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A responsabilidade civil nas relações de consumo I. Aula – 7: Nesta aula, identificaremos os casos de vício do produto e do serviço e suas consequentes responsabilidades. Nas palavras do inigualável Rizzato Nunes, temos: “Há vício sem defeito, mas não há defeito sem vício; o defeito pressupõe o vício. O defeito é o vício acrescido de um problema extra, alguma coisa extrínseca ao produto ou ao serviço, que causa um dano maior que simplesmente o mau funcionamento ou não-funcionamento”. Temos, na primeira fundamentação do vício do produto, a qualificadora do que vem a ser um produto com vício de quantidade, qualidade e inadequação? Vício do produto por quantidade e qualidade – art. 18 A quantidade vê-se claramente que ocorrerá quando houve disparidade entre a informação discriminada no invólucro/recipiente/embalagem e a informação localizada no mesmo. Pois o consumidor, na mais legítima boa-fé, jamais desconfiaria nesta discrepância. Logo, se temos o rótulo informando sobre seu peso, v.g., um quilo, nada mais resta a pensar que o produto tem seu peso líquido de um quilo. Excetuando, por óbvio, o peso da própria embalagem. A quantidade vê-se claramente que ocorrerá quando houve disparidade entre a informação discriminada no invólucro/recipiente/embalagem e a informação localizada no mesmo. Pois o consumidor, na mais legítima boa-fé, jamais desconfiaria nesta discrepância. Logo, se temos o rótulo informando sobre seu peso, v.g., um quilo, nada mais resta a pensar que o produto tem seu peso líquido de um quilo. Excetuando, por óbvio, o peso da própria embalagem. Prazo de análise O prazo de análise é um importante instituto à disposição do fornecedor em sua defesa em face do consumidor. Nesta hipótese, temos que o fornecedor terá um prazo para proceder uma avaliação/perícia quanto ao produto. Uma vez constatado, tecnicamente, tal “vício”, o fornecedor se desonera de deveres junto ao consumidor. Entretanto, caso o prazo de 30 dias seja ultrapassado, o consumidor poderá usar uma das alternativas dispostas nos incisos do seu parágrafo 1º. Considerando o item a ser analisado, o prazo de 30 dias (avaliando sua complexidade) poderá ser flexibilizado: Mas, de uma forma ou de outra, deverá o consumidor estar devidamente ciente do caso. Da impropriedade e inadequação Vício do produto por quantidade – art. 19 O art. 19 é fruto de uma inequívoca técnica legislativa consumerista, ao qual os autores do anteprojeto, prevendo a hipótese de eventual veto presidencial a textos do projeto de lei, elencaram textos similares em lugares diversos com fins de não deixa que o “espírito da lei consumerista” fique descoberto de sua proteção. O que se lê é um texto “idêntico” em forma e conteúdo do art. 18 no qual repetimos as mesmas considerações acerca do vício do produto por quantidade. Os incisos do art. 19 são a consequência no caso de discrepância entre o produto e a informação localizada no mesmo. Vício do serviço – art. 20 O vício do serviço é tipificado quando incorre nas hipóteses em que o mesmo seja inadequado ou não atenda às normas regulamentares de sua prestação. Entendendo-se o primeiro quando não atinge os objetivos propostos ou esperados e o segundo quando não segue aquilo ao qual a entidade reguladora lhe determina. Os incisos do art. 20, mais uma vez, elencam as hipóteses de sanção ante o descumprimento de sua servibilidade e obrigação. Destacando que, caso o serviço seja confiado a terceiros, o fornecedor direto terá responsabilidade direta e imediata sobre aquele. Sob o manto da responsabilidade através da preposição.
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