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Nota de Aula - CRIME DOLOSO

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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA 
Direito Penal I (PARTE GERAL) 
Período: 2013.1 
Nota de Aula 
Prof. Antonio Sergio 
 
 
CRIME DOLOSO 
 
 
1. CONCEITO: “é a vontade consciente dirigida a realizar ou 
aceitar a conduta prevista no tipo penal incriminador” (Capez). 
 
 OBS. 1. É o elemento subjetivo da conduta. 
 2. A liberdade ou não do movimento é questão a ser 
aferida na culpabilidade. 
 
2. ELEMENTOS: 
 
 a) Consciência (elemento intelectivo): conhecimento do fato 
que constitui a ação típica. 
 b) Vontade (elemento volitivo): vontade de realizar esse ato 
típico. 
 
3. TEORIAS: 
 
 a) Teoria da Vontade: “dolo é a vontade consciente de realizar 
a conduta e produzir o resultado” (Capez). 
 
 b) Teoria da Representação: “dolo é a vontade de realizar a 
conduta, prevendo a possibilidade do resultado ocorrer, sem, contudo, 
desejá-lo” (Capez). 
 c) Teoria do Assentimento ou Consentimento: “dolo é o 
assentimento do resultado, isto é, a previsão do resultado com a 
aceitação dos riscos de produzi-lo” (Capez). 
 
 OBS: O Código Penal, no artigo 18, inciso I, adotou a Teoria da 
Vontade para o DOLO DIRETO, e a Teoria do Assentimento para o 
DOLO EVENTUAL. 
 
2 
 
4. ESPÉCIES DE DOLO: 
 
 a) Dolo Natural: é dolo concebido como um elemento 
puramente psicológico, desprovido de qualquer juízo de valor, não 
abrangendo a consciência da ilicitude (é o dolo concebido pela 
Teoria Finalista). 
 
 b) Dolo Normativo: é o que contém, além da consciência e 
vontade, a consciência da ilicitude (é o dolo concebido pela Teoria 
Causalista). 
 
 c) Dolo Direto ou Determinado: é a vontade de realizar a 
conduta e produzir o resultado (Teoria da Vontade). 
 
 d) Dolo Indireto ou Indeterminado: o agente, com sua 
conduta, não busca realizar resultado determinado. Pode ser: 
 
(1) Eventual: o agente não quer diretamente o resultado, 
mas aceita o risco e a possibilidade de produzi-lo (Teoria do 
Assentimento). (Ex: motorista em alta velocidade, realizando 
manobras arriscadas, assume o risco de produzir o resultado 
de eventual morte). 
 
(2) Alternativo: o agente quer produzir um ou outro 
resultado (Ex: O Agente atira para lesionar ou matar). 
 
 e) Dolo de Dano: é a vontade de produzir uma lesão efetiva a 
um bem jurídico (Ex: Art. 121, CP). 
 
 f) Dolo de Perigo: é a mera vontade de expor o bem jurídico a 
um perigo de dano (Ex. Art. 132, CP). 
 
 g) Dolo Genérico: é a vontade de realizar a conduta sem um 
fim específico, ou seja, é a vontade de concretizar os elementos do 
tipo. 
 
 h) Dolo específico: é a vontade de realizar conduta visando a 
um fim especial previsto no tipo penal (Art. 159, CP). 
 
i) Dolo Geral, “Dolus generalis”, erro sucessivo ou 
“aberratio causae”: “dá-se quando o agente pratica 
uma conduta objetivando alcançar um resultado e, após 
acreditar erroneamente tê-lo atingido, realiza outro 
comportamento, o qual acaba por produzi-lo” (André 
Estefam) 
(Ex: “A” envenena “B” e, acreditando que “B” já estava 
morto, joga-o nas profundezas do mar. “B”, na verdade, 
3 
 
ainda estava viva, e só morreu em decorrência do 
afogamento). 
OBS: 1. O dolo é geral, pois abrange toda a situação até a 
consumação; 
 2. Para fins de qualificar o delito, leva-se em 
consideração o que o agente tinha em mente (No 
exemplo supracitado, o emprego do veneno) e não o 
meio acidental (ainda no exemplo, a asfixia por 
afogamento). 
 
 j) Dolo de Primeiro Grau e Dolo de Segundo Grau: O Dolo 
de Primeiro Grau consiste na vontade de produzir as consequências 
primárias do delito, isto é, o resultado típico inicialmente visando e 
perseguido. Já o Dolo de Segundo Grau abrange os efeitos 
secundários da prática criminosa, ou seja, as consequências 
secundárias não desejadas originalmente, mas provocadas por 
estarem ligadas ao primeiro evento. 
 (Ex: “A”, querendo matar “B”, detona uma bomba no automóvel 
que conduz “B”, matando este e o motorista. Temos o Dolo de 
Primeiro Grau em relação a “B”, e o Dolo de Segundo Grau em relação 
ao motorista). 
 
 
BONS ESTUDOS NOS LIVROS!

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