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ENEM Suporte para a construção dos itens MATRIZES DE REFERÊNCIA Avaliação do desenvolvimento de competências e habilidades: Um dos mais complexos problemas que os educadores enfrentam em sala de aula... Mas, afinal, o que são “competências e habilidades”? MEC: entende-se por competência a capacidade de articular, mobilizar e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho. ENEM Exame Nacional do Ensino Médio Forma de seleção unificada dos processos seletivos das universidades públicas federais. ENEM Principais objetivos: oportunizar o acesso às vagas federais de ensino superior; possibilitar a mobilidade acadêmica; induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio. ENEM Possibilidades de utilização: como fase única, com o sistema de seleção unificada; como primeira fase; combinado com o vestibular da instituição; como fase única para as vagas remanescentes do vestibular. AS PROVAS DO ENEM O exame compreende 4 (quatro) provas, contendo 45 (quarenta e cinco) questões objetivas de múltipla escolha, versando sobre as várias áreas de conhecimento em que se organizam as atividades pedagógicas da Educação Básica no Brasil. – Prova I - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação; – Prova II - Matemática e suas Tecnologias; – Prova III - Ciências Humanas e suas Tecnologias; – Prova IV - Ciências da Natureza e suas Tecnologias. ESTRUTURA DA MATRIZ Eixos cognitivos (competências gerais) Competências de área Habilidades (30 habilidades para cada área avaliada) Objetos de conhecimento (conteúdos) Obs.: Cada questão avalia uma única habilidade Dominar Linguagens Compreender Fenômenos Enfrentar situações problemas Construir argumentação Elaborar propostas EIXOS COGNITIVOS ( comuns a todas as áreas do conhecimento) Matriz de Referencia Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Matriz de Referencia Matemática e suas Tecnologias Matriz de Referencia Ciências da Natureza e suas Tecnologias Matriz de Referencia Ciências Humanas e suas Tecnologias C -1 C-2 C-3 C-4 C-5 C-6 C-7 C-8 C-9 C-1 C-2 C-3 C-4 C-5 C-6 C-7 C-1 C-2 C-3 C-4 C-5 C-6 C-7 C-8 C-1 C-2 C-4 C-3 C-5 H 1,2,3,4 H 5,6,7,8 H 9,10,11 H 12,13,14 H 15,16,17 H 18,19,20 H 21,22,23,24 H25,26,27 H28,29,30 H 1,2,3,4,5 H 6,7,8,9 H10,11,12,13,14 H15,16,17,18 H19,20,21,22,23 H24,25,26 H27,28,29,30 H1,2,3,4 H 5,6,7 H8,9,10,11,12 H13,14,15,16 H17,18,19 H20,21,22,23 H24,25,26,27 H 28,29,30 H1,2,3,4,5 H6,7,8,9,10 H11,12,13,14,15 H16,17,18,19,20 H21,22,23,24,25 C-6 H26,27,28,29,30 C= Competência de área e H= Habilidades por competência Matriz de Referencia para o ENEM 2009 . Site: www.enem.inep.gov.br/Enem2009matriz EIXOS COGNITIVOS Domínio de linguagens Compreensão de fenômenos Enfrentamento de situações-problema Construção de argumentações Elaboração de propostas São ações e operações mentais que todos os jovens devem desenvolver como recursos mínimos que os habilitem a enfrentar melhor o mundo que os cercam, com todas as responsabilidades e desafios. TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM (TRI) Processo de correção que utiliza como parâmetro a matemática aplicada, estatística e psicometria (técnica utilizada para mensurar com fidedignidade, validade e padronização). No Brasil a Teoria da Resposta ao Item (TRI) tem sido empregada principalmente na produção de índices de proficiência para alunos que respondem a testes de avaliação educacional em larga escala. ÓRGÃOS QUE UTILIZAM A TRI Unesco Cesgranrio Fundação Carlos Chagas SAEB Prova Brasil e Aneb Saresp PISA Ideb Enem TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM (TRI) As características da Teoria de Resposta ao Item incluem: estimativa das habilidades e dos conhecimentos dos alunos, analisando cada item, e não a prova como um todo; garantir a comparabilidade das notas entre diferentes edições através de processo estatístico de “calibragem” (parâmetro de dificuldade, discriminação e acerto casual dos itens). PARÂMETROS DA TRI ITEM Área Competência Habilidade Dificuldade Discriminação Acerto ao acaso PESSOA DETERMINAÇÃO DA DIFICULDADE DAS QUESTÕES NO ENEM BASEADAS NA TRI Realização de pré-teste. No caso do Enem, o pré-teste foi realizado com 50 mil alunos do Brasil, entre os dias 16 de junho e 3 de julho. Confira no link: http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,ministerio-da-educacao-fez-pre-teste-do-enem-com-50-mil-alunos,427378,0.shtm Com as informações do pré-teste, determina-se a dificuldade das questões (o que na literatura é chamado de pré-calibração dos itens). Não é um processo simplificado, mas pode ser feito por um software para a calibração de itens, por exemplo o PARAM-3PL (PARAM-3PL Calibration Software for the 3 Parameter Logistic IRT Model), disponível em http://edres.org/irt/param. LINGUAGENS, CÓDIGO E SUAS TECNOLOGIAS Eixos cognitivos/Competências Dominar linguagens Compreender fenômenos Enfrentar situações-problema Construir argumentação Elaborar proposta C1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. H1 H2 H3 H4 C2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento(s) de acesso a informações e outras culturas e grupos sociais. H5 H6 H7 H8 C3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade H9 H10 H11 C4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organizador do mundo e da própria identidade. H12 H13 H14 C5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção. H15 H16 H17 C6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. H18 H19 H20 C7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas. H21 H22 H23 H24 C8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. H25 H26 H27 C9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhe dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar. H28 H29 H30 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Eixos cognitivos/Competências Dominar linguagens Compreender fenômenos Enfrentar situações-problema Construir argumentação Elaborar proposta C1 – Construir significados para números naturais, inteiros, racionais e reais. H1 H2 H3 H4 H5 C2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela. H6 H7 H8 H9 C3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano. H10 H11 H12 H13 H14 C4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano. H15 H16 H17 H18 C5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas,, usando representações algébricas. H19 H20 H21 H22 H23 C6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação e interpretação. H24 H25 H26 C7 – Compreender o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos naturais esociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística. H27 H28 H29 H30 EXERCÍCIO Representar objetos tridimensionais em uma folha de papel nem sempre é tarefa fácil. O artista holandês Escher (1898-1972) explorou essa dificuldade criando várias figuras planas impossíveis de serem construídas como objetos tridimensionais, a exemplo da litografia Belvedere, reproduzida ao lado. Considere que um marceneiro tenha encontrado algumas figuras supostamente desenhadas por Escher e deseje construir uma delas com ripas rígidas de madeira que tenham o mesmo tamanho. Qual dos desenhos a seguir ele poderia reproduzir em um modelo tridimensional real? A forma da curva já diz bastante sobre o comportamento desse item, que apresentou bons parâmetros: discriminou muito bem (a = 1,31), está na faixa de média para alta dificuldade (b = 0,96) e o parâmetro de acerto ao acaso ficou abaixo do máximo permitido (c = 0,15). Para responder ao item, o candidato deveria, por meio de uma habilidade de percepção espacial adequada, analisar as figuras tridimensionais dadas e verificar em qual delas as relações de visibilidade e sombreamento entre as peças de madeira correspondiam a um objeto real. CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Eixos cognitivos/Competências Dominar linguagens Compreender fenômenos Enfrentar situações-problema Construir argumentação Elaborar proposta C1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construção humana, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade. H1 H2 H3 H4 C2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos H5 H6 H7 C3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos. H8 H9 H10 H11 H12 C4 – Compreender interações entre organismos e ambientes, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais. H13 H14 H15 H16 C5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos. H17 H18 H19 C6– Apropriar-se de conhecimentos química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H20 H21 H22 H23 C7 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H24 H25 H26 H27 C8 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhe dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar. H28 H29 H30 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Eixos cognitivos/Competências Dominar linguagens Compreender fenômenos Enfrentar situações-problema Construir argumentação Elaborar proposta C1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construção humana, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade. H1 H2 H3 H4 C2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos H5 H6 H7 C3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos. H8 H9 H10 H11 H12 C4 – Compreender interações entre organismos e ambientes, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais. H13 H14 H15 H16 C5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos. H17 H18 H19 C6– Apropriar-se de conhecimentos química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H20 H21 H22 H23 C7 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H24 H25 H26 H27 C8 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhe dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar. H28 H29 H30 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Eixos cognitivos/Competências Dominar linguagens Compreender fenômenos Enfrentar situações-problema Construir argumentação Elaborar proposta C1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. H1 H2 H3 H4 H5 C2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. H6 H7 H8 H9 H10 C3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. H11 H12 H13 H14 H15 C4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. H16 H17 H18 H19 H20 C5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade. H21 H22 H23 H24 H25 C6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos histórico e geográficos. H26 H27 H28 H29 H30 COMO ELABORAR UM ITEM • Nos exames educacionais, item pode ser considerado sinônimo de questão, termo mais popular e utilizado com frequência na educação. • Os itens podem ser de dois tipos: – resposta livre ou construída pelo aluno (questão aberta); – resposta de múltipla escolha, que se divide em três partes (questão fechada): texto-base, enunciado e opções (ou alternativas). Os estímulos (textos-base) podem ser: situações-problema ; estudos de caso; interpretação de textos; imagens; gráficos e tabelas (combinação entre eles); esquemas. TEXTO-BASE MÚLTIPLA ESCOLHA DE COMPLEMENTAÇÃO SIMPLES O enunciado é redigido em forma de frase incompleta e as alternativas devem complementar a frase proposta. 2. MÚLTIPLA ESCOLHA DE RESPOSTA ÚNICA Tem quase a mesma estrutura da questão de complementação simples. A diferença é que o enunciado deve ser redigido em forma de pergunta e as opções devem responder à pergunta. A escolha por uma ou outra é determinada pela facilidade, simplicidade e clareza na redação. Tem quase a mesma estrutura da questão de complementação simples. A diferença é que o enunciado deve ser redigido em forma de pergunta e as opções devem responder à pergunta. A escolha por uma ou outra é determinada pela facilidade, simplicidade e clareza na redação. 3. MÚLTIPLA ESCOLHA DE INTERPRETAÇÃO Formulada a partir de uma situação-estímulo que compõe o enunciado. A situação-estímulo faz parte do problema e a partir dela o aluno organiza as ideias, dados ou informações para resolvê-lo. São exemplos de situação-estímulo: texto, tabela, quadro, diagrama, gráfico, figura, mapa, ilustração, entre outros. • O enunciado/comando pode estruturar-se como frase incompleta ou pergunta. • As opções devem responder à pergunta ou completar a frase do comando de forma clara e precisa, tomando-se cuidado com a plausibilidade dos distratores. • Os estímulos podem servir de basepara mais de uma questão. 4. MÚLTIPLA ESCOLHA DE RESPOSTA MÚLTIPLA Consiste de três a cinco afirmações, relacionadas com o tema explicitado no enunciado, onde são apresentadas as alternativas de resposta, propriamente ditas, sendo que em cada uma delas consta qual(is) afirmação(ões) entre as apresentadas é (são) verdadeira(s) em relação à proposta da questão. Para responder a essa questão, o aluno deve analisar as afirmações em relação ao tema proposto no enunciado, se verdadeiras ou falsas, e identificar na chave de respostas aquela que corresponde ao resultado da análise efetuada. Textos para as questões 3 e 4 Texto I Agora Fabiano conseguia arranjar as idéias. O que o segurava era a família. Vivia preso como um novilho amarrado ao mourão, suportando ferro quente. Se não fosse isso, um soldado amarelo não lhe pisava o pé não. (...) Tinha aqueles cambões pendurados ao pescoço. Deveria continuar a arrastá-los? Sinha Vitória dormia mal na cama de varas. Os meninos eram uns brutos, como o pai. Quando crescessem, guardariam as reses de um patrão invisível, seriam pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo. Graciliano Ramos. Vidas Secas. 23. ed. São Paulo: Martins, 1969. p. 75. Texto II Para Graciliano, o roceiro pobre é um outro, enigmático, impermeável. Não há solução fácil para uma tentativa de incorporação dessa figura no campo da ficção. É lidando com o impasse, ao invés de fáceis soluções, que Graciliano vai criar Vidas Secas, elaborando uma linguagem, uma estrutura romanesca, uma constituição de narrador em que narrador e criaturas se tocam, mas não se identificam. Em grande medida, o debate acontece porque, para a intelectualidade brasileira naquele momento, o pobre, a despeito de aparecer idealizado em certos aspectos, ainda é visto como um ser humano de segunda categoria, simples demais, incapaz de ter pensamentos demasiadamente complexos. O que Vidas Secas faz é, com pretenso não envolvimento da voz que controla a narrativa, dar conta de uma riqueza humana de que essas pessoas seriam plenamente capazes. Luís Bueno. Guimarães, Clarice e antes. In: Teresa. São Paulo: USP, n.° 2, 2001, p. 254 . A partir do trecho de Vidas Secas (texto I) e das informações do texto II, relativas às concepções artísticas do romance social de 1930, avalie as seguintes afirmativas. I. O pobre, antes tratado de forma exótica e folclórica pelo regionalismo pitoresco, transforma-se em protagonista privilegiado do romance social de 30. II. A incorporação do pobre e de outros marginalizados indica a tendência da ficção brasileira da década de 30 de tentar superar a grande distância entre o intelectual e as camadas populares. III. Graciliano Ramos e os demais autores da década de 30 conseguiram, com suas obras, modificar a posição social do sertanejo na realidade nacional. É correto apenas o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Cuidados extras nesse tipo de questão • O comando não pode ser apresentado na forma negativa; • As afirmações devem ter estrutura simples; não devem ser muito longas; • As afirmações verdadeiras não devem ser tornadas falsas pela inserção da palavra não ou pelo uso do prefixo –in; • A chave de respostas deve ser feita de tal forma que as combinações não forneçam pistas quanto à opção correta. Enunciado com 3 afirmações para julgamento: Nessa perspectiva, avalie as afirmativas a seguir. I – II – III – É correto o que se afirma em a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Verificar incidência de ocorrência de cada afirmação no total. O que pode levar o respondente a pensar? a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. QUALIDADES ESSENCIAIS NA PROVA Objetividade •Vá direto ao assunto. Use frases curtas, termos exatos, sem demonstração de erudição. Informação •Apresente apenas as informações necessárias para a solução da questão. Originalidade •Não aproveite questão ou prova de livros, apostilas ou que já tenha sido aplicada em sala de aula, exercícios, vestibulares ou concursos. Ordem direta •Use os termos essenciais das orações na sua ordem natural: sujeito, verbo, complemento. Adequação •Procure adequar a prova ao nível exigido (faixa etária e maturidade cognitiva da classe). Simplicidade •Escolha cada palavra. Evite preciosismos, palavras rebuscadas, termos técnicos desnecessários. QUALIDADES ESSENCIAIS NA PROVA Balanceamento •As opções certas e erradas devem estar equilibradas e distribuídas em todas as questões (o mesmo número de alternativas certas) Tempo para resposta •A resolução de uma questão de múltipla escolha não deverá tomar, em média, mais do que três ou quatro minutos de um estudante de desempenho regular. PODER DE DISCRIMINAÇÃO As questões da prova devem ser discriminativas: os alunos que apresentam melhor desempenho na prova devem ser mais bem sucedidos, em cada questão, do que aqueles que apresentam desempenho fraco; Questões com índice médio de dificuldade apresentam, em geral, bons índices de discriminação; Questões extremamente fáceis ou extremamente difíceis não discriminam. Texto de referência (texto-base) Escolha do texto • Prefira textos que tenham autoria explícita, fragmentos de livros clássicos, reportagens, artigos assinados. Adaptações • Ao alterar ou adaptar um texto, não fazê-lo de forma que desfigure o original e sempre indicar que foi adaptado. São permitidas • mudanças na forma, quando houver imprecisão, impropriedade ou incorreção gramatical; • supressões de trechos desnecessários à questão; nesse caso, usar (...); • alterações no título, nas referências bibliográficas ou no uso de aspas, siglas, itálico ou negrito, para adequar o texto ao padrão adotado; • inclusões de qualquer notação extra, do tipo numeração, hifenização, lacunas, itálico, negrito, para uso na formulação de itens da prova. Texto de referência (texto-base) Considere •o perfil técnico-cultural dos alunos; •a pertinência do texto escolhido; •a relevância do tema desenvolvido no texto; •a adequação aos objetivos das questões; •a seleção de textos curtos e integrais, de fácil compreensão. Evite •textos tendenciosos ou que prejudiquem a imagem de autoridades, raças, religiões ou crenças; •adaptações em textos literários; •utilização em excesso de textos da Internet que não tenham sofrido nenhum “crivo”; •introdução de incorreções no texto para avaliar nos itens ou nas alternativas (opções); NORMAS DE ELABORAÇÃO Siga a ordem crescente ou decrescente nas opções numéricas. • Siga uma sequência lógica nas opções/alternativas. • Redija as opções com extensão semelhante ou utilize o formato trapezoidal na apresentação. • Redija, preferencialmente, enunciados, itens ou opções na forma afirmativa. • Não use as expressões: Nenhuma das respostas anteriores ou Todas as anteriores. • Selecione os tópicos mais significativos para a avaliação, de acordo com o número de questões previstas, respeitando rigorosamente a matriz de prova. • Considere o tempo disponível para a resposta de cada questão. • Construa questões independentes. • Não formule questão com alternativas encadeadas em que haja referência a alternativa anterior. TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO Dê preferência a situações-problema (situações-estímulo) que requeiram reflexão e tomada de decisão. Não use • Questões do tipo associação de colunas. • Conteúdos polêmicos. • Comandos com negativas. Evite • Voltas repetidas e desnecessárias ao texto de referência. • Nomes fictícios jocosos ou que se refiram a pessoas públicas. • Cobrança de memorização simples (datas, cifras, prazos etc.). • Opções com respostas semelhantes ou muito próximas, que prejudicam o respondente que sabe. ENUNCIADO – COMANDO DA QUESTÃO Um bom enunciado traz os elementosnecessários da avaliação que se pretende e situa o assunto ou o tema da questão em um contexto capaz de ensejar o raciocínio do estudante na busca da resposta certa; •O enunciado não deve conter as expressões “assinale a alternativa correta”, “pode-se afirmar que” ou “é correto afirmar que”. É necessário estabelecer o foco específico e, em torno dele, estabelecer a formulação do item. •Propor problemas e soluções que sejam factíveis e admissíveis; •Lembre-se: contextualização não é sinônimo de textualização; •Procurar incluir no enunciado/comando a ideia central e a maior parte do fraseado; •Tomar cuidado com viés cultural, discriminação e preconceito em relação a gêneros, etnias, religiões, idade etc. -> sensibilidade EVITE Pistas que facilitem a resposta do aluno. •Subterfúgios que dificultem a resposta do aluno. •Redação semelhante entre o enunciado e a resposta correta. •Opção correta com extensão diferente das demais. •Expressões como: sempre, nunca, talvez, pode ser, tudo, todos, ninguém, nenhum, nada, algum, alguma, pode acontecer, pode haver, pouco, às vezes, quase, geralmente, raramente, jamais, somente, é provável, possivelmente, qualquer. Problemas comuns que podem ser evitados • Terminologia regional • Conteúdo incompatível • Nível de dificuldade muito alto • Questões muito simples • Textualização • Inadequação de verbos • Falta de encadeamento entre comando e opções. PROPOSTA DE REDAÇÃO • Reflexão escrita sobre um tema de ordem política, social ou cultural, em uma tarefa identificada como uma situação-problema especifica para cada nível avaliado. • As redações têm base nas competências expressas na Matriz para redação do Enem. • Cada competência é avaliada em 4 níveis (I a IV), valendo 25 pontos cada. A nota é a média aritmética simples das 5 competências. Competências para a redação I - Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. II - Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. III - Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. IV - Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüísticos necessários para a construção da argumentação. V - Elaborar propostas de intervenção para o problema abordado, demonstrando respeito aos direitos humanos EXERCÍCIO Escolhendo uma habilidade na matriz do Enem, elabore um item que explore a imagem ao lado e alguns dos termos ou expressões seguintes: igualdade saneamento ambiente programas sociais crescimento demográfico acesso à terra periferia
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