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Com o advento da reforma trabalhista que entra em vigência em 11

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Com o advento da reforma trabalhista que entra em vigência em 11/11/2017, a negociação 
coletiva será fortalecida e deverá ser um importante instrumento para sindicatos, empresas e 
trabalhadores se aproximarem e criarem regras que estimulem a geração de empregos, 
melhorem a competividade e tragam benefícios no ambiente de trabalho. 
O art. 611-A que será acrescido ao texto da CLT dispõe que a convenção coletiva e o acordo 
coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei, e dispõe um rol exemplificativo de direitos 
que poderão ser negociados. Enquanto o art. 611-B dispõe um rol taxativo dos direitos que não 
poderão ser suprimidos ou reduzidos por convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
Note-se que, excluindo o rol previsto no art. 611-B, as partes terão muitos temas que poderão 
ser objeto de negociação, o que será uma ótima ferramenta de gestão para as empresas, pois 
possibilitará que estas e seus empregados estabeleçam regras conforme a realidade e 
necessidade de ambos. 
Os sindicatos sairão fortalecidos, já que as convenções ou acordos coletivos de trabalho terão 
obrigatoriamente a participação do sindicato, que após assembléia geral de trabalhadores 
realiza a negociação coletiva em conformidade com os arts. 612 e 613 da CLT que não sofrerão 
alteração com a entrada em vigor da reforma trabalhista em 11.11.2017. 
Indubitavelmente a Reforma Trabalhista trouxe regras que quebram paradigmas e hábitos 
arraigados, mas caberá aos sindicatos, empresas e empregados aproveitarem a oportunidade 
de negociação coletiva para entender as dificuldades e necessidades da outra parte e 
aproveitar para estabelecerem bom relacionamento, dirimir eventuais litígios e aplicar o 
princípio do “ganha-ganha” na negociação, ou seja, ambos serão beneficiados. 
Abaixo estão alguns dos temas que poderão ser objetos de negociação coletiva: 
· Escalas de trabalho, regras sobre compensação de horas; 
· Banco de horas anual; 
· Intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas 
superiores à seis horas; 
· Plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem 
como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; 
· Regulamento empresarial; 
· Representação dos trabalhadores no local de trabalho; 
· Teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; 
· Remuneração por produtividade, incluídas gorjetas percebidas pelo empregado, e 
remuneração por desempenho; 
· Modalidade de registro de jornada de trabalho; 
· Troca do dia de feriado; 
· Enquadramento do grau de insalubridade. Para isso, as partes devem observar laudos 
técnicos. 
· Prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades 
competentes do Ministério do Trabalho; 
· Prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de 
incentivo; 
· Participação nos lucros ou resultados da empresa. 
É importante que a empresa esteja bem assistida por advogado especialista em direito do 
trabalho coletivo, pois este terá a expertise para negociar com os sindicatos, atender os 
requisitos legais que garanta a legalidade do instrumento e distinguir as matérias que poderão 
ser objeto de acordo coletivo de trabalho - isso tudo evitará futuros questionamentos da 
validade do instrumento na Justiça do Trabalho ou ações de anulação pelo Ministério Público 
do Trabalho.

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