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Doenças psicossomáticas

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17/04/2018 AVA UNINOVE
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Doenças psicossomáticas
NESTA AULA ESTUDAREMOS SOBRE AS DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS, CONHECEREMOS SEU HISTÓRICO,
SEU CONCEITO E ABORDAREMOS ALGUMAS DOENÇAS E SUAS NOMENCLATURAS.
Histórico e conceito
Antigamente admitia-se que as doenças eram causadas por agentes externos, com exceção dos males
congênitos e hereditários, conforme vimos no modelo biomédico. Algumas doenças ou males do corpo
constituíam numa mera expressão dos males do espírito, ou seja, provinham de dentro da pessoa.
Depois disso notou-se que a doença não era monocausal e sim multicausal, ou seja, ela é determinada por
múltiplas causas. Observe a evolução.
Na Grécia até o século XVII havia a dicotomia alma-corpo. Descartes postulava que a medicina deveria
ocupar-se do corpo que era simplesmente uma máquina a ser entendida e conservada.
Em 1859, Claude Bernard introduziu o conceito de meio interno, sendo a estabilidade desse meio condição
essencial para a vida e a doença um distúrbio de regulação de seus mecanismos estabilizadores.
O termo psicossomático, após séculos de estruturação, surgiu no século passado, por meio de Heinroth, com
a criação das expressões psicossomática (1918) e somatopsíquica (1928).
A psicossomática exprimia sua crença na influência das paixões sexuais sobre as doenças
(tuberculose, epilepsia e câncer). E o termo somatopsíquico para assinalar doenças em que o fator
corporal modificava o estado psíquico. A postura psicossomática deriva da posição holística
("holos" = total), introduzido na medicina por Smuts em 1922 que significa unidade indivisível do
ser humano.
Em 1929, Cannon abordou sobre homeostase com base fisiológica para a concepção holística, ou seja, "todo
e qualquer estímulo, incluindo psicossocial, que perturba o funcionamento do organismo, perturba-o como
um todo".
Em 1936, Selye (psicofisiologia) relatou que o organismo quando exposto a um esforço desencadeado por
uma agressão, seja ela de qualquer tipo, apresenta a tendência de responder de forma uniforme e
inespecífica a diferentes agentes que ele chama de estressores.
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Stress é o conjunto de reações inespecíficas que o organismo desenvolve frente a situações que
exigem um esforço de adaptação.
Em 1953, Cannon publicou uma obra que enfatiza toda a importância da somatização das emoções.
Atualmente a psicossomática é o estudo da pessoa como ser histórico, ou melhor, é uma abordagem que
engloba, em sua totalidade, processos integrados de transações entre diversos sistemas: somático (corpo
físico), psíquico, social e cultural. Refere-se a um conceito de processos entre os sistemas vivos e sua
elaboração social e cultural.
A abordagem psicossomática trata de uma visão integrativa e enriquecedora do conhecimento profissional,
além de constituir em paradigma uma forma de pensar sobre o ser humano e que privilegia a interação
terapêutica profissional-cliente como meio facilitador da transição para a saúde por considerar o homem
como um todo: um ser dinâmico, que acontece em um ambiente (natureza, sociedade, cultura).
Algumas doenças psicofisiológicas
Este Texto Complementar faz parte da sequência desta aula e, portanto, é essencial para a
aprendizagem.
COMPLEMENTAR (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/psicos40/a16tc01_psicos40.pdf)
No entanto, como vimos anteriormente sobre multicausalidade e a definição de psicossomática, podemos
dizer que a classificação citada acima, atualmente é inadequada, pois se restringe a algumas doenças e pelo
que estudamos todas as patologias, exceto as congênitas e as hereditárias possuem o fator psicológico, seja
na sua determinação, seja no seu desenvolvimento.
A tarefa da psicossomática, portanto, é determinar quais e como os múltiplos aspectos da doença se
entrecruzam, dar atenção a todos esses fatores que gravitam em torno dos fenômenos, portanto,
biopsicossocial. Como disse Danilo Perestrello, "não há doença psicossomática, todas as doenças são
psicossomáticas".
Este Texto Complementar faz parte da sequência desta aula e, portanto, é essencial para a
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REFERÊNCIA
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(http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=25). 
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(http://www.portugalnet.pt/pnet/artigoviver.asp?cod_artigo=4778)>. 
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vol.20, no.4, p.64-79. ISSN 1414-9893. Disponível em: www.bvs-psi.org.br/php/index.php (http://www.bvs-
psi.org.br/php/index.php) (http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
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Disponível em: <http://pepsic.bvspsi. org.br (http://pepsic.bvspsi. org.br/pdf/epc/v24n2/v24n2a11.pdf)>.
Acesso em: 23 abr. 2009.
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