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Nutrição na doença e agravos à saúde Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta adequada auxilia na manutenção e/ou recuperação da saúde do paciente (terapia nutricional). Terapia nutricional = avaliação nutricional + diagnóstico médico O cuidado esta diretamente ligado a EQUIPE MULTIDISCIPLINAR! Nutrição: Avaliação do estado nutricional Identificação de alterações do padrão alimentar Planejamento da terapia nutricional Execução da terapia nutricional e orientações nutricionais Avaliação (e acompanhamento) dos cuidados da nutrição Nutrição na doença e agravos à saúde Responsabilidade da enfermagem: Conhecer a prescrição do paciente Observar a aceitação (medicamentos, alimentação) Anotar as alterações funcionais relacionada a nutrição no prontuário Auxiliar, se necessário, o paciente com a administração das refeições Nutrição na doença e agravos à saúde As dietas hospitalares seguem um padrão de acordo com o Serviço de Nutrição e Dietética. Atender o estado clínico de cada paciente Recuperar o estado nutricional do paciente Reduzir o tempo de internação do paciente Modificações da dieta: Consistência Composição química Teor de macronutrientes 4 Nutrição na doença e agravos à saúde Modificações na consistência Dieta livre ou geral Dieta branda Dieta pastosa Dieta líquida completa Dieta líquida restrita ou líquida de prova ou líquida sem resíduos OBS.: dieta líquida pastosa Nutrição na doença e agravos à saúde DIETA LIVRE OU GERAL Objetivo manter o estado nutricional do paciente com ausência de alterações metabólicas ao risco nutricional. Indicação pacientes que não necessitam de modificações dietoterápicas específicas Características suficiente, harmônica, consistência normal, distribuição e quantidades normais de todos os nutrientes (normoglicêmica, normoprotéica e normolipídica) Nutrição na doença e agravos à saúde DIETA BRANDA Objetivo manter o estado nutricional, além de melhorar a mastigação, deglutição e digestão Indicação pacientes com alterações e/ou perturbações orgânicas e funcionais do trato gastrointestinal. Indicada em pós-operatório, enfermidades do esôfago, pacientes com uso de próteses dentárias e aqueles com leve dificuldade na mastigação ou deglutição, pacientes com restrições de fibra e gordura Características dieta de transição entre a pastosa e a livre, baixos níveis de celulose e tecido conectivo, abrandados por cocção ou por ação mecânica. (normoglicêmica, normoprotéica, normolipídica, balanceada e completa). Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta pastosa - Objetivo fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço, suprindo as necessidades do paciente e conservando e/ou restaurando o estado nutricional do mesmo. - Indicação indicada para pacientes com dificuldade de mastigação, ingestão e deglutição devido à inflamação, danos neurológicos, distúrbios neuromotores, alterações anatômicas da boca ou esôfago, uso de próteses dentárias e alguns pós-operatórios para se permitir certo repouso gastrointestinal. - Características dieta de transição (líquida e a branda). Facilita o trabalho digestório, deglutição e a mastigação. Sem alteração de nutrientes, possui alimentos com textura bem macia (mastigados e deglutidos com pouco ou nenhum esforço (normoglicêmica, normoprotéica e normolipídica com consistência pastosa) Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta líquida completa - Objetivo favorecer a hidratação e nutrição do paciente, com objetivo de facilitar o trabalho digestório, bem como o repouso do trato gastrointestinal e amenizar a sintomatologia. - Indicação pós-operatório de cirurgia de cabeça e pescoço, casos graves de infecção, pós-operatório buco-maxilo, preparo para exames e pacientes incapazes de tolerar alimentos sólidos. Esta dieta deve ser prescrita por um breve período em função de sua inadequação em relação aos nutrientes. Características dieta composta por alimentos liquidificados; possui baixo teor de fibras, hipocalórica, normoglicêmica, hipoprotéica e hipolipídica. Possui consistência líquida, com volume de 200 a 300ml por refeição. Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta líquida restrita ou líquida de prova ou líquida sem resíduos - Objetivo saciar a sede, hidratação dos tecidos e repouso do trato gastrointestinal amenizando a sintomatologia. - Indicação dieta restrita em nutrientes, geralmente empregada no pós-operatório, preparo para exames ou para pacientes que necessitem de repouso gastrointestinal. Tem como finalidade a hidratação do paciente. Características dieta qualitativa e quantitativamente inadequada para cobrir as necessidades nutricionais dos micro e macronutrientes. Hipocalórica, hipoglicêmica, hipoprotéica e hipolipídica. Tem consistência líquida com volume de 200 a 300ml por refeições. Isenta de fibras. Nutrição na doença e agravos à saúde TIPOS DE DIETAS Dieta hipossódica A dieta com restrição de sódio ou hipossódica é indicada para a prevenção e controle de edema, insuficiência cardíaca, hipertensão crônica grave, distúrbios renais, hepáticos e pulmonares e hipernatremia (Na). Critério de inclusão é indicada para pacientes renais, cardíacos, que apresentam hipertensão, com ou sem edema. Características da dieta dependendo da severidade da doença, a restrição de sódio será determinada podendo variar. - Não são permitidos alimentos enlatados, industrializados ou embutidos; - Consistência normal, conforme a aceitação e/ou indicação ao paciente; Orientações nutricionais - Deve-se evitar o uso dos seguintes alimentos: alimentos salgados, enlatados, conservas, defumados, embutidos, queijos, massas prontas, molhos, temperos e alimentos industrializados. Deve-se substituir a manteiga ou margarina com sal por produto semelhante sem adição de sal, diminuir o consumo de café e lipídeos e substituir pão e bolacha com sal por sem sal. Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta hipolipídica Dieta isenta da adição de gorduras e restrita em alimentos ricos em lipídios. - Critério de inclusão a dieta hipocalórica é indicada para as paciente com distúrbios alimentares ou obesidade. - Características da dieta dieta com restrição de carboidratos simples e açúcares; Excluir da dieta alimentos gordurosos; Introdução de alimentos isentos de açúcares; O VET varia de acordo com as necessidades nutricionais de cada paciente Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta constipante É uma dieta pobre em alimentos formadores de resíduos intestinais, a fim de poupar o trato gastrointestinal. Deve suprir as necessidades nutricionais do paciente - Critérios de inclusão dieta indicada para pacientes cuja condição clínica exija modificações dietoterápicas por interferir no sistema digestório como nos casos de preparos cirúrgicos, diarreia aguda, doença de Crohn, síndrome do cólon irritável, diverticulite, colite ulcerativa e em quadros crônicos onde seja necessário repouso intestinal, ou moderação do trânsito intestinal, controlando o peristaltismo. - Características da dieta oferta de líquidos e eletrólitos suficientes para repor as perdas, como água de coco e bebidas isotônicas, são interessantes por serem ricas em potássio; Oferta de fontes de fibras solúveis é importante para auxiliar no controle intestinal através da viscosidade que proporciona, bem como pela possibilidade de produção de ácidos graxos de cadeia curta, importantes para integridade e recuperação da mucosa intestinal; Alimentos que podem ser excluídos da dieta: especiarias e condimentos fortes, bebidas gaseificadas, hortaliças e legumes crus, leite e derivados (dependendo do caso), frutas ricas em fibras, doces e açúcar, as frutas deverão ser consumidas sem casca, caju, goiaba, banana, maçã, arroz branco, macarrão de semolina, tapioca, cenoura, batata... Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta laxativaDieta indicada para pacientes com dificuldade de evacuação, nos pós-cirúrgicos ginecológicos, para a promoção da formação do bolo fecal e alívio da constipação. Contudo as dietas com alto teor de fibras não devem ser usadas indiscriminadamente, quando os sintomas persistem outras causas devem ser investigadas. - Critério de inclusão dieta indicada para paciente com constipação intestinal, em casos de hiperglicemia, hiperlipidemia e hipercolesterolemia. Também indicada em pós-operatório de hemorroidectomia e parto. - Características da dieta dieta com predominância de fibras insolúveis; Facilitar o trânsito intestinal; Indicam-se alimentos integrais e ricos em fibra como: pães, biscoitos, farinhas, arroz, massas, frutas como ameixa, mamão, laranja, mexerica, melão, melancia, kiwi, tamarindo, cajá, umbu, manga, uva, graviola, tomate, abóbora, acerola...; Proibido alimentos constipantes; Importante estimular a ingestão de água; É uma dieta normocalórica, normoprotéica, normoglicêmica e normolipídica. Nutrição na doença e agravos à saúde Sem irritantes gástricos Dieta isenta de alimentos que estimulam a secreção ácida gástrica e isenta de irritantes gástricos. - Critério de inclusão É indicada para pacientes com distúrbios gástricos (ex.: úlceras, gastrite). - Características da dieta Consistência: adaptada às condições da cavidade oral e conforme tolerância individual; O leite deve ser consumido como parte integrante da alimentação na quantidade que é recomendada nos guias alimentares, e não em quantidades abusivas; Alimentos que podem ser excluídos da dieta: frituras, bebidas alcoólicas, café e chás escuros, bebidas gaseificadas, pimentas, doces concentrados, frutas e sucos ácidos (limão, laranja pera, acerola, cajá, abacaxi, kiwi, tomate). Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta para nefropata A insuficiência renal é uma condição clínica caracterizada pela deterioração da função renal, resultando em desequilíbrio eletrolítico e acúmulo de produtos do catabolismo hidrogenado. Esta dieta é indicada para pacientes com insuficiência renal com presença de edema ou hipertensão arterial, além da elevação da concentração sérica de potássio ou quando houver perda significativa da função renal (TFG<15 ml/min.). A prescrição de líquidos baseia-se no volume urinário residual de 24 horas acrescido de cerca de 500 ml para as perdas insensíveis. - Critério de inclusão Indicada para pacientes com insuficiência renal. - Características da dieta Dieta de consistência normal, adequada ao paciente. É normocalórica, normoprotéica (no tratamento conservador e não dialítico) ou hipoprotéica (em caso de insuficiência renal aguda – IRA) ou hiperprotéica (em pacientes em diálise peritonial ou hemodiálise), normoglicêmica, normolipídica. Possui restrição de potássio, fósforo e sódio. Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta para hepatopata A dieta para hepatopata deve suprir as necessidades nutricionais dos pacientes, diminuindo a sintomatologia. Critério de inclusão É indicada para pacientes com doença hepática. Características da dieta Normocalórica, normoprotéica, normoglicêmica e hipolipídica; Dieta com restrição de gorduras e sódio; Outro fator a ser ressaltado no tratamento de hepatopatas é a suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) minimização do catabolismo. Nutrição na doença e agravos à saúde Dieta para Diabetes Mellitus A dieta é a base do tratamento desta patologia, quer como medida exclusiva ou conciliado ao tratamento medicamentoso. É uma dieta onde há a restrição de carboidratos simples e a introdução de carboidratos complexos, auxiliando no controle glicêmico. - Critério de inclusão É indicada para paciente com diabetes, tendo como objetivo corrigir as anomalias metabólicas características do diabetes. - Características da dieta Normocalórica, hipoglicêmica, normoprotéica e normolipídica; Controlar o nível de glicemia do paciente, evitando crises de hipoglicemia ou hiperglicemia. Consumir alimentos de baixo índice glicêmico e ter controle da carga glicêmica. O paciente deve consumir alimentos de baixo índice glicêmico (< 60), podendo, às vezes, fazer uso de alimentos com médio índice glicêmico (60 - 80), desde que sua glicemia esteja controlada.