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ALUNO DEFICIENTE VISUAL NA ESCOLA Autora: Kátia Regina Moreno Caiado Refletir sobre a escolaridade do aluno cego, é refletir sobre as diferentes trajetórias que esses alunos podem percorrer em nosso país, a partir das condições sociais que estão colocadas para sua família. E, gostemos ou não, estas estão diferentes e perversamente destruídas. Algumas considerações sobre inclusão do aluno deficiente na escola regular Falar do direito à educação da pessoa deficiente, é falar de um conflito histórico e inerente à sociedade capitalista, que é o conflito da exclusão social. O ideário liberal e o neoliberal: alguns pontos para reflexão [...] o neoliberalismo, ao desmantelar o sistema produtivo e a economia com ênfase no mercado interno, destruiu as formas de organização, luta e participação política dos trabalhadores e, ao privatizar os direitos sociais, sob a forma de serviços prestados por terceiros ou pela iniciativa privada, despolitizou a sociedade civil e deslocou para a mendicância e a delinquência milhões de pessoas que, outrora, seriam ativistas de movimentos sindicais, sociais, e populares, lutando e conquistando direitos econômicos, sociais, políticos e culturais. Educação para todos e a escola inclusiva Declaração de Salamanca e linhas de ação sobre necessidade educativas especiais em Junho de 1994. Retomando o contexto brasileiro Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394/96. Sobre a definição dos alunado da educação especial (art.58). Sobre a condicionalidade no oferecimento de apoio especializado (art.58,§1). Sobre a condicionalidade da oferta de vaga pública às condições do aluno (art.58,§2) Plano Nacional de Educação, 2001 O diagnostico; As diretrizes; Os objetivos e metas. O trabalho Pedagógico com o aluno cego As práticas pedagógicas revelam as concepções que educador tem sobre o homem, sobre a sociedade, sobre a educação. As práticas pedagógicas com o aluno deficiente demonstram, também, as concepções do educador sobre o conceito de deficiência e educação especial, embora nem sempre o educador tenha consciência das concepções quem fundamentam seu trabalho. Depoimentos Orais: a construção metodológica A construção dos depoimentos [...]todo individuo é não somente a síntese das relações existentes, mas também da história destas relações, isto é, o resumo de todo passado. Gramsci Lembranças da escola: uma reflexão possível O direito à educação especial pública. Desanimei, fiquei super triste, porque é uma luta danada. Quando eu entrei, em 1989, o meu irmão me trazia de ônibus, porque ele trabalhava no banco perto da escola, e meu pai me buscava de carro. Depois eu aprendi locomoção e comecei a ir embora sozinha.No começo de 1990 eu ia e voltava sozinha. Mas, quando comecei a trazer minha máquina, foi aquele problema... Eu vinha com meu irmão, mas não dava para o meu pai vir me buscar todo dia, porque a gasolina era cara e não dava. Minha mãe tinha que vir me buscar de ônibus. Foi muito difícil [MIRIAM]. A relação entre educação especial e trabalho Sei que meu futuro será difícil. Não consigo pensar numa aplicação prática em que eu possa reunir as duas formações: música e psicologia. Mas pretendo me formar nas duas áreas e aliar a experiência da psicologia coma música.[...] eu penso em atuar como profissional, principalmente, na área da psicologia. Fabiana Os serviços educacionais especializados Sala de recursos; Ensino com professor itinerante; Classe especial; Escola integradora. A função da palavra na ausência da visão Apropriação de experiências significativas. Necessidade de interação com o grupo social: - quando se aprendem valores; - quando se aprendem conteúdos escolares. Excelência da palavra com mediadora na aproximação do mundo. A pobreza na raiz da exclusão escolar O critério da exclusão escolar não esta centrado apenas em características biológicas de gênero ou de raça, mas que a exclusão esta determinada pelos interesses ditados por um modelo econômico de profunda exploração do homem. Considerações Finais Muitas Vozes FERREIRA GULLAR Meu poema é um tumulto: a fala que nele fala outras vozes arrasta em alarido. (estamos todos nós cheios de vozes que o mais das vezes mal cabem em nossa voz: se dizes pera, acende-se um clarão um rastilho de tardes e açúcares ou se azul disseres, pode ser que se agite o Egeu em tuas glândulas) A água que ouviste num soneto de Rilke os ínfimos rumores no capim o sabor do hortelã (essa alegria) a boca fria da moça o maruim na poça a hemorragia da manhã tudo isso em ti se deposita e cala. Até que de repente um susto ou uma ventania (que dispara o poema) chama esses fósseis à fala. Meu poema é um tumulto, um alarido: basta apurar o ouvido. Sobre a autora Acadêmicas: Claudia Elissandra Janaina Juliana Michele Natalia Victória
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