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TRABALHO E SOCIEDADE

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Aula IFG:Educação sociedade e trabalho
Educação sociedade e trabalho
UNIDADE 1 – Construção da lente sociológica 17
UNIDADE 2 – Duas tendências teóricas no estudo da sociedade: elementos e características do Funcionalismo e do Materialismo Dialético 29
UNIDADE 3 – Educação na perspectiva conservadora: o registro conservador de Émile Durkheim e a influência do pensamento liberal de John Dewey e da teoria do Capital Humano 39
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica: educação como reprodutora da estrutura de classes ou como espaço de transformação social 55
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho 71
Introdução :Contexto Histórico
 Revolução tecnológica :aceleração informática, robótica, experimentações genéticas, das telecomunicações 
Consequências:
Novas definições espaço tempo e visão filosófica de mundo
Forma de apropriação desta riqueza gerada:Mesmo Padrão da Rev. Industrial de 1879
 Revolução tecnológica :Consequências
Substituição da mão de obra : agricultura, prestação de serviços e outros/trab humano descartável. 
Aumento das desigualdades sociais:milhões sem emprego ,com fome, sem moradia,sem educação, sem saúde versus alguns usufruem benefícios da modernidade. O Brasil é um bom exemplo dessas contradições. 
Duas questões centrais
Como a educação pode ajudar na construção de uma sociedade justa, onde as soluções para os problemas sociais do nosso país sejam encontradas de forma coletiva e visando ao atendimento de todos? 
Qual o seu papel, funcionário de escola, nesse processo de encontrar alternativas para a construção de uma vida mais digna para todos os membros da nossa gigantesca nação? 
UNIDADE 1 – Construção da lente sociológica 
 Objetivo desta unidade é que você compreenda as relações entre a organização da sociedade, o mundo do trabalho e a educação. 
Contexto:1801: razão em contraposição à explicação mística da realidade. Surgem dois grandes campos de investigação : naturais e ciências sociais 
UNIDADE 1 – Construção da lente sociológica 
No século XIX ascensão da burguesia como classe dirigente
A classe operária vê as condições de vida e trabalho piorar com o crescimento da industrialização e ascensão burguesa
È preciso entender este contexto histórico : revoluções Industrial e Francesa 
Breve histórico das revoluções Industrial e Francesa 
Até o século XVI, a produção de bens para consumo se dava de forma artesanal:
O artesão era proprietário dos instrumentos de trabalho, como o martelo, a forma, os pregos, etc. E dono do produto final
Substituição do trabalho artesanal pelo manufaturado.Controle burguês da produção e produto final 
Revolução Industrial
Final sec. XVIII intensificam -se as condições de exploração burguesa .Três mudanças centrais ocorrem:
Na cidade:
Relações de trabalho:Jornada de trabalho até dezesseis horas diárias:homens ,mulheres e crianças . O salário não cobria a subsistência.Péssimas condições de trabalho acidentes: mutilações e mortes .Ausência direitos sociais: Férias, descanso semanal remunerado, licença-maternidade, licença saúde.
Revolução Industrial
No campo :A introdução de relações capitalistas de produção no campo:
As máquinas também foram introduzidas na agricultura, juntamente com produtos químicos industrializados.Agricultura volta-se para às necessidades do mercado ,visando abastecer a população urbana que cresce rapidamente.
Êxodo rural 
Revolução Industrial
No estilo de vida 
Na cidade:o trabalhador passou a ter apenas sua força de trabalho para vender ao capitalista 
jornadas de trabalhos desumanas disciplina rígida no interior da fábrica, onde era ocorria até castigos corporais.Inclusive em mulheres e crianças 
PENSE NISSO!
No capitalismo os meios produção são privados, a riqueza gerada pelo trabalho humano é apropriada pela burguesia.
 Os operários recebem somente o necessário para continuarem comendo, vestindo, morando, ou seja, o básico para sobreviverem, gerarem filhos, reproduzindo, assim, a força de trabalho
O lucro capitalista é a taxa mais-valia que é extraída do trabalho não pago ao operário. 
A Revolução Francesa 1 789:A classe que detém o poder econômico geralmente exerce o poder político. 
Clero
Alto clero (bispos, abades e cônicos)
Baixo clero (sacerdotes pobres)
Nobreza
Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)
Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)
Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)
Povo 
Camponeses
Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)
Média burguesia (profissionais liberais)
Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)
Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este nome porque não usavam os calções curtos com meias típicas da nobreza.
A Revolução Francesa 1 789:classe que detém o poder econômico geralmente exerce o poder político. 
Endividado, o governo planejava criar novos impostos que seriam pagos pelo terceiro Estado. A outra solução seria obrigar o clero e a nobreza a pagar tributos, uma vez que eram isentos
Em junho de 1789, revoltados, os representantes do terceiro Estado proclamaram a Assembleia Nacional Constituinte, pois desejavam elaborar uma nova constituição francesa. 
Amparados pelas palavras de ordem “liberdade, igualdade e fraternidade”, a população derrubou a prisão da Bastilha, símbolo do poder real, em 14 de julho.
A classe que detém o poder econômico geralmente exerce o poder político.
Luís XVI reconhece a legitimidade da Assembleia Nacional Constituinte. Esta, em agosto de 1789, liberta os camponeses do controle senhorial e acaba com os privilégios da nobreza e do clero. Era o fim do regime feudal. No mês de agosto é proclamada a Declaração dos Direitos Humanos e do Cidadão, que consagra uma série de princípios liberais.
O surgimento da Sociologia
Os valores liberais, como a democracia, a liberdade, o direito à propriedade, o individualismo e a igualdade passaram a ser cultivados
A esperada melhoria das condições de vida e trabalho das classes populares não aconteceu. Pelo contrário, a expulsão do campo, os baixos salários, o desemprego, as longas jornadas de trabalho, as péssimas condições de moradia piorou a qualidade de vida dessa classe.
O surgimento da Sociologia
É nesse ambiente de lutas pela direção da sociedade entre a burguesia e o proletariado que cresceu o interesse pelo estudo da vida social. Então, surgiram dois grupos opostos de intelectuais.
adeptos dos ideais da nova classe dominante, a burguesia, dirigiram seus estudos para preservar a nova ordem, reorganizar a sociedade e manter o controle social. 
O surgimento da Sociologia
OS pensadores socialistas, alinhados com a classe operária, buscavam, por meio da Sociologia e de outras ciências humanas, entender o funcionamento da sociedade capitalista para superá-la e, conforme seus ideais, conduzir a humanidade para uma sociedade justa, livre da exploração do homem pelo homem
UNIDADE 2 – Duas tendências teóricas no estudo da sociedade
Duas tendências teóricas no estudo da sociedade :Funcionalismo e Materialismo Dialético
O Funcionalismo: Émile Durkheim (1858 -1917) 
OS fatores causadores das crises sociais: os aspectos morais e não os econômicos.
O Funcionalismo: Émile Durkheim (1858 -1917) 
Durkheim buscou investigar os problemas sociais da mesma maneira que se pesquisavam os fenômenos da natureza. Comparava a sociedade a um organismo composto de várias partes (órgãos) integradas que funcionam em harmonia.
Se todos estivessem unidos, bem integrados, em harmonia e equilíbrio, a sociedade como um todo funcionaria bem. Caso contrário, ocorreriam perturbações que levariam às crises e às disfunções sociais. Era a doença social. 
E qual seria o papel da Sociologia, para Durkheim, em toda essa história? 
Para ele, “a sociologia tinha por finalidade não só explicara sociedade como encontrar remédios para a vida social” (COSTA, 1987, p. 53). 
Durkheim define o objeto de investigação sociológica como fato social
Fato social
Fato social  é toda “coisa” capaz de exercer algum tipo de coerção sobre o indivíduo, sendo esta “coisa” independente e exterior ao indivíduo e estabelecida em toda a sociedade
Exemplo: as regras jurídicas, morais, dogmas religiosos, sistemas financeiros, maneiras de agir, costumes, etc
Funcionalismo
Assim, um fato social seria normal quando se apresentasse de forma generalizada pela sociedade. Acontecendo para a maioria dos indivíduos, representando a vontade geral, o fato social contribuía para a saúde do organismo social.
Fato social
Características do fato social
Coercitividade – característica relacionada com o poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los.
Exterioridade – relaciona-se ao fato de esses padrões culturais serem exteriores ao indivíduo e independentes de sua consciência.
Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas para todo um grupo, ou sociedade.
Fato social:o que seria uma sociedade sadia? 
Uma sociedade na qual a vida social fosse harmônica, em que reinasse o consenso, ou seja, onde a maioria pensasse e agisse de forma semelhante, levada pelos fatos sociais que são impostos por meio da educação e por outras formas de coerção social. Uma sociedade em que os indivíduos fossem impotentes para mudar o que estava posto, ou seja, uma sociedade estável, pronta, toda organizada, que não permitisse grandes mudanças. 
O Materialismo Dialético 
Karl Marx (1818- 1883) e Friedrich Engels (1820-1895).
Método materialista histórico dialético
O significado da palavra materialismo 
O materialismo afirma que tudo o que forma o mundo, que está a nossa volta, é material. Assim, a explicação da realidade, dos fenômenos, dos mistérios do mundo, antes resolvidos pelas religiões, deve ter como referência a matéria. 
O significado da palavra dialética 
A dialética vê a realidade material composta não por ajustes de harmonia, mas por contradições. Elas se expressam em conflitos que levam a permanentes transformações. Ou seja, pela visão materialista dialética, nada no mundo está acabado 
Princípios do Materialismo Dialético que explicam os fenômenos naturais e sociais 
Princípio da Totalidade :
Tudo se relaciona dentro de um conjunto, os componentes estão ligados entre si influenciando-se uns aos outros.
Princípio da Mudança Qualitativa :
Como as mudanças não ocorrem num mesmo ritmo, pequenas mudanças quantitativas levam a uma mudança qualitativa que gera grandes transformações.
Princípios do Materialismo Dialético que explicam os fenômenos naturais e sociais 
Princípio Contradição Universal
Mudanças ocorrem porque as forças contrárias ao mesmo tempo em que se unem se opõem.
Princípio Movimento 
Nada está pronto, tudo se transforma constantemente. E os conflitos, as contradições é que movem essas mudanças.
UNIDADE 3 – Educação na perspectiva conservadora:
Émile Durkheim:Funcionalismo
John Dewey :Escola Nova 
Teoria do Capital Humano: Theodore Schultz 
Émile Durkheim:Funcionalismo
relação entre a educação e a sociedade 
Educação é Fato Social
Coercitiva:é imposto às pessoas,independente de sua vontade por serem incapazes de reagir diante da ação educativa. 
A coercitiva da educação é fundamental para socializar os indivíduos.Prepara-os para viver em sociedade
Constituir esse ser social em cada um de nós – tal é o fim da educação (DURKHEIM, 1975, p. 43). 
Duas condições para que haja educação 
A primeira é existência de uma geração de pessoas adultas e uma outra de jovens.
 A segunda condição é que a ação educativa seja exercida pela geração mais velha sobre a jovem. A geração mais velha já está socializada e cabe a ela repassar os códigos de convivência social à geração mais jovem. 
A educação deve ter uma base comum e diversificada
Educação base comum.
 O que significa isso? 
Apesar das diferenças de classes sociais, todas as crianças devem receber idéias e práticas, que são valores do seu povo, da sua nação
Entretanto, num dado momento da vida, a educação deveria ser diferenciada. Isso porque os jovens devem ser preparados, a partir desse momento, para assumir os seus papéis na sociedade (conforme a divisão social do trabalho e a especialização), dentro da classe social a qual pertencem
Segundo Durkheim, há homens que devem ser preparados para refletir, para pensar, para serem os dirigentes do país, seja nas empresas, seja no governo. Enquanto outros devem ser educados para a ação, para a execução do trabalho manual e a obediência.
Pensamento liberal
Antes de estudarmos as particularidades da Escola Nova e da teoria do Capital Humano, consideramos muito importante que você entenda que essas duas abordagens são baseadas nos princípios do liberalismo. Por essa razão, vamos descrever esses princípios básicos, os valores máximos que sustentam o pensamento liberal.
Princípios básicos do liberalismo:
 Individualismo : talentos próprios e aptidões.
liberdade : para obter sucesso e conquistar melhor posição na sociedade em função de seus talentos propriedade privada 
Democracia: direito de todos à participação no governo por meio de representantes eleitos 
. 
Princípios básicos do liberalismo:
Igualdade : não significa igualdade de condições materiais, mas igualdade perante a lei. 
Propriedade privada: deixa de ser um privilégio da nobreza feudal para ser a condição de progresso individual e de desenvolvimento econômico
Princípios liberais e educação
A educação seria um instrumento para o desenvolvimento máximo das potencialidades e aptidões de cada indivíduo. A igualdade jurídica seria assegurada a todos, impedindo os privilégios de nascimento ou de credo. Livres, iguais constitucionalmente, todos os indivíduos poderiam desenvolver seus talentos e competir entre si.
John Dewey:Escola Nova 
Papel da Escola:
Preparar o novo homem para as exigências da sociedade moderna.
Caberia a sociedade garantir uma nova escola pautada em valores democráticos
John Dewey:Escola Nova 
l     Relação aluno/professor – o aluno é o centro do processo . Como a escolha dos conteúdos gira em torno dos interesses do aluno
     Conteúdo – conteúdo que é objeto de aprendizagem precisa ser compreendido, não decorado.
Teoria do Capital Humano:
Theodore Schultz 
Os indivíduos que têm acesso à escolarização formal tornam-se mais capacitados para o trabalho e, em decorrência disso, tornam-se mais produtivos porque adquiriram, por meio da educação, conhecimento intelectual e habilidades
Teoria do Capital Humano:
Theodore Schultz 
Mas será que o investimento na educação das pessoas consegue provocar toda essa harmonia, satisfazendo tanto a patrões como a empregados e à nação? Ou a taxa de retorno do que foi investido na qualificação de pessoal resulta na taxa de mais-valia, que aumenta o lucro do empresário capitalista? Com o trabalhador qualificado, produzindo mais riqueza, o maior beneficiado não seria o patrão que se apropria da maior parte dessa riqueza?
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica 
Educação como reprodutora da estrutura de classes : Aparelho ideológico do Estado
Educação como espaço de transformação social: escola como espaço da contra-ideologia 
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica
Louis Althusser (1918 - 1990): A escola como aparelho ideológico do Estado
No capitalismo a produção de riqueza é gerada coletivamente mas a apropriação desta riqueza é dada a burguesia na apropriação do LUCRO 
Os trabalhadores recebem o necessário para comer, vestir, morar, ou seja, o básico para sobreviverem, gerarem filhos, reproduzindo, assim, a força de trabalho. 
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica
O resultado dessa história você jáconhece:
 miséria,fome, de­semprego, violência, favelas, menores abandonados
Mas você poderia perguntar: se os trabalhadores são maioria, por que eles se submetem à exploração e à dominação da minoria burguesa? Por que eles não se revoltam contra essa situação?
Porque as forças repressivas do Estado atuam continuamente
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica
Mas a utilização da força não assegura a dominação burguesa. A sociedade estaria em caos , caso a Polícia e o Exército fossem convocados todo dia para manter a ordem . 
As forças repressivas do Estado são chamadas em casos extremos, quando a força do convencimento falha. Daí a importância da dominação ideológica da burguesia.
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica
Mas o que é ideologia?
 Ideologia é uma falsa crença
Uma falsa consciência das relações de domínio entre as classes.
A ideologia “esconde” os mecanismos de exploração do trabalhador na obtenção lucro. 
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica
Exemplo: A ideologia diz que quem trabalha obtém sucesso, “sobe na vida”. Mas a maioria das pessoas trabalha e “não sai do lugar”. 
A ideologia esconde que o motivo da riqueza do burguês não é o trabalho, mas a exploração do trabalho dos operários.
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica
Mas o que é ideologia?
Além de falsear a realidade, a ideologia serve para justificar a realidade
Além de falsear a realidade, a ideologia serve para justificar a realidade.
Exemplo: o princípio da igualdade: iguais juridicamente. Mas não podem ser iguais materialmente, uma vez que o sucesso material é consequência dos talentos e das aptidões de cada um.
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica
A quem cabe o papel de divulgação da ideologia? 
AIE: Aparelhos Ideológicos do Estado
- Escolar; Familiar; Político, que abarca os diferentes partidos políticos; o Sindical; Informação, representado pelas emissoras de televisão, rádios, jornais e outros meios de comunicação; o Cultural; o Jurídico, com suas leis e suas cadeias.
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica
A IR: Aparelhos Ideológicos Repressivos:Policia e forças armadas
A escola tem um papel central entre os aparelhos ideológicos.
 1.Os indivíduos passam boa parte de suas vidas na escola. 
2.È a escola que especializa as pessoas e as diferencia para as futuras atribuições no processo de produção
3.A escola também está encoberta com o véu ideológico da neutralidade 
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica:escola como espaço da contra-ideologia 
Antonio Gramsci (1891-1937) 
relação entre a infra-estrutura e a superestrutura:metáfora do edifício 
sua base é a estrutura econômica que lhe dá sustentação 
Estado e a consciência social são seus andares superiores 
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica:escola como espaço da contra-ideologia 
Gramsci percebe duas formas de dominação burguesa:
Dominação repressiva: Exército, Polícia, tribunais
Dominação ideológica: Ocorre nos diversos espaços da sociedade civil,principalmente, a escola 
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica:escola como espaço da contra-ideologia 
a classe trabalhadora deve utilizar espaços da sociedade civil para transmitir a sua concepção de mundo 
Qual o papel social da educação? 
a escola constitui-se um dos principais espaços para a burguesia transmitir sua ideologia 
UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica:escola como espaço da contra-ideologia 
A escola :um local de construção da contra-hegemonia operária e de transformação da sociedade existente. 
Ambiente de resistência da classe trabalhadora contra a dominação burguesa 
Formação do intelectual orgânico, um conceito-chave em Gramsci. 
Gramsci diferencia os intelectuais tradicionais dos intelectuais orgânicos.
Intelectuais tradicionais: estão comprometidos com a tradição e a cultura dominantes. 
Intelectuais orgânicos: papel de criar, de fomentar a consciência de classe na qual estão ligados diretamente– burguesia ou proletariado – formando uma visão de mundo homogênea – a ideologia –influenciando os demais grupos sociais aliados, na luta pela conservação ou pela transformação da sociedade.
Gramsci :bloco histórico
Quando as principais classes em luta – burguesia e proletariado – conseguem agregar junto a si outros segmentos sociais que se unificam por meio da ideologia e do trabalho de convencimento realizado pelos intelectuais orgânicos, forma-se o que Gramsci chama de bloco histórico.
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho
1.Relações de trabalho na produção de bens em sociedades anteriores à burguesa.
2. Formas de administração capitalista.
3.Aplicação da doutrina neolibera:Reestruturação no mundo do trabalho reformas no Estado. 
4.Reflexo dessas transformações na escola e o papel e o compromisso social dos trabalhadores da educação nesse processo.
UNIDADE 5 –1.Relações de trabalho na produção de bens em sociedades anteriores à burguesa
5.1 O mundo do trabalho
O que diferencia o homem dos outros animais é o trabalho,pois, num determinado momento de sua história , passa a produzir os bens necessários à sua existência 
Porém, bens produzidos pelo trabalho humano não são usufruídos igualmente pela maioria da população 
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho
A produção de bens sempre se deu dessa forma, tendo como base a propriedade privada e a exploração do trabalho assalariado? Não, as relações sociais de produção capitalistas, que dominam a economia há alguns séculos, foram antecedidas por outras formas de geração de riquezas no decorrer da história humana.
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho
Modos de Produção
O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade.
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho
Na comunidade primitiva os homens trabalhavam em conjunto.
 Os meios de produção e os frutos do trabalho eram propriedade coletiva.
 A propriedade era coletiva
As relações de produção eram relações de amizade e ajuda entre todos; 
Não existia o estado
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho
Os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor
As relações de produção eram relações de domínio e de sujeição
Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravos), dos meios de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto de trabalho.
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho
O modo de produção asiático :Egito, na China, Índia e África.
exemplo o Egito, no tempo dos faraós, vamos notar que a parte produtiva da sociedade era composta pelos escravos, que era forçados, e pelos camponeses, que também eram forçados a entregar ao Estado o que produziam.
Fatores que determinaram o fim do modo de produção asiático:
A propriedade de terra pelos nobres;
O alto custo de manutenção dos setores improdutivos;
A rebelião dos escravos. 
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho
Classes: senhores x servos.
Relações de produção: Servil 
Propriedade da terra :Senhorio
Obs.Com o surgimento do excedente,dos burgos e das cidades começa a desagregação do modo feudal.
Já começava a aparecer às relações capitalistas de produção
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho
Relações assalariadas de produção (trabalho assalariado). 
Propriedade privada dos meios de produção: burguesia
 Classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.
UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalhoA administração burguesa :obtenção do lucro
Frederic Taylor: Taylorismo 
 Concepção de mundo funcionalista : a harmonia e o equilíbrio deveriam reger as relações sociais.
Controle racional do tempo na produção
Supervisão absoluta do trabalho humano
Otimização de produção
Evitar a ociosidade e a morosidade operária
 
Henry Ford :Fordismo
1.Produção em série: a padronização da atividade humana
2. Linhas de montagens, cada operário realiza uma tarefa específica
3. Diminuição do tempo de fabricação
4. Respeito à hierarquia: Modelo de integração vertical (decisões de cima para baixo) e centralização do poder.
Disciplina rígida 
Toyotismo 
O just in time:“produzir o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário” 
as “ilhas de produção” :Diminuição da ociosidade do operário intensificação do ritmo de trabalho e mobilidade dos trabalhadores conforme as necessida­des da administração.
 círculo de controle e qualidade – CCQ – Formados pequenos grupos de trabalhadores que se encontram para sugerir melhorias na produção .Estes Círculos dão a falsa im­pressão de participação decisória do trabalhador, 
Toyotismo 
 círculo de controle e qualidade – CCQ – Formados pequenos grupos de trabalhadores que se encontram para sugerir melhorias na produção .Estes Círculos dão a falsa impressão de participação decisória do trabalhador, 
Toyotismo 
qualidade total
terceirização 
Combate a associações e sindicatos 
Crise do capitalismo
Primeira Guerra Mundial 
quebra da Bolsa de Nova York em 1929 
Revolução Russa de 1917 
Tentativa de controle da crise na criação:
Welfare States decadência em 1970
aumento da inflação e a diminuição da taxa de lucro 
Doutrina neoliberal 
Manutenção de um Estado forte para quebrar o movimento sindical 
Estado mais rigoroso no controle dos gastos sociais 
Estado Mínimo na intervenção econômica. 
Pilares fundamentais da gestão macroeconômica e social neoliberal 
Privatização de empresas públicas 
Desregulamentação das atividades econômicas e sociais, baseada na superioridade da “eficiência do mercado”
Reversão de padrões de proteção social quanto à educação, saúde, habitação, seguro-desemprego para todos.
O papel e o compromisso social dos trabalhadores da educação 
Influências da administração capitalista na escola
visão do caráter neutro da escola :Taylor defendia uma administração que benefi ciasse, ao mesmo tempo, o patrão e o empregado .
verticalização das decisões 
círculos de controle e qualidade :Gestão democratica
Influências da administração capitalista na escola
diminuição do número de funcionários
piora das condições de trabalho
o achatamento salarial 
 manutenção de relações autoritárias no interior da escola 
redução do quadro de servidores estáveis e concursados e sua substituição por terceirizados 
Influências da administração capitalista na escola
currículos numa “linha de montagem 
As modernas escolas privadas instauraram relações capitalistas entre os proprietários e os professores, que vendem seu trabalho por meio do pagamento de horas-aula e de docilidade às orientações gerenciais dos “administradores escolares”. 
o papel da escola e dos profissionais de educação 
Assim, seu papel na escola será o de trabalhar para a conservação da sociedade do jeito que está, com poucas mudanças ou ......

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