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Agnatos

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Os peixes da classe Agnatha (a = sem, gnathos = mandíbulas) foram os primeiros do grupo de vertebrados a se diferenciarem, eles pertencem ao filo Chordata e subfilo Craniata ou Vertebrata, atualmente são considerados peixes primitivos em relação aos Condrictes (tubarões e raias) e Osteictes (peixes ósseos), porém em relação aos Protocordados, os agnatos apresentam muitas novidades evolutivas. Duas das características importantes que surgem nos agnatos são o coração muscular com um átrio e um ventrículo e a circulação do sangue de forma simples.
Apesar da palavra “primitivo” nos remeter à extinção, alguns dos peixes agnatos ainda vivem. São eles: as Feiticeiras (peixes-bruxa), espécie da família Myxinoidea e as Lampreias, espécie da família Petromyzontoidea. Quanto aos Ostracodermos, foram extintos há cerca de 500 e 350 milhões de anos. Hoje os Ostracodermos estão classificados em 5 principais grupos: heterostráceos, osteostráceos, galeáspidos, anáspidos, e telodontos.
Lampreias e Feiticeiras
As lampreias podem medir entre 15cm e 1 metro de comprimento, apresentam corpo longilíneo (semelhante a uma cobra), estruturado por tecido cartilaginoso e apresenta uma nadadeira anal. Quando lidamos com agnatos, as maiores referências são a ausência a de mandíbulas, de nadadeiras pares e nenhuma armadura óssea. As lampreias são seres ectoparasitas e detritívoras, ou seja, se alimentam de animais mortos ou restos orgânicos, mas há também muitos registros de lampreias parasitando tubarões, golfinhos e peixes. A estrutura da boca das lampreias permite que elas suguem (são ciclostomados) e se fixem aos alimentos, sua boca é circular com dentes córneos e afiados e língua raspadora, tem forma de ventosa. Elas possuem 7 pares de aberturas branquiais, enquanto estão parasitando outros peixes, elas mantem a boca fixa e presa nesses peixes e com auxílio dessas brânquias conseguem fazer a troca gasosa.
Tanto feiticeiras quanto lampreias são encontradas principalmente em ambientes de água salgada, mas no período de reprodução, elas sobem os rios e vão para ambientes de água doce. Enquanto as feiticeiras são exclusivas de águas salgadas e profundas, elas passam a maioria de suas vidas enterradas no fundo do mar.
As feiticeiras são semelhantes as lampreias em alguns aspectos, entre eles, estruturas e morfologia corporal. Porém, as feiticeiras apresentam um corpo mais flexível, permitindo que elas consigam dar um nó em si mesmas. Essa habilidade, junto com a capacidade de expelir um muco, ajuda a escaparem de predadores. Assim como as Lampreias, as Feiticeiras também são detritívoras. Outra característica igual em lampreias e feiticeiras é o mecanismo de excreção, feita através de rins pronefros.
Reprodução
As Lampreias adultas morrem após a desova, e algumas nem conseguem chegar a fase adulta, morrendo sem ter contato com a água do mar. A fecundação é feita de forma externa, as fêmeas colocam os ovos no fundo dos rios e os machos fecundam. Após os ovos eclodirem, as larvas das lampreias podem ficar até 5 anos no ambiente de água doce, se alimentando e esperando o momento da metamorfose para tomarem o caminho do mar. Com relação à reprodução das feiticeiras, sabe-se que elas são hermafroditas. Devido aos poucos estudos sobre a espécie, as informações ainda são restritas.
Durante a vida agnatos, essas características serão apresentadas em seus corpos, variando apenas o momento: notocorda, tubo nervoso, fendas situadas e cauda pós-anal.
Os agnatos são o maior exemplo de que nem todo vertebrado possui vértebra
	
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
	
Entender os conceitos de sistemática e taxonomia, avaliando as relações evolutivas dos vertebrados;
Caracterizar e identificar os grupos de animais abordados, comparando as estruturas e compreendendo as homologias e homoplasias;
Analisar a diversidade de espécies e morfológica em cada grupo, identificando caracteres que agrupem esses organismos (sinapomorfias);
Esquematizar os comportamentos alimentares e de reprodução, associando à fisiologia e composição morfológica das estruturas do grupo em questão; 
Associar as características anatômicas e fisiológicas dos peixes e anfíbios à sua biologia, etologia, distribuição geográfica e evolução, estabelecendo conexão aos problemas relacionados à conservação de determinado grupo frente às alterações ambientais.

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