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Revisão da Literatura
MedveP - Revista Brasileira de Medicina Veterinária - Pequenos Animais 
e Animais de Estimação, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, 2003
Carlos Artur Lopes LEITE*
LEITE, C.A.L. A avaliação radiográfica no diagnóstico da otite média em caninos e felinos. Rev Bras Med Vet – Pequenos Anim Anim 
Estim, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, jan./mar. 2003.
As doenças do ouvido em pequenos animais são problemas comuns e frustrantes na rotina veterinária. A otite 
média é freqüente em caninos, na maioria das vezes produzindo os mesmos sinais clínicos de otite externa. A 
radiologia é indispensável para o diagnóstico das enfermidades do ouvido médio. Se deixada por longo tempo 
sem tratamento, a otite média pode causar alterações estruturais visíveis radiograficamente. Desta forma, a 
avaliação radiográfica do crânio, particularmente da bula timpânica e da região petrosa do osso temporal, fornece 
informação valiosa no diagnóstico da otite média. O objetivo deste artigo é descrever os aspectos radiográficos 
da enfermidade do ouvido médio, fornecendo também informações técnicas sobre posicionamentos e estratégias 
para a avaliação radiográfica.
PALAVRAS-CHAVES: Radiografia; Otite média/veterinária; Otolaringologia; Ouvido; Diagnóstico.
 * Professor-assistente, MV, DV, Setor de Semiologia e Clínica de Pequenos Animais – Departamento de 
 Medicina Veterinária/Universidade Federal de Lavras; Rua Sebastião Pinto da Conceiçao, 28, Vila Guimarães 
 – CEP 18602-250, Botucatu, SP; e-mail: caca@ufla.br
A Avaliação Radiográfica no Diagnóstico 
da Otite Média em Caninos e Felinos
Radiographic Evaluation on the Diagnosis of Otitis 
Media in Dogs and Cats
36 MedveP - Revista Brasileira de Medicina Veterinária - Pequenos Animais 
e Animais de Estimação, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, 2003
A Avaliação Radiográfica no Diagnóstico da Otite Média em Caninos e Felinos
INTRODUÇÃO
As otites são afecções do sistema vestibulococlear 
comuns na rotina Médica Veterinária, alcançando uma 
freqüência variável entre 5-20% dos casos atendidos 
em um serviço ambulatorial (MULLER et al., 1989). 
Trata-se de uma enfermidade que desafia o clínico, já 
que o tratamento visando a cura do animal torna-se, 
por vezes, ineficiente em função de inúmeros fatores 
associados à tríade paciente/proprietário/clínico.
De acordo com a localização anatômica do 
processo patológico, as otites podem ser divididas em 
externa, média e interna. Em ordem de prevalência, a 
otite externa mantém-se em primeiro lugar, atingindo 
principalmente raças como pastor alemão, poodle e 
cocker spaniel inglês (WHITE, 1992; LEITE, 1995). As 
otites média e interna aparecem em menor freqüência, 
mas também assumem importância clínica, principal-
mente devido à dificuldade no diagnóstico e à relutância 
na reversão do quadro clínico.
A otite média caracteriza-se por uma afecção 
da porção do sistema vestibulococlear, compreendida 
entre os ouvidos externo e interno, abrangendo as 
estruturas da bula timpânica e recesso epitimpânico 
(cadeia ossicular), além da face interna das membra-
nas timpânica e das janelas coclear e vestibular. Esta 
enfermidade possui características peculiares que a 
transformam em uma doença de diagnóstico complexo 
e tratamento difícil. Muitos animais são conduzidos 
precocemente a um tratamento cirúrgico, devido ao 
insucesso no tratamento convencional da otite média 
(CARLOTTI, 1991; VERSTRAETE, 1993).
O exame otoscópico nem sempre fornece dados 
confiáveis sobre a integridade do tímpano e/ou da bula 
timpânica (LITTLE & LANE, 1989), principalmente 
naqueles casos em que a estenose do conduto auditivo 
impede a análise do arcabouço da bula timpânica. A 
avaliação radiográfica é um procedimento ideal para a 
identificação das lesões ósseas crônicas e da presença 
de líquido intracavitário que ocorrem na otite média 
(ROSE, 1977; MURPHY, 2001). Logo, a avaliação ra-
diográfica torna-se imprescindível para o diagnóstico de 
uma possível otite média (ROSE, 1977; MARIGNAC, 
2000).
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS 
DA OTITE MÉDIA
A otite média ocorre com uma freqüência variável 
entre caninos e felinos, sendo mais diagnosticada na 
primeira espécie animal. KRISTENSEN et al. (1996) 
reportaram que cerca de 10% dos caninos otopatas 
possuíam otite média. SHELL (1993) apontou uma inci-
dência em torno de 16-50% de otite média secundária 
à otite externa em caninos.
A ruptura timpânica conduz invariavelmente à 
otite média (AUGUST, 1986, 1993; GOTTHELF, 1995). 
Conseqüentemente, a perda da integridade timpânica 
verificada ao exame otoscópico é um indicador seguro e 
confiável de otite média. LARSSON (1987), ao trabalhar 
com 198 caninos e 44 felinos com otites, descreveu 
ruptura do tímpano em 3% dos caninos, sendo que os 
felinos não apresentaram tal alteração. LEITE (1995) 
citou que 10% dos 50 caninos otopatas estudados 
apresentaram ruptura timpânica.
De acordo com KRISTENSEN et al. (1996), a otite 
média pode ocorrer por um ou mais fatores, como:
• Via descendente - invasão da bula timpânica 
por microrganismos presentes na porção horizontal do 
conduto auditivo externo. Esta invasão só ocorrerá se 
houver a perda da integridade da membrana timpânica, 
seja parcial (perfuração ou fissura) ou total (ruptura).
• Via ascendente - ocorre por invasão da bula tim-
pânica por microrganismos que habitam a nasofaringe, 
através da migração pela tuba auditiva. É mais freqüente 
em felinos com faringite do que em caninos.
• Via hematogênica - colonização da bula tim-
pânica membranosa por microrganismos advindos da 
circulação corpórea (nos casos de septicemias).
• Corpos estranhos - só ocorre otite média após 
estes transporem a barreira da membrana timpânica. 
Os pêlos e restos celulares são os corpos estranhos 
mais comumente encontrados na bula timpânica.
• Pólipos inflamatórios - alteração descrita em 
algumas nasofaringites de felinos, provocando irregu-
laridades na superfície da bula timpânica membranosa, 
com conseqüente alteração na pressão aerostática da 
cavidade e aumento no volume secretório das células 
cuboidais da região.
• Traumatismos - os atropelamentos e as agres-
sões por animais de maior porte são as duas causas de 
otite média traumática. Geralmente ocorre ruptura 
da bula timpânica óssea, podendo também advir lu-
xação da articulação temporomandibular. A presença 
de hemorragia e coágulos na cavidade timpânica não 
é rara.
• Neoplasias - apesar de relativamente pouco 
comuns, as neoplasias malignas podem invadir a parte 
petrosa do osso temporal, acometendo o ouvido mé-
dio. O carcinoma de células escamosas é uma neoplasia 
freqüente dentre os diversos quadros tumorais que 
perpassam a integridade do ouvido médio.
• Colesteatoma - de difícil diagnóstico na rotina 
veterinária, o colesteatoma aural é uma espécie de 
cisto epidermóide advindo das células escamosas 
ceratinizadas do epitélio do conduto auditivo, que 
por sua vez forçam a porção flácida da membrana 
timpânica, ocasionando uma saculação papilar. Este 
processo é incrementado pela inflamação. A presença 
de colesteatoma aural reduz a pressão intracavitária 
na bula timpânica.
Na maioria das vezes, a otite média decorre de uma 
otite externa crônica (OWENS & BIERY, 1982; MYER, 
1986), cursando com ruptura timpânica e distribuição 
37
A Avaliação Radiográfica no Diagnóstico da Otite Média em Caninos e Felinos
MedveP - Revista Brasileira de Medicina Veterinária - Pequenos Animais 
e Animais de Estimação, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, 2003
bilateral. Ao mesmo tempo em que a otite média pode ser 
oriunda de uma afecção do ouvido externo, ela torna-se 
um fator perpetuante de grande importância na epidemio-
logia da própria otite externa (AUGUST, 1993).
SHELL (1993) descreveu a importância dos mi-
crorganismos na gênese da otite média, sendo que a 
grandemaioria dos quadros desta enfermidade apre-
sentou um caráter infeccioso. AUGUST (1986, 1993) 
e MARIGNAC (2000) apontaram que as bactérias pre-
valentes no ouvido médio afetado são Staphylococcus 
spp., Streptococcus spp., Pseudomonas aeruginosa, 
Escherichia coli e Proteus mirabilis. Este autor tam-
bém descreveu a ocorrência dos fungos Malassezia 
pachydermatis, Candida spp. e Aspergillus spp. Estes 
microrganismos são oriundos do conduto auditivo 
externo (na sua grande maioria) ou da tuba auditiva. 
Raramente ocorrem infecções do ouvido médio por 
quadros septicêmicos (SHELL, 1993).
LEITE & FRANCO (2001) descreveram, pela 
primeira vez em caninos com otite média bilateral, o 
isolamento de Peptostreptococcus indolicus, um coco 
Gram-positivo com metabolismo anaeróbico estrito. 
Este microrganismo, responsável por quadros infeccio-
sos diversos em seres humanos (incluindo otopatias), 
abre um novo campo para a importância da flora ana-
eróbica na gênese da otite média em caninos.
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA
O exame radiológico constitui-se em um dos 
métodos subsidiários de diagnóstico mais confiáveis 
para a otite média, embora resultados negativos não 
descartem a possibilidade da mesma estar presente 
(ROSE, 1977; HOLT & WALKER, 1997).
Conduzido de forma adequada, o exame radio-
lógico do sistema vestibulococlear revela-se extrema-
mente útil no diagnóstico de otite média crônica. Já nos 
casos agudos e subagudos (do ponto de vista clínico), 
não há sinais radiográficos detectáveis para a instaura-
ção de um diagnóstico final de otite média (OWENS 
& BIERY, 1982; MARIGNAC, 2000).
As alterações radiográficas que podem ser 
prontamente identificadas estão relacionadas com a 
presença de corpos estranhos radiopacos, alterações 
ósseas senis, anomalias congênitas e determinados tipos 
de fraturas regionais (ROSE, 1977). Outras alterações, 
apesar de ocasionalmente serem detectadas ao exame 
radiográfico, podem fornecer resultados negativos 
falsos, como é o caso do carcinoma de células esca-
mosas intracavitário, durante a avaliação radiográfica 
convencional (OWENS & BIERY, 1982).
Outras funções muito importantes da avaliação 
radiográfica do ouvido médio estão relacionadas 
com o acompanhamento pós-cirúrgico de pacientes 
submetidos a osteotomia e posterior curetagem das 
bulas timpânicas (SCHEBITZ & BRASS, 1985; HOLT 
& WALKER, 1997), e diagnóstico de doenças da região 
petrosa do osso temporal (HOSINSON, 1993).
Como alternativa à radiografia convencional, a 
utilização de meios de contraste positivos instilados 
dentro do conduto auditivo fornece subsídios mais pal-
páveis para o diagnóstico da otite média (ROSE, 1977; 
TROWER et al., 1998; EOM et al., 2000). Essa técnica, 
conhecida como canalografia, permite o diagnóstico 
da otite média com maior exatidão quando há ruptura 
timpânica, pois o contraste impregna o espaço intra-
cavitário da bula timpânica, alteração esta facilmente 
detectável ao exame radiológico.
ANATOMIA RADIOLÓGICA NORMAL
A anatomia radiográfica do crânio de caninos e 
felinos é complexa devido à sobreposição dos inúmeros 
ossos (mais de 50), à extensiva compartimentalização 
e às diferenças existentes entre as diversas raças 
(KEALY, 1979; OWENS & BIERY, 1982; DOUGLAS & 
WILLIAMSON, 1983). O crânio é uma das estruturas 
mais complexas e especializadas do organismo (MYER, 
1986), abrigando o cérebro e os órgãos da audição, 
equilíbrio, visão, olfação e gustação.
A análise da radiografia do crânio deve ser realiza-
da com vistas a um diagnóstico provável já instaurado, 
não se devendo buscar alterações virtuais ou aleatórias 
que tentem explicar o quadro clínico.
Segundo MYER (1986), as variações raciais quanto 
ao tipo de crânio em caninos variam mais que em qual-
quer outra espécie de animal doméstico. A classificação 
adotada por MILLER et al. (1964) para os tipos de crânios 
em caninos determina um grau de dificuldade conside-
rável na interpretação comparativa dos mesmos. Desta 
maneira, os caninos podem ser divididos em:
• Tipo dolicocéfalo - possui crânio longo e estrei-
to, com componentes faciais ósseos maiores do que 
aqueles encontrados na abóbada craniana.
• Tipo braquicéfalo - possui crânio curto e ovala-
do, com componentes faciais ósseos menores do que 
aqueles encontrados na abóbada craniana.
• Tipo mesaticéfalo - padrão de crânio interme-
diário entre os dois citados anteriormente.
Os felinos só possuem crânios comparáveis aos 
do tipo braquicéfalo canino. Logo, a interpretação 
radiológica das imagens do crânio dessa espécie tor-
na-se mais rapidamente familiar ao clínico que a de 
um canino. Apesar da interpretação radiográfica ser 
basicamente a mesma entre caninos e felinos, estes 
últimos apresentam uma diferença significativa na es-
trutura anatômica do ouvido interno. A bula timpânica 
dos felinos é dividida em duas cavidades por um septo 
ósseo. Essas cavidades, que recebem a denominação de 
compartimentos dorsolateral (menor) e ventromedial 
(maior), comunicam-se através de um pequeno óstio 
situado dorsalmente, próximo à janela coclear (KUMAR 
& ROMAN-AUERHAHN, 2000). Esta particularidade 
anatômica pode confundir muitos clínicos, fornecendo 
38 MedveP - Revista Brasileira de Medicina Veterinária - Pequenos Animais 
e Animais de Estimação, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, 2003
A Avaliação Radiográfica no Diagnóstico da Otite Média em Caninos e Felinos
falsas indicações de otite média ao exame radiológico 
de felinos.
Portanto, torna-se de fundamental importância 
que o clínico saiba reconhecer os principais acidentes 
anatômicos do crânio de caninos e felinos, facilitando, 
desta maneira, a interpretação radiológica final.
POSICIONAMENTOS
O tipo de posicionamento é ponto-chave no 
diagnóstico definitivo da otite média. LARREA & 
HERNÁNDEZ (1992) recomendaram ao profissional 
veterinário que estabelecesse prontamente qual re-
gião específica se deseja examinar, para que o clínico 
não se perca nas infinidades de acidentes anatômicos 
existentes no crânio.
Também devido à variação racial, HOSKINSON 
(1993) recomendou que os posicionamentos permitam 
a comparação bilateral, principalmente no tocante à 
simetria e radiopacidade.
A análise radiográfica do sistema vestibulococlear 
e adjacências deve ser feita em pelo menos dois po-
sicionamentos (SHELL, 1993), pois estes fornecerão 
melhores imagens comparativas. Os posicionamentos 
mais adotados para tal fim são látero-lateral (LL), dorso-
ventral (DV), rostro-caudal com boca aberta (RCd/ba) 
e oblíquas dorso-ventrais (ODV).
Para facilitar o entendimento de como cen-
tralizar o feixe primário de raios X, DOUGLAS & 
WILLIAMSON (1983) propuseram a divisão do crânio 
do canino em um plano e duas linhas (Figura 1). O 
plano sagital divide o crânio em duas metades simé-
tricas; a linha interpupilar é traçada entre as pupilas 
dos olhos, ficando em ângulo reto ao plano sagital; e 
a linha órbito-meatal estende-se do meato auditivo 
externo à borda inferior da órbita.
POSICIONAMENTO 
LÁTERO-LATERAL (RX LL)
O paciente deve ser preferencialmente sedado, 
porém alguns animais se deixam sujeitar à simples 
contenção física. Para este posicionamento, o animal 
deve ser colocado em decúbito dorsal, mantido por 
um colchão ou padiola de lona. Deve-se permitir que o 
tronco gire ligeiramente para o lado afetado para que o 
pescoço seja flexionado até atingir um posicionamento 
lateral adequado. A posição pode ser mantida através 
de almofadas abaixo do pescoço e focinho (Figura 2).
O plano sagital deve estar paralelo ao filme, sendo 
que a linha interpupilar deve estar vertical e alinhada 
com o feixe principal de raios X. Para radiografias da 
região auditiva, deve-se focar o ponto de irradiação no 
meio da linha órbito-meatal (DOUGLAS & WILLIAM-
SON, 1983).
Uma variação neste método proposta por MAT-THEWS & BARNHARD (1968) consiste em colocar o 
cassete verticalmente à cabeça do paciente, utilizando-
se um raio horizontal; neste caso, o animal permanece 
em decúbito esternal enquanto a radiografia é feita. A 
desvantagem deste método consiste principalmente 
na maior liberdade de movimentação do paciente, já 
que o mesmo não está sob efeitos de drogas sedativas 
ou anestésicas.
POSICIONAMENTO 
DORSO-VENTRAL (RX DV)
Segundo DOUGLAS & WILLIAMSON (1983), 
este posicionamento é o mais adequado para o animal 
consciente. O paciente deve permanecer em uma po-
sição agachada confortável. A cabeça é posicionada no 
cassete com o filme radiográfico, que por sua vez irá 
repousar sobre um bloco de madeira. A cabeça é então 
pressionada gentilmente contra a mesa, estabelecendo-
se o posicionamento DV (Figura 2).
O plano sagital deve ser vertical, alinhado ao feixe 
central de raios X e em ângulo reto com o cassete. A 
linha interpupilar deve, então, estar paralela ao filme. A 
seguir, o feixe principal deve ser focado na linha média 
entre os olhos. Em alguns casos é aconselhável que a 
sínfise repouse sobre uma almofada macia.
POSICIONAMENTO ROSTRO-CAUDAL 
E BOCA ABERTA (RX RCD/BA)
Também chamado de ântero-posterior (MAT-
THEWS & BARNHARD, 1968; DOUGLAS & WILLIA-
MSON, 1983) ou frontal (OWENS & BIERY, 1982; LAR-
REA & HERNÁNDEZ, 1992), este posicionamento é 
extremamente útil para se visualizar as bulas timpânicas. 
Para este fim, o animal deve ser anestesiado e colocado 
em decúbito dorsal sobre a mesa radiográfica. Deve-se 
posicionar a cabeça de modo que o palato duro e o pla-
no sagital formem um ângulo reto em relação ao filme. 
A boca é então aberta e posicionada com fitas adesivas, 
e o feixe principal de raios X direcionado verticalmente 
através da boca aberta do animal (Figura 3).
HOFER et al. (1995) sugeriram um posicionamen-
to RCd/ba modificado para felinos, visando à avaliação 
das bulas timpânicas. O paciente é posicionado em 
decúbito esternal, auxiliado por uma calha. A cabeça do 
animal é estendida 10° a partir de uma posição vertical 
da mandíbula (Figura 4). O feixe de raios X é centraliza-
do 1cm ventralmente às narinas. Esta manobra impede 
a sobreposição do osso occipital da mandíbula.
Existem outras variações do posicionamento 
RCd/ba, porém todas utilizam a mesma técnica, alteran-
do apenas a angulação entre o feixe principal de raios X 
e a mandíbula do paciente (HOSKINSON, 1993).
39
A Avaliação Radiográfica no Diagnóstico da Otite Média em Caninos e Felinos
MedveP - Revista Brasileira de Medicina Veterinária - Pequenos Animais 
e Animais de Estimação, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, 2003
POSICIONAMENTO OBLÍQUO 
DORSO-VENTRAL (RX ODV)
As radiografias oblíquas são de difícil interpre-
tação, pois não assumem um padrão característico e 
fixo. Segundo a técnica proposta por DOUGLAS & 
WILLIAMSON (1983), deve-se posicionar o animal 
sobre uma calha, de modo que a cabeça e o pescoço 
fiquem ligeiramente torcidos, forçando a linha in-
terpupilar em um ângulo de 45° em relação ao filme 
(Figura 2). Em alguns animais é necessário o uso de 
sedação e anestesia.
TICER (1987) propôs um tipo de posicionamento 
oblíquo, denominado vista oblíqua rostro-ventral/caudo-
dorsal de boca aberta (R30°V-CdDo/ba). Com o animal 
em decúbito dorsal, a articulação atlanto-occipital é fleti-
da a aproximadamente 60° em relação à coluna vertebral. 
A boca é aberta, de modo que o feixe central de raios X 
(o qual se encontra a 90° em relação ao filme) divida em 
dois o ângulo da articulação temporomandibular aberta. 
O palato duro e a mandíbula são, então, angulados a 
aproximadamente 30° em relação ao feixe principal de 
raios X, em direções opostas.
MATTHEWS & BARNHARD (1968) sugeriram 
que o ângulo correto para se padronizar as radiografias 
oblíquas deve ser estabelecido pelo próprio clínico, 
através do método de tentativas e erros.
FIGURA 1: Planos e linhas de referência para posicionamento radiográfico do crânio em caninos. A. plano sagital; B. linha interpupilar; C. 
linha órbito-meatal (modificado de DOUGLAS & WILLIAMSON, 1983).
FIGURA 2: Posicionamentos radiográficos comuns utilizados no 
diagnóstico das alterações do ouvido médio. DV, dorso-ventral; 
VD, ventro-dorsal; ODV-D, oblíquo dorso-ventral direito; ODV-E, 
oblíquo dorso-ventral esquerdo; LL-D, látero-lateral direito; LL-E, 
látero-lateral esquerdo; CR, cassete radiográfico.
FIGURA 3: Posicionamento rostro-caudal de boca aberta 
(RCd/ba) para caninos. FRX, feixe principal de raios X; BT, bula 
timpânica; CR, cassete radiográfico.
40 MedveP - Revista Brasileira de Medicina Veterinária - Pequenos Animais 
e Animais de Estimação, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, 2003
A Avaliação Radiográfica no Diagnóstico da Otite Média em Caninos e Felinos
RADIOGRAFIA CONTRASTADA 
DO OUVIDO (CANALOGRAFIA)
Devido à dificuldade de se dar um diagnóstico 
confiável da integridade da bula timpânica apenas pelo 
exame otoscópico, a radiografia contrastada tornou-se 
um método útil, barato e eficiente de acusar a otite 
média (EOM et al., 2000). A base deste teste consiste 
na presença do contraste na cavidade timpânica, o que 
nunca poderia ocorrer caso o tímpano se apresentasse 
íntegro. 
Essa técnica, mais conhecida como canalografia, 
utiliza contrastes positivos instilados dentro do conduto 
auditivo. Os contrastes mais utilizados são o iohexol 
(300mg/ml) e a urografina (375mg/ml) (TROWER et 
al., 1998; EOM et al., 2000). Entretanto, outros meios 
são preconizados, a despeito do maior risco de into-
xicação (ROSE, 1977), como o diatrizoato de bário ou 
sódio (10 a 76%).
Após a anestesia do paciente, a região é subme-
tida à tricotomia e limpeza com soluções anti-sépticas 
não-iodadas (como a clorexidina, por exemplo). Em 
seguida, o animal é posicionado em decúbito esternal e 
o contraste escolhido depositado o mais profundamen-
te possível no conduto auditivo, através de uma sonda 
de Spruell ou cateter flexível. O volume de contraste 
necessário dificilmente excede 3ml. Deve-se evitar que 
o meio escorra pela pina. Para isso, a colocação de um 
tampão de algodão hidrófobo pode auxiliar na reten-
ção do líquido dentro do conduto. Seqüencialmente, 
deve-se realizar massagens na região periauricular, 
aguardando alguns segundos para que as exposições 
radiográficas tenham início.
O posicionamento DV é mais eficiente que os 
demais na avaliação radiográfica do canalograma, já que 
não há possibilidade de sobreposição lateral do contras-
te com as estruturas ósseas subjacentes (Figura 5).
Independentemente do contraste utilizado, os 
pacientes devem ser obrigatoriamente submetidos à 
lavagem do conduto auditivo e bula timpânica, pois a 
presença do contraste no ouvido médio é um fator de 
risco importante em quadros de intoxicação (TROWER 
et al., 1998). Mesmo com um resultado negativo na 
leitura dos canalogramas (ou seja, ausência de contraste 
na bula timpânica), a lavagem torna-se obrigatória.
A canalografia também é útil no diagnóstico de 
alterações do ouvido externo (Figura 6), razão pela 
qual não está apenas indicada no exame subsidiário do 
ouvido médio (EOM et al., 2000).
FIGURA 4: Posicionamento rostro-caudal de boca aberta 
(RCd/ba) para felinos. FRX, feixe principal de raios X; AM, ângulo 
mandibular; BT, bula timpânica; CR, cassete radiográfico.
FIGURA 5: Radiografia contrastada (canalografia) de 
canino com otite média, posicionamento oblíquo. Devido 
à ruptura timpânica, o contraste ocupa todo o espaço 
intracavitário da bula timpânica. CT, contraste.
41
A Avaliação Radiográfica no Diagnóstico da Otite Média em Caninos e Felinos
MedveP - Revista Brasileira de Medicina Veterinária - Pequenos Animais 
e Animais de Estimação, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, 2003
SINAIS RADIOGRÁFICOS NA OTITE MÉDIA
Os achados que aparecemna imagem radiográfica 
podem fechar o diagnóstico de otite média (CARLSON, 
1967; MARIGNAC, 2000). Entretanto, a ausência de 
sinais radiográficos compatíveis com otite média não 
exclui a possibilidade da mesma estar presente.
Os achados radiográficos mais freqüentes na otite 
média em caninos e felinos são:
• Espessamento e esclerose da bula timpânica: 
o espessamento se dá principalmente pelo processo 
inflamatório. GOTTHELF (1995) citou que a inflama-
ção causa uma mudança no epitélio da parte interna 
da bula timpânica, passando de cuboidal para pseudo-
estratificado. Isto faz com que haja um aumento no nú-
mero de células secretórias, com conseqüente aumento 
no volume de secreções. A lâmina óssea intimamente 
em contato com este epitélio reage, espessando-se e 
emitindo espículas ósseas para o espaço intracavitário 
(Figura 7).
• Preenchimento do espaço intracavitário da 
bula timpânica: não só líquidos oriundos da mudança 
celular ocorrida no epitélio da bula timpânica, mas 
também a presença de lisozimas e proteinases advindas 
de microrganismos presentes no ouvido externo (ou 
mesmo no médio) podem aumentar o processo infla-
matório, levando a complicações vasculares (edema, 
por exemplo). Tecidos hiperplásicos também podem 
ocupar este espaço (Figura 8).
• Proliferação óssea envolvendo a parte petrosa 
do osso temporal e/ou articulação temporomandibular: 
a densificação óssea destas regiões pode ser originária 
tanto de processos inerentes ao sistema vestibuloco-
clear, como periaurais.
• Calcificação/ossificação do conduto auditivo 
externo: geralmente decorre de seqüela de otite ex-
terna (LARREA & HERNÁNDEZ, 1992), podendo até 
mesmo estar ocluído por exsudatos e restos celulares, 
demonstrando áreas de radiopacidade dentro do lú-
men (OWENS & BIERY, 1982), como demonstrado 
na Figura 7.
FIGURA 6: Radiografia contrastada (canalografia) de canino 
com otite externa. Em posicionamento dorso-ventral, o contraste 
não penetra na bula timpânica, excluindo o diagnóstico de otite 
média. CT, contraste; MAE, meato auditivo externo.
FIGURA 7: Radiografia convencional de canino com otite média, 
posicionamento RCd/ba, com alterações estruturais avançadas 
do arcabouço timpânico. BT, bula timpânica; CF, calcificação da 
cartilagem anular.
• Alterações na densidade óssea das regiões 
circunjacentes ao sistema vestibulococlear: apesar de 
raras, estas alterações são um forte indicativo de neo-
42 MedveP - Revista Brasileira de Medicina Veterinária - Pequenos Animais 
e Animais de Estimação, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, 2003
A Avaliação Radiográfica no Diagnóstico da Otite Média em Caninos e Felinos
plasias (carcinoma de células escamosas, mais freqüente 
nos felinos) ou de osteopatia craniomandibular (só re-
portada em caninos). Estas duas entidades nosológicas 
já foram relatadas no Brasil (ALVES FILHOS et al., 2002; 
DINIZ et al., 2002), com alterações radiográficas que 
possibilitaram o diagnóstico final.
FIGURA 8: Radiografia convencional de canino com otite média, posicionamento LL-D. BT, bula timpânica completamente preenchida por 
líquido intracavitário.
HOSKINSON (1993) sugeriu um guia para o 
diagnóstico diferencial das alterações radiográficas 
encontradas em pacientes otopatas (Quadro 1), porém 
o diagnóstico final só poderá ser dado após a reunião 
e análise conjunta dos diversos resultados dos demais 
exames subsidiários e clínicos.
 Radiopacidade aumentada de tecidos moles na bula e/ou no conduto auditivo externo 
 Otite crônica (externa ou média)
 Otite aguda (externa ou média)
 Neoplasia
 Hemorragia
 Esclerose e espessamento da parede da bula timpânica
 Alteração unilateral
 Otite média crônica
 Pólipo nasofaríngeo
 Alteração bilateral
 Normal; animal senil (felinos)
 Otite média crônica bilateral
 Osteopatia craniomandibular
 Esclerose e proliferação óssea da porção petrosa do osso temporal
 Neoplasia maligna
 Mais comum = CCE, carcinoma de células escamosas
 Otite média crônica
 Osteomielite
 Linha radiopaca, com ou sem desvio
 Fratura
	 Calcificação	do	conduto	auditivo	externo
 Otite externa crônica
QUADRO 1: Guia para o diagnóstico diferencial das alterações radiográficas crânio em caninos e felinos (modificado de HOSKINSON, 1993).
43
A Avaliação Radiográfica no Diagnóstico da Otite Média em Caninos e Felinos
MedveP - Revista Brasileira de Medicina Veterinária - Pequenos Animais 
e Animais de Estimação, Curitiba, v.1, n.1, p.35-43, 2003
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A otite média é, e ainda continuará sendo, a vilã 
no processo de resolução dos casos de otite externa 
crônica recidivante. Trata-se uma situação ímpar, pois 
é uma afecção difícil de se diagnosticar na rotina am-
bulatorial, com tratamento não-responsivo, na maioria 
das vezes.
Resta aos clínicos se aperfeiçoarem no diagnósti-
co desta enfermidade, associando métodos subsidiários 
como a radiologia, no intuito de aumentar a margem de 
acerto nas múltiplas afecções que acometem o sistema 
vestibulococlear dos pequenos animais.
LEITE, C.A.L. Radiographic evaluation on the diagnosis of otitis media in dogs and cats. Rev Bras Med Vet – Pequenos Anim Anim Estim, Curitiba, 
v.1, n.1, p.35-43, jan./mar. 2003.
Aural diseases in small animals have been a common and frustrating problem in veterinary routine. Middle ear diseases 
are frequent in dogs, often leading to the same clinical signs of otitis externa. Radiology is indispensable for the diagnosis 
of the middle ear diseases. Otitis media left untreated for any length of time can cause structural changes which are 
radiographically visible. By this way, radiographic evaluation of the skull, particularly of the tympanic bullae and petrous 
temporal regions, frequently provides useful informations in the diagnosis of otitis media. The purpose of this study is 
to describe the radiographic appearance of the middle ear disease, providing technical information about radiographic 
views and evaluation strategies.
KEYWORDS: Radiography; Otitis medial/veterinary; Otolaryngology; Ear; Diagnosis.
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Recebido para publicação em: 30/08/02
Enviado para análise em: 09/09/02
Aceito para publicação em: 23/09/02

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