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Cálculo I A – Profª: Luciana Pena e Denise Pinto Página 1 Limite de uma função quando x tende a um valor finito lim ( ) x a f x b → = , com a e b finitos Seja : ( ) 3 2 f x f x x → = − ℝ ℝ ֏ . Analisaremos o comportamento da função y quando x assume valores próximos de 2, porém diferentes de 2. Para isso, consideremos as tabelas abaixo: Tabela 1 Tabela 2 2x − x ( )f x ( ) 4f x − 2x − x ( )f x ( ) 4f x − 0, 2− 1,8 3,4 0,6− 0,2 2,2 4,6 0,6 0,1− 1,9 3,7 0,3− 0,1 2,1 4,3 0,3 0,01− 1,99 3,97 0,03− 0,01 2,01 4,03 0,03 0,001− 1,999 3,997 0,003− 0,001 2,001 4,003 0,003 0,0001− 1,9999 3,9997 0,0003− 0,0001 2,0001 4,0003 0,0003 Notemos que, quanto mais x se aproxima de do valor 2 mais ( )f x se aproxima do valor 4, tanto na Tabela 1 quanto na Tabela 2. Podemos tornar ( )f x tão próximos de 4 quanto desejarmos, bastando para isso, tornar o valor de x suficientemente próximos de 2, isto é, quanto mais aproximamos x do valor de 2, as diferenças (distâncias) 2x − e ( ) 4f x − vão se tornando menores. Resta-nos saber se é possível relacionar estas duas distâncias, quando se deseja que ( ) 4f x ε− < , onde ε é uma cota de erro que não pode ser atingida, ou seja, queremos tornar ( )f x o mais próximo de 4 possível, de maneira que o erro da aproximação seja menor que uma tolerância. Observe que ( )f x y= é o resultado da aplicação da função f na variável x. Devemos escolher um valor para x que satisfaça tal tolerância, estando esta escolha condicionada ao tipo de função e ao valor de ε . Se tomarmos x nos intervalos ( )2 ,2δ− e ( )2,2 δ+ , estamos tomando as distâncias de 2 que são menores do que δ , ou seja, 2x δ− < , isto é, fazendo com que 2x → teremos ( ) 4f x → . Isto acontece quando, para todo ε , existe um δ tal que, tomando 2x δ− < acarrete ( ) 4f x ε− < . Com isto vemos que para controlar o erro da função, devemos controlar a variável, e este controle se dá quando determinamos δ . Nem sempre este controle é possível. Quando for possível, dizemos que o limite existe. No exemplo: 2 lim ( ) 4 x f x → = . Cálculo I A – Profª: Luciana Pena e Denise Pinto Página 2 Definição: Seja : ( ) f A B x f x y ⊂ → ⊂ = ℝ ℝ ֏ e a, b finitos ( ,a b ∈ℝ e *,ε δ +∈ℝ ). lim ( ) 0, ( ) 0 ( ) x a f x b tq x a f x bε δ ε δ ε → = ⇔ ∀ > ∃ > − < → − < Limites Unilaterais: Definição: Seja f uma função definida em todo número de algum intervalo aberto ( , )a c . Então, o limite de ( )f x quando x se aproxima de a pela direita será b e escrito como: lim ( ) 0, ( ) 0 0 ( ) x a f x b tq x a f x bε δ ε δ ε +→ = ⇔ ∀ > ∃ > < − < → − < Definição: Seja f uma função definida em todo número de algum intervalo aberto ( , )d a . Então, o limite de ( )f x quando x se aproxima de a pela esquerda será b e escrito como: lim ( ) 0, ( ) 0 0 ( ) x a f x b tq a x f x bε δ ε δ ε −→ = ⇔ ∀ > ∃ > < − < → − < Teoremas sobre limites Infinitos de funções quando x tende a um valor finito: Definição: Seja 1 1 1 : ( ) f A B x f x y ⊂ → ⊂ = ℝ ℝ ֏ e 2 2 2 : ( ) f A B x f x y ⊂ → ⊂ = ℝ ℝ ֏ e a I A∈ ⊂ . Se 1lim ( ) 0 x a f x → = e 2lim ( ) x a f x c → = então: Teorema: Se *c +∈ℝ e 1( ) 0f x > , ( )x I∀ ∈ então 2 1 ( )lim ( )x a f x f x→ = +∞ . Teorema: Se *c +∈ℝ e 1( ) 0f x < , ( )x I∀ ∈ então 2 1 ( )lim ( )x a f x f x→ = −∞ . Teorema: Se *c − ∈ℝ e 1( ) 0f x > , ( )x I∀ ∈ então 2 1 ( )lim ( )x a f x f x→ = −∞ . Teorema: Se *c − ∈ℝ e 1( ) 0f x < , ( )x I∀ ∈ então 2 1 ( )lim ( )x a f x f x→ = +∞ .
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