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Kurt Lewin
E os pequenos grupos. ( TEXTO 10)
Kurt Lewin é reconhecido como o fundador da teoria dos pequenos grupos e da metodologia da pesquisa-ação em psicologia social. 
Para Kurt, grupo é:
Um campo de forças, cuja dinâmica resulta da integração dos componentes em um campo (ou espaço) psicossocial. O grupo não é uma somatória de indivíduos e, portanto, não é o resultado apenas das psicologias individuais e, sim, um conjunto de relações, em constante movimento.
No seu segundo livro, Lúcia Afonso, traz mais alguns elementos da conepção de grupo para Lewin. “O grupo é um campo de forças, um espaço vital, cuja dinâmica resulta da interação dos seus membros dentro de um contexto”. Por isso, para Lúcia, o grupo é o campo apropriado para a mudanças de ideias, atitudes e práticas. As mudanças sociais precisam estar enraizadas nas relações do grupo, que estão na base da sociedade. A mudança que os pequenos grupos trazem tem um impacto na cultura e é por isso que se diz que os grupos têm um papel multiplicador no contexto social.
O problema fundamental que Kurt Lewin buscou elucidar dizia a respeito a “[...] que estruturas; que dinâmica profunda; que clima de grupo; que tipo de condução permite a um grupo humano atingir autenticidade em suas relações tanto intra-grupais quanto inter-grupais, assim como a criatividade em suas atividades de grupo?”
A partir dessas questões Lewin demonstra grande interesse em fazer suas experiências no campo da Psicologia Social, fixando assim, novos objetivos para este campo. Desta forma, ele chama a atenção dos psicólogos sociais para a necessidade de estudar os pequenos grupos chamados por ele grupos “frente a frente”. O estudo dos pequenos grupos constitui para Lewin uma opção estratégica que permitiria, em um futuro ainda imprevisível, esclarecer e tornar inteligível a psicologia dos macro fenômenos sociais.
Lewin define campo como “a totalidade dos fatos coexistentes na sua interdependência”. Um exemplo sobre o conceito de totalidade seria que não podemos deduzir as características globais de um grupo a partir dos comportamentos dos elementos isolados que constituem o próprio grupo. Gocci; Occhini vão falar sobre os “fatos coexistentes” (Fatos Psicológicos)
O primeiro grupo de fatos corresponde àquilo que Lewin define como pessoa e o ambiente psicológico tal como é vivido pela mesma: a percepção, as representações, as emoções, as motivações, as expectativas, etc. este primeiro grupo é o que se define mais propriamente como espaço de vida.
Para Lewin, o Espaço Vital:é composto pela totalidade dos fatos que determinam o comportamento do invidíduo num certo momento. Inlcui a pessoa e o seu meio. O comportamento do indivíduo é igual aos fatos que incluem a pessoa e o seu meio. Neste grupo de fatos incluem-se os que são muito diferenciados – relativos à pessoa, aos seus dados interiores, os que estão presentes no ambiente exterior e que entram no mundo do conhecimento do sujeito, adquirindo significado para ele e, além dos outros, os que são produzidos pelo comportamento.
A dinâmica do campo vai se exprimir em três conceitos fundamentais: tensão, força e valência. Cada um destes três conceitos pode referir-se, dependendo do objeto de análise, tanto ao ambiente exterior à pessoa como à própria pessoa.
Para Lewin (de acordo com o texto de Gocci; Occhini), existe em qualquer individuo um estado de tensão sempre que haja uma necessidade ou uma intenção. (para Lewin, a necessidade pode ser considerada como o elemento que liga tensões, valência, força e locomoção).
Não é a tensão em si a causa que desencadeia e dá inicio à locomoção. Ela é determinada pela relação da tensão com os sistemas dinâmicos do campo – a valência e a força.
A valência é o valor que uma região assume num determinado momento e, por conseguinte determina a direção da locomoção. Se a valência de uma região for positiva, todas as forças do campo se voltam para ela, quando a valência for negativa, as forças tendem a afastar-se dessa região.
E, força é entendida como a direção e a intensidade da tendência para a mudança e para a transferência que atuam naquele momento específico, na região do campo em que teve início a locomoção.
Existem as forças impulsoras, que promovem locomoção e comunicação; e as forças frenadoras, os obstáculos e as barreiras.
Para Lewin, nem o passado, nem o futuro podem afetar o comportamento atual, segundo o princípio da contemporaneidade. Mas as atitudes, sentimentos e pensamentos sobre o passado ou o futuro podem influenciar condutas.
Assim, o grupo é visto como unidade e os membros se encontram vinculados pela interdependência de sua condição, projeto ou trajetória social.
Para Lúcia Afonso, Lewin propõe duas grandes questões, para o estudo dos pequenos grupos:
1. Porque o grupo age da maneira como age?
2. Porque a ação do grupo é estruturada da maneira como é estruturada?
Para Lewin, Estrutura: é a forma de organização do grupo, a partir da identificação de seus membros.
A Dinâmica, diz respeito às forças de coesão e dispersão, que geram movimento e transformação no grupo.
A dinâmica do grupo inclui:
- os processos de formação de normas
- comunicação
- cooperação e competição
- divisão de tarefas e;
- distribuição de poder e liderança.
Segundo Lúcia Afonso “a mudança cultural só é possivel se partir da base da sociedade, daí a importância dos pequenos grupos sociais”.
Para ocorrer mudança cultural precisa-se de uma estratégia de comunicação e ação no campo social. Para Lúcia Afonso, organizando as ideias de Lewin, isso exige mudar:
1. As estruturas da situação social;
2. As estruturas das consciências dos que vivem nessa situação social;
3. Os acontecimentos que surgem nessa situação social.
Lewin usa o termo “adaptação social” não no sentido de um conformismo social, mas no de que, ao se comprometer com as mudanças sociais, os indivíduos devem criar formas ativas de buscar seus objetivos sem romper os laços com a realidade coletiva ou campo social.
Para Lewin, a postura de uma aprendizagem ativa e participativa se articulava a três ideias essenciais:
1. A importância do papel ativo do indivíduo na descoberta do conhecimento.
2. A importância de uma abordagem compreensiva na intervenção, que incluia aspectos cognitivos e afetivos.
3. A importância do campo social para constituir e transformar a percepção social e o processo de construção de conhecimento.
Os grupos são campos sociais onde as pessoas intageram e o grupo ajuda o indivíduo a constituir o seu espaço vital, sendo ao mesmo tempo: influência, instrumento e contexto para a mudança social.
Conceito de grupo. Elementos que estão presentes:
- grupo como rede de relações (diferente de agrupamento);
- numero restrito de pessoas;
- objetivos em comum;
- se reconhecem e se identificam enquanto grupo;
- vinculados pela interdependência (palavrinha importante em Kurt Lewin) de sua condição, projeto ou trajetória social.
Lúcia Afonso, diferença entre agrupamento e grupo psicológico.
Agrupamento: um mero aglomerado de indivíduos sem traços de união ou identidade entre si;
Grupo: que se constitui como uma “rede de relações”.
No pequeno grupo os sujeitos se apreendem mutuamente em um vivido partilhado. O participante do grupo é pensado como um sujeito social em que formas de compreender o mundo e de se compreender no mundo são construídas em interação e comunicação social. Todos eles estão envolvidos:
- em um esquema de ação de um dado contexto sócio-histórico;
- em um processo de comunicação intersubjetivo (com linguagem verbal e não verbal);
- partilham valores, linguagem e práticas sociais, apesar da vivência de conflitos;
De acordo com Lewin, a liderança no grupo toma três formas básicas: autoritára, democrática e laissez-faire. E as redes de comunicação também se organizam de três formas básicas: centralizadas, descentralizadas e dispersas. Essas formas básicas se correlacionam: o estilo de liderança e a forma de comunicação.
Liderança Democrática: Nesses grupos criou-se um clima de “colaboração viva” entre os membros; a produçãoquantitativamente baixa mas qualitativamente melhor.
Liderança Autocrática: As relações são marcadas por atitudes de hostilidade e individualismo. O estilo prevalece é a ênfase no “eu” e no líder.
Liderança laissez-faire: O líder não atua como coordenador, é omisso, não quer mandar e nem tomar iniciativas, deixando completa liberdade de ação no grupo. Este estilo de liderança atua como fonte de atritos, desorganização e insatisfação e a produção foi baixa. 
Teoria socionômica ( TEXTO 11)
Para Moreno o indivíduo é concebido e estudado através de suas relações interpessoais. Logo ao nascer, a criança é inserida num conjunto de relações, constituído em primeiro lugar por sua mãe (que é o primeiro ego-auxiliar), seu pai, irmãoes, avós, tios, etc.; a este conjunto Moreno chamou de Matriz de Identidade. No início de seu desenvolvimento na Matriz a criança vivencia a sociedade através da mãe iniciando seu processo de socialização e integração na cultura.
O Homem moreniano é um indivíduo social, porque nasce em sociedade e necessita dos outros para sobreviver, sendo apto para a convivência com os demais.
Toda a teoria moreniana parte dessa ideia do Homem em relação, e, portanto, a inter-relação entre as pessoas constitui seu eixo fundamental. Para investiga-la, Moreno criou a Socionomia.
Do latin, Sociu = companheiro, grupo; Do grego, nomos = regras, lei. Ou seja, estudo das leis que regem o comportamento social e grupal.
1.Sociodinâmica.
Estuda o funcionamento (ou dinâmica) das relações interpessoais. Tem como método de estudo o role-playing, ou jogo de papeis que permite ao indivíduo atuar dramaticamente diversos papéis, desenvolvendo assim um papel espontâneo e criativo.
2. Sociometria
Tem por objetivo medir as relações entre as pessoas e seu método é o teste sociométrico, cuja aplicação criteriosa possibilita quantificar as relações estudadas. 
3. Sociatria
Constitui a terapêutica das relações sociais. Seus métodos são: a Psicoterapia de grupo, o Psicodrama e o Sociodrama.
O psicodrama é o tratamento do indivíduo e do grupo através da ação dramática.
A psicoterapia de Grupo prioriza o tratamento das relações interpessoais inseridas na dinâmica grupal.
O sociodrama é um tipo especial de terapia onde o protagonista é sempre o grupo e as pessoas estão reunidas enquanto mantêm alguma tarefa ou objetivo comum.
A visão moreniana do Homem
O Homem como Agente Espontâneo
Na visão moreniana, os recursos inatos do homem são a espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade. Desde o início ele traz consigo fatores favoráveis a seu desenvolvimento. Entretanto, essas condições, que favorecem a vida e a criação, podem ser pertubadas por ambientes ou sistemas sociais constrangedoras.
O nascimento e o fator E
Para Moreno, o nascimento concebia o rebento humano como um agente participante, desde a sua primeira entrada na cena da vida social.
À capacidade de responder adequadamente à situação, utilizada primeira vez no nascimento, deu o nome de Fator E ou espontaneidade. Apresentar a espontaneidade como um fator foi um modo irônico de confrontar-se com as teorias fatoriais da Psicologia, que concebiam a personalidade como resultante de diversos fatores, que se procurava detectar e medir.
A revolução criadora
O homem nasce espontâneo e deixa de sê-lo devido a fatores adversos do meio ambiente.
A Revolução Criadora moreniana é a proposta de recuperação da espontaneidade e da criatividade, através do rompimento com padrões de comportamento estereotipados, com valores e formas de participação na vida social que acarretam a automatização do ser humano.
Espontaneidade e Criatividade
Quando somos reduzidos à condição de peças de engrenagens, nas quais somos colocados sem o reconhecimento de nossa vontade, impedidos de inciativa pessoal, estamos privados de nossa espontaneidade. Há alienação do fator E.
A espontaneidade é a capacidade de agir de modo “adequado” diante de situações novas, criando uma resposta inédita ou renovadora ou, ainda, transformadora de situações preestabelecidas.
Quando a concepção moreniana associa o fator E à “adequação” parece estar reunindo termos contraditórios: se, por um lado, valoriza a iniciativa e o “toque” pessoal, por outro, propõe o ajustamento, que só parece possível em relação à manutenção do que já está pronto.
Quando recupera sua liberdade ou luta por ela, o homem reafirma sua essência, o que é próprio de sua natureza, ou seja, a espontaneidade.
A possibilidade de modificar uma dada situação ou de estabelecer uma nova situação implica em criar: produzir, a partir de algo que já é dado, alguma coisa nova. A criatividade é indissociável da espontaneidade. A espontaneidade é um fator que permite ao potencial criativo atualizar-se e manifestar-se.
 Criatividade versus Conserva Cultural
Todo resultado de um processo de criação ou de um ato criador pode cristalizar-se como conserva cultural. Conservas Culturais são objetos materiais, comportamentos, usos e costumes, que se mantêm idênticos, em uma dada cultura.
Para que a criatividade se manifeste, é necessário segundo Moreno, que as conservas culturais constituam somente o ponto de partida e abase da ação, sob pena de se transformarem em seus obstáculos.
O Fator Tele
Com o desenvolvimento de um fator inato, que Moreno chamou de tele, a criança vai distinguindo objetos e pessoas, sem distorcer seus aspectos essenciais.
Moreno definiu Tele como a capacidade de se perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações e o que se passa entre as pessoas.
O fator Tele influi decisivamente sobre a comunicação, pois só nos comunicamos a partir daquilo que somos capazes de perceber.
Tele e Empatia
Tele, para Moreno, é também “percepção interna mútua entre dois indivíduos”. Apesar da semelhança desta com a Empatia, há distinções importantes.
A Empatia é captação, pela sensibilidade, dos sentimentos e emoções de alguém ou contidas em um objeto. É a tendência que o sujeito entre si mesmo de se “adentrar” no sentimento com o qual toma contato.
Empatia, segundo o Dicionário Aurélio, “Tendência para sentir o que se sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas pela outra pessoa”.
Sintetizando, o fator Tele, inato, em condições favoráveis a seu desenvolvimento, permite a experiência subjetiva profunda entre pessoas e pode ser observado por um terceiro (é objetivo). Este fator supera o afastamento entre sujeitos que se relacionam. Tele significa “à distância”, como o radical grego de televisão e telepatia.
Tele e transferência
Para Moreno, a transferência equivale ao conceito de sentido fenômeno oposto ao fenômeno da Tele. Para Moreno, a transferência equivalia ao embotamento ou à ausência da Tele.
A presença da transferência, enquanto patologia do fator Tele (nesse caso inibido ou enfraquecido), frequentemente é causa de equívocos e até de sofrimento nas relações interpessoais.
A Medida do Fator Tele
Uma parte do teste sociométrico, o “perceptual”, criado por Moreno, verifica a capacidade, de cada elemento de um grupo de captar os sentimentos e expectativas dos outros em relação a ele.
Tele e Encontro
O encontro é a experiência essencial da relação télica.
O encontro de que fala Moreno não pode ser marcado como um horário. No entanto, ele convidava para esse encontro. Como?
O convite moreniano é uma espécie de convocação, é apelo para a sensibilidade do próximo. É convite para a vivência simultânea e “bi-empática”, enfim, télica. É apelo da espontaneidade.
A teoria do Momento
O momento moreniano é uma espécie de curto-circuito. É vivido como se a duração fosse alterada subitamente, permitindo o destaque de um instante que transforma as pessoas envolvidas. É o caso do momento do encontro e do momento da criação, situações em que o ser humano se realiza, afirmando o que é essencial no seu modo de ser.
O “Aqui e Agora”
Moreno salientava a importância de se pensar respeito da interação humana levando principalmente em conta o tempo presente.
Moreno pretendia estar encontrando pela primeira vez o método adequado para o estudo das interações“aqui e agora”, o método sociométrico.
Teoria dos Papéis
As teorias morenianas sempre se referem ao homem em situação, imerso no social e buscando transforma-lo através da ação.
Conceito papel, assimilado no Psicodrama: Compreendem unidades de representação teatral e de ação e funções sociais.
Papéis profissionais; Papéis determinados pela classe social (patrão, operário); Papéis Afetivos (amigo, inimigo, companheiro); Papéis Familiares (pai, mãe, filho); Papéis nas demais instituições (diretor, deputado, coordenador).
Todos papéis tem algo em comum: São observáveis.
Moreno definiu papel como a menos unidade observável de conduta.
“Papel é a forma de funcionamento que o indivíduo assume no momento específico em que reage a uma situação específica, na qual outras pessoas ou objetos estão envolvidos.”
Para a teoria moreniana, “todo papel é uma fusão de elementos privados e coletivos. Um papel compõe-se de duas partes: o seu denominador coletivo e o seu diferencial individual.
Papel é a unidade de condutas interrelacionais observáveis, resultante de elementos constitutivos da singularidade do agente e de sua inserção na vida social.
A origem dos papéis na Matriz de Identidade
Na história do indivíduo, os papéis começam a surgir no interior da Matriz de Identidade, que constitui “a base psicológica para todos os desempenhos de papéis”.
Para Moreno, “o ego deriva dos papéis”, e o que se costuma chamar de “personalidade” deriva de fatores GETA: genéticos, espontaneidade, tele e ambiente.
Papéis Psicossomáticos
A partir do modo pelo qual foram experienciados os papéis psicossomáticos e do desenvolvimento de seus fatores Tele e Espontaneidade, a Criança continua o processo de assimilação de novos aglomerados de papéis. Inicialmente, sem que ela possa fazer distinção entre papéis reais e papéis imaginários.
Na fase de realidade total, a criança começa a “imitar” algumas formas de ação que observa. Mas ainda não é capaz de representar ou desempenhar papéis, sem confundir com aspectos aquilo que observa e estabelecendo distinção entre papéis reais e imaginários.
Papéis Sociais e Papéis Psicodramáticos
A função psicodramática é a contrapartida da função de realidade. Nos papéis sociais opera predominantemente a função de realidade, e nos papéis psicodramátios, a fantasia ou função psicodramática.
Os papéis psicodramáticos correspondem à dimensão mais individual da vida psíquica, “à dimensão psicológica do eu”, e os papéis sociais, à dimensão da interação social.
Papéis Psicodramáticos no Psicodrama	
Os papéis psicodramáticos são “personificações de coisas imaginadas, tanto reais quanto irreais”.
A ação dramática permite insights profundos, por parte do protagonista e do grupos, a respeito do significado dos papéis assumidos. Os papéis psicodramáticos evidentemente têm seus complementares na ação dos co-atores e do grupo, que assistem ao drama e nele se vêem representados.
Papéis Complementares	
Todos os papéis são complementares. São unidades de ação realizadas em ambiente humano ou na expectativa de inter-relação.
O modo de ser, a identidade de um indivíduo decorre dos papéis que complementa ao longo de sua existência e de suas experiências, com as respostas obtidas na interação social, por papéis que complementam os seus.
A PSICOLOGIA SOCIAL DE ENRIQUE PINCHON – RIVIERE (texto 12)	
Grupo e Grupo Operativo	
A teoria de Pichon-Riviere traz implícita uma proposta: a de aprender a pensar em grupo em termos de uma Psicologia Social da vida cotidiana.
É um ir configurando, a partir da aprendizagem, um Esquema Conceitual, Referencial e Operativo (ECRO).
O ECRO proposto por Pichon-Riviere implica uma abordagem do homem em suas condições concretas de existência; a única forma, portanto, de entender este Homem, será em seu cotidiano.
Para Pichon o conhecimento é um processo que implica a existência de três momentos:
-- Momento sensível – no qual os aspectos exteriores do objeto de conhecimento são percebidos;
-- Momento lógico – É o momento de conceitualização onde são conhecidas as leis internas que governam o fenômeno;
-- Momento Prático – é o momento operativo, quando este conhecimento se aplica ativamente a esta aplicação atua como critério de verdade do conhecimento.
Pichon considera três elementos da subjetividade que se dão no ECRO:
Sentir, Pensar e Agir, que se relacionam respectivamente com os três momentos do conhecimento – sensível, lógico e prático.
Para Pichon a aprendizagem é um processo de apropriação da realidade no qual a conduta do sujeito se modifica a partir de suas próprias experiências. A aprendizagem é uma conduta e como tal implica a relação do sujeito com um objeto.
Todo o processo de aprendizagem implica na existência de três momentos:
1 – momento confusional – quando ainda não são conhecidos os limites do conhecimento;
2 – momento dilemático – quando começam a se produzir fragmentações no grupo e a contradição se polariza. O que está atrás deste momento é a resistência à mudança que, uma vez elaborada, possibilita o surgimentodo terceiro momento;
3 – o problema – aqui o sujeito pode situar-se no lugar do outro, escutá-lo. Permite-se modificar-se no interjogo dialética com os outros.
Conceito de grupo
Todo grupo exige de cada um dos integrantes uma determinada conduta, existe a expectativa de que cada um tenha um determinado papel. Aqui surge o temor à despersonalização, o medo de ser absorvido pelo grupo, de perder a identidade. Lembre-se que aqui o que se perde em um grupo não é a identidade e sim a individualidade, isto em função da cooperação, quando o sujeito faz parte de um grupo.
E o que é um grupo? Para Pichon-Riviere grupo é: “Conjunto restrito a pessoas ligadas entre si por constantes de espaço e tempo, articuladas por sua mútua representação interna interatuando através de complexos mecanismos de assunção e atribuição de papéis, que se propõe de forma explícita ou implícita uma tarefa que constitui sua finalidade”.
Em um grupo nos encontramos com uma situação dada em um momento determinado – este é o Existente, que abrange tanto o explícito como o implícito. Através do aclaramento do que está ocorrendo aparece uma situação nova no grupo que Pichon denominou situação emergente.
Grupo Operativo
Podemos dizer que a proposta de Pichon inclui um ECRO teórico:
-- Teoria do sujeito
-- Teoria do conhecimento
E um ECRO clínico: -- Teoria do desenvolvimento
--Teoria da enfermidade
-- Teoria do processo corretor abrangendo 
 ----Operações sobre condutas desviadas; colaboração no desenvolvimento da saúde através do G.O. visando à cura/reaprendizagem.
O fundamento teórico da operatividade do grupo é dado pela teoria da enfermidade única. Pichon considera a depressão como situação patogenética básica e outras estruturas patológicas como tentativas inadequadas de cura.
Os três momentos da tarefa grupal
Em todo grupo temos um início, um desenvolvimento e um fim, Em termos de trabalho grupal encontramos três momentos: pré-tarefa, tarefa e projeto.
Na pré-tarefa encontramos as técnicas defensivas que estruturam a resistência à mudança.
O momento da tarefa é quando são elaboradas as ansiedades básicas e se rompem as estereotipias. Isto permite ao sujeito um contato ativo com a realidade e a elaboração de estratégias e táticas que possibilitarão o aparecimento de um projeto.
1º Vetor – Afiliação e compromisso
A afiliação refere-se à primeira aproximação ao grupo, é resultado de uma escolha, tem uma motivação – um sentido – uma explicação histórica.
O compromisso é o momento seguinte: é a afiliação total. É um grau maior de identificação e integração com o grupo o que permitirá a seus membros a elaboração e planificação da tarefa cujos quatro momentos estão constituídos pela estratégia, a tática, a técnica e a logística.
2º Vetor – Cooperação
Consiste na contribuição à tarefa grupal e se constitui sobre a base de papéis diferenciados. Nela se manifesta o caráter interdisciplinar do grupo operativo.
3º Vetor – Pertinência
Consiste na centralização do grupo na tarefa prescrita. Nestevetor está a prova da impostura. A qualidade da pertinência é avaliada pela intensidade da pré-tarefa e produtividade do grupo.
4º Vetor – Comunicação
Esta pode ser verbal e pré-verbal. No grupo podem acontecer diferentes modalidades de comunicação:
- Comunicação de um em direção a todos – pode gerar a relação de dependência de um líder.
- comunicação de todos em direção a um – aqui o perigo é que este seja transformado em bode expiatório.
- comunicação entre dois que se isolam do resto do grupo – pode gerar a formação de subgrupos.
O ideal seria um tipo de comunicação de todos com todos.
5º Vetor – Aprendizagem
Este é o vetor do desenvolvimento, da adaptação ativa à realidade. A aprendizagem é alcançada pela integração das informações dos componentes do grupo, acontecendo em um determinado momento a trasnformação da quantidade em qualidade.
6º Vetor – Tele
Este vetor foi definido por Moreno como uma disposição positiva ou negativa para trabalhar a tarefa grupal. Para Pichon, todo encontro é na verdade um reencontro, o grupo retroage a situações anteriores incontáveis.

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