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Planejamento de Carreira e Sucesso Profissional - 9

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Planejamento de Carreira e Sucesso Profissional / Aula 9 - Inovação
As empresas, para ganhar espaço ou sobreviver no mercado, estão constantemente se reinventando. A inovação é essencial: com ela uma empresa se torna capaz de gerar riqueza contínua, aumentar a produtividade e ser competitiva.
Observe alguns exemplos de inovação:
Inovação na produção
Henry Ford, no início do século XX, inaugurou a linha de montagem para produção em massa do automóvel Ford T, diminuindo os custos, para popularizar a venda de veículos.
Inovação na marca
Na década de 1920, a Ferrari viu-se obrigada a pintar seus carros de corrida na cor vermelha. Criou um vermelho específico, o rosso corsa (vermelho de corrida). A cor ficou tão associada à marca que passou a designar um tipo de vermelho: vermelho Ferrari.
Inovação no produto
Com o aumento da velocidade dos carros, a segurança passou a ser um diferencial. Em 1958, foi fabricado o primeiro automóvel americano com cintos de segurança: o Chevrolet Corvette.
Inovação no negócio
As concessionárias de carro passaram a oferecer serviços mecânicos, seguro, customização, entre outros, em vez de somente atuarem como pontos de venda.
Assim como o mercado está sempre se reinventando, os profissionais também devem fazer o mesmo. Desse modo, a criatividade e a inovação são diferenciais na hora de se destacar!
Criatividade
Criatividade é a capacidade de criar, de pensar diferente diante de uma realidade qualquer. A inovação é consequência da criatividade, aliada a outros fatores.
Vamos ver a dinâmica da inovação no meio empresarial?
QUE TAL UM DESAFIO DE CRIATIVIDADE?
Você foi selecionado como finalista para concorrer a uma vaga de emprego de gerente administrativo em uma empresa de grande porte. Na última etapa da seleção, o recrutador propôs um desafio para todos os candidatos.
Cada candidato recebeu uma folha de papel A4. O recrutador pediu que você e os outros ficassem a uma distância de 8 metros de uma caixa pequena, aberta, localizada no meio da sala de recrutamento.
Cada um tem como objetivo fazer com que a folha chegue dentro da caixa, podendo dobrar quantas vezes julgar necessário e fazendo “qualquer tipo de modelo”. O primeiro a conseguir seria contratado pela empresa.
Qual seria sua opção?
Pense em sua resposta e clique aqui para ler o feedback.
Feedback
Essa é uma história exemplar para pensarmos a noção de criatividade. Criatividade não é estilo, não é desenhar bem, ter habilidades manuais, falar bem etc. Criatividade é encontrar a solução mais adequada quando estamos diante de um problema ou de uma oportunidade. É encontrar o meio mais eficaz, até mesmo inusitado, para atingir um resultado. Muitas vezes a desconstrução do óbvio, daquilo que é esperado como comportamento comum, revela a criatividade, que pode gerar inovação.
Se você pensar bem, a recrutadora disse “qualquer tipo” e, certamente, o que possui maior probabilidade de chegar até dentro da caixa é a bola de papel.
Muitas pessoas confundem criatividade com inteligência. Na verdade, um dos principais vetores da criatividade é a inspiração; mas, também, o trabalho duro para colocar em prática uma ideia original.
 A necessidade, o problema ou oportunidade (no caso, o desejo dos clientes).
 A realidade, o cenário, o ambiente (no caso, a localização, a posição do sol, a direção do vento etc).
 As possibilidades, as condições de realização (no caso, a forma de integrar os principais ambientes ao cenário e integrar as pessoas dentro da casa).
O experimento, o esboço (no caso, o diagrama que ele usa para colocar suas ideias no papel).
A implementação, a execução (no caso, passar a ideia para a equipe, montar o projeto com ela).
Como funciona uma mente criativa?
É óbvio que existem pessoas mais criativas que outras. Entretanto, no meio profissional, a criatividade precisa estar inserida coletivamente para gerar inovação ou solução. Inclusive, uma das técnicas mais eficazes para solucionar problemas ou gerar inovação é o brainstorming.
Brainstorming consiste na reunião de pessoas, preferencialmente de setores distintos, para explorar diferentes pensamentos e ideias, em busca da solução de um problema ou para alcançar determinado objetivo.
Em um brainstorming todas as ideias são aceitas, depois a maioria é descartada, até chegar a uma boa ideia.
Diante de um problema ou oportunidade, a pessoa pode ser:
Como vimos na aula anterior, uma tendência atual no mercado de trabalho é o empreendedorismo. Desse modo, aliado à inovação, uma prática muito comum, atualmente, é a criação de startups.
O que é uma startup?
Há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores:
“Uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.”
Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:
PRIMEIRO CONCEITO
“Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo — ou ao menos se provarem sustentáveis.”
SEGUNDO CONCEITO
“O modelo de negócios é como a startup gera valor — ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca — e esse modelo também é usado pelo Buscapé.com. Outro exemplo seria o modelo de negócio de franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do franqueador — e por isso aumenta suas chances de gerar lucro.”
TERCEIRO CONCEITO
“Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou tendo-os sempre disponíveis independentes da demanda. Uma analogia simples para isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesma unidade de DVD várias vezes, pois é precis o mesmo filme é distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida.”o fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view 
QUARTO CONCEITO
“Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza.”
Dica para abrir uma startup
Vamos estudar oito das dez dicas da cartilha do Sebrae:
ANTES DE QUALQUER COISA
Se você demonstra interesse pela atividade empresarial, mas ainda não possui um negócio e nem possuiu anteriormente, você está na fase da curiosidade. Esse perfil é formado por pessoas que sonham ou se interessam em ser empresários, mas ainda não conseguem definir que negócio montariam. O Curioso precisa de sensibilização para o empreendedorismo, informação sobre os desafios e recompensas da carreira empresarial e exposição ao conceito e a diferentes tipos de oportunidade de negócio, para conhecer melhor a atividade e segmento em que pretende atuar e se inspirar na escolha da oportunidade. Construir uma ideia de negócio o levará para a primeira dica.
NA FASE DE IDEIA, CONECTE-SE
Converse com diferentes pessoas ao máximo, troque impressões, participe de eventos. Nessa fase, as ideias valem muito pouco, esqueça o medo de roubarem sua ideia. O que vale é a capacidade de execução e você ganhará muito com a troca nesse momento. Não busque fazer só “o que está dando certo no mercado”. Sua capacidade de execução e daqueles que estiverem empreendendo com você é o que mais conta. Por isso, avalie também suas competências, habilidades, talentos e paixões. Fazer o que gosta é metade do caminho para fazer bem.
VALIDE SUAS HIPÓTESES NO MERCADO
Algunsempreendedores tendem a achar que tiveram “a melhor ideia do mundo” e que “só falta dinheiro” para fazer acontecer. Cuidado com essa visão! Não é você, nem qualquer especialista, que dirá que sua ideia é boa, mas sim o seu cliente.
Antes de dar os próximos passos na construção e implementação da ideia, valide‐a com clientes reais. Para fazer isso não é preciso, necessariamente, desenvolver a solução, mas sim “sair do prédio” e ir conversar com os clientes em potencial. Você tem muito a aprender nessa etapa de validação que poupará tempo e dinheiro nas próximas fases do projeto.
FORME UM TIME COMPLEMENTAR
Ninguém faz nada sozinho. Para sua startup decolar, várias competências serão necessárias e é pouco provável que você sozinho tenha todas elas. Busque formar um time de fundadores com habilidades complementares. De forma geral, uma boa startup deve ter, pelo menos, quatro competências bem definidas: gestão, tecnologia, operações e vendas. Para formar um bom time, utilize sua rede de contatos. Participe de eventos e busque formar uma equipe afinada. Admiração pessoal mútua e entrosamento são fundamentais.
TESTE SEU MODELO DE NEGÓCIOS ATÉ QUE FUNCIONE
Um dos principais desafios de uma startup em fase inicial é encontrar o seu modelo de negócios, que seja bem aceito pelo mercado e que seja escalável — ou seja, possa crescer rapidamente. Esse modelo é formado por um conjunto de elementos, como proposta de valor, clientes, relacionamento, canais, parceiros, atividades, recursos, fontes de receita e estrutura de custo. Para encontrar o modelo, um bom caminho está na realização exaustiva de testes buscando validar suas hipóteses. Muitas vezes, para realizar esses testes, não é preciso possuir o produto ou solução totalmente desenvolvida. É possível realizar pesquisas preliminares, testes A/B, pré‐venda, ofertas não automatizadas (também chamadas de modelo concierge), entre outras formas.
CONHEÇA SUAS MÉTRICAS
A compreensão de suas métricas é fundamental para o sucesso de sua startup, afinal “não se pode gerenciar aquilo que não se mede”. Compreenda quais as mais importantes para seu negócio, meça e e utilize‐as como bússola para ajustar e otimizar seu modelo. Cuidado com as “métricas de vaidade”, que são números que gostamos de medir, como “número de visitas no site” ou “número de downloads”, mas que na prática não significam muita coisa para o negócio.
Cada tipo de negócio possui métricas mais relevantes para seu modelo. Em modelos de marketplace, por exemplo, é importante acompanhar a quantidade de transações realizadas. Em e‐commerce, a taxa de conversão de visitantes em compradores, por canal de marketing utilizado, bem como seus respectivos custos de aquisição.
SEJA ÁGIL NA EXECUÇÃO E BUSQUE APOIO
Se você encontrou um modelo que está funcionando, é hora de colocar o pé no acelerador. Esse é o momento mais indicado para a busca de capital para crescimento do negócio. É importante você construir um estratégia de “Go To Market” (Ida ao mercado) que estabeleça os melhores canais, regiões e o passo a passo das ações, buscando maximizar seu crescimento. Algumas decisões como focar em um nicho específico ou região farão a diferença. Seu plano de desenvolvimento do produto (ou roadmap) também será influenciado por esta estratégia. Há muitas instituições que podem te apoiar, como incubadoras de empresas, aceleradoras e programas de capacitação específicos para startupscomo os oferecidos pelo Sebrae.
TENHA UM PLANO PROATIVO PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS
Ao buscar recursos, é importante entender quais são as suas necessidades de capital e os objetivos. Estabeleça quanto e para que precisa. Lembre‐se de considerar em suas projeções o cálculo correto de impostos, salários dos sócios e despesas fixas e variáveis. Em paralelo, é importante demonstrar suas receitas potenciais e os marcos de desenvolvimento que você espera atingir com o investimento. Investidor não traz só dinheiro, mas conhecimento, contatos e apoio à gestão. É o chamado capital inteligente. Além de investimentos de capital de risco, é interessante contar também com recursos de fomento governamentais, como startupBrasil, Seed, Edital SENAI de Inovação, PIPE Fapesp, entre outros.
PENSE GRANDE
Se seu modelo cresceu e funcionou e sua empresa já é um sucesso, pode ser ainda mais. Por que ficar apenas limitado à sua região? Se já tem atuação nacional, por que ficar apenas no Brasil? O céu é o limite para empreendedores de alto potencial e com capacidade para realizar seus “sonhos grandes”.
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Resumo do conteúdo
O que são inovação e criatividade;
O que é uma startup;
Dicas para montar uma startup.

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