneidade à adequação e ao ajustamento do homem a si mesmo. Ser espontâneo significa estar presente às situações, procurando transformar seus aspectos insatisfatórios. 
A manifestação básica de espontaneidade (e) é chamada de processo de aquecimento preparatório. O momento do nascimento é considerado ograu máximo de aquecimento preparatório de ato espontâneo. Desta forma, “o desempenho de papéis é anterior ao surgimento do eu. Os papéis não emergem do eu, é o eu quem, todavia, emerge dos papéis".
"Devemos supor que a criança procede a um aquecimento preparatório dos atos espontâneos, com um tamanho grau de intensidade que todas as partículas do seu ser participam do processo — que nem o menor fragmento pode ser desviado para fins de registro. Onde não há registro não há recordação.". Assim, a criança tem como referência apenas o momento. Moreno chamou esta fase de síndrome da fome de atos. 
O termo tele (distante) foi introduzido por Moreno, para nomear o conjunto de processos perceptivos que permitem que o sujeito tenha uma valoração correta de seu mundo circundante.
O primeiro reflexo social que indica o surgimento do fator tele é quando a criança, através do desenvolvimento de seu sistema nervoso e o amadurecimento dos órgãos do sentido, consegue aos poucos diferenciar o eu do não eu, podendo responder aos estímulos externos com atração ou rechaço. Com o desenvolvimento, o fator tele torna-se cada vez mais complexo. 
Em sua proposta de uma Psicologia do ato criador não existiria a distinção entre consciente e inconsciente. 
E define o inconsciente como: "um reservatório continuamente enchido e esvaziado pelos 'indivíduos criadores'. Foi criado por eles e, portanto, pode ser desfeito e substituído".
O ato criador tem como primeira característica a ESPONTANEIDADE; a segunda é a sensação de surpresa; a terceira é a sua irrealidade, faz parecer como se, pois tem como objetivo mudar a realidade; a quarta característica é um atuar sui generis; a quinta é a sua consubstanciação mimética. 
Na visão moreniana o ser humano é um agente participante desde a sua primeira entrada na cena da vida social. Desta forma, o nascimento seria o primeiro ato espontâneo. O resultado final do nascimento, é a catarse de integração.
Segundo Moreno, é necessário para a manifestação da criatividade que as conservas culturais constituam somente o ponto de partida e a base da ação, sob pena de se transformarem em seus obstáculos - cristalização de um processo de criação ou de um ato criador. 
Estrutura do "Tele": é definido por ele "como uma ligação elementar que pode existir tanto entre indivíduos como, também, entre indivíduos e objetos e que no homem, progressivamente, desde o nascimento, desenvolve um sentido das relações interpessoais".
Acredita que é praticamente impossível, devido a diversas interferências que o sujeito sofre ao longo de sua evolução, um desenvolvimento do fator tele sem alteração. Experiências anteriores marcantes influem para que tendamos a viver uma situação nova como se fosse a situação do passado. O conjunto de alterações psicopatológicas da tele compõe a transferência.
A transferência equivalia ao embotamento ou à ausência do fator tele. Desta forma, a presença de transferência, frequentemente é a causa de equívocos e até de sofrimento nas relações interpessoais.
Segundo Moreno, a DRAMATIZAÇÃO é o método por excelência para o autoconhecimento, o resgate da espontaneidade e a recuperação de condições para o inter-relacionamento. É uma possibilidade de entrar em contato com conflitos inconscientes.
A proposta da revolução criadora de Moreno é a recuperação da espontaneidade e da criatividade perdidas, através da catarse mental. O princípio produtor de catarse é a espontaneidade. Entende que é particularmente no psicodrama que a espontaneidade opera para além da dimensão das palavras, atingindo todas as outras esferas expressivas.
Definiu a doença mental, a partir dos conceitos de espontaneidade e criatividade, como a incapacidade de dar respostas criativas e adequadas a uma nova situação e encontrou, aí sim, no método psicodramático, a possibilidade de resgatar essas potencialidades. 
O trabalho da psicoterapia, para Moreno, é restabelecer a espontaneidade e a criatividade daqueles que a perderam, que agem de forma estereotipada e cristalizada. 
TEXTO 4: Conceitos básicos em intervenção grupal – Melo; Maia; Chaves - Ceará
Segundo Moreno, os papéis representam as atitudes que o indivíduo assume no momento em que reage a uma situação específica ou age sobre ela, em que outras pessoas ou objetos estão envolvidos. Afirma também que os papéis têm características e especificidades próprias da cultura em que foram estruturados. Na maioria das vezes, os papéis são referendados pelas normas de funcionamento de um grupo.
MORENO => Espontaneidade + Catarse (internalização de papeis) + Criação leva à transformação + O EU emerge dos papeis (sociais que assumimos)
Linha teórica: Psicodrama (brincar de ser). Funda o Método da Interpretação. Fala da Espontaneidade (Fator E). Entende que os PAPÉIS SOCIAIS são de extrema importância (“o EU emerge dos papéis sociais”). Quanto mais espontâneo, mais próximo da Catarse. 
Catarse => Segundo Freud, é onde ocorre a libertação das amarras, onde as pessoas se curam. Visa a saúde mental.
PICHON-RIVIÈRE: TEXTO 3: PRÓLOGO – Enrique Pichon-Rivière
Meu interesse pela observação da realidade teve, inicialmente, características pré-científicas e, mais exatamente, místicas e mágicas, adquirindo uma metodologia científica através da tarefa psiquiátrica.
 A descoberta da continuidade entre sono e vigília, presentes nos mitos que acompanharam minha infância, favoreceu em mim, desde a adolescência, a vocação pelo sinistro.
 Por trás de todo pensamento que segue as leis da lógica formal, subjaz um conteúdo que, através de diferentes processos de simbolização, inclui sempre uma relação com a morte, em uma situação triangular.
Ao entrar na Universidade, orientado por uma vocação destinada a instrumentar-me na luta contra a morte, o confronto desde cedo com o cadáver (que é o primeiro contato do aprendiz de médico com seu objeto de estudo) significou uma crise. Ali reforçou-se minha decisão de trabalhar no campo da loucura, que mesmo sendo uma forma de morte, pode ser reversível. 
A tentativa de estabelecer com os pacientes um vínculo terapêutico, confirmou o que, de alguma maneira, havia sido intuído, que por trás de toda conduta “desviada” subjaz uma situação de conflito, sendo a enfermidade a expressão de uma tentativa falida de adaptação ao meio. 
Através da leitura do trabalho de Freud sobre “a Gradiva” de Jensen, tive a vivência de ter encontrado o caminho que me permitiria obter uma síntese com base no denominador comum dos sonhos e do pensamento mágico, entre a arte e a psiquiatria.
Durante o tratamento de pacientes psicóticos, tornou-se evidente para mim a existência de objetos internos, multíplices “imago”, que se articulam em um mundo construído segundo um processo progressivo de internalização. Nesse cenário interior tenta-se reconstruir a realidade exterior, porém os objetos e os vínculos aparecem com modalidades diferentes pela passagem fantasiada a partir do ‘fora “para o âmbito intra-subjetivo, o “dentro”. O tempo e o espaço incluem-se como dimensões na fantasia inconsciente, crônica interna da realidade.
A indagação analítica desse mundo interno levou-me a ampliar o conceito de “relação de objeto”, formulando a noção de vínculo, que defino como uma estrutura complexa que inclui um sujeito, um objeto e sua mútua inter-relação com processos de comunicação e aprendizagem.
Todo vínculo implica a existência de um emissor, um receptor uma codificação e decodificação da mensagem. Insistimos que em toda estrutura vincular o sujeito e o objeto interatuam, realimentando-se mutuamente. A passagem ou internalização terá características determinadas pelo sentimento de gratificação ou frustração que acompanha a configuração inicial do vínculo, que será então um vínculo “bom” ou um vínculo “mau”.
As relações intra-subjetivas condicionarão as características de aprendizagem da realidade. O mundo interno define-se como um sistema, no qual interatuam relações e objetos, em uma mútuarealimentação. Em síntese, a inter-relação intra-sistêmica é permanente, enquanto se mantém a interação com o meio. Formularemos os critérios de saúde e doença a partir das qualidades da interação externa e interna.
A formulação dessas colocações implicava romper com o pensamento psicanalítico ortodoxo, ao qual aderi durante os primeiros anos de minha tarefa. Acredito que essa ruptura significou uma crise profunda, para cuja superação levei muitos anos, e que, talvez, só hoje, com a publicação destes escritos, esta superação esteja sendo realmente conseguida.
A trajetória de minha tarefa — que pode ser descrita como a investigação da estrutura e sentido da conduta, na qual surgiu a descoberta de sua índole social —, configura-se como uma práxis que se expressa em um esquema conceitual, referencial e operativo.
TEXTO 4: Conceitos básicos em intervenção grupal – Melo; Maia; Chaves - Ceará 
Devido à importância que o objetivo do grupo tem para sua existência parece-nos oportuno uma classificação que considere esta característica como balizadora. Assim, há os grupos operativos e os psicoterápicos. Os OPERATIVOS cobrem o campo institucional, organizacional, comunitário, com foco psico-educativo, portanto, na modificação desses campos. Os psicoterápicos são classificados a partir da abordagem teórica e têm perspectiva terapêutica. Neste último caso, temos as perspectivas psicodramática, psicanalítica, cognitivo-comportamental e teoria sistêmica.
Para Pichon-Rivière, o processo grupal decorre da mudança inerente à realização do objetivo do grupo. Na mudança, os grupos convivem com dois medos básicos, relativos a perdas de suas conquistas e aos desafios diante do novo. Medo de perder o equilíbrio conseguido; medo de ser atacado ao enfrentar situações novas em que os antigos parâmetros de ação já não valem e os novos ainda não estão postos e, portanto, não são suficientes. Assim, é instalada uma resistência no grupo que requer a elaboração desses medos como condição para a realização da tarefa grupal. A característica de mudança (transitoriedade) que os processos grupais apresentam tem como consequência a necessidade de vencer os medos que geram resistência. 
O motivo para ingressar no grupo e a experiência de vida são consideradas como componentes influentes naquilo que Pichon-Rivière denominou HETEROGENEIDADE do grupo. A tese do autor é a de quanto mais heterogêneo é um grupo, maior a probabilidade de ser eficaz e atingir o seu objetivo. A homogeneidade e heterogeneidade de um grupo afetam os seus resultados. Os grupos heterogêneos apresentam mais recursos, pois a presença de mais diferença pode implicar em mais diversidade para a troca do que em grupos homogêneos. Entretanto os grupos heterogêneos, pela sua diversidade, apresentam maior dificuldade em seu funcionamento do que os grupos homogêneos, porém o processo de crescimento torna-se mais eficaz em função das trocas interpessoais.
Ao trabalhar com o grupo, o coordenador grupal deve levar em consideração estas características pessoais, interpessoais, profissionais (econômico-sociais) e culturais. Neste contexto, é de fundamental importância que o coordenador compreenda a realidade sócio histórica na qual estão inseridos ele próprio e as pessoas que participam do grupo.
Pichon-Rivière destaca que os papéis podem ser impostos ou escolhidos. Por isto, no trabalho grupal, deve-se observá-los a fim de identificar aqueles que os membros do grupo assumem de forma espontânea ou imposta. Deve-se observar, ainda, como o grupo lida com os papéis assumidos formal e informalmente.
Tanto no processo da tarefa quanto no processo interpessoal o grupo apresenta o mesmo procedimento, atribuindo a uma ou mais pessoas a liderança. Esta é distribuída alternadamente para diferentes membros, no sentido de facilitar a resolução do problema que a todos incomoda. 
PICHON-RIVIÈRE => Se volta para um trabalho Psico-Educativo + Orientação Psicanalítica + Conceito: Vínculo (todos os papéis que estão conosco no grupo, na tentativa de equacionar as relações interpessoais) + Funda a técnica de Grupos Operativos (questão da escuta) + Centra a questão do grupo na TAREFA (sem tarefa não existe vínculo) + Grupo operativo: num grupo, sempre tem um coordenador; um internaliza o papel do réu. Todos os grupos têm uma tarefa, um objetivo + Não existe vínculo sem tarefa (Pichon-Riviere). Vínculo: todas as pessoas que carregamos conosco, num grupo. É a internalização de outros papéis.
SCHUTZ: TEXTO 4: Conceitos básicos em intervenção grupal – Ceará
Schutz formulou uma teoria sobre as necessidades interpessoais e sua relação com os objetivos grupais. Para ele, as pessoas em um grupo não consentem em integrar-se senão a partir do momento em que certas necessidades podem ser satisfeitas. O autor postula que o ser humano que se reúne em grupo tem, em maior ou menor grau, necessidades específicas e que é apenas no grupo e através do grupo que estas necessidades podem ser satisfeitas. Ele identificou três necessidades interpessoais típicas: necessidades de INCLUSÃO, necessidades de CONTROLE e necessidades de AFEIÇÃO. Estas necessidades são experimentadas por todas as pessoas.
A necessidade que toda pessoa tem de sentir-se fazendo parte do grupo e de sentir-se aceita, valorizada e respeitada é definida como necessidade de INCLUSÃO. A inclusão se processa na plenitude quando o indivíduo sente-se fazendo parte dos processos decisórios do grupo. As pessoas que têm alto nível de inclusão se dão facilmente com todos e têm grande círculo de relações, gozam de prestígio, valorizam a fama e a popularidade. As pessoas que têm inclusão negativa são retraídas, desligam-se das funções sociais e apreciam o isolamento.
A necessidade de CONTROLE se refere ao estabelecimento de relações de comando e de autoridade (poder). Diz respeito ao domínio e aos termos do processo decisório entre as pessoas. Implica no respeito pela competência e pela responsabilidade dos outros e a consideração dos outros por sua própria competência e responsabilidade. As pessoas que têm alto índice de controle gostam de influir, de liderar, de persuadir e de chefiar. As pessoas que expressam controle negativo ou são submissas e seguidoras, ou são rebeldes e resistentes (se opõem ao controle dos outros); não assumem o controle delas próprias.
A necessidade de AFEIÇÃO se refere ao estabelecimento de relações afetivas, de sentimentos íntimos e particulares e de contatos amistosos não indiscriminados, mas efetivos. Concerne à aproximação emocional. Esta necessidade está ligada ao sentimento de amar e ser amado e de sentir-se amável, ou seja, ao sentimento de amor mútuo e recíproco. Os sujeitos com afeição negativa são mais distantes, menos amorosos, menos íntimos e confidenciam menos.
Todos nós usamos as três formas de interação: ora uma, ora outra, mas uma delas predomina no nosso estilo pessoal. Schutz ainda destaca que as três necessidades ocorrem em diferentes momentos ou fases dos grupos (inclusão, controle e afeição).
A fase de inclusão se apresenta sempre no período inicial do grupo quando os participantes, confrontando-se uns com os outros, buscam e encontram o lugar que lhes convém. É o momento em que o grupo estabelece seus limites e cada um decide se vai implicar-se ou comprometer-se, até que ponto vai tornar-se membro do grupo e ser aceito e respeitado. Os subgrupos são criados a partir do momento em que cada um escolhe seus parceiros. A ideia inicial do objetivo e da composição do grupo, assim como o tipo de papel que se espera representar é formada nesta fase. Na teoria do grupo operativo de Pichon-Rivière, a inclusão recebe, nos momentos iniciais de um grupo, a denominação de afiliação e, quando plenamente construída, gera o sentimento de pertença.
Já incluídas pelo grupo, as pessoas sentem-se responsáveis por tudo aquilo que constitui o grupo, passando à fase de controle. Esse momento corresponde ao momento no qual o jogo de forças assume caráter importante, uma vez que os membros,ao procurarem firmar seu lugar no grupo, tentam também a mostrar seu poder de influência. Compreendem as lutas, as disputas pessoais pela liderança e pela distribuição de poder; refere-se ao domínio entre as pessoas, à competição fraternal, às discussões sobre os objetivos, às normas, à organização interna e aos métodos de ação e a tomada de decisão.
Na afeição, o grupo torna-se mais produtivo, criativo, construtivo, interdependente, sinérgico e amoroso. Em contrapartida, também aparecem o ciúme, a hostilidade e as manifestações de sentimentos negativos. Nesta fase, o grupo sente confiança de expressar sentimentos de qualquer natureza na busca do crescimento individual e grupal.
SCHUTZ => Todo mundo tem a necessidade de ser liderado + Quanto mais afeição, mais coeso é o grupo + Necessidades: (1) Inclusão (período inicial do grupo); (2) Controle (já estão inclusos no grupo); e (3) Afeição (grupo torna-se mais produtivo).
BALES: TEXTO 4: Conceitos básicos em intervenção grupal – Ceará
Para a realização do objetivo grupal ocorre necessariamente a interação entre os membros do grupo. Bales, em seu estudo sobre a tomada de decisão na solução de problema em grupo, identificou, através da observação da comunicação, categorias que representam os seus principais momentos.
Ele observou, na execução das atividades grupais, uma distribuição diferenciada das atribuições entre os membros do grupo. Uma parte dos membros buscava manter o grupo unido enquanto outra parte esforçava-se pela execução da tarefa grupal. Essa classificação de atribuições corresponde à principal distinção entre as categorias grupais.
Assim tais categorias foram agrupadas em níveis ou processos de ocorrência: o da tarefa e o sócio emocional ou interpessoal. O nível da tarefa abrange as atividades relacionadas diretamente à realização do objetivo do grupo enquanto que o nível sócio emocional abrange os processos interpessoais responsáveis pela manutenção de um clima favorável à realização da tarefa grupal. As atividades relacionadas com o nível sócio emocional remete para os sentimentos e as trocas afetivas gerados na convivência do grupo.
BALES => Aspectos importantes dos grupos: Comportamento de Tarefa + Relações Interpessoais + Tendência ao equilíbrio dos 2 aspectos + Modelo linear de fases grupais + Normalmente 4 Fases: (1) Formação; (2) Conflito; (3) Normatização; (4) Realização + Elementos: Tarefa + Emocional
BION: TEXTO 4: Conceitos básicos em intervenção grupal – Ceará
Numa perspectiva psicanalítica, Bion identificou dois modos de solução dos problemas grupais semelhantes aos níveis de Bales. Para Bion são dois os planos no qual os grupos agem: o plano do trabalho-tarefa e o plano da emoção. No plano do trabalho-tarefa a estratégia caracteriza-se por esclarecer a situação, buscar informações relevantes, elaborar alternativas e testá-las (maneira racional e consciente de um grupo buscar soluções para suas dificuldades).
Porém, é no plano da emoção que os grupos se defrontam com as dificuldades maiores em lidar com os problemas e seus reflexos recaem sobre o plano da tarefa, impedindo muitas vezes de um grupo realizar seu objetivo. É no plano da emoção que se inserem as necessidades interpessoais e que dão o clima para a realização da tarefa grupal.
Para Bion, as respostas emocionais podem apresentar uma das seguintes hipóteses: a dependência, a luta-fuga e a união ou acasalamento. A dependência refere-se à condição que toda pessoa apresenta de depender de algo ou alguém para a realização de seus objetivos. Caracteriza-se pela necessidade grupal de um LÍDER, ou seja, de esperar que alguém diga o que o grupo deve fazer, como e quando realizar ações. O grupo tem necessidade de centrar o poder em alguém, que normalmente representa a figura de autoridade. Há também a necessidade de se estabelecer normas explícitas e códigos de funcionamento que sejam respeitados por todos.
A luta-fuga refere-se ao desejo de não mais depender do outro e de perceber a relação de dependência como uma ameaça. A relação é percebida como perigosa e a forma de neutralizá-la passa a ser a agressão ou a fuga do grupo. Assim, na fase de luta-fuga o grupo sente desconforto pela condição de dependência e o demonstra com manifestações de sentimentos de raiva, hostilidade e agressão dirigidos aos membros ou ainda ao coordenador ou líder. 
A união ou o acasalamento refere-se ao momento em que os integrantes do grupo não se sentem mais ameaçados pelos sentimentos advindos da relação de dependência e buscam, então, uma forma mais saudável de se agrupar com vistas a alcançar os seus objetivos. Uma vez atingida a fase da união, o grupo apresenta maturidade para tratar os conflitos, as diferenças individuais, as incertezas e as emoções. 
BION (orientação Psicanalítica) => Início dos trabalhos com reabilitação de grupos militares + Dependência de algo ou alguém + Luta-e-fuga => desejo de não depender do outro + União ou acasalamento + Elementos: Tarefa + Emocional
PIAGET => Epistemologia Genética (ou Psicogênese) => gênese do funcionamento mental (“O desenvolvimento dos processos psicológicos é parte vital do desenvolvimento integral do homem, que se estende por todo o ciclo vital, em contextos interpessoais + É um Biológico => Organismo: estrutura cognitiva + Sujeito e Objeto se constroem dialeticamente + O Meio (objeto do conhecimento) representa o próprio grupo. Ele se expressa pelas relações intergrupais. O desequilíbrio (cognitivo) é que nos faz ir para a frente no ciclo vital + O Grupo é que te põe em desequilíbrio cognitivo, e te faz avançar + Conflito cognitivo => ACOMODAÇÃO + Após o “estímulo” do grupo, faço uma ressignificação (reorganização), elaboro e só depois devolvo algo ao grupo. Moral Autônoma + Identidade: a pessoa precisa de representação mental. Traz dois grandes princípios: (1) Representação do EU, real ou imaginária, na nossa relação com o outro ou o objeto; e (2) desenvolvimento da Autonomia (só consigo desenvolver em grupo). Cognitivista + Autonomia => Auto-regulação + Heteronomia => Completa dependência, real ou imaginária, do grupo ou do outro (contrário de Autonomia) + Desequilíbrio Cognitivo => o que me leva para frente (na busca pela Adaptação) + O que são relações objetais? => Tríade: pai/mãe/bebê + alguém no grupo traz o desequilíbrio no grupo (Henry Fonda) para depois se retomar o equilíbrio. Obs: desequilíbrio => é cognitivo, e não psíquico.
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