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Rosário do Sul 
2017
JÉSSICA LARISSA DA SILVA FIGUEIRA
MARY DANIELA DA COSTA DE COITINHO
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR,
como requisito parcial para a obtenção de média semestral disciplina de
Educação Física Escolar e Saúde, Estágio Curricular Obrigatório I,
Metodologia do Ensino da Atividade Rítmica e Dança, Educação Física
Adaptada e Primeiros Socorros, Metodologia do Ensino da Ginástica
Escolar e Seminário da Prática -Metodologias do Ensino da Educação
Física: Atividade Rítmica, Dança e Ginástica Escolar.
Orientador: Carlos Eviliano Vargas Madruga
Professores: Tulio Bernardo Alfano Moura, Marcio Teixeira , Patricia
Alzira Proscêncio , Eloise Werle de Almeida , Luana Cristina Franzini
de conti , Alessandra Beggiato Porto.
JÉSSICA LARISSA DA SILVA FIGUEIRA
MARY DANIELA DA COSTA DE COITINHO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................04
DESENVOLVIMENTO...........................................................................................05
1. A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
ESCOLAR..................................................................................................................05
2. ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA........................................................................................................................06
3. ENTREVISTA 01..................................................................................................10
4. ENTREVISTA 02..................................................................................................12
5. TEXTO CONCLUSIVO.......................................................................................14
CONCLUSÃO............................................................................................................16
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................17
4
INTRODUÇÃO
No trabalho que leremos a seguir; procuramos expressar a importância da dança como 
conteúdo escolar inserido nas aulas de Educação Física, como pode ser trabalhada em vários 
aspectos trazendo benefícios para o educando emocionalmente, fisicamente, intelectualmente 
e socialmente, auxiliando de maneira positiva a construção do conhecimento do individuo em 
relação a cultura corporal do movimento, a promoção da saúde e o resgate de aspectos 
históricos e sócio cultural.
Assim como são muitos os questionamentos acerca de como adequar abordagens em aulas de
Educação Física às necessidades de alunos com Síndrome de Down (SD). Por relevar as
especificidades de alunos com SD, a fim de oferecer uma educação adequada, procurou-se
nesta investigação, reunir conhecimentos pertinentes a esta problemática com o propósito de
intervir de maneira adequada com este público.
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DESENVOLVIMENTO
 A Dança enquanto conteúdo de educação física escolar
Segundo Butt (1995), a dança é definida como uma das mais antigas artes criadas pelo ser 
humano, onde ele manifesta todos os seus impulsos e crenças. Neste contexto, desde que 
existe o ser humano, existe a dança. Alguns autores e estudiosos comentam que, antes mesmo 
de usar a palavra, o ser humano já se servia do movimento corporal para expressar seus 
sentimentos. Dançar era algo natural. Unindo-se a música ao gesto, nasceu a dança. 
Descobertos o som, o ritmo e o movimento, o homem passou a dançar, (PORTINARI 1989). 
A dança é vista de diversos ângulos, traz inúmeras formas de benefícios para os indivíduos 
em relação aos aspectos físicos, emocionais, intelectuais e sociais, contribuindo para a 
integração e formação de senso crítico em cuidados com a saúde e com o corpo. O movimento
vivenciado ao dançar gera informações que reforçam a ideia de orientação psicodinâmica, que
predomina no movimento inconsciente beneficiando a pessoa no entendimento das emoções 
que se relacionam com seu estado de saúde atual e também pode ser vista como uma 
expressão que representa diversos aspectos da vida humana, considerada como linguagem 
social que transmite sentimentos, emoções vividas de religiões, trabalhos, hábitos e costumes 
(COLETIVO DE AUTORES, 1993; CIGARAN, 2009). Apesar de sua importância na escola, 
muitas vezes a dança é mencionada apenas em datas festivas como em festas juninas, dia das 
mães, dia do folclore e outras festividades ou como atividade extracurricular, sem ser dada 
sua devida importância. Sabe-se que pouco se utiliza a dança nos conteúdos de Educação 
Física ou por não estar dentro dos conteúdos formativos da disciplina ou por despreparo dos 
profissionais (ROCHA; RODRIGUES, 2007; VAZ; BRITO; VIANNA, 2010; 
STRAZZACAPPA, 2003; MANFIO et al., 2008). A dança é um conteúdo fundamental para 
ser tratado na escola. Uma das formas na prática mais adequadas e divertidas para ensinar 
todo o potencial de expressão do corpo (SILVEIRA, 2008; BRASIL, 1998; BERNADINO et 
al., 2009; GARIBA, 2005). A dança, independentemente de sua modalidade, tem como 
objetivo buscar a expressão individual de pensamentos e sentimentos, desenvolvendo a 
psicomotricidade, que é uma percepção para gerar ações motoras que influenciam os fatores 
intelectuais, afetivos e culturais (MARTÍN et al., 2008) É muito importante que a dança para 
as crianças na escola seja tratada de forma consciente como um meio de expressão e 
comunicação. São grandes os seus benefícios, pois é uma atividade que prioriza a educação 
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motora consciente e global, não visando apenas a uma ação pedagógica, mas também à 
psicológica, ao comportamento da criança e suas atitudes, além de ser entendida como um 
movimento histórico cultural que contribui com autonomia para a vida da criança 
desenvolvendo sua criatividade, sensibilidade, expressão e corporeidade (FREIRE, 2001; 
SANTOS; LUCAREVSKI; SILVA, 2005; SOARES; SARAIVA, 1999) A dança na escola 
não deve ter a intenção de formar profissionais, bailarinos, e sim de possibilitar um contato 
mais efetivo de se expressar criativamente com o movimento. Porém, a dança 
descontextualizada passa a ser dançada por dançar, sem um objetivo, sem um contexto, como 
uma mera oportunidade de reprodução de movimentos rítmicos, por isso deve sempre ser 
trabalhada de maneira crítica, sem ignorar o papel social, político e cultural do corpo na 
sociedade (CARBONERA; CARBONERA, 2008; EHRENBERG; GALLARDO, 2005; 
MARQUES, 1997) A dança trás inúmeros benefícios sociais, culturais, emocionais, 
cognitivos e motores de maneira conceitual, atitudinal e procedimental que favorecem a 
conscientização do corpo e do senso crítico, formando um cidadão autônomo, ciente de seus 
direitos e deveres.
2. Inclusão dos alunos com síndrome de down nas aulas de educação física
1. Procure agir naturalmente. Acolha e receba todos com o mesmo nível de atenção e 
consideração. Perguntas vão surgir. Responda naturalmente. 
2. Atenção e prestígio são muito bons. TODOS gostam. Não superproteja, nem dê excesso de 
atenção para alguns, pois estes talvez não vão gostar e os outros TODOS irão reclamar! 
3. Garantir a participação de todos (individual ou em grupo), desafiando cada um a realizar o 
melhor considerando as suas potencialidades ('teoria' da corda inclinada'). 
4. Realizar adaptações compartilhando opiniões. Regras sempre podem ser combinadas, e 
recombinadas, inventadas, e reinventadas. Jogos cooperativos (Broto, 1997) é uma excelente 
opção para viver em comum-unidade. 
5. Promover e adequar desafios, incentivando e ajudandoa superar dificuldades. 
6. Não subestimar. Aceitar formas diferentes de execução de movimentos. 
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7. Promover sucesso para desenvolver a autoestima. Oferecer a oportunidade de pensar, 
decidir, agir por seus próprios meios. Garantir autonomia. 
A Inclusão, como processo social amplo, vem acontecendo em todo o mundo a inclusão é a
modificação da sociedade como pré-requisito para que pessoa com necessidades especiais
possa buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania (Sassaki, 1997), a inclusão é um
processo amplo, com transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos e na
mentalidade de todas as pessoas, inclusive da própria pessoa com necessidades especiais. Para
promover uma sociedade que aceite e valorize as diferenças individuais, aprenda a conviver
dentro da diversidade humana, através da compreensão e da cooperação. Na escola,
“pressupõe, conceitualmente, que todos, sem exceção, devem participar da vida acadêmica,
em escolas ditas comuns e nas classes ditas regulares onde deve ser desenvolvido o trabalho
pedagógico que sirva a todos, indiscriminadamente". A grande polêmica está centrada na
questão de como promover a inclusão na escola de forma responsável e competente. 
Quanto à área da Educação Física, a Educação Física Adaptada surgiu oficialmente nos cursos
de graduação através da Resolução 3/87 do Conselho Federal de Educação e que prevê a
atuação do professor de Educação Física com o portador de deficiência e outras necessidades
especiais. Por isso sabemos que, muitos professores de Educação Física e hoje atuantes nas
escolas não receberam em sua formação conteúdos e/ou assuntos pertinentes a Educação
Física Adaptada ou a Inclusão.
A Educação Física Adaptada é uma área da Educação Física que tem como objeto de estudo a
motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas especiais, adequando
metodologias de ensino para o atendimento às características de cada portador de deficiência,
respeitando suas diferenças individuais a Educação Física Adaptada para portadores de
deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mas compreende
técnicas, métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao indivíduo deficiente. É
um processo de atuação docente com planejamento, visando atender às necessidades de seus
educando. A Educação Física na escola se constitui em uma grande área de adaptação ao
permitir, a participação de crianças e jovens em atividades físicas adequadas às suas
possibilidades, proporcionando que sejam valorizados e se integrem num mesmo mundo. O
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Programa de Educação Física quando adaptada ao aluno portador de deficiência, possibilita ao
mesmo a compreensão de suas limitações e capacidades, auxiliando-o na busca de uma
melhor adaptação "todo o programa deve conter desafios a todos os alunos, permitir a
participação de todos, respeitar suas limitações, promover autonomia e enfatizar o potencial
no domínio motor". Na escola, os educando com deficiência leve e moderada podem
participar de atividades dentro do programa de Educação Física, com algumas adaptações e
cuidados. A realização de atividades com crianças, principalmente aquelas que envolvem
jogos, devem ter um caráter lúdico e favorecer situações onde a criança aprende a lidar com
seus fracassos e seus êxitos. A variedade de atividades também prevê o esporte como um
auxílio no aprimoramento da personalidade de pessoas portadoras de deficiência.
A atividade física para portadores de necessidades especiais, neste artigo relacionado a
pessoas com síndrome de Down, é muito importante no processo de inclusão social, pois
auxilia na socialização, na melhora o equilíbrio emocional e também ajuda prevenir doenças
congênitas que por acaso venham a atingir estes indivíduos. A promoção da prática
pedagógica adaptada às diferenças individuais dentro das escolas do ensino regular deve ser
constante, mas para que isso ocorra, são necessários métodos, procedimentos pedagógicos,
materiais e equipamentos adaptados. 
 
O professor especializado deve valorizar as reações afetivas de seus alunos e estar atento o
seu comportamento global, para solicitar recursos mais sofisticados como a revisão medica ou
psicológica. E outro fato de extrema importância na educação especial é o fato de que o
professor deve considerar o aluno como uma pessoa inteligente, que tem vontades e
afetividades e estas devem ser respeitadas, pois o aluno não é apenas um ser que aprende. Um
dos desafios para o momento é justamente a interação entre os vários profissionais que lidam
com essa deficiência, pois o problema apresenta facetas que permeiam diferentes esferas do
comportamento e níveis de análise do movimento humano. Estudos mostram que pessoas com
deficiências, notadamente os portadores da síndrome de Down, alguns tendem a se tornar
sedentários, levando-os a desenvolverem problemas como obesidade, diabetes, colesterol e
triglicérides altos, hipertensão e doenças cardíacas. O estudo lembra que os portadores desta
síndrome têm tendência natural a uma compulsão alimentar, o que pode levar a uma alta do
peso corporal, assim como uma pré-disposição à doenças do coração. Por isso, especialistas
9
afirmam ser fundamental que os portadores da síndrome sejam estimulados desde criança à
prática regular de alguma atividade física. 
 Os exercícios mais indicados para quem tem esta necessidade especial são a caminhada, a
corrida, a natação, andar de bicicleta, a dança e outras atividades que a própria pessoa
considere como algo saudável para o bem estar físico e principalmente cognitivo. São
atividades que podem ser feitas sem grandes dificuldades por estas pessoas e vão ajudar a uma
melhora da condição corpórea, prevenindo doenças provocadas por uma vida sedentária e
ajudando a melhorar a autoestima e o equilíbrio emocional dos portadores da síndrome de
Down. A realização de atividades motoras deste aluno, além de exercer papel
preponderantemente no seu desenvolvimento somático e funcional, estimula e desenvolve as
suas funções psíquicas. 
O maior desafio para os profissionais da Educação Física é facilitar o envolvimento de todas
as pessoas, incluindo quem tem a Síndrome. Não há sombra de dúvida de que os indivíduos
com Down respondem positivamente aos programas de atividade motora. Esses benefícios
envolvem desde a sua aptidão física e saúde, até a própria qualidade da execução motora. A
atividade física, seja no âmbito escolar ou fora dele, deve ser considerada como um nível de
grande importância para o desenvolvimento físico e mental dos deficientes e da consequente
necessidade de exercícios. Porém a princípio, fica necessário que o professor responsável
destas aulas tenha conhecimento das atividades para que os alunos se interessem na prática de
uma atividade física e esportiva, afinal, são seres humanos, e requer o mesmo respeito e
consideração como todas as outras pessoas!
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ENTREVISTA 01
Professora: Alexandra Torres Moreira Maycá
Escola: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, Santana do Livramento, Rs
 Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com
deficiência?Tenho qualificação específica para realizar trabalho como educadora física
com alunos com deficiência, mesmo assim é preciso estudo constante porque a todo
instante nos deparamos com novas situações.
 Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos?A
educação física é muito importante, pois auxilia no desenvolvimento integral,
principalmente para as nossas crianças comdeficiência intelectual e/ou múltipla em
relação ao desenvolvimento motor básico necessário ao desenvolvimento, pois
normalmente algumas se encontram em atraso, sem falar na questão do auxílio da
cognição em relação ao simbólico e conceitual, na integração e socialização.
 Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram às deficiências
com as quais você trabalhou? (caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa
experiência.Aqui na escola as turmas são de seis a oito alunos, os alunos que tive,
todos com deficiência intelectual e alguns com outras associadas, alguns com
síndrome de down, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, disfagia cerebral. É
importante termos o diagnóstico médico para sabermos algumas possíveis restrições
e/ou cuidados, mas cada indivíduo é único, com as interferências do meio em que vive
e com suas potencialidades e são nelas que nós educadores precisamos focar e nos
dedicarmos e não limitarmos nossos alunos aos diagnósticos clínicos. 
 Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realiza 
com alunos com deficiência?Muitas vezes a maior dificuldade é a estrutura e a falta 
de matérias, específicos para cada deficiência. Como trabalho em uma escola de 
educação especial, apresenta muitos materiais para trabalhar com os alunos.
 Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?Em minha
experiência como docente trabalhei nesta mesma escola de educação especial que atuo
como professora de educação física, desta forma tive pouco contato na educação
inclusiva em escola de ensino regular, somente na prática do curso normal que me
voluntariei para auxiliar em sala de recurso com surdos.
 Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a 
aula de educação física?As ocorrências mais comuns em que se faz necessário 
utilizar primeiros socorros é por esfolamento ou raras vezes torção.
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 Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros,
quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?Na
escola em que estou atuando como educadora física, quando ocorre alguma situação,
por sermos uma escola de educação especial, é área protegida por uma empresa de
assistência médica que prioriza o atendimento aos nossos alunos por alguns terem
crises de convulsão e outras questões que exigem maior cuidado porque a escola não
pode ter nenhuma caixinha de primeiros socorros e nem dar medicação aos alunos ao
menos que tenha um profissional da área da saúde e um ambulatório específico para
esse tipo de atendimento. 
 Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?Durante a
graduação (Educação Física) recebemos orientações sobre primeiros socorros, porém
aprimorei mais o conhecimento foi trabalhando numa empresa na área da educação e
todos os profissionais realizavam treinamento. Em relação a abordagem do trabalho
com alunos com deficiência, tivemos uma disciplina específica com breve explanação
das deficiências intelectual, auditiva e visual.
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ENTREVISTA 02
Professora: Renata Soares
Escola: Colégio Santa Tereza de Jesus
 Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com 
alunos com deficiência?Sim fiz minha na qualificação e nela trabalhei com alunos 
com deficiência, na qual tive que me preparar para lidar com varias situações, ate hoje 
estudo e busco me especializar para estar sempre preparado para o dia a dia na escola.
 Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses 
alunos?O papel da Educação Física dentro de uma Educação Inclusiva nos faz refletir 
que é possível, mas é preciso querer e estar disposto a modificar a concepção da 
sociedade e a nossa própria forma de ver o mundo. O processo da inclusão de alunos 
com necessidades educativas especiais e de outros alunos, com que a escola tem 
dificuldade de lidar, tem muito a beneficiar com as propostas metodológicas dos 
professores de Educação Física que, com criatividade, podem explorar o corpo, o 
movimento, através do jogo, da expressão e do esporte como oportunidades de 
celebrar a diferença e proporcionar aos alunos experiências que realcem a cooperação 
e a solidariedade.
 Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as 
deficiências com as quais você trabalhou? (caso a resposta seja sim). Fale um 
pouco sobre essa experiência.Sim já tive alunos com algum tipo de deficiência, 
trabalhei com alunos com deficiência intelectual e um aluno com síndrome de down, 
trabalhar com alunos com deficiência requer muita atenção e paciência da nossa parte, 
pois não recebemos nenhum auxilio de material didático ou objetos para que possamos
trabalhar com eles na parte de coordenação motora, interação e convivência com 
pessoas, viverem novas experiências desenvolvendo habilidades, quanto a suas 
limitações, que é de fundamental importância o desenvolvimento motor, interação 
social, a afetividade, autoestima para a criança, dentro da educação física.
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 Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realiza 
com alunos com deficiência?As principais dificuldades encontradas são a falta de 
matérias para desenvolver as aulas, falta de equipamentos, falta de estrutura para que 
possamos ajudar os alunos e não esquecendo o papel dos pais que chegam à escola 
querendo, ou melhor, exigindo uma educação padrão para seu filho, mas não nos dão 
mínimo suporte, ou seja, não participam do dia a dia do seu filho na escola, isso faz 
uma grande diferença para os alunos na sala de aula, pois ao verem seus pais por perto
se motivam e se entusiasmam.
 Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?Sim me sinto 
preparada para trabalhar com alunos com deficiência, mas volto a repetir sempre 
busco me aperfeiçoar e estudo bastante para pode ajudar.
 Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de 
educação física?Nas brincadeiras que faço com eles sempre busco a interação de todos,
às vezes alguém cai, se esfola ou se corta, mas isso faz parte da juventude deles ate 
hoje nada de mais aconteceu, mas supervisiono de cima para se sentirem protegidos.
 Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, 
quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?
Quando ocorre algum acidente considerado leve nos mesmos prestamos o auxilio, pois
temos nossa caixinha de primeiros socorros, quando se trata de algum acidente grave 
se é levado ao hospital.
 Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?Sim em minha 
graduação tive aulas de primeiros socorros, mas o básico nada além de algumas aulas 
pratica e teóricas ministradas por profissionais da área. A escola possui convenio com 
uma empresa de saúde de nossa cidade, no qual nos da o suporte quando preciso.
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TEXTO CONCLUSIVO
Nas duas entrevistas que fizemos, pudemos perceber a importância que a educação Física tem 
dentro das escolas e principalmente para alunos com deficiências, pois através dela os alunos 
se integram com os demais alunos e auxiliam nos tratamentos fisioterápicos e na resistência 
física. Os alunos praticam diversas atividades físicas como circuitos, corridas leves, 
alongamentos e etc.
Após a conclusão de nossas entrevistas, e comparando uma com a outra, observamos que 
estão paralelas e que as professoras têm muitas vivências com crianças deficientes, 
destacando a Síndrome de Down, que era o tema alvo do trabalho. Observamos entre os 
relatos das professoras que várias situações que ocorrem de forma paralela e em realidades 
diferentes. 
A primeira entrevistada foi à professora Alexandra TorresMoreira Maycá, que trabalha na 
Associação de Pais e Amigos dos Exepcionais- APAE em Santana do Livramento- RS, onde relatou 
sua vivência diária com alunos deficientes tanto motor, intelectual e com síndrome de down. Contou 
sobre sua vida acadêmica, sobre seus estágios e cursos que concluiu ao longo de sua trajetória.
Nossa segunda entrevistada foi à professora Renata Soares trabalha em uma escola privada 
também na cidade de Santana do Livramento- RS, a qual nos contou suas vivências, tanto 
quando lecionava em escola publica, quanto nos dias de hoje em sua atual instituição que 
trabalha com a educação inclusiva.
Ambas tiveram qualificação e trabalho com alunos com deficiência até hoje buscam novos 
métodos de ensino se especializando dia a dia para estar sempre preparadas para situações que
ocorrem ou possam ocorrer, também mencionaram que a educação física é importante, pois 
auxilia no desenvolvimento dos deficientes, tanto motor quanto intelectual onde pode haver 
uma evolução em seus quadros clínicos.
Destacaram que as propostas metodológicas dos professores de educação física apresentam 
criatividade explorando corpos e movimentos, através de jogos, expressões e dos esportes 
integrados com os demais alunos, proporcionando cooperação e solidariedade.
As mesmas tiveram alunos com deficiências intelectuais e com síndrome de down, pois a 
professora Renata, relatou que não recebe nenhum auxilio de materiais didáticos e objetos 
para trabalhar com os alunos, porque muitas vezes a escola não está preparada para receber 
alunos inclusos pela falta de cursos e especialização dos docentes das instituições.
 Porém a professora Alexandra, na escola em que trabalha há melhores recursos para 
desempenhar seu trabalho e para desenvolver qualquer atividade. Relata também que é 
15
necessário ter os diagnósticos médicos para saber possíveis restrições e cuidados para 
executar e aplicar as atividades físicas precavendo de qualquer situação não desejada.
Em outro trecho, as professoras relatam a falta de estrutura e materiais específicos para 
trabalhas com alunos da rede publica, pois já vivenciaram essa realidade em seus estágios. 
Para professora Renata um de seus obstáculos são os pais, pois exigem uma educação padrão 
para seus filhos, mas não dão o suporte necessário para que isso ocorra presenciando 
diariamente a evolução e acompanhando seus crescimentos, tornando difícil o trabalho da 
mesma. 
As professoras mencionaram que estão reparadas para trabalhar com alunos com deficiência, 
pois se especializaram em vários cursos de educação especial e em libras, facilitando 
diariamente o convívio com os alunos e sempre buscam aprender mais.
Perguntamos para elas quando ocorrem acidentes na escola com os alunos, quais eram os 
processos que praticavam. Relataram que na questão de acidentes as professoras tendem a ter 
muito cuidado em atividades com seus alunos, porem há casos de algum aluno cair, se esfolar 
ou ocorrer alguma torção, assim se torna necessários os primeiros socorros.
A professora Renata relatou alguns casos que ocorreram em suas aulas sobre acidente e o que 
realiza. Quando ocorre algum acidente leve (esfolamento) a mesma presta auxilio, porque a 
escola possui caixinha de primeiro socorros, quando se trata de acidente grave a escola 
encaminha o aluno para o hospital. A professora Alexandra também fez alguns relatos que 
ocorrem na escola. Que como é uma escola de educação especial não é permitido prestar 
primeiros socorros porque a instituição possui a assistência medica privada que prioriza o 
atendimento dos alunos por alguns ter casos de convulsões.
Perguntamos se elas já teriam realizado ou presenciado cursos de primeiros socorros. 
Relacionado a cursos em suas graduações tiveram a matéria de primeiros socorros, onde em 
suas aulas praticas ou puderam presenciar e praticar passo a passo junto com profissionais da 
área. A professora Alexandra nos relatou que em outra instituição onde trabalhava participou 
de cursos mais específicos, onde o mesmo auxilia diariamente em suas atividades.
Portanto, observamos que as professoras têm muita experiência para trabalhar com alunos 
deficientes e portadores de síndromes, pois vivenciam diariamente o avanço de cada uma 
através de atividades lúdicas direcionadas aos mesmos. Foi muito gratificante termos assistido
de perto as aulas das professoras, onde aprendemos muito com ambas, pois apresentaram 
muito carinho atenção e cuidado em suas atividades e com seus alunos, onde era visível a 
reciprocidade dos alunos com elas. 
16
CONCLUSÃO
Reconhecemos as críticas e limitações dos PCNs, tais como: a falta de ancoragem na
realidade social, na educação pública e na Educação Física, pressupondo um aluno, um
professor e uma escola ideais; a articulação de aspectos incompatíveis de tendências
pedagógicas numa única proposta curricular de ensino; e a manutenção do pensamento
etapista no trato dos conteúdos, apesar da organização dos ciclos (TAFFAREL, 1997). De
acordo com a declaração acima citada: os PCNs servem muito mais como orientador do que
como parâmetro, já que foram pensados e organizados como se todos estivessem em um
mesmo patamar, e tudo acontecesse de maneira igualitária para todos em processo único com
o mesmo padrão. E desta forma ferimos gravemente o principio com respeito às diferenças, os
temas transversais.
A inclusão do aluno com necessidade especial é de extrema importância para seu
desenvolvimento. Ele precisa ser incluso na sociedade e no ambiente escolar que é seu
primeiro convivo social, assim aprendendo através da interação com o outro. Partindo desta
premissa as aulas de educação física podem melhorar o bem-estar físico, mental e social do
indivíduo. Logo havendo uma evolução em seu quadro clínico, restabelecendo os aspectos
psicomotores e cognitivos, ajuda através dos jogos, a estabelecer e reforçar limites. Desta
forma faz-nos refletir sobre as dificuldades sofridas pelos portadores de necessidades
especiais e sobre o preconceito sofrido por eles. Contudo temos a obrigação como
profissional, cidadão, ser humano quebrar certos paradigmas mudar pensamentos na busca
pelo respeito às diferenças, assim exercendo o ofício da cidadania, e melhorando o ambiente
em que vivemos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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 Educação física e desporto para pessoas portadoras de deficiência / Pedrinelli, Verena 
J et al. Brasílica: MEC-SEDES, SESI-DN, 1994. 
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p. 62-74, jun. 2009 COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação 
Física. São Paulo: Cortez, 1993 CARBONERA, D.; CARBONERA, S. A importância 
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 EDLER CARVALHO, R. Temas em Educação Especial. Rio de Janeiro: WVA Ed., 
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1995. 
 WERNER, D. Guia de Deficiências e Reabilitação Simplificada. Brasília: 
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - 
CORDE, 1994. 
 http://www.sitemedico.com.br/site/boa-forma/fitness/7419-a-importante-relacao-da- 
atividade-fisica-e-a-pessoa-com-sindrome-de-down

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