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A Importância das Vacinas
Por Debora Gisele Leoni - Jornalista
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O ato de vacinar é a forma mais fácil de proteger o organismo contra doenças infecciosas potencialmente graves e de prevenir que essas doenças sejam transmitidas a outras pessoas.
Segundo Dra. Érica Ferreira Alves, médica pediatra e endocrinopediatra, diferente do que muitas pessoas acreditam, não são somente as crianças que precisam de vacinas: Todas as faixas etárias necessitam ser vacinadas. Existe calendário vacinal para crianças, adultos, idosos, gestantes e viajantes. Existe também vacinação fora do calendário vacinal, quando há alguma epidemia ou surto de doenças infecciosas que estavam controladas ou que já tinham sido erradicadas e voltaram a aparecer na população.
O Ministério da Saúde, a Organização Mundial de Saúde e outros órgãos especializados, orientam que a vacinação seja realizada conforme a faixa etária, como determinado nos calendários vacinais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, as principais vacinas para as crianças são: BCG ID, hepatite B, DTP/DTPa, dT/dT pa, HIb, VIP/VOP, pneumocócica conjugada, meningocócica, rotavírus, febre amarela, hepatite A, SCR/Varicela/SCRV e Influenza. Meninos e meninas a partir de 9 anos de idade devem também ser vacinados contra HPV.
No caso dos adultos com idade entre 20 e 59 anos recomenda-se as seguintes vacinas: hepatite B, difteria e tétano, febre amarela e tríplice viral. Em pessoas com 60 anos recomenda-se ainda a influenza e a antipneumocócica.
A médica conta que há um alerta recente para a Poliomielite (Paralisia Infantil). Os últimos casos de poliomielite registrados no Brasil foram em 1989 e em 1994 o país recebeu certificado de erradicação da doença, juntamente com os demais países das Américas. Em maio de 2014, a OMS emitiu a Declaração de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional devido aumento dos casos de polio no mundo.
Já foram registrados 94 casos e 10 países estão sob alerta, dentre estes estão países da África e Oriente Médio. Com o aumento das viagens internacionais e dos turistas para a Copa do Mundo, existe a possibilidade de circulação do poliovírus no país e a chance do retorno da doença. Por isso, é importante que as crianças sejam imunizadas com as vacinas de rotina (calendário vacinal) e que participem das campanhas nacionais de vacinação, lembra.
Uma das vacinas mais difundidas no inverno é a contra a gripe. A gripe é uma doença respiratória aguda causada pelo vírus Influenza (Myxovirus Influenzae) da família Orthomixoviridae que provoca febre, prostração, mialgia e cefaléia. Em algumas situações, pode levar a quadros mais graves como pneumonias. É transmitida de uma pessoa para outra por via respiratória. Condições como aglomeração de pessoas em lugares fechados favorece a transmissão, principalmente como ocorre no inverno, explica Dra. Érica.
Ao se viajar para áreas onde há alta incidência de casos de febre amarela como Amapá, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Roraima, Amazonas, Pará, Goiás, Distrito Federal e alguns países da América Latina, África ou Ásia, pelo menos dez dias antes de embarcar, é preciso se vacinar contra a doença. A vacina contra a febre amarela é válida por dez anos.
Outra vacina que também é importante em casos de viagens para regiões com saneamento básico precário, como o norte e o nordeste do Brasil, Ásia e África é a contra a febre tifóide.
Vale lembrar
O tempo de ação é variável de acordo com cada vacina. E, como qualquer outra substância, a vacina pode apresentar efeitos colaterais, como por exemplo, reação de hipersensibilidade aos componentes da vacina. Indivíduos com deficiência imunológica grave devem procurar um médico antes de tomar qualquer vacina.
No Brasil, o Ministério da Saúde oferece as principais vacinas, mas não todas. Algumas só são encontradas em clínicas particulares.
Para saber se a sua carteirinha de vacinação está em dia, basta leva-la ao Posto de Saúde mais próximo ou ao pediatra, infectologista, clínico geral ou ginecologista para fazer a verificação.
Acesse o Calendário de Vacinação - Clique Aqui
Se o seu médico prescreveu alguma vacina entre em contato com o CRIE - Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais e verifique a disponibilidade.
A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. É muito melhor e mais fácil prevenir uma enfermidade do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem.
A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também ajuda a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficarem protegidas, menor é a chance de qualquer uma delas – vacinada ou não – seja contaminada.
No Brasil, existe o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Em 40 anos de existência, o PNI se destacou por ser um dos melhores programas de imunização do mundo e vem atuando na ampliação da prevenção, no combate ao controle e erradicação de doenças, além de disponibilizar diversas vacinas à população. São oferecidos, gratuitamente, 42 tipos de imunobiológicos utilizados na prevenção e/ou tratamento de doenças, incluindo 25 vacinas.
Atualmente, o Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população, disponibilizando mais de 300 milhões de doses anuais de imunobiológicos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas.
Atualmente, 96% das vacinas oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) são produzidas no Brasil ou estão em processo de transferência. Isso porque o País tem um parque produtor de vacinas e imunobiológicos. 
É importante destacar que as vacinas não são necessárias apenas na infância. Os idosos precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano, e as mulheres em idade fértil devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês.
Os profissionais de saúde, as pessoas que viajam muito e outros grupos de pessoas, com características específicas, também têm recomendações para tomarem certas vacinas. 
Prevenção
Além da erradicação de doenças, o PNI vem controlando, por meio da vacinação, o tétano neonatal, formas graves da tuberculose, difteria, tétano acidental e coqueluche.
O Ministério da Saúde realiza três campanhas fixas (contra poliomielite, de atualização da caderneta, influenza) por ano para incentivar e conscientizar a população sobre a importância da vacina, especialmente aos grupos prioritários, entre esses as crianças. A cobertura vacinal, nos últimos dez anos, foi de 95%, na média, para a maioria das vacinas do calendário infantil e em campanhas. 
O esforço para imunizar a população está dando resultados. O Brasil alcançou a erradicação da poliomielite e da varíola, e a eliminação da circulação do vírus autóctone do sarampo, desde 2000, e da rubéola, desde 2009.
Também foi registrada queda acentuada nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras. 
Fiocruz garante autossuficiência em vacinas 
A produção de vacinas está no DNA da Fiocruz. Quando Oswaldo Cruz deu início a Fundação com a criação do Instituto Soroterápico Federal, seu objetivo era o de erradicar a peste bubônica e a febre amarela através da produção de vacinas e soros para a população fluminense.
Atualmente, a Fiocruz garante a autossuficiência em vacinas essenciais para o calendário básico de imunização do Ministério da Saúde. A produção é feita pelo Complexo Tecnológico de Vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), voltado basicamente à produção de vacinas para DTP e Hib, febre amarela, Haemophilus influenzae tipo B (Hib), meningite A e C, poliomielite e tríplice viral.
É importante, porém, esclarecer que Biomanguinhos apenas produz essas vacinas, sem, no entanto, aplicá-las. A Fiocruz só aplica vacinas para populações/situações especiais (não previstasno calendário vacinal oficial); transplantados; outros imunodeprimidos e viajantes. Para ser atendido é preciso agendar horário, ter um encaminhamento médico e ser referenciado por meio da ficha de encaminhamento do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie).

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