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AMANDA FERREIRA Sistema nervoso autônomo: ● O Sistema nervoso é dividido em central (encéfalo e medula espinhal) e periférico (nervos que saem da medula em direção aos órgãos e membros). ● Via aferente (aferência): São as vias de entrada para o SNC, isto é, da periferia do corpo para este. ● Via eferente (eferência): via de saída do SNC ● O SNP é dividido em 3: ○ SNP sensitivo: envia informação (aferência) para o SNC. ○ SNP autônomo: simpático e parassimpático. Controla as funções viscerais, que são involuntárias. Composto por vias eferentes. ○ SNP motor: somático; movimento voluntário. ● O sistema nervoso autônomo: ○ Parte do sistema nervoso que controla as funções viscerais, através de eferências, de maneira involuntária e independente. Controla funções vegetativas, glândulas endócrinas, musculatura lisa e cardíaca. Respostas reflexas porque é involuntário, não vai no nível do córtex. É interligado ao hipotálamo, por isso que as emoções ativam rapidamente o simpático e o parassimpático. Origina do SNC. ○ pode ser dividido em 2: ○ Simpático: Envolvidos em situações de luta ou fuga. ■ Os nervos saem da coluna torácica e lombar ( T1-L2). ■ “Faz sinapse no tronco ganglionar simpático ou cadeia ganglionar para vertebral, que é uma cadeia de gânglios que se intercomunicam, tendo uma cadeia de cada lado e ao longo da coluna vertebral.” ■ Neurotransmissor da via pré ganglionar: Ach ■ Neurotransmissores da via pós ganglionar: NE e E. ■ Via pré ganglionar curta e pós ganglionar longa. ■ Glândula suprerrenal: gânglio simpático modificado. ■ Sistema de alerta comportamental. ■ Importante para garantir ao organismo condições de reagir a situações extremas. ■ Função catabólica, quebra e liberação de energia. ■ No coração: aumenta a frequência cardíaca; aumenta a força de contração ■ No sist. respiratório: aumenta frequência respiratória, broncodilatação. ■ No sist. digestivo: diminui o peristaltismo; diminui as secreções gástricas, intestinais e pancreáticas; redução do fluxo sanguíneo ■ Faz vasoconstrição nos órgãos centrais (receptor alfa1), exceto coração e músculo esquelético (receptor beta2). ■ Super liberação de adrenalina e noradrenalina. Efeito diferente devido a receptores diferentes. ● Essas 2 substâncias podem se ligar em receptores alfa1, alfa2. beta1, beta2 e beta3. A noradrenalina tem mais afinidade pelos alfa1 e 2 e a adrenalina por todos eles. AMANDA FERREIRA Quando eles se ligam nesses receptores, cada receptor vai gerar um efeito diferente no órgão. Ex: vasos sanguíneos das vísceras têm abundância de receptor alfa 1 e ele gera vasoconstrição visceral. Mas, quando, por ex, a nora se liga no receptor beta 2 (se encontra em vasos sanguíneos que irrigam o músculo esquelético), vai gerar vasodilatação. Cada receptor ativa uma cadeia diferente de proteínas, resultando em respostas diferentes. No coração, nas coronárias, também há receptor beta2. ■ Fechamento dos esfíncteres. ■ Super liberação de glucagon pelo pâncreas -> precisa de energia! ■ No trato urinário há o relaxamento da bexiga porque é receptor beta 2. Assim, cabe mais urina. Mas no esfíncter interno (involuntário- ML) tem receptor alfa1, que causa constrição. Quando vem o reflexo da micção indica que houve estiramento da musculatura lisa da bexiga, o sinal vai para a medula e ela responde ativando o parassimpático, fazendo contração da bexiga e relaxamento do esfíncter interno (no simpático ocorre o contrário). ■ OBS: beta2 RELAXA! Independente de estar ligado a adrenalina ou a noradrenalina. ■ A adrenalina também é produzida pela ativação do simpático, mas ela só é produzida pela medula da glândula suprarrenal. Depois de produzida vai para a corrente sanguínea, funcionando como hormônio. A produção da suprarrenal é 80% adrenalina e 20% noradrenalina, ambas com função hormonal para ajudar o efeito da sinapse simpática. Obs: adrenalina = epinefrina e noradrenalina = norepinefrina. ○ Parassimpático: ■ Fica mais ativo em momentos de relaxamento, sem estresse. ■ Age nas vísceras para reservar energia. Momento de captar nutrientes do sist. digestivo, produzir secreções gástricas, pancreáticas, insulina… ■ Origem dos nervos: crânio e sacral. ■ Função anabólica, de reserva de energia. ■ Os neurônios pós-ganglionares não constituem uma cadeia ganglionar e estão localizados próximos aos órgãos alvo. ■ Neurotransmissor das vias pré e pós ganglionares: Ach. ■ Via pré ganglionar: longa ■ Via pós ganglionar: curta. ○ No sistema nervo autônomo há 2 neurônios para o simpático e 2 para o parassimpático. ■ gânglio: local com grupo de somas (corpos neuronais) AMANDA FERREIRA ■ O simpático tem o neurônio pré-ganglionar curto. Sai da medula espinhal, faz sinapse com o neurônio pós-ganglionar, que é longo - chega até os órgãos. A sinapse ocorre próxima a medula. ■ Os neurônios pós-ganglionares não constituem uma cadeia ganglionar e estão localizados próximos aos órgão alvo. ■ O parassimpático tem o neurônio pré-ganglionar comprido, chega quase no órgão, onde faz sinapse com o neurônio pós-ganglionar. ■ Na sinapse ganglionar sempre há liberação de ACh pelo neurônio pré (colinérgico), independente se for parassimpático ou simpático. O receptor do neurônio pós é nicotínico e sua única função é continuar aquele PA que foi gerado no neurônio pré-ganglionar. ■ Então a ACh vai se ligar no receptor nicotínico e vai despolarizar o neurônio pós. ■ Depois disso, no caso do simpático, há liberação de noradrenalina no órgão porque o receptor é adrenérgico. Ou seja, o neurônio pré libera ACh e o pós libera noradrenalina. O receptor adrenérgico pode ser do tipo alfa ou beta. ■ E no caso do parassimpático, o neurônio pós libera no órgão ACh, que tem receptor muscarínico. TODOS os órgãos tem receptor muscarínico para ACh. Há 5 tipos de receptor muscarínico M1-M5, vai depender do órgão. ■ Normalmente, o simpático e o parassimpático tem funções opostas, mas nem sempre. ● Adrenalina e noradrenalina ○ Síntese: ■ Aminoácido tirosina. ■ No axônio terminal, a tirosina vai entrar dentro do neurônio por meio de um contratransporte com o Na+. Lá, há uma enzima, chamada tirosina hidroxilase,que transforma a tirosina em dopamina, um tipo de neurotransmissor. Para isso, há a remoção do grupo carboxila (descarboxilação), substituindo-o por hidrogênio; e acréscimo de um grupo hidroxila (hidroxilação). ■ No mesmo axônio terminal, pode haver outra enzima que transforma a dopamina em noradrenalina. Essa reação acrescenta um radical hidroxila. ■ Para produzir adrenalina, esse axônio deve ter uma enzima que acrescenta um grupo metila à noradrenalina. ■ A enzima que produz a noradrenalina está dentro de vesículas. Assim que a dopamina é formada, ela entra para dentro de uma dessas vesículas e há a conversão em noradrenalina. ■ Se esse neurônio tiver a enzima que converte a nora em adrenalina, ela sai da vesícula, se converte em adrenalina e depois volta para a vesícula esperando o PA para ser liberado. ■ Todas essas 3 substâncias são catecolaminas e o neurônio que as produz é um neurônio adrenérgico. AMANDA FERREIRA ■ Uma vez que elas são liberadas, vão se ligar em receptores adrenérgicos, alfa ou beta no neurônio pós-sináptico ou no órgão ou na glândula. Esses receptores são metabotrópicos. ○ Degradação: ■ Depois que a noradrenalina tem o seu efeito, ela volta para o axônio terminal e, lá dentro, tem uma enzima que chama MAO (monoaminoxidase). Ela é responsável pela degradação da noradrenalina. Essa degradação ocorre na mitocôndria. Obs: não é igual a acetilcolinesterase que está na fenda. A MAO fica dentro do axônio terminal, na mitocôndria. ■ A noradrenalina além de ser degradada, pode ser reutilizada (ocorre uma invaginação, forma uma vesícula e ela pode ser liberada de novo) ou pode se difundir, por meio dos vasos sanguíneos, para ter um efeito hormonal em outro órgão. ■ O tipo de degradação vai depender do tipo de atividade (demanda) desse neurônio. ● Receptores adrenérgicos (simpático): ○ beta 3: tem ação no tecido adiposo. Então, ao se ligar a ele, a adrenalina e nora fazem lipólise. Essa lipólise acontece porque o beta3 é capaz de ativar uma enzima que chama “lipase hormônio-sensível”. Ex: Ao fazer exercício, há a liberação de adrenalina e nora. Ela se liga ao receptor, ativando a enzima e causando a quebra do lipídio em ác. graxo, que será jogado na corrente sanguínea. ○ Alfa 1: constrição ○ Alfa 2: auto-receptor: ele controla a liberação da adrenalina. Se localiza no próprio neurônio que a libera. Assim que esse receptor percebe que tem muita liberação de adrenalina, ele inibe o processo. A própria adrenalina que se liga a esse receptor. Obs: ele só inibe, não estimula a liberação. ○ beta 1: no músculo cardíaco aumenta a frequência de batimentos (se encontra no nó SA). ○ Beta 2: relaxa músculo liso. ○ Obs: É possível que o mesmo órgão expresse receptores diferentes. Ex: célula beta-pancreática -> tem receptores alfa1 e alfa2. o alfa 1 faz aumentar a liberação de insulina e o alfa 2 inibe. Quem manda é o que tiver mais expressão. ● Receptores do parassimpático: ○ Nicotínico: ionotrópico. Apenas nos gânglios ○ Muscarínico: matabotrópico ■ M1: musculatura lisa e glândula do sist. digestivo. ■ M2: bradicardia. Localizado no nó SA ■ M3 ● Nervo vago: inerva praticamente todos os órgãos e glândulas do nosso corpo. ○ Transmissão da atividade parassimpática. ● Medula adrenal: AMANDA FERREIRA ○ Atua como equivalente estrutural e funcional de neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático. ○ Neurônio pré-ganglionar simpático, liberando ACh. A Ach induz formação de adrenalina (80%) e noradrenalina (20%), que vão para a corrente sanguínea com ação hormonal. ○ Esses dois hormônios são transportados pela corrente sanguínea para todas as partes do corpo, onde agem de modo direto, sobre todos os vasos sanguíneos, geralmente causando vasoconstrição; entretanto, em alguns tecidos, a epinefrina provoca vasodilatação, já que ela também tem um efeito inibitório “beta”-adrenérgico que dilata os vasos em vez de contraí-los.
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