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Direito Processual do Trabalho

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
CONCEITO
É o conjunto de princípios, regras e instituições que se destinam a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais na solução dos conflitos individuais e coletivos do trabalho e da tutela a outros direitos correlatos conforme definidos em lei. Possui como objetivo:
a) assegurar o acesso do trabalhador à Justiça do Trabalho;
b) impulsionar o cumprimento da legislação trabalhista e da social;
c) dirimir, com justiça, o conflito trabalhista.
Distingue-se o Direito Processual do Trabalho do Direito Processual Civil, não apenas pela matéria trabalhista afeita ao primeiro e os demais assuntos residualmente tratados neste último, mas, sobretudo, por uma mais larga margem de autonomia dada ao juiz do trabalho na interpretação da lei e na criação jurisdicional das soluções para litígios, tendo sempre em atenção a repercussão transindividual das decisões. Essa autonomia criativa está longe de significar espaço aberto ao arbítrio ou às criações meramente idiossincrásicas, uma vez que há de conformar-se em última análise às normas constitucionais e aos princípios que regem o Direito e o Processo do Trabalho.
AUTONOMIA DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Para se aquilatar a autonomia de determinado ramo do direito, necessário avaliar se tem princípios próprios, uma legislação específica, um razoável número de estudos doutrinários a respeito e um objeto de estudo próprio. Inegavelmente, o Direito Processual do Trabalho é autônomo, pois possui princípios próprios, como por exemplo da inércia, instrumentalidade das formas, oralidade, impulso oficial, eventualidade, preclusão, conciliação e economia processual.
Teorias: monistas e dualistas
Monista: assume a posição de que o Direito Processual do Trabalho não está regido por leis próprias, que seria apenas um desdobramento do Direito Processual Civil.
Dualista: sustentam a autonomia da Justiça do Trabalho.
HISTÓRICO
Inicialmente a Justiça do Trabalho era órgão integrante do Poder Executivo. Em 1º de maio de 1941, foi instalada a Justiça do Trabalho. Os primeiros órgãos criados no Brasil objetivando solucionar os conflitos trabalhistas foram os Conselhos Permanentes de Conciliação e Arbitragem, os quais embora não efetivamente implantados, foram instituídos pela Lei 1.637/1911. Posteriormente a Lei 1.869/1922 criou em SP os Tribunais Rurais composto por um juiz de direito, um representante dos trabalhadores e outro dos fazendeiros com função de dirimir conflitos até o valor de quinhentos mil réis.
Dois fatos contribuíram, de forma decisiva, na institucionalização da Justiça do Trabalho n o Brasil: o surgimento das convenções coletivas de trabalho e a influência da Itália, visto que nosso sistema acabou por copiar, em vários aspectos, o sistema italiano da Carta del Lavoro, de 1927, de Mussolini.
Já na era Vargas, em 1932, foram criadas as Juntas de Conciliação e Julgamento e as Comissões Mistas de Conciliação, que atuavam como órgãos administrativos, julgando, respectivamente, dissídios individuais e coletivos do trabalho. As juntas de Conciliação de Julgamento tinham a função de dirimir os dissídios individuais de trabalho, onde somente os empregados sindicalizados possuíam o direito de ação
Após 1932 surgiram outras organizações não pertencentes ao Poder Judiciário, dotadas também de poder de decisão, dentre as quais podemos citar juntas que funcionavam nas delegacias do trabalho.
A Justiça do Trabalho somente surgiu como órgão autônomo em 1.5.1941, apesar de ainda não pertencer ao Poder Judiciário passou a exercer função jurisdicional, com poder de executar as próprias decisões.
Em 1943 foi promulgada a CLT, que regulamentou o processo do trabalho nos artigos 643 a 910.Com a Constituição 1946 deu-se a previsão constitucional de pertencer a Justiça do Trabalho o Poder Judiciário, no entanto, o STF antes dessa data já reconhecia. 
Em seguida, vários diplomas legislativos de grande importância para o Processo do Trabalho foram editados:
Decreto-Lei 779/69 – regras especiais de aplicação do processo do trabalho aos entes públicos
Lei 5.584/70 – assistência judiciária gratuita; prazo dos recursos.
Lei 7.701/88 - competência do TST
Emenda Constitucional nº 24/99 – extinção das Juntas de Conciliação e Julgamento e dos Juízes classistas, substituição pelas Varas do Trabalho
Lei 9.957/00 Procedimento Sumaríssimo
Emenda Constitucional nº 45/04 – reforma do Poder Judiciário; ampliação da competência da Justiça do Trabalho.
EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL TRABALHISTA NO TEMPO E NO ESPAÇO
Estabelece o art. 1º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro que, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada. Em regra, as disposições do direito processual do trabalho entram em vigor a partir da data de publicação da lei, com eficácia imediata, alcançando os processos em andamento.
O processo, de maneira ampla, compreende uma série de atos processuais que se coordenam e se sucedem no curso do procedimento, iniciando-se com a petição inicial até o trânsito em julgado da sentença. Neste diapasão, o direito processual pátrio adota o sistema denominado “isolamento dos atos processuais”, o qual estabelece que, estando em desenvolvimento um processo, a lei processual nova regulará apenas os atos processuais que serão praticados após sua vigência, não alcançando os atos já realizados sob a égide da lei anterior, os quais serão considerados válidos, produzindo todos os regulares efeitos previstos pela lei velha.
Neste sentido, podemos destacar o art. 912 da CLT, o qual estabelece que “os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação”.
Logo, os atos processuais já praticados antes da entrada em vigor da lei processual nova estarão resguardados, por constituírem ato jurídico perfeito e acabado, ou seja, os atos processuais praticados sob vigência da lei revogada mantêm plena eficácia depois de promulgada a lei nova, mesmo que esta estabeleça preceitos de conteúdo diferentes.
Nessa esteira, os atos processuais não são atingidos pelo novo dispositivo legal, tendo em vista o princípio da irretroatividade da norma processual. Todavia, no caso de lei processual nova, cujo conteúdo envolva disposições atinentes à jurisdição e competência, terá a mesma aplicação imediata, regendo o processo e julgamento de fatos anteriores à sua promulgação.
O mesmo sistema é adotado pelo Código de Processo Civil, que nos arts. 14 e 1046 dispõe que “Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.”.
Por fim, o art. 915 consolidado estabelece que não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivo alterados ou cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência da Consolidação das Leis do Trabalho.
Em outras palavras, ao propor uma ação trabalhista, a parte ainda não possui direito adquirido ao recurso, mas, sim, mera expectativa de direito. O direito ao recurso será exercido de acordo com a lei vigente no momento da publicação da decisão de que se pretende recorrer. Frise-se, outrossim, que os prazos iniciados na vigência da lei anterior por ela continuarão a ser regulados, correndo até o seu termo final.
EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL TRABALHISTA NO ESPAÇO
A eficácia da lei processual no espaço diz respeito ao território em que vai ser aplicado o dispositivo legal. No Brasil, prevalece o princípio da territorialidade, vigorando a lei processual trabalhista em todo o território nacional, sendo aplicada tanto aos brasileiros quanto aos estrangeiros residentes no Brasil.
Destaque-se, todavia, que a execução da sentença estrangeira no Brasil depende de homologação do STJ, nos termos do artigo 105, I, i, da CF/1988.
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
a) Fontes Materiais: São os fatos sociais e econômicos que influenciam e contribuempara elaboração da norma jurídica;
b) Fontes Formais: são meios de exteriorização do direito, por meio da formação e do estabelecimento de normas jurídicas. Elas se dividem em fontes: 
- Formais diretas ou imediatas, que são a lei e os costumes; 
- Fontes formais indiretas ou mediatas: que são a doutrina e jurisprudência.
c) Fontes formas de explicitação: analogia, equidade, princípios gerais do Direito.
PRINCÍPIOS
PRINCÍPIOS GERAIS
a) Acesso à Justiça: art. 5º, XXXV, CF, art. 625, D, CLT, Súmula 330/TST.
b) Dever de Fundamentar as decisões: art. 93, IX, da CF, art.489 CPC/15
c) Interesse Público ou Geral
d) Caráter exclusivo e obrigatório da função jurisdicional do Estado
e) Imparcialidade do Juiz
f) Duplo grau de jurisdição
g) isonomia das partes perante a lei
h) contraditório e ampla defesa: art. 5o, LV, CF/88, Arts. 9o e 10o CPC/15
i) publicidade art. 5o, LX, CF/88
j) devido processo legal art. 5o, LIV, CF/88
l) efeitos soberanos da coisa julgada
m) coerção da execução
n) boa-fé e lealdade processual – Art. 5o e 77 CPC/15
o) identidade física do juiz: Súmula 136/TST (CANCELADA) – Princípio aplicado ao DPT
p) não reformation in pejus
q) aplicação imediata das leis processuais
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO DO TRABALHO
a) Celeridade e economia processual: Ensina que a realização dos atos processuais do processo do trabalho poderão ser realizados de forma verbal. (Art. 847 e 840, CLT)
b) Oralidade: vários atos no processo do trabalho são praticados de forma verba a exemplo a conciliação. Art. 847, CLT a defesa (20 minutos) poderá se realizada de forma oral, no entanto, na prática é apresentado de forma escrita. Art. 840, CLT inicial oral, art. 850, CLT – alegações finais – 10 minutos. Sentença também proferida em audiência.
c) Imediaticidade: Determina que o juiz deverá ter contato direto com as provas a serem produzidas nos autos no intuito de facilitar seu convencimento. Art. 820, CLT e art. 370, 481, CPC.
d) Redistribuição e inversão do ônus da prova – art. 373, §1o, CPC; Súmula 338 TST
e) inquisitivo ou impulso oficial: Determina que após a propositura da ação é função do juiz impulsionar o processo até o seu deslinde final. (Art. 2o, CPC e 765, CLT). Art. 485, II e III, CPC. Art. 141 e 492, CPC. Art. 765, CLT.
f) gratuidade: o princípio da gratuidade visa o acesso ao Poder Judiciário por aqueles que não tenham condições financeiras de arcar com custas processuais.
g) eventualidade: Determina que as partes deverão alegar na oportunidade própria prevista em lei todas as matérias defesa ou de seu interesse sob pena de preclusão. Art. 769 da CLT e 336, CPC.
h) dispositivo: Determina que o juiz não poderá prestar a tutela jurisdicional, sem que a parte ou algum interessado o provoque. (Art. 2o, CPC). Exceções: 1) quando for uma atividade essencial e nenhuma das partes se manifestar, nem o MPT, o Presidente do TRT ajuíza a ação e intima o MPT para se manifestar. 2) Art. 878 da CLT. 3) Art. 856 da CLT.
i) instrumentalidade das formas: art. 188, CPC, art. 277, CPC – o juiz considerará válido o ato se alcançado de outro modo e não acarretar prejuízos.
j) Princípio da identidade física do juiz – art. 132, CPC - O juiz que concluir a instrução deverá julgar o processo. Até 2012 era inaplicável no processo do trabalho, fundamento: Súmula 136/TST (CANCELADA) e 222, STF. Antes da EC 24/99 existia as Juntas de Conciliação e Julgamento, nas quais a rotatividade entre esses juízes classistas eram frequentes o que tornava inviável a aplicação da identidade física do juiz. Ocorre que com a EC 24/99 extinguiu as juntas de conciliação e julgamento, de forma que o julgamento se dá de forma singular, o que tornaria possível a aplicação do princípio da identidade física do juiz, salvo nas hipóteses de afastamento. Com fulcro nesse entendimento, a jurisprudência do TST foi alterada.
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
a) Subsidiariedade do Processo Civil nos casos omissos (art. 8º, da CLT): na existência de omissão na legislação trabalhista poder ser aplicado não o CPC como a legislação comum. Aqui é importante destacar que no tocante a execução trabalhista, na hipótese de lacuna na legislação será aplicada a lei de execução fiscal. Os requisitos para aplicação de outra legislação são obrigatoriamente: omissão e compatibilidade. Fase conhecimento – 769, CLT Fase de Execução – 889, CLT: lei de execução fiscal
b) legitimação ampla e irrestrita dos Sindicatos: O art. 8º, inciso III, da Constituição Federal assegura a substituição processual de forma ampla e irrestrita pelo sindicato, na melhor interpretação levada a efeito pela Excelsa Corte do dispositivo constitucional referido.
c) assistência judiciária gratuita através dos Sindicatos: A assistência judiciária gratuita é regulamentada pela lei nº 5.584, de 26 de junho de 1970.
d) utilização da equidade
e) jus postuland: Determina que as partes (empregados e empregadores) poderão reclamar pessoalmente na justiça do trabalho e acompanhar o seu processo até o final sem a assistência de um advogado. (Art. 791, CLT).
f) irrecorribilidade das decisões interlocutórias: Súmula 214/TST
g) indisponibilidade de direitos: os direitos trabalhistas são indisponíveis
h) concentração dos atos: Ensina que os atos processuais deveram ser concentrados em uma única audiência. Maior quantidade de atos, na menor quantidade de tempo. Art. 357, 358 e 338, CPC, e art. 849 e 852-C, CLT.
i) conciliação: Determina que todos os dissídios individuais ou coletivos deveram ser submetidos a conciliação. (Art. 846 e 850, CLT). O acordo firmado em juízo devidamente homologado pelo magistrado torna-se um título executivo judicial irrecorrível para as partes, salvo para o INSS, quanto as contribuições previdenciárias. OBS: Súmula 259 TST, Ação Rescisória.
j) Principio da Busca da Verdade Real: Determina que os juízes terão ampla liberdade na direção do processo e cuidarão par que o mesmo seja célere podendo determinar a realização de qualquer diligência para o esclarecimento da lide. Art. 765, CLT.
l) Principio da Extrapetição: Autoriza que o juiz condene o reclamado a certos pedidos que não constam na petição inicial do reclamante (se for observado que tem mais direito do que fora pleiteado. Art. 467, CLT. Atenção às Súmulas 211 e 396/TST.
m) Principio da Proteção: determina que a norma processual trabalhista deverá proteger o trabalhador tendo em vista sua condição de hipossuficiente na relação laboral. Manifestação do Princípio: inversão do ônus da prova; defesa sem advogado; justiça gratuita (Art. 844, CLT).
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO NO BRASIL
A Justiça do Trabalho é parte integrante do Poder Judiciário (art. 92, CF) e é composta pelo Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho (art. 111, CF).
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – TST
É o órgão máximo da Justiça do Trabalho, sua composição é:
a) Composição: 27 Ministros togados e vitalícios, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos de idade Nomeados pelo PR após aprovação do Senado Federal.
b) um quinto destes membros é escolhido dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio TST, art. 111-A, CF.
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
São órgãos de segunda instância. Sua composição é:
a) de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos – art. 115 CF;
b) um quinto destes membros é escolhido dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício e os demais, mediante promoção de juízes do trabalho porantiguidade e merecimento, alternadamente, art. 115, CF.
Eles possuem competência recursal das ações que se iniciam nas Varas do Trabalho, bem como competência originária de ações específicas.
Os TRTs, atualmente em número de vinte e quatro (24), estão distribuídos pelo território nacional e sua área de jurisdição normalmente corresponde aos limites territoriais de cada estado-membro.
A redação original do art. 112 da Constituição Federal de 1988 estabelecia que "haverá pelo menos um TRT em cada Estado e no Distrito Federal". Todavia, esse comando deixou de constar a partir da publicação da Emenda Constitucional nº 45/2004. Assim é que não chegaram a ser criados TRTs nos Estados de Tocantins, Acre, Roraima e Amapá. Por sua vez, o estado de São Paulo possui dois Tribunais Regionais do Trabalho: o da 2ª Região, sediado na capital do estado, com jurisdição sobre a Região Metropolitana de São Paulo, parte de Região Metropolitana da Baixada Santista e o município interiorano de Ibiúna, e o da 15ª Região, com sede em Campinas e jurisdição sobre os demais municípios paulistas.
Os TRTs estão vinculados ao Tribunal Superior do Trabalho - TST, que é a mais alta instância trabalhista.
VARAS DO TRABALHO
São considerados na prática órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho. No entanto, o artigo 111 da Constituição Federal preconiza o Juiz do Trabalho como Órgão, logo, o juiz é o órgão de primeira instância. A Vara é composta por um juiz que ingressa na carreira da Magistratura por meio de concurso público de provas, de acordo com os requisitos. Os magistrados têm todas as prerrogativas constitucionais, art. 95, CF.
As varas do Trabalho são criadas pela lei. Nas comarcas não abrangidas pela jurisdição da Justiça do Trabalho, esta será atribuída ao Juiz de Direito local, sendo o recurso encaminhado para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112, CF).
ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ART. 710 A 721, CLT
São: a Secretaria das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais, os Distribuidores, os Oficiais de Justiça e os Oficiais de Justiça Avaliadores.
COMPETÊNCIA
Absoluta:
a) Funcional: tem como objetivo definir qual órgão vai julgar a ação. Em alguns casos a competência poderá ser do TRT, como em casos de ação rescisória, mandado de segurança e dissidio coletivo.
b) Material: regra que define qual matéria o juiz do trabalho pode julgar. Competência da JT para as ações decorrentes da fiscalização do trabalho. Tem ainda competência para execução das contribuições previdenciárias decorrentes das sentenças ou acordos, conforme sumula vinculante 53 STF e sumula 368 TST.
PONTOS IMPORTANTES:
Nos termos da súmula 389, I, do TST, compete a Justiça do Trabalho julgar as ações em que se postule indenização substitutiva pelo não fornecimento das guias do seguro desemprego. Em relação ao acidente do trabalho, vale destacar que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar tanto as ações indenizatórias ajuizadas pelo empregado contra o empregador, como também as movidas pelos sucessores contra o empregador.
Súmulas inerentes à competência 
Súmula Vinculante 23 do STF: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. DOU 11/12/2009.Cumpre destacar que a Justiça do Trabalho não tem competência para apreciar controvérsias decorrentes do exercício do direito de greve pelo servidor público estatutário, uma vez que o STF, na ADI 3395, excluiu da competência da Justiça do Trabalho as ações que sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores estatutários oriundas das relações de trabalho, tal como é a greve. 
Súmula 363, STJ. Competência - Processo e Julgamento - Ação de Cobrança - Profissional Liberal Contra Cliente. Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. 
Súmula Vinculante 25 do STF: É ilícita a prisão de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. DOU 23/12/2009.
O inciso IV do artigo 114 da CF/88 confere à Justiça do Trabalho competência para processar e julgar os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria de sua jurisdição. Entretanto, vale mencionar que o STF, na ADI nº 3.684, concedeu liminar com efeito ex tunc para declarar a incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações penais. A incompetência em razão da matéria é absoluta. Pode ser declarada pelo Juízo, de ofício, ou mediante alegação das partes em qualquer tempo ou grau de jurisdição. [Art. 795, § 1º, CLT e Art. 113, CPC]A incompetência material da Justiça do Trabalho deve ser alegada em preliminar de contestação e por exceção de incompetência.
Relativa:
a) Territorial: artigo 651 CLT, saber o local em que vai ajuizar a ação. Trata-se da regra para definir o local do ajuizamento da ação. Regra geral o local do ajuizamento é o da prestação dos serviços, mas existem exceções como no caso de empregado viajante, ou seja, aquele que não tem local fixo de trabalho, assim em tal hipótese ajuíza a ação no local da agencia ou filial em que é vinculado e na falta ajuíza ação no local de seu domicilio; empregado brasileiro transferido para o exterior em que pode ajuizar ação no Brasil desde que não tenha norma internacional proibindo; empresa transitória, ou seja, sem local fixo, em que o empregado pode ajuizar a ação no local da contratação ou onde a empresa está no momento da prestação de serviço.
A grande questão é a seguinte: qual a legislação aplicável quando o empregado brasileiro é contratado no Brasil para trabalhar em outro país?
A Súmula 207 do TST estabelecia que “A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e não por aquelas do local da contratação”.
Desse modo, no caso do empregado brasileiro contratado para trabalhar no estrangeiro por empresa sem sede no Brasil a legislação aplicável seria a do local da prestação dos serviços. [Súmula 207, TST].
No entanto, referida Súmula foi cancelada em abril de 2012, prevalecendo o entendimento de que o princípio da territorialidade deixa de ser aplicado ao brasileiro que trabalhe no exterior, ou seja, será aplicada a legislação brasileira.
b) Em razão do valor da causa: só serve para definir procedimento, não competência.
Da Incompetência em razão do território:
Caso a reclamatória trabalhista seja ajuizada em local diverso daquele onde ocorreu a prestação de serviços, na audiência de instrução e julgamento pode ser apresentada Exceção de Incompetência Territorial. Se esta Exceção não for apresentada, a competência prorroga-se, pois trata-se de competência relativa. Não há compatibilidade entre o artigo 63 do Código de Processo Civil, que permite às partes instituírem o foro de eleição, e o Direito Processual do Trabalho.
PARTES E PROCURADORES NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Jus postulandi: artigo 791 CTL. Direito conferido aos empregados e empregadores de postularem pessoalmente perante a JT sem a necessidade de advogado. O jus postulandi limita-se as varas do trabalho e aos TRTs, conforme sumula 425 TST, não alcançando a ação rescisória, ação cautelar, MS e os recursos ao TST, qual seja o Recurso de Revista.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Serão devidos pela mera sucumbência nos termos do artigo 85 CPC. 
Sumulas 219 e 329 TST. Os honorários advocatícios não decorrem pura e simplesmente da sucumbência.
Os honorários advocatícios sucumbenciais dependem de dois requisitos cumulativos: a parte deverá estar assistida por sindicato, conforme artigos 14 e seguintes da lei 5584/70; e, a parte deverá ser beneficiária da justiça gratuita, conforme artigo 790, $3 CLT. O beneficio da justiça gratuita poderá ser concedido ao empregado que recebe até dois salários mínimo ou possui salário maior desde que não tenha condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.O limite dos honorários nesse caso é de 15%.
Normalmente se cobra 30% do êxito – honorários contratuais.
Exceções: os honorários advocatícios decorrem da mera sucumbência, conforme súmula 219 TST, combinada com OJ 421 SDI – 1 TST, sem prejuízo dos honorários contratuais. As exceções são: ação rescisória na JT; quando o sindicato atua como substituto processual (legitimidade extraordinária, ou seja, o sindicato atua em nome próprio defendendo direito alheio, como por exemplo quando o trabalhador vai no sindicato falando que quer entrar com ação contra empresa, assim o sindicato vai entrar com ação defendendo direito alheio); no caso de mera ralação de trabalho que não seja relação de emprego; no caso de ação de indenização por danos materiais ou morais decorrentes de acidente de trabalho ou doença ocupacional ajuizada na justiça comum antes da emenda constitucional 45/2004 e remetida à JT após a reforma do judiciário.
Honorários contratuais vão para o advogado, honorários sucumbenciais vão para o sindicato, com exceção das exceções.
ATOS, TERMOS, PRAZOS E NULIDADES PROCESSUAIS
1. Ato Processual
O processo nada mais representa do que um complexo ordenado de atos processuais, destinado à obtenção de um objetivo, qual seja a sentença. O ato processual são acontecimentos voluntários que constitui-se numa espécie de ato jurídico que objetiva a constituição, a conservação, o desenvolvimento, a modificação ou a extinção da relação processual.
Os atos processuais podem ser praticados:	
a) pelo juiz: despachos, decisões interlocutórias e sentenças (art. 203 do CPC) e também a presidência das audiências, a supervisão dos trabalhos da secretaria, o atendimento aos advogados e etc.
b) pelas partes: petição inicial, contestação, recursos, depoimento pessoal, entre outros; e
c) atos dos auxiliares: notificação, penhora, avaliação, perícia, etc. 

Devem ser realizados em dias úteis, das 6h00 às 20h00 (Cuidado para não confundir com o horário das audiências, que é das 8h00 às 18h00, com duração máxima de 5 horas, salvo em caso de matéria urgente).
A penhora PODE realizar-se em domingos e feriados mediante expressa autorização do juiz, observado o disposto no art. 5°, XI da CF: ninguém pode penetrar na casa, asilo inviolável do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.
Obs.: Faça a leitura dos artigos 770, 772 e 781, da CLT.
1.2 Comunicação dos atos
O Código de Processo Civil estabelece como formas de comunicação dos atos processuais a citação e a intimação. 
Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado a fim de se defender, conforme art. 238 do CPC.
Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa (art. 269, caput, do CPC)
O Código de Processo Civil eliminou a notificação como forma de comunicação dos atos processuais, substituindo, exclusivamente, como meio destinado a prevenir responsabilidades, prover a conservação e ressalva de direitos ou de manifestação de intenção de modo formal, conforme disposto no art. 726, do CPC.
O posicionamento adotado pelo CPC diferente da CLT, pois esta adota de forma indiscriminada o termo notificação como meio adequado para comunicação de todo e qualquer ato processual realizado no âmbito da Justiça Laboral, seja citação ou intimação. Todavia, no processo de execução trabalhista, o art. 880, da CLT previu expressamente a citação do executado pelo oficial de justiça para que cumpra o julgado, ou tratando-se de pagamento em dinheiro, para que pague no prazo de 48 horas ou garanta a execução sob pena de penhora.
1.3 Publicidade
Os atos processuais são em regra públicos, segundo estabelece o artigo 93, inciso IX da CF, mas correm em segredo de justiça os processos:
a) em que exigir o interesse público; e

b) que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.
1.4 Ato processual por fac-símile
É possível a prática de ato processual por fac-símile, nos termos da Lei 9800/99 e da súmula 387 do TST.
Dos dispositivos legais e jurisprudenciais extrai-se que:
a) Os originais devem ser juntados no prazo de cinco dias contados do dia subsequente ao término do prazo recursal e não do dia subsequente ao envio do fax. Assim, mesmo que o recurso seja enviado ao órgão do poder judiciário via fax no terceiro dia do prazo recursal, o quinquídio para apresentação dos originais conta-se do dia subsequente ao oitavo dia do prazo;
b) O primeiro dos cinco dias para a juntada dos originais pode coincidir com sábado, domingo ou feriado.
c) O item IV da súmula, recentemente acrescentado pelo Pleno do TST, destaca que a lei 9800/99 permite a prática dos atos processuais por fax, mediante o envio do documento diretamente ao órgão jurisdicional. Não admite que o documento seja transmitido entre particulares para somente depois, em ato contínuo, ser encaminhado ao órgão jurisdicional. Assim, os comprovantes de depósito recursal e de custas processuais encaminhados da matriz do escritório de advocacia para a filial via fax e somente depois, ato contínuo, encaminhados ao órgão jurisdicional não são reputados autênticos, segundo o entendimento do TST.
1.5 Ato processual por meio eletrônico
O TST editou a instrução Normativa n. 28, com base no art. 188 do CPC, permitindo às partes, advogados e peritos, a utilização de meio eletrônico para a prática de atos processuais.
2. TERMOS
Termo é a redução escrita de um ato processual.
Os atos processuais devem ser registrados. O objetivo do legislador é que os registros sejam feitos de forma indelével. Logo não se admite termos lançados a lápis. Na CLT os artigos 771, 772 e 773 tratam de termos processuais.
Mesmo os atos processuais que podem ser praticados de forma oral devem ser reduzidos a termo.
O CPC, em seus artigos 206 a 212, também traz diversas exigências em relação a termos processuais, como a numeração e rubrica do escrivão em todas as páginas do processo, a vedação do uso de abreviaturas, proibição de espaços em branco, emendas, rasuras (salvo se os espaços em branco forem inutilizados e as rasuras expressamente ressalvadas) etc.
3. PRAZOS
3.1 Classificação
A. Quanto à origem da fixação, os prazos processuais se classificam em:			
➢ Legais: os que são estabelecidos pelo ordenamento jurídico vigente, como o prazo para apresentação de recursos, o prazo para o executado pagar ou garantir a execução, etc.;
➢ Judicial: os que são estabelecidos pelo magistrado trabalhista; 
.			
➢ Convencionais: os que são acordados entre os litigantes, como a possibilidade de suspensão do processo para tentativa de conciliação, art. 313, do CPC.	
B. Quanto à natureza: 

➢ Dilatórios: são os que admitem prorrogação pelo juiz em vista da solicitação da parte, permitindo-se ao interessado dispor do prazo para a prática de ato específico. Os prazos convencionais também são dilatórios. 

➢ Peremptórios: são os prazos fatais, insuscetíveis de prorrogação, que decorrem de normas imperativas e de ordem pública. (Obs.: Art. 222 a 224, CPC).

C. Quanto aos destinatários: 

➢ Próprios: são destinados às partes, sempre sujeitos à preclusão; 

➢ Impróprios: destinados aos juízes e servidores do Poder Judiciário, não são sujeitos à preclusão.

3.2 Contagem dos Prazos
	Devem ser destacados dois momentos quanto aos atos processuais:

a) início do prazo: ocorre no momento em que o interessado toma conhecimento ou ciência do ato processual a ser realizado;

b) início da contagem do prazo: acontece no dia útil seguinte ao início do prazo. ou seja, na contagem dos prazos, exclui-se o dia do começo e inclui-se o dia do vencimento. 

Artigos 774 e 775, da CLT.
	Destacam-se as seguintes súmulas que se referem ao início e a contagem dos prazos processuais:
a) Súmula 1, TST. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicialserá contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá do dia útil que se seguir.
b) Súmula 262, TST. I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, § 1o, do RITST) suspendem os prazos recursais. 
Quando a intimação ocorre no sábado, tem-se por realizada na segunda-feira (se dia útil), sendo este o dia do início do prazo e terça-feira (se dia útil), o dia do início da contagem do prazo.

c) OJ 310, SDI-I, TST. A regra contida no art. 229, caput, §§ 1o e 2o, CPC/15 (art. 191 do CPC/73) é inaplicável ao processo do trabalho, em face de sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.
ATENÇÃO - art. 229, caput, CPC/15 estabelece que litisconsortes com procuradores diferentes tem prazo em dobro. Como tal dispositivo legal não se aplica ao no Processo do Trabalho, tem-se que LITISCONSÓRCIO COM PROCURADORES DIFERENTES NÃO TEM PRAZO EM DOBRO NO PROCESSO DO TRABALHO.
Ainda quanto aos prazos, vale destacar que a Fazenda Pública e o Ministério Público têm prazo em dobro para recorrer e para contestar.
Assim, tendo em vista que a Fazenda tem prazo em dobro para contestar e que a defesa sempre é apresentada em primeira audiência, então para a Fazenda a audiência será a primeira desimpedida depois de 10 dias.
	Quando a parte não comparecer à audiência em prosseguimento para prolação da sentença, o prazo para recurso será contado da data de sua intimação (súmula 197 do TST).
Entretanto, se embora presente, a ata da audiência de julgamento for juntada ao processo no prazo de 48 horas, o prazo para o recurso será contado da data em que a parte receber a intimação (súmula 30 do TST).
Nos termos do art. 218, § 3o, do CPC, não havendo previsão legal ou fixação do prazo pelo juiz, será de 5 dias o prazo para a prática do ato processual.

Os prazos que se vencerem sábados, domingos ou feriados prorrogam-se para o próximo dia útil subsequente. (Art. 775, parágrafo único, CLT).
Em algumas hipóteses, os prazos processuais podem ser suspensos (paralisa-se a contagem e quando concluída a causa suspensiva o prazo volta a fluir pelo que lhe resta) ou interrompidos (paralisa-se a contagem e quando concluída a causa interruptiva o prazo reinicia).
	Súmula 262, TST, II. O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do
Trabalho (art. 177, § 1o, do RITST) suspendem os prazos recursais. (ex-OJ no 209 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000).
Art. 221, caput, CPC. Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313 do NCPC; casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação. 
ATENÇÃO! Destaca-se que o ajuizamento da ação interrompe prazo de prescrição no Trabalho, diferentemente do Processo Civil, em que a interrupção se dá com a citação válida. (Art. 59, 240, caput, §§ 1o a 3o, 802, p. único e súmula 268, TST).
4. NULIDADES PROCESSUAIS
A nulidade do ato ocorre quando lhe falta algum requisito que a lei prescreve como necessário para a sua validade.
A nulidade absoluta será declarada toda vez que o ato processual viciado violar normas de interesse público, podendo ser declarada de ofício pelo magistrado (art. 64 a 66, CPC).
Quanto à nulidade relativa ou anulabilidade, o vício do ato processual viola normas de interesse privado, depende sempre de provocação do interessado, não podendo ser declarada de ofício pelo magistrado.
Tratando-se de nulidade relativa segue a regra do artigo 938, §1o e 1013 do CPC no sentido de que na ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes, cumprida a diligência sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação.
A Consolidação das Leis Trabalhistas prevê as nulidades no processo do trabalho em seus artigos 794 a 798, conforme demonstrado a seguir.
O artigo 794 da CLT fundamenta-se no princípio do prejuízo, pois prevê que só haverá nulidade diante do prejuízo das partes. O prejuízo a que se refere este artigo é o processual, referente a defesa, principalmente de direito material, financeiro ou econômico. Estabelece ainda que a nulidade só decorrerá de "manifesto" prejuízo, sendo que se entende por manifesto aquele prejuízo certo e indiscutível. Por exemplo: a citação é pressuposto para a validade do processo, no entanto, se mesmo assim o reclamado comparece à audiência para apresentar defesa, não deve mais ser discutida a nulidade da citação, uma vez que ela atingiu seu objetivo.
O artigo 795 da CLT, dispõe que "as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos". Assim sendo, deverá ser convalidada a nulidade quando não arguida pela parte na primeira oportunidade de falar nos autos. O momento oportuno para sua convalidação, portanto, é a audiência, as razões finais ou, ainda, se à parte for dada vista dos autos em cartório. Em segundo momento, deverá ser arguida tal nulidade em preliminar de recurso.
O § 1° deste mesmo artigo trata da incompetência absoluta em razão do lugar da propositura da ação e, por isso, determina que serão nulos os atos decisórios em decorrência desta nulidade. O processo do trabalho determina que as partes não poderão escolher o local onde desejam que a ação seja proposta, posto que esta deverá ser intentada no último local da prestação de serviços do empregado.
Conforme estabelece o § 2°, também do artigo em questão, sendo a incompetência em razão da matéria ou das pessoas, o juiz ou Tribunal deverá determinar a remessa dos autos à autoridade competente, expondo os motivos de sua decisão.
Já o artigo 796, a da CLT dispõe que a nulidade não deverá ser pronunciada se possível a reparação da falta ou a repetição do ato, em virtude da economia processual. Por exemplo, a fim de não ter o processo tido por nulo, sendo extinto sem julgamento de mérito, o menor de 18 anos poderá suprir sua incapacidade trazendo em uma próxima audiência o responsável legal para acompanhá-lo em juízo.
A alínea b do artigo 796 da CLT, por sua vez, prescreve que a nulidade não poderá ser pronunciada quando arguida por quem lhe tiver dado causa. Sendo assim, caso a parte tenha dado origem a uma suspeição, por exemplo, não poderá requerer aplicação de tal nulidade, posto que estaria se beneficiando de sua própria torpeza.
O artigo 797 da CLT institui que "o juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende". Desta forma, resta claro que os atos não afetados pela nulidade deverão ser aproveitados, em virtude da economia processual. Sendo assim, cabe ao juiz indicar, no despacho ou na decisão, o número das folhas do processo em que restaram considerados nulos os atos praticados.
Por fim, o artigo 798 da CLT decreta que "a nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência". Com isso, fica demonstrado que tal artigo se assenta no princípio da utilidade, pois prevê que os atos válidos praticados depois do ato nulo, desde que com ele não guarde relação, deverão ser considerados.
Seguem os princípios que norteiam o sistema de nulidades citados pela maior parte dos doutrinadores:
	a) Princípio da transcendência ou do prejuízo:
Ligado ao princípio da instrumentalidade da formas, o princípio da transcendência, impõe como condição para a declaração de nulidade de determinado ato a existência de prejuízo.
É possível visualizar tal princípio no art. 794 da CLT, in verbis:
Art. 794, CLT. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
b) Princípio da instrumentalidade das formas ou da finalidade
Pelo princípio da instrumentalidadedas formas ou da finalidade, caso a lei prescreva determinada forma sem cominação de nulidade, se o ato praticado de forma diversa alcançar a sua finalidade, será considerado válido.
Esse princípio está implícito nos Arts. 276 a 278 e 188 do CPC.
c) Princípio da convalidação ou da Preclusão
Segundo o princípio da convalidação ou da preclusão se a nulidade relativa não for arguida no momento oportuno, os atos inválidos se tornarão válidos (serão convalidados), de modo que a parte prejudicada não poderá mais argui-la em outra oportunidade.
É possível visualizar este princípio no art. 795 da CLT, in verbis:
Art. 795, CLT. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
Este princípio consagrou o usual “protesto judicial”, utilizado em audiência pelas partes e procuradores para arguição de nulidade relativa, evitando-se assim a preclusão ou a convalidação.

O art. 795, § 2o da CLT, que estabelece que o juiz poderá declarar ex officio a incompetência de foro.
Não constitui exceção ao princípio da convalidação ou do prejuízo, uma vez que por “incompetência de foro” deve-se entender incompetência do foro trabalhista, ou seja, incompetência da Justiça do Trabalho (em razão da matéria e das pessoas), portanto, competência absoluta, a qual de fato pode ser reconhecida de ofício pelo Juiz ou Tribunal. 
Art. 795, § 1o, CLT. Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.
d) Princípio do interesse
Segundo o princípio do interesse, a ninguém é dado valer-se de sua própria torpeza. O referido princípio consagra a impossibilidade de declaração de nulidade quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
Este princípio está explícito no art. 796, “b” da CLT, in verbis:
Art. 796, CLT. A nulidade não será pronunciada:(...)

b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
Também está previsto no art. 276 do CPC. Observe-se:

Art. 276, CPC. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.
e) Princípio da economia processual
Também denominado de princípio da renovação dos atos processuais viciados ou saneamento das nulidades, segundo este princípio, somente serão anulados os atos processuais que não possam ser aproveitados. Assim, a nulidade não será pronunciada:
a) quando for possível suprir a falta ou repetir ato ou
b) quando a causa for julgada a favor de quem a alegação de nulidade aproveitaria.
Nesse sentido é o art. 796, “a”, da CLT, in verbis:
Art. 796, CLT. A nulidade não será pronunciada:

a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato;
Também está previsto no CPC, nos arts. 65 e 280 a 286 CPC. Vejamos:
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§ 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
f) Princípio da utilidade
O princípio da utilidade consagra o maior aproveitamento possível dos atos processuais. Segundo este princípio ao declarar um ato nulo o juiz declarará a que outros atos esta nulidade se estende. Nos termos do art. 798 da CLT, o juiz declarará nulo somente os atos posteriores que do nulo dependam ou sejam consequência. Observe-se:
Art. 798, CLT. A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência.
PARTES E PROCURADORES
1. PARTES
Tradicionalmente, conceitua-se como parte aquele que demanda em nome próprio a prestação jurisdicional do Estado – art. 18 CPC/15, ou mesmo a pessoa em cujo nome é demandada.
Em outras palavras, partes são o autor que demanda a tutela jurisdicional e o réu contra quem a atuação é postulada.
Todavia, o conceito clássico de partes revela-se insuficiente, uma vez que o processo não envolve tão-somente o autor, réu e juiz, englobando, por vezes, outras pessoas (terceiros) que podem ingressar no processo em momento posterior à sua formação, seja para apoiar uma das partes principais, seja para defender interesse próprio. No processo do trabalho o autor é dominado reclamante e o réu de reclamado.
1.2 Capacidade
Capacidade para ser parte: A capacidade para ser parte é aquela que se inicia com o nascimento com vida, embora a lei já garanta ao nascituro, desde a concepção, os direitos fundamentais (art. 2º, do Código Civil). 
Além das pessoas naturais possuem capacidade para serem partes os entes abstratos tais como as pessoas jurídicas, massa falida, espólio, etc.
Capacidade Processual: Trata-se de capacidade para estar em juízo. É aquela que é exigida para a prática de todos os atos da vida civil e bem como para a administração dos seus bens (art. 7º, do CPC)
Os incapazes são representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil (art. 8º, do CPC)
No Processo do Trabalho a capacidade processual dá-se aos 18 (dezoito) anos. Os menores de 16 (dezesseis) anos são representados e os maiores de 16 (dezesseis) anos e menores de 18 (dezoito) anos são assistidos (art. 792, da CLT). A capacidade processual pode ser obtida por emancipação – art. 5º, parágrafo único, do Código Civil.
Capacidade postulatória: no âmbito do processo do trabalho, a capacidade postulatória, nas demandas envolvendo relação de emprego, é conferida também à próprias partes.

O princípio do jus postulandi da parte está consubstanciado no art. 791 da CLT, o qual estabelece que os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
Entretanto, o jus postulandi não prevalece no TST. Logo em caso de recurso de revista interposto, este deverá ser subscrito por advogado, assim como qualquer outro recurso que venha a tramitar no TST. Em outras palavras, o jus postulandi doravante somente prevalecerá nas instâncias ordinárias, conforme a súmula 425/TST.
Súmula 425, TST. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
2. JUSTIÇA GRATUITA E ASSISTÊNCIA JURIDICA GRATUITA
Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária será prestada pelo sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. Desta feita, todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal terá direito a assistência judiciária prestada pelo sindicato. O benefício também é garantido ao trabalhador que perceber maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família (art. 14, § 1o, Lei 5584/70). Importante destacar que na assistência judiciária são cabíveis os honorários advocatícios reversíveis ao sindicato assistente. [Art. 16, Lei 5584/70]. 
Art. 14, Lei 5584/70. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.

§ 1o. A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. 
Art 16, Lei 5584/70. Os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato assistente.

Os §2o e §3o do artigo 14 perderam sua eficácia, tendo em vista que a OJ 304, SDI – 1 do TST dispensa as exigências realizadas por estes dispositivos,firmando a posição de que atendidos os requisitos da Lei 5584/70 para a concessão da assistência judiciária, basta simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica.
 
OJ 304, SDI – 1, TST. Atendidos os requisitos da Lei 5584/70 (art. 14, § 2), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica. 
Portanto, “na assistência judiciária, temos o assistente (sindicato) e o assistido (trabalhador), cabendo ao primeiro oferecer serviços jurídicos em juízo ao segundo. A assistência judiciária gratuita abrange o benefício da justiça gratuita. 
Ressalte-se que no Processo do Trabalho a assistência judiciária gratuita é regida pela Lei 5584/70, de modo que a Lei 1060/50, juntamente com o art. 790, § 3o da CLT, regulamenta a justiça gratuita.

Cumpre destacar ainda que desde a LC 132 de 2009, que inseriu o inciso VII no art. 3o da Lei 1060/50, o beneficiário da Justiça Gratuita é também isento de depósito recursal. 
A justiça gratuita está prevista no artigo 790, §3 da CLT, que faculta aos juízes de qualquer instância conceder este benefício, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 
OJ 305, SDI-1- TST HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REQUISITOS. JUSTIÇA DO TRABALHO (cancelada em decorrência da sua incorporação à nova redação da Súmula nº 219) – Res. 197/2015, DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015) Na Justiça do Trabalho, o deferimento de honorários advocatícios sujeita-se à constatação da ocorrência concomitante de dois requisitos: o benefício da justiça gratuita e a assistência por sindicato. 
SUM-219 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI na sessão do Tribunal Pleno realizada em 15.03.2016) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente:
a) estar assistida por sindicato da categoria profissional;
b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família (art.14, § 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305 da SBDI-I).
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista.
III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.
IV - Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90).
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.
Nos termos do art. 18 da Lei 5584/70 o empregado não precisa estar associado para ter direito a assistência judiciária gratuita. In verbis: Art 18, CLT. A assistência judiciária, nos termos da presente lei, será prestada ao trabalhador ainda que não seja associado do respectivo Sindicato. 
Além disso, o art. 843 da CLT estabelece que na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes legais, salvo nos casos de reclamatórias plúrimas ou ações de cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representante pelo sindicato de sua categoria. 
Em caso de reclamatórias plúrimas (litisconsórcio ativo), ou ações de cumprimento (substituição processual),os empregados poderão se fazer presentes por meio de sindicato profissional. Isso ocorre porque, em regra, não haveria espaço na sala de audiências que possibilitasse a presença no recinto de todos os empregados interessados, normalmente apenas participando da audiência uma “comissão de representantes” dos litisconsortes ou substituídos. 
O empregador, por sua vez, consoante o art. 843, § 1o., consolidado, poderá fazer-se substituir pelo gerente ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento de fato, cujas declarações obrigarão o preponente.

O Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento, por meio da Súmula 377, no sentido de que , salvo, nos casos de ação proposta por empregado doméstico ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deverá ser, necessariamente, empregado da empresa. 
3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Serão devidos pela mera sucumbência nos termos do artigo 85 CPC.
Sumulas 219 e 329 TST. Os honorários advocatícios não decorrem pura e simplesmente da sucumbência.
Os honorários advocatícios sucumbenciais dependem de dois requisitos cumulativos: a parte deverá estar assistida por sindicato, conforme artigos 14 e seguintes da lei 5584/70; e, a parte deverá ser beneficiária da justiça gratuita, conforme artigo 790, $3 CLT. O benefício da justiça gratuita poderá ser concedido ao empregado que recebe até dois salários mínimo ou possui salário maior desde que não tenha condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. O limite dos honorários nesse caso é de 15%.
Normalmente se cobra 30% do êxito – honorários contratuais.
Exceções: os honorários advocatícios decorrem da mera sucumbência, conforme súmula 219 TST, combinada com OJ 421 SDI – 1 TST, sem prejuízo dos honorários contratuais. As exceções são: ação rescisória na JT; quando o sindicato atua como substituto processual (legitimidade extraordinária, ou seja, o sindicato atua em nome próprio defendendo direito alheio, como por exemplo quando o trabalhador vai no sindicato falando que quer entrar com ação contra empresa, assim o sindicato vai entrar com ação defendendo direito alheio); no caso de mera ralação de trabalho que não seja relação de emprego; no caso de ação de indenização por danos materiais ou morais decorrentes de acidente de trabalho ou doença ocupacional ajuizada na justiça comum antes da emenda constitucional 45/2004 e remetida à JT após a reforma do judiciário.
Honorários contratuais vão para o advogado, honorários sucumbenciais vão para o sindicato, com exceção das exceções.
4. REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO
Na Justiça do Trabalho faculta-se a representação do empregado e do empregador por advogado, porém, caso seja esta a opção da parte, o advogado deverá fazer constar nos autos a devida procuração.
Sem este instrumento de mandato, não poderá ingressar nos autos.
O artigo 103 a 111 do CPC, aplicável ao Processo do Trabalho (segundo o artigo 5o da IN 25/2005 do Tribunal Pleno do TST), ensina que sem instrumento de mandato, ao advogado não será admitido ingressar em juízo.
Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir no processo para praticar atos reputados urgentes.
Nestes casos, o advogado obrigar-se-á, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 dias, prorrogável até outros 15 por despacho do juiz.
> Mandato Tácito: 
A Justiça do Trabalho admite o "mandato tácito", ou seja, aquele advogado que comparece à audiência, representando o reclamante ou o reclamado, praticando atos processuais, cujo nomeconstou na ata de audiência, estará apto a defender seu cliente, muito embora não possua procuração nos autos. 
Embora boa parte da doutrina não diferencie mandato tácito de procuração apud acta, entendemos que as expressões não se confundem. O mandato tácito é formado em função do comparecimento causídico à audiência, representando qualquer das partes e praticando atos processuais, constando seu nome na ata de audiência. A procuração apud acta é conferida pelo juiz em audiência, por meio de ato formal, solene, devidamente registrado na ata de audiência. 
Vale mencionar que o mandato tácito apenas alcança os poderes do foro em geral, chamados ad judicia, não englobando os poderes previstos no art. 38 do CPC (confessar, transigir, desistir, receber e dar quitação, etc). 
Atenção ao Art. 791,§ 3o, CLT. A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. 
Atenção! O detentor de procuração apud acta (mandato tácito) não tem poderes para substabelecer (OJ 200, SDI-1, TST) 
As Súmulas 395 e 456 do TST tratam das condições de validade do mandato. 
Observe-se: 
Súmula 395, TST. MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nos 108, 312, 313 e 330 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo aprevalência dos poderes para atuar até o final da demanda. (ex-OJ no 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) 
II - Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumento demandato só tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo. (ex-OJ no 313 da SBDI-1 – DJ 11.08.2003)
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). (ex-OJ no 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ no 330 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003) 
SUM-456 REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE. IDENTIFICAÇÃO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 373 da SBDI-1 com nova redação) - Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados constituem elementos que os individualizam.  
Segundo a Súmula 436 do TST, a União, Estados, Municípios e DF, suas autarquias e fundações públicas quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de procuração. 
SUM-436 REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 52 da SBDI-I e inser-ção do item II à redação) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação.
II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.
OJ 255 SDI-1, TST. MANDATO. CONTRATO SOCIAL. DESNECESSÁRIA A JUNTADA (atualizada pela Resolução n. 208 do TST, de 19.04.2016.
O art. 75, inciso VIII do CPC de 2015 (art. 12, VI, do CPC de 1973)  não determina a exibição dos estatutos da empresa em juízo como condição de validade do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, salvo se houver impugnação da parte contrária. 
5. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL 
Ocorre a substituição processual quando a parte, em nome próprio, pleiteia direito alheio, desde que autorizado por lei. Nesse sentido, estabelece o art. 18, do CPC: "Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado pro lei". 
A substituição processual, portanto, confere à parte legitimidade extraordinária, podendo o substituto praticar todos os atos processuais, como a prestação da petição inicial, da defesa, produção de provas, interposição de recursos, etc., não lhe sendo dado contudo, o direito de transigir, renunciar ou de reconhecer o pedido, uma vez que o direito material não lhe pertence, e sim ao sujeito da lide , ao substituído. 
O Supremo Tribunal Federal sempre concedeu uma interpretação ampliativa ao art. 8o, III, da Carta Maior, no sentido de que aos sindicatos restou assegurada a substituição processual geral e irrestrita, possuindo o mesmo legitimação extraordinária para agir em nome próprio na tutela dos interesses dos integrantes da categoria que representam. Curvando-se ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior do Trabalho, por meio da Resolução 119/2003 (DJ 01.10.2003), cancelou o antigo Enunciado 310, que impedia a substituição processual ampla e irrestrita pelos entes sindicais, não mais havendo, portanto, a necessidade de arrolar na petição inicial os substituídos, conforme era exigido pelo Enunciado 310 do TST. 
6. SUCESSÃO PROCESSUAL 
A sucessão processual consiste na substituição das partes no curso do processo, podendo decorrer do ato inter vivos ou causa mortis.

A sucessão processual não se confunde com a substituição processual, uma vez que na sucessão de uma pessoa sucede a outra na relação processual, assumindo a titularidade de ação, seja no pólo ativo ou passivo, enquanto na substituição processual o substituto pleiteia , em nome próprio , direito alheio. 
A sucessão processual da parte pessoa física ocorre com a sua morte. Logo, falecendo o empregado ou o empregador no curso da ação, estes serão substituídos pelo espólio , representado pelo inventariante.

Vale destacar que, na maioria das vezes, em face da insuficiência econômica do obreiro e consequente inexistência de bens, não há inventário do empregado falecido. 
Nessa hipótese, haverá a habilitação no processo diretamente pelos dependentes habilitados perante a Previdência Social (Lei 6.858/1980, art. 1.o). Caso não haja dependentes inscritos perante a Previdência Social, os sucessores é que serão habilitados. 
Havendo a necessidade de inventário, em face da existência de bens do falecido ou de filhos menores, não haverá habilitação incidente imediata, devendo o processo laboral ser suspenso até a nomeação do inventariante. Após a nomeação do inventariante e sua habilitação incidente nos autos, o processo volta ao seu curso normal (ar. 265, I, c/c arts. 1.055 a 1.062, todos do CPC). 
Frise-se que, nos termos do art. 843, § 2.o, da CLT, a morte do empregador pessoa física não importa, necessariamente, em extinção do pacto laboral, tendo em vista que a atividade econômica pode continuar a ser desenvolvida pelos herdeiros, facultando se ao obreiro, neste caso, a permanência no emprego ou mesmo a resilição do contrato. 
Vale destacar que, se o empregador for pessoa jurídica, haverá sucessão processual nas hipóteses dos arts. 10 e 448 da CLT. Com efeito, sucessão de empregadores é a alteração subjetiva do contrato de trabalho (pólo do empregador), com a transferência da titularidade do negócio de um titular (sucedido) para outro (sucessor), assumido o novo titular do empreendimento todos os direitos e deveres existentes. 
Logo, caso a sucessão de empresas ocorra antes do ajuizamento da ação trabalhista pelo obreiro, a empresa sucessora será legitimada passiva para a lide. No entanto, se a sucessão se der no curso do processo, teremos mera alteração da titularidade da ação, passando a sucessoraa responder, integralmente, pelos débitos trabalhistas, anteriormente de responsabilidade da empresa sucedida. 
7. LITISCONSÓRCIO 
O litisconsórcio é caracterizado pela existência de duas ou mais pessoas no pólo ativo ou no pólo passivo, ou em ambas as posições da relação jurídica. 
O litisconsórcio ativo ocorre quando no pólo ativo há presença de diversos autores litigando em face de um único demandado. Já no litisconsórcio passivo temos apenas um único autor litigando em face de vários réus. E por último, no litisconsórcio misto, vários autores demandam em face de diversos réus.

Na seara trabalhista o art. 842 da CLT estabelece que, sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, desde que se trate de empregados da mesma empresa ou estabelecimento. Esta hipótese, conhecida como reclamatória plúrima, muito comum na Justiça do Trabalho, constitui- se, em verdade, numa hipótese de litisconsórcio ativo, formado pela reunião de vários empregados litigando em face do mesmo empregador. 
Em relação ao litisconsórcio passivo, também é muito comum a sua formação no âmbito laboral, como nos casos de ação trabalhista que tenham no pólo passivo empreiteiro principal e subempreiteiro, várias empresas do mesmo grupo econômico, empresa sucessora e sucedida, empresa fornecedora de mão-de-obra e tomador de serviços etc. 
O litisconsórcio será necessário quando a presença de todos os litisconsortes for essencial para a prestação da tutela jurisdicional pelo Estado. Em outras palavras, a relação processual apenas será considerada válida se estiverem presentes todos os litisconsortes necessários. 
O litisconsórcio facultativo é a regra, em que a reunião das partes se dá por opção delas, e não por imperativo de lei. Nesta hipótese, não se impõe a formação do litisconsórcio, mas tão-somente permite-se a sua existência, podendo a ação ser proposta por vários litigantes ou em face de diversos réus. 
O parágrafo único do art. 46 do CPC determina que o juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. Logo, o magistrado poderá restringir o número de litisconsortes de determinada demanda (limitação de litisconsórcio multitudinário ou litisconsórcio das multidões), evitando, com isso, que a quantidade excessiva de litigantes ocasione o retardo demasiado do andamento processual, postergando a solução da lide. 
O Tribunal do Trabalho tem adotado entendimento no sentido da impossibilidade da limitação pelo magistrado do número de autores numa demanda trabalhista, quando a matéria for unicamente de direito e a causa de pedir e o pedido forem homogêneos, em face da autorização legal prevista no art. 842 consolidado. 
O litisconsórcio será unitário quando a decisão da causa, obrigatoriamente, uniforme para todos os litisconsortes, como no exemplo já mencionado de propositura de ação anulatória de cláusula convencional proposta pelo Ministério do Trabalho em face dos entes sindicais convenentes. 
No litisconsórcio simples, também chamado de comum, a decisão não será necessariamente uniforme para todos os litisconsortes, existindo a possibilidade de decisões divergentes em relação a cada um dos litisconsortes.

O litisconsórcio inicial ou originário é o que se forma no momento da apresentação da petição inicial, com vários autores demandado conjuntamente ou mesmo sendo ofertada a ação em face de diversos réus. 
O litisconsórcio pode ocorrer após a distribuição da ação, sendo denominado ulterior ou superveniente, muito comum no caso de sucessão processual. 
	1. PROCEDIMENTOS NO PROCESSO DO TRABALHO
O procedimento comum se divide em:
SUMÁRIO: até 2 salários mínimos – [Lei 5584/70]
SUMARÍSSIMO: acima de 2 e abaixo de 40 salários mínimos – [Art. 852-A e ss, CLT]
ORDINÁRIO: mais de 40 salários mínimos
O que define o procedimento é o valor da causa. Para a fixação do procedimento é constitucional o uso do salário mínimo (súmula 356, TST).
1.1. PROCEDIMENTO SUMÁRIO
O procedimento sumário, instituído pela Lei 5.584/70,não está previsto na CLT. Tem por finalidade
garantir maior celeridade aos processos trabalhistas cujo valor da causa não ultrapasse dois salários mínimos. Estas causas trabalhistas, também chamadas de “dissídios de alçada”, possuem características relevantes, previstas nos parágrafos 3º e 4º do artigo 2º da referida lei:
Quando o valor da causa for inferior a dois salários mínimos, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar na ata a conclusão do juiz quanto à matéria de fato.
Não caberá nenhum recurso das sentenças proferidas nas ações sujeitas a esse procedimento, considerando o salário mínimo vigente na data de ajuizamento da ação, EXCETO se versar sobre matéria constitucional, caso em que caberá a interposição de recurso extraordinário, que será apreciado pelo STF.
1.2. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
A Lei 9.957/00 trouxe uma série de alterações no texto da CLT, entre elas a inserção dos artigos 852-A a 852-I, instituindo o procedimento sumaríssimo. Seu intuito é privilegiar a celeridade e a economia processual.
O procedimento sumaríssimo aplica-se aos dissídios individuais, cujo valor não exceda a 40 vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da ação.
Art. 852-A, CLT.Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a
Administração Pública direta, autárquica e fundacional.
Este procedimento não se aplica à administração direta, autárquica e fundacional. Às empresas públicas e sociedades de economia mista não se garante a mesma prerrogativa. Isto ocorre porque estas entidades exploram a atividade econômica, de modo que não seria lógico gozarem dos benefícios concedidos a administração pública no exercício de funções públicas. Isso ocasionaria uma desigualdade de mercado em relação aos particulares.
O procedimento sumaríssimo não se aplica aos dissídios coletivos.
O artigo 852-B da CLT apresenta os requisitos da petição inicial no procedimento sumaríssimo. Observe- se:
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do
reclamado;
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento,
podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa.
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação.
No procedimento sumaríssimo é fundamental que os pedidos formulados sejam líquidos. Em relação a cada pedido o reclamante deverá especificar qual é o valor requerido, sob pena de arquivamento da reclamatória trabalhista. Também resultará o arquivamento do processo, se o reclamante não fornecer o endereço correto do reclamado, tendo em vista que é vedada a citação por edital neste procedimento.
Embora, em regra, o procedimento seja definido com base no valor da causa, ainda que este esteja acima de dois salários mínimos e não ultrapasse quarenta salários mínimos, o procedimento será ordinário, caso o reclamante desconheça o endereço do reclamado, já que no procedimento sumaríssimo não há citação por edital e aplica-se em nosso ordenamento jurídico o princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição.
O procedimento sumaríssimocaracteriza-se pela audiência una, ou seja, todos os atos da audiência inicial, bem como os de instrução e julgamento, realizar-se-ão em uma audiência. [Art. 852-C,CLT]
Segundo o art. 852-B, III, da CLT, a audiência, na qual deverá se proferida a sentença deve ser designada para o prazo máximo de 15 dias, podendo, entretanto, ser interrompida. Neste caso, o seu prosseguimento e a solução da lide devem ocorrer no máximo em mais 30 dias, totalizando um total de no máximo 45 dias para o julgamento da lide.
Segundo o artigo 852-H, todas as provas deverão ser produzidas na audiência, ainda que não requeridas previamente.
A audiência una obriga a parte a impugnar todos os documentos apresentados pela parte contrária oralmente naquela sessão, salvo em caso de absoluta impossibilidade, a ser apontada pelo juiz. [Art. 852-H, § 1º, CLT]
As partes devem observar o limite máximo de duas testemunhas, as quais deverão comparecer espontaneamente na audiência. [Art. 852-H, § 2º, CLT]
Caso a testemunha não se apresente, o juiz só determinará a intimação desta, diante da apresentação do convite. Se porventura, após a intimação a testemunha não comparecer na audiência, será ordenada a sua condução coercitiva e o pagamento de multa. [Art. 852-H, § 3º, CLT]
É possível produzir prova pericial no procedimento sumaríssimo, quando depender dela a prova do fato ou por imposição de lei. De imediato o juiz fixará o prazo, o objeto da perícia e nomeará o perito. [Art. 852-H, § 4º, CLT]
As partes TERÃO O PRAZO COMUM de 5 dias para manifestação em relação ao laudo pericial. [Art. 852- H, § 6º, CLT]
Caso a audiência precise ser interrompida, o juiz deve providenciar que o seu prosseguimento e a solução do processo ocorram no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante, justificado nos autos (não será uma nova audiência, será o prosseguimento da mesma). [Art. 852-H, § 7º, CLT].
O artigo 852-E da CLT instrui que o juiz detém a faculdade de realizar a tentativa conciliatória em
qualquer momento da audiência.
No procedimento sumaríssimo, conforme o artigo 852-G, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo deverão ser decididos de plano. O restante das questões será decidido na sentença.
EM SÍNTESE:
Aplica-se aos dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação;
.Não se aplica a administração direta autárquica e fundacional;
 O procedimento sumaríssimo não se aplica aos dissídios coletivos.
 A audiência é una. A causa deve ser apreciada no prazo máximo de 15 dias. Entretanto, se for interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do litígio poderão demorar mais no máximo 30 dias;
 As provas deverão ser produzidas na audiência, ainda que não requeridas previamente;
 O número máximo de testemunhas é de duas. Elas devem comparecer em audiência independentemente de intimação ou de notificação. Caso não compareçam o juiz só as intimará se comprovado o convite. E, se intimadas, ainda assim não comparecerem, o juiz determinará sua condução coercitiva;
 É possível produzir prova pericial no procedimento sumaríssimo, quando depender dela a prova do fato ou por imposição de lei;
Em audiência o juiz fixará o perito, objeto e o prazo;
Apresentado o laudo pelo perito as partes terão o prazo COMUM de 5 dias para se manifestarem.
1.3. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
É o procedimento mais utilizado na Justiça do Trabalho. Todas as disposições da CLT que não se
referirem ao procedimentos sumaríssimo ou sumário se aplicam ao ordinário.

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