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Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins PERIODONTIA II Resumo referente à Primeira Prova Parcial Fator Primário da Doença Periodontal Placa Bacteriana Fator Secundário Tudo que retêm placa ou dificulta a higienização correta PERIODONTITE CRÔNICA Lenta, progressiva Pode ser assintomática Normal em pacientes mais velhos PERIODONTITE AGRESSIVA Rápida Pacientes muito jovens Acredita-se no envolvimento de um fator genético DOENÇAS DELIBITANTES – HIV, por exemplo REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS – Ciclosporina hiperplasia gengival ENXERTO GENGIVAL: é o aumento da faixa de mucosa ceratinizada – pode ser feito com matriz dérmica acelular, por exemplo. * A cicatrização se dá por degeneração e lise DIAGNÓSTICO EM PERIODONTIA Não pode ser considerado completo se não inserir uma avaliação detalhada da condição periodontal do paciente DIAGNÓSTICO CLÍNICO: condições emocionais e temperamento, atitude do paciente, colaboração e interesse, capacidade de entender o plano de tratamento, idade – Perfil Bioemocional. Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins * História Médica Detalhada – para ver se existe influência de doenças sistêmicas * História Odontológica * Avaliação Periodontal Completa: IP, IG, IS, Gengiva Inserida, Freios e Bridas, Recessão Gengival, Profundidade de Sondagem CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS NORMAIS DA GENGIVA CONSIDERADA SAUDÁVEL: * Cor: rósea pálida (coral) * Volume: delgada/afilada preenchendo todo o espaço interproximal * Contorno: arco côncavo regular sendo mais acentuado nos dentes anteriores * Forma: determinada pela forma/espaço interproximal se for estreito terá papilas estreitas, se for largo terá papilas largas. * Consistência: firme, resiliente e com alta conteúdo de fibras colágenas tipo I * Textura superficial: pontilhado (casca de laranja) presente em 40% dos adultos ~ stippling EXSUDAÇÃO (Supuração): sinal secundário muito encontrado – não significa que tenha doença e reflete a natureza inflamatória dela, caracterizada pelas alterações teciduais ocorridas. * Exsudato: processo crônico * Abcesso: processo agudo e localizado SONDAGEM Penetração da sonda depende: tamanho dela, força de inserção, direção de penetração, resistência dos tecidos e convexidade da coroa. Profundidade de sondagem é a distância em mm que vai da margem gengival até a base da bolsa (ou sulco) e varia conforme alteração da margem gengival Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins * Deve seguir o LE do dente Sulco Clínico 2 a 3 mm Fatores que podem influir na profundidade de sondagem: a) Intrínsecos: qualidade e quantidade de tecido gengival, inflamação, sensibilidade (dor), dificuldade anatômica b) Extrínsecos: qualidade do instrumento, força do operador SINAIS E SINTOMAS DAS BOLSAS PERIODONTAIS Sondagem é o único método confiável para detecção de B.P. Outros sinais de sua presença: coloração azul arroxeada na margem gengival ou além da JMG – margem gengival arredondada – gengiva aumentada e edematosa – sangramento – supuração – mobilidade – migração patológica – dor (presente ou ausente) – gosto desagradável após alimentação – prurido na gengiva – sensibilidade térmica Nível de inserção clínico: distância entre a base da bolsa (sulco) e um ponto fixo (JCE) Alteração no nível de inserção é devido apenas ao ganho ou perda de fibras de sustentação e reabsorção/ganho ósseo melhor indicador do grau de destruição periodontal RECESSÃO: migração apical da margem gengival – nem sempre relacionado com doença infecciosa, podendo até mesmo ser advinda do trauma da escovação, por exemplo. Pode acontecer de ter perda óssea, mas com a gengiva em posição normal (bolsa periodontal) – explicado pelo fenótipo do paciente. > Etiologia da recessão: - 1º lugar: placa bacteriana - Outros: posicionamento dentário, trauma devido a escovação, periodonto fino, movimentação ortodôntica. > Importância clínica: Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins - Principalmente pela sensibilidade, mas também pela estética resultante. > Classificação de Miller: - Quanto ao grau de severidade em diferentes graus * Classe I: menor e estreita * Classe II: profunda e estreita * Classe III: profunda e larga * Classe IV: perda óssea presente Além disso, a classificação indica a possibilidade ou não de recobrimento em casos de recessão: Classe I e II (recobrimento total), III (recobrimento parcial), IV (chega a ser contra indicado). É importante avaliar a Mucosa Queratinizada (tecido gengival visível com queratina) – solução de iodo que irá corar a mucosa alveolar (não queratinizada e permeável) para então avaliar a quantidade da MC. DETECÇÃO DE DEFEITOS MUCOGENGIVAIS Inserção alta de freios (medial) e bridas (laterais) – mobilidade marginal e faixa reduzida de gengiva inserida TESTE DE TRAÇÃO DE BOWERS tracionamento dos lábios para avaliar se existe isquemia das áreas de mucosa – pode indicar possível futura recessão. MOBILIDADE a) Fisiológica: + ou – 0,1 mm - Inicial: distorção viscoelástica do conteúdo ligamentar e redistribuição dos fluidos do ligamento (neutralização de forças axiais) - Secundária: deformação elástica do osso alveolar b) Anormal ou Patológica Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins - Causa: perda óssea (suporte), trauma de oclusão primário ou secundário, processos agudos periodontais ou periapicais, pós- cirurgia periodontal, gravidez e uso de contraceptivos, tumores, osteomielite CLASSIFICAÇÃO -- SENSO CLÍNICO * Mobilidade Normal * Grau I: levemente maior que o normal * Grau II: moderadamente maior que normal * Grau III: mobilidade severa de VL e MD apresentando ou não intrusão * Grau IV: apresenta mobilidade vertical (incluída por alguns autores) ** A mobilidade é feita com um dedo + um instrumento LESÕES DE FURCA: se houver profundidade, entra com a sonda pela V * Pacientes saudáveis não são necessários avaliar o comprometimento de furca CLASSIFICAÇÃO – ENVOLVIMENTO DE BIFURCAÇÃO * Grau I: pequena – perda óssea incipiente * Grau II: maior, mas não atravessa de V para L – perda óssea parcial * Grau III: comunica a V com a L (molares inferiores) – perda óssea total * Grau IV: bifurcação aparente EXAME DOS DENTES EM CONTATO PROXIMAL Contatos firmes Avaliação com fio dental – ele deve passar com resistência Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins Contatos abertos resultam em impacção alimentar e cúspide êmbolo Alterações oclusais como giroversões – apinhamento – contato prematuro AVALIAÇÃO DO PERIODONTO Índice de placa e cálculo Evidenciação de placa para motivar o paciente assim como a remoção de cálculo supra gengival GENGIVA avaliar com o campo seco e com boa iluminação * Características avaliadas: coloração, forma, contorno, textura, consistência. PARÂMETROS CLÍNICOS Medidas e índices baseados nos sinais e sintomas da D.P. sinais clínicos cardinais, profundidade de sondagem, nível de inserção à sondagem, recessão gengival, mobilidade dentária, envolvimento de furca, exudato Parâmetros Clínicos Atuais: avaliação de higiene bucal, avaliação de contato proximal, avaliação da oclusão, avaliação de restaurações em íntimo contato com o periodonto, avaliação da profundidade de freios, bridas e vestíbulo BOLSA PERIODONTAL Aprofundamento patológico do sulco gengival – conteúdo altamente contaminadocom presença de irritantes bacterianos (LPS) Aprofunda por: - Migração coronal da margem gengival (falsa/relativa) - Perda de inserção das fibras (verdadeira) - Ou ambos * Bolsa gengival/falsa/relativa: não há perda de crista óssea Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins * Bolsa Periodontal/Verdadeira/Absoluta pode ser supraóssea ou infraóssea e não tem a ver com o tipo de perda e sim com sua localização em relação a crista óssea. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O NÚMERO DE PAREDES ÓSSEAS (Remanescente) Podem ser de 3, 2, 1 paredes ou tipo copo (circunferência no perímetro da raiz). Isso nos informa a quantidade de paredes presentes. Quanto maior o número de paredes será melhor para o preenchimento com osso. Sempre começa fazendo raspagem antes de cirurgia para adequar o meio Possibilidade Terapêutica para Preenchimento: enxerto ósseo, membrana. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O NÚMERO DE SUPERFÍCIES ENVOLVIDAS - Simples: uma apenas - Composta: duas ou mais - Complexa: tem origem em uma superfície e saída em outra – trajeto em espiral envolvendo mais de uma parede AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA - Princípio básico: perda óssea é sempre maior do que o demonstrado pela radiografia. - Limitações: não é possível diagnosticar bolsa periodontal, não distingue casos tratados de casos não tratados, não mostra perda óssea V e L, não demonstra relação de tecidos moles com tecidos duros, não diagnostica mobilidade, não revela pequenas alterações ósseas, não detecta crateras ósseas - Benefícios: registra a posição do septo ósseo (perdas ósseas verticais e horizontais), método auxiliar para diagnóstico (não Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins conclusivo), registro de osso alveolar/processo alveolar e espaço do ligamento periodontal nas faces mesial/distas e região periapical, documenta a relação entra a raiz clínica com a coroa clínica, permite a visualização de cálculo em grandes quantidades e de restaurações radiopacas nas faces proximais. - Alterações radiográficas em Periodontite: a) Esfumaçamento ósseo/perda de continuidade da lâmina dura interproximal b) Área RL em forma de cunha – perda óssea vertical c) Redução do septo ósseo em altura – perda óssea horizontal d) Radiopacidade reduzida na área interproximal sugerindo uma cratera óssea – perda maior – sem diagnóstico de extensão ou morfologia do defeito e) Radiolucidez na área de bifurcação de molares “sugere” envolvimento ou perda óssea - Limitação do RX: visão 2D de um objeto 3D PREPARO INICIAL Tratamento periodontal Objetivos - eliminação da bolsa periodontal - restauração da forma/função do periodonto - preparo periodontal para Odonto Restauradora - restabelecimento da estética - proporcionar condições para manutenção da bolsa - prevenção e manutenção periodontal >> SEQUÊNCIA DO TRATAMENTO Exames - clínico: exame de tecidos duros e moles Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins - radiográfico: avaliação da estrutura óssea, espaço periodontal, proximidades de raízes, relação coroa clínica/raiz clinica, relação endo-perio, orto-perio, perio-restauradora Diagnóstico - é portador de Dp ou não? - de que tipo? - qual a forma? - qual a extensão? - é puramente periodontal, tem envolvimento oclusal, tem envolvimento estético, tem relação inter-disciplinar? Plano tratamento – sequência - preparo inicial (terapia inicial, tratamento periodontal não cirúrgico, tratamento relacionado à causa, fase etiotrópica da terapia, fase higiênica, fase I) - reavaliação - terapia cirúrgica - terapia restauradora - terapia de manutenção CONCEITO DE PREPARO INICIAL - conjunto de procedimentos não cirúrgicos que levam ao tratamento de infecções gengivais e periodontais, em uma fase pré-cirurgica, associado a uma reavaliação. - manobras terapêuticas que visam a eliminação de todos os fatores etiológicos locais e das influências ambientais adversas antes dos procedimentos periodontais definitivos e antes do estabelecimento de uma sequência de tratamento para a fase restauradora Objetivos - motivar o paciente a executar o controle de placa diariamente como uma rotina - interrupção da progressão da doença através da eliminação dos fatores etiológicos microbianos Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins - preservação da dentição em um estado de saúde, conforto e função com estética apropriada PREPARO INICIAL: fase preliminar, fase etiotrópica, fase reavaliação. Fase preliminar Tratamento locar da GUN Tratamento de bolsas com processo agudo e supuração Drenagem de abcessos periodontais Tratamento de pericoronarite Trauma periodontal pós-acidente Fase etiotrópica Educação do paciente Orientação dieta alimentar e higiene bucal Prevenção primária: iniciar em casa, supervisão dos pais, resultados controlados, elogiados, corrigidos, prevenção contra a cárie e doença periodontal Prevenção secundária: informação, motivação, orientação Motivação: paciente deve estar interessado em manter/recuperar a saúde bucal e desenvolver a motivação com auxilio de seu dentista * Recursos auxiliares: panorâmica, sinais clínicos, evidenciação de placa, atlas/modelos/câmera intra oral, apostila/ panfletos – paciente e profissional devem atuam em conjunto ** Evidenciadores de placa indicados: eritrosina, azul patente, floxina B, fluoresceína sódica ** Evidenciadores de placa contra-indicados: fucsina básica, verde da malaquita, corantes histológicos *** Evidenciação x Sangramento: sangramento prevalece Informação: frequência, força, tempo- qual a melhor escova, dentifrícios, escovas interproximais, higiene lingual, técnica de escovação, irrigadores – importante é o RESULTADO – ausência de placa Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins * Técnica de escovação – Bass Modificada, por exemplo. Remoção de fatores etiológicos da Doença Periodontal Remover os fatores etiológicos primário e secundário da doença periodontal, diminuindo a resposta inflamatória e melhorando a qualidade do periodonto Propiciar uma faixa mais larga de gengiva queratinizada, aumentando as possibilidades de tratamento cirúrgico A raspagem subgengival diminui o tempo cirúrgico Jato de bicarbonato Cavitador sônico Ultrassom RAP: remoção de fatores etiológicos, diminuição da inflamação, diminuição do tempo cirúrgico Fraturas dentárias: devem ser removidas evitando a inflamação gengival e reabsorção óssea Remoção de fatores irritantes: * Naturais: anomalias na anatomia como sulcos e depressões -> odontoplastia, apinhamento, desgaste morfológico * Iatrogênicos: restaurações com excesso, restaurações com ausência de ponto de contato, prótese mal adaptada (avaliar radiograficamente), restauração fraturada, ausência de material restaurador. Exodontia: dentes condenados, dentes com mobilidade excessiva, dentes extruidos, sem possibilidades de reposicionamento ou tratamento, lesões de furca Piercing Tratamento endodôntico: em lesões endoperio deve- se realizar o tratamento endodôntico, posteriormente o tratamento periodontal Eliminação de fatores locais coadjuvantes Remoção/ correção de fatores irritantes Restauração de lesões cáries Material desenvolvido pelo acadêmico Jhony Ross A. Martins Ajuste oclusal – servecomo tratamento para trauma oclusal Pequenos movimentos ortodônticos Correção de restauração/ prótese mal-adaptadas Contenção e próteses provisórias Extração de dentes condenados Movimento ortodôntico - preventivo: permitir que áreas previamente inacessíveis sejam adequadamente tratadas - interceptivo: quando já existe uma inflamação, tem a finalidade de interromper a sua progressão. * Pequenos movimentos ortodônticos: recuperação de espaços perdidos, reposicionamento de dentes mesializados, distalizados e giroversão, eliminação de apinhamento, intrusão e extrusão dos dentes * Contenção provisória: estabilizar os dentes que apresentam mobilidade, facilita o ajuste oclusal proporcionando uma posição fixa dos dentes Fase de reavaliação - 4 semanas após o término de procedimentos de raspagem e alisamento radicular - proporciona o dentista avaliar: a resposta tecidual (cicatrização) do tratamento, a motivação e eficácia do paciente em relação aos cuidados periodontais - determinar a necessidade de indicar uma intervenção cirúrgica posterior - protege o paciente e o cirurgião dentista com relação ao tempo, despesas e esforços, assegurando o sucesso global do tratamento.
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