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DAS PARTES E SEUS PROCURADORES 
LIVRO III NCPC
DA CAPACIDADE PROCESSUAL
É sabido de acordo com o Art. 70 CPC, que todas as pessoas são capazes de estar em juízo, compreendendo as pessoas físicas e as jurídicas, de direito público ou privado, ou seja, de ser parte em um processo por serem titulares de direitos e deveres na ordem civil.
Dito isso é preciso saber que a legislação processual abriu o leque possibilitando que alguns entes despersonalizados – aqueles que não possuem capacidade civil - tenham capacidade de ser parte, convencionando a postulação ou defesa de determinados interesses em juízo, quer sejam alguns destes entes; a massa falida, o espólio, a herança jacente e vacante, o condomínio e o nascituro conforme Art. 75 CPC.
No campo das pessoas naturais admite-se que algumas delas não possuem capacidade “ad processum”, que significa que nem todas são aptas para estar em juízo pessoalmente, devendo deste modo, serem representadas ou assistidas, de acordo com a legislação civil vigente, em acordo com o Art. 71 CPC.
Caso a incapacidade seja absoluta existe a necessidade de representação, quando relativa de assistência. Seguindo esta regra é preciso determinar quem será o representante e para isso se observa o tipo de incapacidade. Se oriunda de menoridade, os incapazes serão representado pelos pais. Se o incapaz não se encontra sob a égide d poder familiar haverá nomeação de um tutor, que irá representa-lo ou assisti-lo. 
Se a incapacidade advém de outras causas tais como, embriaguez habitual ou uso de tóxicos, incapacidade transitória ou permanente de exprimir a vontade, entre outras desta natureza, será admitida sua interdição e nomeará um curador que passará a o assistir.
Neste campo se encontra ainda a figura do curador especial um advogado nomeado pelo poder judiciário nos seguintes casos; incapazes enquanto não for nomeado um curador ou tutor; o réu preso necessita de um representante legal, e este se torna revel no processo; réu citado fictamente, este também se encontra em situação de fragilidade (situação por hora certa, quando o citado se oculta negando atendimento ao oficial de justiça encarregado da entrega da intimação. Citação por edital, esta ocorre quando o réu se encontra em lugar incerto e não sabido). 
No que compreende as pessoas casadas a legislação processual civil admitiu regras que quando concernentes a direito real imobiliário Art. 73 CPC, determina que a capacidade seja integrada, tendo com requisito o consentimento do outro cônjuge, conhecida como outorga uxória ou marital.
A outorga uxória ou marital tornou-se requisito para que uma pessoa quando casada e tendo sua capacidade processual plena, proponha uma demanda que verse sobre direito real imobiliário, conforme Art. 73 CPC, sendo requisito dispensável apenas quando estes forem casados sob regime de separação total e bens.
Quando no polo ativo de ações desta natureza, este tipo de outorga é exigido a quem propõe a ação figurando no polo ativo. Mas quando, o imóvel objeto da demanda pertencer a apenas um dos cônjuges, visto que foi adquirido somente por um deles antes do casamento, a ação que trate este bem só poderá ter no polo ativo o titular do direito real, porém ainda será necessário a outorga uxória, quando em regime de comunhão de bens. Caso esta ação venha erroneamente ser proposta em litisconsórcio deverá o juiz excluir aquele que não é proprietário sob alegação de ilegitimidade para tanto.
No polo passivo há diferenciações quanto ao polo ativo, pois neste caso ao contrário do polo ativo que a lei determina a outorga uxória, no polo passivo é necessário que os cônjuges sejam citados, mesmo que o autor desconheça o regime em que foi fundada aquela união, cabendo ao réu provar que é casado no regime de separação total de bens e requerer sua exclusão. Encontra-se aqui uma hipótese de litisconsórcio necessário.
Diante da recusa da outorga por parte de um dos cônjuges por motivo injustificado, de acordo com o acertado no Art. 74 CPC este consentimento poderá ser suprido judicialmente quando este for negado injustificadamente ou quando o mesmo não puder concede-lo. O artigo prevê tanto a hipótese de recusa sem motivo fundado, quanto por força de incapacidade ou desaparecimento do cônjuge.
Segundo ensina o Art. 76 CPC, o juiz após identificar que há alguma irregularidade na capacidade processual ou mesmo na representação, deve fixar prazo razoável para que tais deficiências sejam sanadas. Quando o vicio disser respeito ao autor e esta não for sanado o processo deverá ser extinto, sem resolução de mérito. Se a terceiro deverá ser excluído do processo ou considerado revel, a depender do polo em que figure.
DOS DEVERES DAS PARTES E SEUS PROCURADORES
Os deveres das partes e seus procuradores esta elencado no Capítulo II, do Título I, do Livro III, da Parte Geral a partir do Art. 77 CPC, com objetivo de vedar expediente desonestos, desleais que o intuito meramente protelatório e em seu Art. 80 CPC, explicita-se o rol de litigância de má fé.
De volta a Art. 77 CPC podemos ver que tal dispositivo enumera várias condutas que são deveres para uma relação processual de qualidade, sendo eles; expor os fatos em juízo conforme a verdade, não formular pretensões, nem alegar defesa ciente de que estas são destituídas de verdade, não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários a declaração ou defesa do direito, não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. 
A lei prega sanções a aqueles que por ventura venham violar os incisos do Art. 77 CPC responderá por perdas e danos que causar, devendo o juiz sem prejuízo da obrigação, podendo fazer de oficio ou a requerimento, condenar o litigante de má fé a multa de 1% a 10% do valor da causa em questão.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O Código de Processo Civil nos artigos 85 a 87 trata da condenação em honorários advocatícios decorrentes de sucumbência no processo, não se confundindo com aqueles de natureza contratual, fixados anteriormente em acordo entre cliente e advogado.
O juiz condenará o vencido a pagar ao advogado, os honorários deverão ser fixados em observância aos §§ 2, 3, e 4, cumprindo ao juiz atentar-se para o grau do zelo profissional, o lugar da prestação do serviço e a importância da causa e ainda o tempo exigido para o desenvolvimento do seu trabalho.
DO LITISCONSÓRCIO
O litisconsórcio pode ser compreendido como pluralidade de partes, seja no polo ativo, no polo ativo, ou em ambos de um mesmo processo. É um fenômeno muito comum no processo civil, visto sua economia processual e a harmonização dos julgados.
Podem-se haver várias classificações quanto ao litisconsórcio, mas devemos nos atentar a duas, dado o seu destaque, quais sejam necessário ou facultativo e o simples ou unitário.
No que tange o litisconsórcio ele se dá por duas formas, a primeira quando a própria legislação impõe que assim seja feito, como exemplo a ação de usucapião, onde manda-se que além de ser aquela que o imóvel esta registrado em seu nome, mas também todos os confrontantes e todos aqueles interessados. E a segunda, que mesmo quando a legislação não impõe, como exemplo em um processo seja discutido uma relação jurídica de direito material que seja unitária, ou seja que tenha mais de um titular.
Como o próprio nome alude, no litisconsórcio facultativo, a formação ou não é opcional quando da propositura da ação. Podemos exemplificar ações possessórias ou reivindicatórias de bens em condomínio, pois é possível que mesmo que coisa seja uma e tenha vários titulares as ações podem ser ajuizadas apenas por um dos cotitulares.
Já no litisconsórcio simples existe a possibilidade de a sentença ser diferente para as partes, não sendo necessário que assim seja, mas a partir de tal possibilidade, não se admite que sejam tratadas neste tipo, relações unas e incindíveis, visto que essas via de regra geram initariedade.
Ao que se compreende o litisconsórcio unitário se entende como aquele onde a sentença obrigatoriamente deveráser a mesma para todos os que são partes, sendo legalmente impossível que esta seja diferente. A exemplo, pode-se citar os processos que tratem de contratos e de casamento.
BIBLIOGRAFIA 
GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Direito Processual Civil Esquematizado. 7° Ed. São Paulo. Saraiva. 2016.
CÉSPEDES, Lívia. Et. Al. Vade Mecum. 22° Ed. São Paulo. Saraiva. 2016.

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