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Língua Portuguesa Profa. Ruth Ester Poitevin Pontuação: o emprego da vírgula A vírgula pode ser uma pausa... ou não. Não, espere. Não espere. Ela pode sumir com seu dinheiro. 23,4. 2,34. Pode ser autoritária. Aceito, obrigado. Aceito obrigado. Pode criar heróis. Isso só, ele resolve. Isso só ele resolve. Associação Brasileira de Imprensa Vídeo comemorativo dos 100 anos da ABI. E vilões. Esse, juiz, é corrupto. Esse juiz é corrupto. Ela pode ser a solução. Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido. A vírgula muda uma opinião. Não queremos saber. Não, queremos saber. Uma vírgula muda tudo. Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim: 1. Não se usa vírgula: Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si: a)entre sujeito e predicado. Todos os alunos da sala foram advertidos. sujeito predicado b) entre o verbo e seus objetos. O trabalho custou sacrifício aos realizadores. Custou (VTDI) exige dois complementos (um com preposição; outro sem) sacrifício (OD)s/preposição Custou aos realizadores (OI)com 2. Usa-se a vírgula para marcar intercalação do (a), das a) adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço. b) conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. c) expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos. Para marcar inversão do a) adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. b) objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. c) nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982. Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração): A) Era um garoto de 15 anos, alto, magro. B) A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. marcar elipse (omissão) do verbo: Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. para isolar: o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico. o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. Uso da vírgula entre orações. A vírgula é usada para • separar as orações coordenadas assindéticas e as sindéticas que não sejam introduzidas pela conjunção e. Exemplos: A) Cheguei, peguei o livro, voltei correndo para o curso. B) Há aqueles que se esforçam muito, porém nunca são reconhecidos. É aconselhável usar a vírgula quando a conjunção e aparece repetida no período: Ex: Passaram aqui para perguntar, e questionar, e amolar, e comprometer. aparece entre orações de sujeitos diferentes: Ex: O tempo estava nublado, e o piloto desistiu do voo. não tem sentido de adição: Ex: A senhora apertou a campainha, e ninguém veio atender. (o e tem valor de conjunção adversativa) • Isolar orações intercaladas. Ex: E o ladrão, perguntei eu, foi condenado ou não? • Isolar orações adjetivas explicativas. Ex: As frutas, que estavam maduras, caíram no chão. • Isolar orações adverbiais. Ex: “Fiquei tão alegre com esta ideia, que ainda agora me treme a pena na mão.” (Machado de Assis) • Isolar orações reduzidas. Ex: “Para serenar a roda, propus novo chope.” (Cyro dos Anjos) Oração desenvolvida: Para que serenasse a roda, propus novo chope. Propus novo chope para serenar a roda. Propus novo chope para que serenasse a roda.
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