Buscar

Conforto ambiental

Prévia do material em texto

ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA:
Projetar considerando o conforto dos usuários e a economia de energia elétrica vem se tornando, cada vez mais uma tendência mundial. Uma das principais funções dos arquitetos é a concepção de projetos mais eficientes que reduzam os impactos ambientais, melhorando a integração do edifício com o entorno e a obtenção de conforto através de sistemas passivos de condicionamento. Através da criação de soluções diferenciadas de conforto, integra princípios funcionais, econômicos e ambientais, reduzindo os gastos com a energia elétrica e, principalmente, tornando os espaços menos herméticos, mais agradáveis e humanizados.
Através das obras do arquiteto João Filgueiras Lima, Lelé, podemos observar, o uso racional da energia elétrica, conforto aos usuários e humanização dos espaços. O emprego da ventilação e da iluminação natural nas construções minimiza os impactos ambientais e possibilita uma maior harmonia entre o entorno e o edifício.
Em uma de suas obras arquitetônica destacamos os hospitais da Rede Sarah, considerados verdadeiros exemplos de arquitetura bioclimática. Edifícios construídos com base na industrialização, que utilizam recursos naturais através de soluções criativas e flexíveis, transformam-se em locais confortáveis, econômicos e agradáveis.
As soluções de projeto, desde a implantação e volumetria do edifício até o desenvolvimento de cada detalhe construtivo e de fechamento, estão direcionadas para a interação entre os princípios da ventilação e iluminação naturais e proteção da radiação solar direta, visando ao conforto ambiental e à eficiência energética.
No projeto do hospital de Salvador, um conjunto de procedimentos foi utilizado para tratar a construção, tirando o melhor possível dos materiais, do processo construtivo e da associação entre as partes, formando um todo coerente e ainda nesse requinte de ter um sistema de ventilação natural.
A ventilação natural foi trabalhada como um dos aspectos principais, buscando-se o conforto térmico dos usuários e reduzindo a utilização do ar condicionado. 
No Sarah Salvador, a ventilação natural de baixo para cima (efeito chaminé) ajuda a retirar o calor para o exterio. As aberturas dos sheds estão localizadas a sotavento (sudoeste), favorecendo o efeito de sucção do ar, empregou-se, exclusivamente, a ventilação natural através de fluxos verticais, favorecendo o efeito chaminé. 
As galerias de manutenção das instalações se tornam também galerias para a ventilação natural; As entradas das galerias para a captação do ar estão orientadas no sentido dos ventos dominantes (nordeste). O ar é canalizado, criando um diferencial de pressão necessário para favorecer a ventilação vertical. Na ausência de ventos, ventiladores localizados na entrada das galerias são acionados para fazer a captação do ar e o insuflarem para os ambientes internos. 
 No Sarah de Salvador, foi implantado um sistema de nebulização de água do lado de dentro das galerias.  
A cobertura do hospital de Salvador é composta por uma camada externa de telhas de alumínio, uma camada de ar intermediária em torno de 15 centímetros de espessura e um forro interno de alumínio. O pé-direito desse hospital é de três metros na parte inferior dos sheds e 4,50 metros na parte superior, sendo, nesse caso, os sheds limitados por ambientes, o que os torna menos flexíveis às adaptações, às manutenções e ao sistema de ventilação natural.
O arquiteto explica que no Sarah de Salvador cada shed está limitado a um ambiente. Se houver necessidade de mexer nas divisórias, essa mudança terá que ser feita de acordo com as aberturas dos sheds. Isso cria uma limitação grande de flexibilidade dos ambientes.
Quando os tetos basculantes são abertos, estão todos protegidos, sombreados pelas coberturas em shed. No cálculo da carga térmica essa área nem foi considerada como teto, e sim como uma divisória, um teto divisório de um ambiente que não é externo, não pega sol.
Como a cobertura é a face do edifício mais exposta à radiação solar, grande parte do ganho térmico para os ambientes internos acontece através dela, tornando-a um dos elementos mais importantes a se considerar na proteção dos ganhos de calor pela radiação solar. A telha de alumínio possui uma pequena espessura e, segundo a NBR 15.220 (2003), o alumínio possui um valor de condutividade térmica de λ = 230 W/(m.K), ou seja, é um material com resistência térmica relativamente baixa (R = e/λ), e, consequentemente, tem um valor de transmitância térmica alto.
Ficha técnica:
Arquitetos:João Filgueiras Lima (Lelé)
Tipo de projeto: Hospitalar
Status:Construído
Materialidade: Metal
Estrutura: Aço
Localização: Salvador, Brasil
Implantação no terreno: Isolado
https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-da-arquitetura-hospital-sarah-kubitschek-salvador-joao-filgueiras-lima-lele
http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/244/artigo318112-2.aspx
 Uniritter Canoas
TRABALHO CONFORTO TÉRMICO AMBIENTAL
Professora: Érica Dall’Asta
Alunos: Eliane Julia de Abreu, Bruno Souza, Cristiane Ramos de Castro
Data: 02/04/2018

Continue navegando