Estabilidade e Garantia de Emprego

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TEMA: ESTABILIDADE
Diferença entre a estabilidade e garantia de emprego:
garantia de emprego abrange não só a restrição ao direito potestativo de dispensa (estabilidade), como também a instituição de mecanismos de recolocação do trabalhador, informações, consultas entre empresas, sindicatos, trabalhador, politica estatal criando estimulo para evitar o desemprego. É gênero do qual estabilidade é espécie. 
A garantia de emprego é um instituto politico-social-econômico. A estabilidade é um instituto trabalhista.
Garantia de emprego é uma política socioeconômica. A estabilidade é um direito do empregado.
1. CONCEITO:
estabilidade é a garantia que o empregado tem de não ser despedido senão nas hipóteses previstas em lei ou no contrato. (VBC)
A estabilidade classifica-se da seguinte forma:
a) tipo ou forma: absoluta ou real e relativa;
b) duração: definitiva e provisória;
c) interesse: altruísta e personalíssimo;
d) procedimento de dispensa: Ope iuris e Ope judicis.
3.1. Quanto ao tipo ou forma: 
absoluta ou real: empregador só poderá dispensar o empregado por justa causa.
Relativa: a dispensa ocorrerá por motivos técnicos, financeiros, disciplinares ou econômicos.
Motivo disciplinar: é a justa causa, conforme a lei.
Motivo técnico: quando o empregador substitui o trabalho manual por máquinas e quando o empregado não está desempenhando suas funções com a exação técnica que a função exige, cometendo imperfeições.
Motivo econômico: redução significativa da clientela.
Motivo financeiro: falta de dinheiro, de capital de giro.
Exemplos:
Estabilidade absoluta: decenal, sindical, art. 41/CF/88, etc.
Estabilidade relativa: gestante, empregado público, membros da CIPA, etc.
3.2. quanto a duração:
a) definitiva: garante o emprego ate a morte do empregado, aposentadoria, morte do empregador PF, justa causa, extinção da empresa.
Ex.: decenal – art. 492, CLT;
Contrato – se as partes assim ajustarem;
Art. 41 de CF, etc.
b) provisória: tem duração determinada no tempo.
Ex.: gestante;
aprendiz;
Contrato: se as partes assim ajustarem;
Conselho Nacional da Previdência Social; etc.
3.3. Quanto ao procedimento de dispensa:
Ope judicis: estabilidades que necessitam de inquérito judicial para apurar a justa causa, nos demais casos tem-se a dispensa ope legis.
Necessitam de inquérito: decenal, sindical, membro titular do Conselho Nacional da Previdência Social e Conselheiro das Cooperativas.
3.4. Quanto ao interesse:
a) altruísta: destina-se aos representantes da coletividade ou do grupo. Se o interesse for do grupo. Visa proteger o representante do grupo das pressões do empregador.
b) personalíssima: quando for pessoal, ou seja, adquire-se em função da condição especial que apresente.
Ex.: decenal: decorre da condição de empregado.
Estabilidade no contrato por prazo determinado:
Súmulas: 244, III (estabilidade da gestante) e 378, III (estabilidade do acidentado).
Não ensejam estabilidade: ocupação de função ou cargo de confiança é sempre interina e demissível ad nutum. Arts. 499 c/c 468, CLT.
Estabilidade extingue-se pelo decurso, quando provisória, em qualquer caso em face da morte do empregado, aposentadoria, pedido de demissão, extinção da empresa, morte empregador PF, culpa reciproca, justa causa ou outros motivos previstos em lei.
Reintegração e readmissão: significados distintos.
Reintegração: acarreta nulidade absoluta da dispensa praticada. O empregado receberá salários e demais vantagens do período afastado. Interrupção do contrato de trabalho.
Readmissão: despedida válida. A lei, o contrato de trabalho ou a vontade das partes permitem o retorno do empregado ao emprego, por meio de um novo contrato de trabalho, sem efeitos ex tunc, nem pagamentos retroativos. Os efeitos ocorrerão a partir do retorno ao trabalho.
HIPÓTESES DE ESTABILIDADES:
1. ESTABILIDADE DECENAL E FGTS:
Só para empregados contratados por prazo indeterminado;
Art. 478: primeiro ano era considerado experiência – art. 478, §1º, CLT;
Art. 492, CLT: após dez anos o empregado adquiria estabilidade.
A CF/88 revogou os artigos 492 e seguintes da CLT, tornando genérico o regime do FGTS para todos os trabalhadores, como forma de proteção ao tempo de serviço.
A estabilidade decenal é definitiva, personalíssima, ope judicis e absoluta.
2. Estabilidade sindical: art. 543, §3º, CLT, art. 8º, VIII, CF, S. 379, TST.
Só os membros do Conselho Administrativo são atingidos pela estabilidade. Conselho Fiscal – não – art. 522, §2º, CLT e OJ 365, SDI-1, TST.
OJ-SDI1-365 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DE CONSELHO FISCAL DE SINDICATO. INEXISTÊNCIA (DJ 20, 21 E 23.05.2008)
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
Delegado sindical não tem direito a estabilidade: art. 543, §4º, OJ 369, SDI-1, TST.
O registro da candidatura não poderá ser no curso do aviso prévio, Sumula 369,V, TST.
Numero de administradores eleitos: art. 522, CLT.
Comunicação: art. 543, § 5º, CLT.
3. Estabilidade da gestante:
Art. 10, II, b, ADCT.
Doméstica: art. 10, II, b, ADCT e LC 150/2015.
Sumulas: 244, 396 e art. 391-A, CLT.
4. Estabilidade do titular da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.
 Membro: a função do dirigente da CIPA é indicar a área de risco de acidente e solicitar as medidas necessárias 
para recuperação, manutenção e prevenção de riscos.
Art. 163, CLT;
NR 5: estão os objetivos (5.1), constituição (5.2), atribuições (5.16).
Empresas com mais de 19 empregados está obrigada a constituir CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
5. Estabilidade do acidentado:
S. 378, TST;
Lei 8.213/91, art. 118.
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OUTRAS ESTABILIDADES: 
empregado público – art. 41 da CF; art. 19, ADCT;
Empregado público e servidor publico;
Aprendiz – art. 433, CLT;
Membro do Conselho Nacional da Previdência Social – art. 3º, §7º, 8.213/91;
e) Membro do Conselho Curador do Fundo de Garantia – art. 3º, §9º, 8.036/90;
f) Membro da Comissão de Conciliação Previa da Empresa; art. 625 – B, §1º, CLT;
g) Dirigentes Representantes dos Empregados nas Cooperativas; art. 55, Lei 5.764/71
h) Deficientes físicos ou reabilitados; art. 36, Dec. 3.298/99, regulamentou a Lei 7.853/89;
i) Portador do vírus da AIDS. Lei 9.029/95. S.443, TST.
SUM-443 DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego.