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RESUMO 
TEORIA GERAL DO PROCESSO – TGP 
Bibliografia = TGP – Ada Pellegrini / TGP contemporâneo – Umberto Dalla
Introdução ao Estudo do Processo Civil
Noções Gerais Tríade – Ação/ Jurisdição/ Processo
Pedro empresta a quantia de 10.000,00 (dez mil reais) reais a Maria, e combina de passar na Universidade dia 18/02/2014 para receber a quantia.
Entre Pedro e Maria existe uma relação jurídica onde uniu duas partes e dois direitos encontrando abrigo no ordenamento jurídico. Existe uma relação Creditícia, onde Pedro é o credor e Maria a devedora.
A obrigação de Maria é pagar os 10.000,00 reais que deve.
No dia atrasado do cumprimento da obrigação ela não pagou.
No momento que ela negou a pagar o empréstimo, surgiu um conflito de interesses.
Pedro tem a pretensão de receber o dinheiro.
Maria está oferecendo resistência à pretensão de Pedro = Pretensão Resistida 
Houve então um conflito de interesses qualificado pela pretensão de uma parte e resistência de outra = Lide = Litígio = contenda.
Irresignado Pedro me procura no escritório, conta toda a história e pergunta: “como o senhor pode me ajudar?”.
R: A solução para Pedro será promover uma ação. Agora ele é o autor da ação e Maria a ré.
Para que o Estado exerça a atividade jurisdicional é preciso que alguém o provoque por meio do direito de ação, uma vez que o estado é provocado, ele exercerá a atividade jurisdicional por meio do processo.
Direito é uma ciência social que regula a vida em sociedade.
Direito Público = é aquele que guarda relação com o Estado.
EX:
Direito Constitucional = Regula o próprio Estado.
Direito Penal = Somente o Estado tem o Jus Puniendi (direito de punir).
Direito Tributário = É o Estado que tem o direito de cobrar tributos.
Direito Processual = Regula a função do Estado.
Direito Privado:
Direito Civil e Direito Empresarial
Direito trabalhista é um ramo do direito misto, pois guarda aspectos tanto do direito público quanto do direito privado.
Conceito de Direito Processual Civil: É o ramo do direito público que tem por objetivo regular a função jurisdicional do Estado.
Função Jurisdicional: É o poder do Estado de dizer e aplicar o direito ao caso concreto. Trata-se de monopólio do Estado.
Denominação >> Direito Processual Civil >> Antes era chamado Direito Judiciário, mas era vago, restrito, pois dava-se a entender que era só o judiciário, mas o objeto é mais amplo. Futuramente será chamado de Direito Jurisdicional.
Características = Autonomia e instrumentalidade.
AUTONOMIA: Nossa disciplina é autônoma, tem regras próprias no CPC, ou seja, é uma compilação das normas processuais. Desde que a disciplina tenha normas próprias, se torna ramo do Direito Autônomo, pois tem como característica a autonomia.
INSTRUMENTALIDADE/ EFETIVIDADE/ OPERALIDADE: A preocupação do processualista hoje é que as normas do direito processual sejam instrumentais, que tragam efetividade ao direito material e também a operalidade, sejam efetivas, sejam úteis e sirvam de instrumentos de acesso à justiça.
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL
Fonte formal (primária) >> Lei/ CPC/ CF
ATENÇÃO:
Súmula Vinculante: Foi criada pela emenda constitucional nº 45 em 2004 e regulamentada em 2006 pela lei 11.417. Esta súmula é editada somente pelo STF. Uma vez que o tema é tratado como Súmula Vinculante, vincula, obriga os tribunais inferiores e os órgãos administrativos a decidirem de acordo com a súmula vinculante.
OBS: Súmula vinculante não é lei, pois para ser lei, tem que ser editada pelo poder legislativo e tem que obedecer ao processo legislativo. Súmula vinculante tem força de lei, pois ela vincula, ela obriga. Por possuir efeito de lei, a Doutrina Majoritária entende que por possuir força de Lei, a Súmula Vinculante é uma fonte formal.
Fonte material (secundária/ subsidiária) >> Princípios gerais do direito/ Costumes/ Jurisprudência/ Analogia > Se aplica de forma subsidiária.
EX: Cheque é uma ordem de pagamento á vista, mas devido ao costume da sociedade em utilizá-lo como cheque á prazo, o STJ sumulou a favor do cheque a prazo, ou seja, se o comerciante depositar o cheque antes da data pré-estabelecida, terá que indenizar o consumidor, pois houve uma quebra na relação de confiança, na transparência que deve existir na relação de consumo. O STJ fez uma jurisprudência a partir de um costume, de uma fonte material do direito. STJ Súmula nº 370 >> Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
Fenômeno da Integração >> Ocorre quando o juiz aplica as fontes materiais para solucionar o caso concreto diante de lacuna na lei (art. 126, CPC).
Art. 126, CPC – O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.
1º parte >> O juiz não pode deixar de julgar alegando lacunas na lei.
2º parte >> No julgamento do litígio deve aplicar a fonte formal (normas legais).
3º parte >> Não havendo as normas legais, deve recorrer à fonte material (analogia, costume, princípios gerais do direito).
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA NORMA PROCESSUAL
Método literal ou gramatical: aplica-se o que está de fato inscrito no dispositivo.
EX: Art. 513 – Da sentença caberá apelação (arts. 267 e 269). 
Como o próprio nome já diz, leva em consideração o significado literal das palavras que formam a norma. O intérprete utiliza-se, tão somente, de sua sintaxe. Em virtude de sua precariedade, consiste em pressuposto interpretativo mais que um método propriamente dito. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.
Método lógico sistemático >> o dispositivo contempla a regra geral e as exceções.
I – em que o exigir o interesse público >> Quando prevalece o interesse público.
II – que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores >> As ações que tramitam frente ao juízo de família (para preservar a intimidade das partes).
Se cair um caso concreto, temos que observar se a situação está na regra ou na exceção.
A norma é interpretada em conformidade com as demais regras do ordenamento jurídico, que devem compor um sistema lógico e coerente. O intérprete jamais pode se esquecer de que a norma objeto da atividade interpretativa não é algo isolado do restante do ordenamento jurídico, devendo ser interpretada de acordo com o sistema, evitando-se paradoxos. Um dos aspectos mais importantes desse método reside na relação entre a Constituição e as leis infraconstitucionais. A coerência do sistema estabelece-se a partir da Constituição. Isso significa que a interpretação da lei infraconstitucional está condicionada pela interpretação da Constituição. Assim, adquire especial importância para a atividade hermenêutica o reconhecimento do fenômeno de constitucionalização do direito infraconstitucional. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.
Método Histórico >> Compara-se a Lei nova com a Lei antiga.
OBS.: O direito surgiu dos fatos sociais, logo, temos que analisar a história para compreender melhor o caso. 
A norma é interpretada em consonância com os seus antecedentes históricos, resgatando as causas que a determinaram. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.
Método Comparado >> Busca na Lei estrangeira e procura adequá-la ao ordenamento jurídico pátrio. Ao buscar métodos do exterior, temos que verificar se é possível adequá-la ao ordenamento jurídico pátrio, caso contrário, essa lei estrangeira padece de vício.
EX: Art. 1.102-A do CPC – A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.
 O que é ação monitória?
A ação monitória introduzida ao CPC, por forca da Lei n 9.079, de 14/07/1995, criando um procedimento intermediário, que na realidade e a princípio têm características sumárias, viabiliza a antecipação dos efeitos da execução, eis que permite que alguém com base emprova escrita, sem eficácia de título executivo, obtenha de plano, um mandado de pagamento ou de entrega da coisa objeto do pedido, sem ter que aguardar uma sentença que reconheceria seu direito.
Origem da ação monitória:
O primeiro modelo de ação monitória que o Brasil teve em seu ordenamento jurídico, foi o advindo da ação decendiária, herdada do direito português, assemelhando-se aos monitórios documentais e tendo por finalidade prestações de dar dinheiro ou coisa certa, desde que demonstrada à obrigação por prova escrita.
Baseia-se na comparação com os ordenamentos estrangeiros, buscando no direito comparado subsídios à interpretação da norma. Tais métodos, de forma isolada, são insuficientes para permitir a completa e adequada exegese da norma, sendo necessária, portanto, a sua utilização em conjunto. Conforme o resultado alcançado, a atividade interpretativa pode ser classificada em:
DECLARATIVA: atribuindo à norma o significado de sua expressão literal;
RESTRITIVA: limitando a aplicação da lei a um âmbito mais estrito, quando o legislador disse mais do que pretendia;
EXTENSIVA: conferindo-se uma interpretação mais ampla que a obtida pelo seu teor literal, hipótese em que o legislador expressou menos do que pretendia;
AB-ROGANTE: quando conclui pela inaplicabilidade da norma, em razão de incompatibilidade absoluta com outra regra ou princípio geral do ordenamento. Humberto D. B. de Pinho.
Método Teleológico >> O juiz busca o fim social da normal para obter justiça, ou seja, se preocupa com a finalidade da norma.
Objetiva buscar o fim social da norma, a “mens legis”, conforme determina o art. 5º, LICC. Diante de duas interpretações possíveis, o intérprete deve optar por aquela que melhor atenda às necessidades da sociedade. Humberto D. B. de Pinho.
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO
A eficácia espacial das normas processuais é determinada pelo princípio da territorialidade, conforme expressam os arts. 1º e 1.211, 1ª parte, CPC.
Art. 1º, CPC – A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece.
Art. 1.211, CPC – Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas disposições aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes.
O princípio, com fundamento na soberania nacional, determina que a lei processual pátria é aplicada em todo o território brasileiro (não sendo proibida a aplicação da lei processual brasileira fora dos limites nacionais), ficando excluída a possibilidade de aplicação de normas processuais estrangeiras diretamente pelo juiz nacional.
No tocante à eficácia temporal, aplica-se o art. 1.211, 2ª parte, CPC, segundo o qual a lei processual tem aplicação imediata (princípio da imediatidade), alcançando os atos a serem realizados e sendo vedada a atribuição de efeito retroativo.
Art. 1.211 – Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas disposições aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes.
OBS.: podemos citar a audiência de instrução e julgamento; imagine que o Juiz inicia o ato, colhe os esclarecimentos do perito, facultando indagações aos assistentes técnicos (art. 452, I, CPC). Em razão do adiantado da hora, suspende o ato e designa a continuação para a semana seguinte, oportunidade em que ouvirá as testemunhas arroladas pelas partes (art. 452, II, CPC). Nesse meio tempo, surge nova lei, alterando a ordem e a mecânica dos atos na audiência. Uma vez que o ato complexo se iniciou sob a vigência da primeira lei, deve ser finalizado dessa forma, pois caso contrário haveria a combinação de leis, o que, inexoravelmente, levaria à aplicação involuntária de uma terceira, não prevista pelo legislador, bem como surpreenderia as partes e seus advogados que não haviam se preparado para aquela situação.
Se confunde também com o princípio tempus regit actum = tempo rege o ato, no sentido de que os atos jurídicos se regem pela lei da época em que ocorreram.
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE MATÉRIA PROCESSUAL
Devido ao sistema federativo por nós adotado, compete privativamente à União legislar sobre matéria processual, conforme determina o art. 22, I da CF. Não ocorre, pois, como nos EUA, em que as leis processuais divergem de um Estado para outro. Não obstante, as normas procedimentais estaduais brasileiras podem variar de Estado para Estado, uma vez que o art. 24, XI, da CF, outorgou competência
concorrente à União, aos Estados-membros e ao Distrito Federal, para legislar sobre “procedimentos em matéria processual” que, segundo Vicente Greco Filho, seriam os procedimentos de apoio ao processo, e não o procedimento judicial. 
EX.: A assembleia legislativa do Rio de Janeiro elaborou um projeto de lei alterando o prazo de recurso de apelação para 10 dias no intuito de atender os princípios da celeridade e efetividade. Este projeto de lei é Constitucional?
R: É inconstitucional, pois o art. 22, I, CF. diz que a competência de legislar sobre matéria processual é privativa da União.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL
Princípio da Isonomia ou igualdade entre as partes >> Corolário do princípio do devido processo legal e pilar da democracia, foi consagrado pelo constituinte de 1988, no art. 5º, caput, ao assegurar a todos a igualdade perante a lei. Os litigantes devem estar em combate com as mesmas armas, de modo a que possam lutar em pé de igualdade.
Princípio do acesso à Justiça >> Art. 5º, XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito;
Princípio da Inafastabilidade do controle jurisdicional (poder judiciário) >> Com sede constitucional no art. 5º, XXXV, o referido princípio impede que o legislador restrinja o acesso à ordem jurídica ou ao ordenamento justo, bem como impõe ao juiz o dever de prestar a jurisdição, isto é, garantir a tutela efetiva, a quem detenha uma posição jurídica de vantagem. >> Corolário do princípio do acesso à justiça.
Princípio do Juiz natural ou da vedação dos tribunais de exceção (art. 5º, XXXVII e LIII, CF).
Com previsão constitucional no art. 5º, XXXVII e LIII, da Lei Maior, o princípio processual do juiz natural há de ser analisado sob duas vertentes: em relação ao órgão jurisdicional que julgará e à sua imparcialidade.
Assim, quanto ao órgão julgador, subsiste a garantia de julgamento pelo juiz natural, isto é, pelo juiz competente segundo a Constituição, com o intuito de que sejam evitados os odiosos tribunais de exceção. Dessa forma, a competência para o julgamento deve ser predeterminada. Demais disso, o órgão julgador, representando o Estado na condução e julgamento da causa deve agir imparcialmente e com impessoalidade, isto é, o juiz não pode ter interesse na causa a ser apreciada, sob pena de ser afastado por impedimento ou suspenção (consoante os arts. 134 e 135, CPC, respectivamente).
Princípio do Devido Processo Legal (Art. 5º, LIV, CF) >> Sem dúvida um dos mais importantes princípios processuais foi introduzido em nosso ordenamento de forma expressa pela Constituição de 1988, em seu art. 5º, LIV, segundo o qual “ninguém será privado da liberdade ou dos seus bens sem o devido processo legal”.
Art. 5º, LIV da CF – Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Princípio do Contraditório e ampla defesa (Art. 5º, LV, CF) >> Previsto no art. 5º, LV, CF, o referido princípio é tão importante no direito processual a ponto de renomados doutrinadores como Elio Fazzalari e Cândido Rangel Dinamarco afirmarem que “sem contraditório, não há processo”.
Esse princípio impõe que, ao longo do procedimento, seja observado verdadeiro diálogo, com participação das partes, que é a garantia não apenas de ter ciência de todos os atos processuais, mas de participação das partes, que é a garantia não apenas de ter ciência de todos os atos processuais, mas de participação das partes, que é a garantia não apenas de ter ciência de todos os atos processuais, mas de ser ouvido,possibilitando a influência na decisão. Desse modo, permite que as partes, assim como eventuais interessados, participem ativamente da formação do convencimento do juiz, influindo, por conseguinte, no resultado do processo.
AMPLA DEFESA >> Defesa técnica e autodefesa
DEFESA TÉCNICA: Advogado/ Defensor público
AUTODEFESA: A própria parte fazendo a sua defesa, ou seja, na fase de interrogatório no processo penal.
Princípio da Publicidade dos Atos Processuais (Art. 5º, LX, e 93, IX, CF) >> Inserto nos arts. 5º, LX, e 93, IX, CF, constitui projeção do direito constitucional à informação e suporte para a efetividade do contraditório, garantindo o controle da sociedade sobre a atividade jurisdicional desenvolvida.
Significa que, em regra, o processo deve ser público e, apenas excepcionalmente, sigiloso – quando houver expressado previsão legal, notadamente, quando a defesa da intimidade ou do interesse público o exigirem.
>> Art. 155 – Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
Em que o exigir o interesse público;
Que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.
OBS.: A defensoria pública tem prazo em dobro para os atos processuais, pois eles não tem como dar conta de toda demanda – O STF decidiu a favor.
Princípio da Celeridade e duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII da CF) >> LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
O andamento do processo deve ser em tempo razoável e efetivo.
Princípio da fundamentação ou motivação das decisões judiciais (Art. 93, IX) >> IX – Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estres, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
As decisões judiciais precisam ser fundamentadas para responder as perguntas da decisão tomada. A ausência de fundamentação torna a decisão NULA.
Conjunto de órgãos: Estrutura hierárquica do maior para o menor.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) >> Alta corte de justiça do país, guardião da CF.
CONSELHO NACIONAL DE JUTIÇA (CNJ) >> Órgão fiscalizador >> Fiscaliza através da corregedoria.
SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) >> É o guardião da uniformidade da interpretação das leis federais. Desempenha esta tarefa ao julgar as causas, decididas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos estados, do Distrito Federal e dos territórios, que contrariem lei federal ou deem a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro Tribunal.
JUSTIÇA FEDERAL >> São órgãos da Justiça Federal os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os juízes federais. A Justiça Federal julga, dentre outras, as causas em que for parte a União.
JUSTIÇA DO TRABALHO >> Os órgãos da Justiça do Trabalho são o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os juízes do Trabalho. Compete-lhe julgar as causas oriundas das relações de trabalho.
JUSTIÇA ELEITORAL >> São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais Regionais Eleitorais (TER), os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Compete-lhe julgar as causas relativas à legislação eleitoral.
JUSTIÇA MILITAR >> A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e Juízes Militares, com competência para julgar os crimes militares definidos em lei.
JUSTIÇA ESTADUAL >> A Constituição federal determina que os estados organizem a sua Justiça Estadual. Observando os princípios constitucionais federais. Como regra geral, a Justiça Estadual compõe-se de duas instâncias, o Tribunal de Justiça (TJ) e os Juízes Estaduais.
Classificação dos órgãos do Poder Judiciário quanto à matéria e quanto ao número de julgadores.
JURISDIÇÃO 
O autor exerce o direito de ação provocando o Estado Juiz para exercer a função jurisdicional. O Juiz exerce a função por meio do processo.
Ação + Jurisdição + Processo = Trilogia
A função jurisdicional é exercida pelo Poder Judiciário (Art. 2º, CF) >> Art. 2º - são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
CONCEITO: Trata-se do poder do Estado de dizer e aplicar o direito ao caso concreto. Trata-se de um monopólio do Estado.
OBJETIVO: Alcançar a paz social colocando um fim nos conflitos.
CARACTERÍSTICAS:
INÉRCIA >> O Estado Juiz só age se for devidamente provocado e esta provocação se dá por meio do exercício do direito de Ação.
Art. 2º - Nenhum Juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais.
Art. 262º - O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.
OBS: O artigo 262 parte B do CPC também fala do princípio do impulso oficial, ou seja, este princípio estabelece que embora o processo tenha início somente após a iniciativa da parte, seu desenvolvimento ocorrerá por impulso oficial, ou seja, do juiz.
OBS: Existe no Princípio da Inércia estabelecido no artigo 989 do CPC, que é a possibilidade de abertura do inventário de ofício pelo Juiz.
Art. 989 – O Juiz determinará de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requererem no prazo legal.
SUBSTITUTIVIDADE: O Estado Juiz substitui a vontade das partes. O que não podemos fazer sozinho, o Juiz assume e determina.
INDECLINABILIDADE: O Juiz não pode recusar o exame de um caso concreto. O Estado Juiz não pode se recusar a examinar o caso concreto.
Art. 126 – O Juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais. Não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios geras de direito.
DEFINITIVIDADE: Quando não existem mais recursos, se torna definitiva.
OBRIGATORIEDADE: A decisão tem que ser cumprida.
Princípio da Jurisdição
PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE: O Estado Juiz não pode delegar suas funções.
EX.: Delegar a função para um estagiário, secretário.
OBS.: Se for para outro Juiz, não se trata de delegar, pois os dois estão investidos da mesma autoridade.
PRINCÍPIO DA INVESTIDURA: Somente o magistrado poderá exercer a função jurisdicional, estando, portanto investido (resolução 75 CNJ) – Ocorre quando toma posse.
PRINCÍPIO DO ACESSO A JUSTIÇA: É também chamado de Inafastabilidade do poder judiciário (Art. 5º, XXXV).
XXXV – A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito.
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: É o princípio que garante a revisão das decisões judiciais por meio do recurso.
PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO: Trata-se de princípio relacionado à competência. O Juiz vai exercer somente em sua competência nos limites determinados.
Classificação
QUANTO À MATERIA >> cuida da matéria civil e todos os outros ramos do direito.
OBS: Direito do Trabalho tem forma especial. PENAL >> Cuida somente da matéria penal.
QUANTO AO GRAU
QUANTO À NATUREZA DA DECISÃO
DE DIREITO >> O Juiz se preocupa em aplicar tão somente a lei ao caso concreto.
DE EQUIDADE >> O Juiz se preocupa com a função social da norma (Método teleológico de interpretação).
QUANTO A PRESENÇA OU NÃO DA LIDE
A Jurisdição é contenciosa quando há lide entre as partes (autor e réu), logo, para resolver o problema existe o processo.
Na Jurisdição voluntária não há lide, ou seja, os interessados buscam o mesmo direito, como por exemplo, o divórcio. Esse problema se resolve através do procedimento.
PROCESSO: É o conjunto de atos que se desenvolvem para compor a lide.
 Os efeitos da responsabilidade penalna esfera cível
Elementos da responsabilidade civil:
ART. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e a187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
ART. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
ART. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, exceda manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Ação ou omissão
Agente causador
Dano
Nexo de causalidade
Culpa do agente
(Exceto na responsabilidade objetiva – teoria do risco)
ART. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal
EX.: Sentença penal condenatória transitada em julgado serve para a indenização do valor na esfera Civil – Titulo executivo judicial (Art. 475, CPC).
ART. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
O Juízo Civil só determina o valor.
OBS.: Alguns dispositivos do CPP permitem que i juiz criminal fixe o valor da indenização na esfera civil na própria sentença criminal com o intuito de atender os princípios da celeridade e efetividade. Discute-se na doutrina acerca da constitucionalidade do dispositivo >> Alexandre Câmara diz que é inconstitucional.
Equivalentes Jurisdicionais. Distinção entre Jurisdição e Competência
Princípio de acesso à justiça >> Inafastabilidade do poder judiciário (Art. 5º, XXXV)
XXXV – A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito.
CELERIDADE E EFETIVIDADE: O andamento do processo deve ser em tempo razoável e efetivo.
CNJ >> É um órgão que foi criado pela Emenda Constitucional 45:
FUNÇÃO: Fiscaliza os tribunais para ver se o atendimento é efetivo e célere. (Quem compõe o CNJ são os membros do Poder Judiciário, logo, não existe controle externo).
Meios facilitadores de acesso à justiça.
Juizados Especiais:
Juizados Estaduais (9.099/1995)
Federais (10.259/2001)
Fazendários (12.153/2009)
GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
Prioridade na tramitação de processos de idosos.
Defensoria Pública: Quem dela necessita (hipossuficiente).
CDC (8.078/1990)
Meios alternativos de acesso à justiça: os meios alternativos têm por objetivo à composição dos conflitos de forma a evitar a propositura de demandas judiciais.
Estes meios foram privilegiados com o projeto de lei do novo CPC.
Os mais importantes são:
ARBITRAGEM (CAMPO PATRIMONIAL): Prevista na lei 9.307/1996, onde as partes elegem um árbitro para decidir um conflito. Essa decisão vale como título executivo judicial (475 N do CPC) e, portanto, não precisa ser homologado pelo poder judiciário.
ART. 475-N. São títulos executivos judicias:
IV – A sentença arbitral;
OBS.: Se na celebração do contrato as partes incluírem uma Cláusula Arbitral ou Compromissória, no momento do conflito eles elegerão um árbitro para compor a lide.
Se uma das partes não convocar o árbitro e for direto para o judiciário, a parte opositora pode mencionar a cláusula arbitral e consequentemente cancelar o processo.
A arbitragem ofende o princípio do acesso à justiça?
R: Não, pois a arbitragem é uma opção, portanto, voluntária pelos envolvidos.
OBS.: Se existir uma cláusula arbitral no contrato de adesão, essa cláusula é NULA, pois só uma das partes teve ingerência á essa cláusula.
MEDIAÇÃO (PRÉ-PROCESSUAL): Meio alternativo em que figura um mediador, ou seja, o terceiro equidistante as causas e razões das partes buscando uma composição para o conflito.
CONCILIAÇÃO (PODE SER FEITO A QUALQUER TEMPO, ANTES OU DURANTE): É muito comum e faz parte do procedimento sumaríssimo dos juizados especiais, a chamada Audiência de conciliação, que é presidida pelo conciliador que tem como função alcançar o acordo entre as partes.
OBS.: Só o Juiz tem poder decisório.
Tutela Jurisdicional
TUTELA JURISDICIONAL: Sempre que estivermos diante de lesão ou ameaça de direito, é possível provocar através do exercício do direito de ação o Estado Juiz para que este então através do processo exerça a Tutela Jurisdicional, ou seja, diga e aplique o direito ao caso concreto.
Espécies de tutela jurisdicional (A doutrina que diz):
TUTELA DE URGÊNCIA: Um provimento que o Juiz tem que entregar com certa urgência para não perder a utilidade.
EX.: Uma pessoa com grave doença que precisa urgentemente de uma cirurgia.
Espécies de Tutela de Urgência:
Antecipação dos efeitos da tutela (Art. 273, CPC) >> A antecipação visa como o próprio nome já diz, antecipar o provimento que somente seria concedido ao final do processo com a sentença.
É preciso apontar os seguintes requisitos:
Prova Inequívoca (caput)
Verossimilhança nas alegações (caput)
Reversibilidade da medida (§ 2)
ART. 273, CPC – O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convençam da verossimilhança da alegação e: (Alterado pela L-008. 952-1994).
§ 2 – Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.
Reversibilidade >> Reverter a situação >> Cirurgia (não tem como reverter).
Processo Cautelar (Art. 796, CPC) >> Tem como objetivo proteger o processo.
ART. 796, CPC – O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente.
Requisitos do processo cautelar:
FUMUS BONI IURIS (“FUMAÇA DO BOM DIREITO”): Isso significa que há indícios de que quem está pedindo a liminar tem direito ao que está pedindo. O nome estranho desse elemento vem do ditado popular de que “onde há fumaça, há fogo”. Em outras palavras, o magistrado não está julgando se a pessoa tem direito (isso ele só vai fazer na sentença de mérito, quando decidir o processo), mas se ela parece ter o direito que alega.
PERICULUM IN MORA (“PERIGO NA DEMORA”): Isso significa que se o magistrado não conceder a liminar imediatamente, mais tarde será muito tarde, ou seja, o direito da pessoa já terá sido danificado de forma irreparável.
Sessão de medidas cautelares: 813/ 822/ 826/ 839/ 846 do CPC.
TUTELA INIBITÓRIA >> Visa inibir/ coibir a prática do ato ou a sua omissão (art.461, § 4º, CPC). Nesta situação o juiz impõe as astreintes ou multa diária. 
ART. 461 – Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. (Alterado pela L-008. 952-1994).
§ 4 – O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença. Impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. (Acrescentado pela L -008.952-1994).
EX.: O juiz impõe uma tutela inibitória para coibir a pessoa de ligar o som alto após as 22hs.
TUTELA DE REMOÇÃO DO ILÍCITO >> São as medidas mais graves determinadas pelo juiz para assegurar o resultado prático equivalente.
ART. 461 – Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. (Alterado pela L -008.952-1994).
§ 5 – Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. (Alterado pela L -010.444.2002).
EX.: Sem o autorpedir, o juiz pode determinar o fechamento de uma boate até que o réu cumpra a determinação de isolamento acústico.
TUTELA RESSARCITÓRIA >> Ocorre quando buscamos o ressarcimento de prejuízos sofridos.
EX.: Indenização por perdas e danos e lucros cessantes.
TUTELA DE EVIDÊNCIA >> É a que ocorre na hipótese prevista no art. 285-A do CPC.
ART. 285-A – Quando a matéria controvertida por unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. (Acrescentado pela L -011.277-2006).
Está demonstrando, evidenciado que é improcedente.
AÇÃO
DEFINIÇÃO: Ação é o direito subjetivo da parte de provocar o Estado Juiz para que este exerça a atividade jurisdicional. Todos tem o direito de ação assegurado em virtude do princípio do acesso à justiça, previsto no art. 5º, XXXV, CF.
XXXV – A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito;
Teorias acerca da natureza jurídica da ação:
O QUE É NATUREZA JURÍDICA? É a posição que o instituto ocupa dentro do ordenamento jurídico.
Ao longo da evolução do Direito Processual, muitas teorias foram desenvolvidas para que chegássemos à conclusão que a ação tem natureza jurídica de direito subjetivo.
TEORIA CIVILISTA: é também chamado de teoria imanentista, defendida por SAVINI. Não existiam normas processuais a época, mas somente normas de direito material.
TEORIA CONCRETA: Esta teoria inaugurou a fase científica de evolução do Direito Processual, consagrando a autonomia da matéria, ou seja, o direito processual civil passa a contar com normas próprias reunidas em um código.
TEORIA DA AÇÃO COMO DIREITO POTESTATIVO: Para esta teoria, a ação tinha natureza Jurídica de direito potestativo.
TEORIA DA AÇÃO COMO DIREITO ABSTRATO: Para esta teoria, a ação quando promovida pelo autor é dirigida contra o Estado e não contra o réu. Hoje observamos que a ação é dirigida contra o réu e o Estado é tão somente provocado para exercer a atividade jurisdicional (dizer e aplicar o direito ao caso concreto).
TEORIA ECLÉTICA (ART. 267, VI, CPC): É a teoria adotada atualmente na doutrina brasileira. Para exercermos o direito de ação é necessário o fiel cumprimento das chamadas condições de Ação (Legitimidade ad causam, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido). Caso essas condições não sejam preenchidas, o juiz vai extinguir o processo sem resolução de mérito na forma do art. 267, CPC.
TEORIA DA ASSERÇÃO: Para essa teoria ao reconhecer a ausência das condições da ação o juiz deveria extinguir o processo com resolução de mérito na forma do art. 269, CPC, evitando assim a propositura de uma nova ação. Essa teoria não encontra previsão no direito brasileiro.
Características da Ação:
ABSTRATA: É o mesmo que subjetivo.
AUTONÔMA: Independe da existência de direito material.
EX.: Art. 4º - O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
O autor solicita que o Juiz declare que o réu é devedor, ou seja, a ação não é de cobrança, só de reconhecimento.
Natureza Jurídica >> Direito Subjetivo.
Condições da Ação:
Legitimidade ad Causam
Interesse de agir
Possibilidade Jurídica do pedido
Elementos da Ação:
Partes
Objetos
Causa de pedir
ELEMENTOS DA AÇÃO. CONCURSO E CUMULAÇÃO DE AÇÕES
LEGITIMIDADE AD CAUSAM: Pertence ao titular do direito material em questão.
INTERESSE DE AGIR: É o interesse na obtenção de uma decisão judicial favorável. Não se confunde com o interesse meramente econômico. (O interessado pode ajuizar uma ação para que o juiz declare o demandado como devedor, ou seja, é uma ação de declaração, não de cobrança sem interesse econômico).
POSSIBILIDADE JURÍDICA NO PEDIDO: O pedido deve ser físico e materialmente possível também não pode ser vetado por lei.
Ex.: Pedido de alimentos.
O autor é a criança, a mãe é o representante legal (Ação de representação de pedidos de alimentos).
OBS.: As condições da Ação devem ser observadas conjuntamente. A falta de uma ou mais geram um fenômeno da carência de Ação que leva a extinção do processo sem resolução de mérito conforme o art. 267, VI, CPC.
As condições da ação constituem matéria de ordem pública e portanto podem ser reconhecidas de ofício a qualquer tempo ou grau de jurisdição.
Elementos da Ação:
PARTES >> Autor e Réu
OBJETO >> Pedido
CAUSA DE PEDIR >> Motivo
CONCURSO DE AÇÕES: Também chamada de cumulação de pedidos. Ocorre quando unimos em uma única ação dois ou mais pedidos. Para que isto ocorra é necessário:
Identidade quanto às partes.
Procedimentos compatíveis entre si.
Mesmo juízo competente.
EX.: Não é possível unir em única ação como, por exemplo, ação de dissolução de sociedade e dissolução de matrimônio.
Espécies de Cumulação de Ações:
CUMULAÇÃO SIMPLES: Ocorre quando os pedidos não guardam relação de dependência entre si.
EX.: Dano material e Dano moral >> não guardam dependência, ou seja, pode ganhar o dano material e perder o dano moral.
CUMULAÇÃO SUCESSIVA: Ocorre quando os pedidos são dependentes entre si.
EX.: Investigação de paternidade e alimentos >> para conseguir o alimento necessita da comprovação da paternidade.
EX.: Investigação de paternidade de reserva do quinhão hereditário.
CUMULAÇÃO EVENTUAL OU FACULTATIVA: Caracteriza-se pela presença de pedidos alternativos. A parte deverá fazer o pedido obedecendo à ordem de preferência.
EX.: Abatimento no preço ou Troca do produto ou devolução do dinheiro >> a ordem é decidida pelo autor do pedido.
PROCESSO
CONCEITO: É o conjunto de atos processuais que se desenvolvem regularmente para compor a lide.
Espécies de Processo:
PROCESSO DE CONHECIMENTO (COGNITIO NO LATIM): É também chamada de processo de cognição. Ocorre nas situações onde o juiz precisa conhecer a causa, os envolvidos e o pedido formulado para que então possa decidir. (Livro 1 do CPC) Art. 1º ao 565.
PROCESSO DE EXECUÇÃO: Ocorre quando estamos diante de um título executivo que pode ser Judicial (475-N do CPC). Quando estamos diante em regra de um título judicial a execução se dá por meio de cumprimento de sentença, ou seja, como mera fase do processo de conhecimento. Quando estamos diante de um título extrajudicial, a execução se dá de forma autônoma. (Ação de execução).
EX.: Processo não se confunde com o procedimento. O procedimento é a forma, a maneira como os atos processuais se desenvolvem.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
CONCEITO: São os requisitos necessários para que o processo exista e seja considerado válido. E que vale as condições da ação, só que destinadas ao processo.
Todos temos o direito de Ação:
Condições da Ação
ART. 267 – Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
VI – Quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
LEGITIMIDADE AD CAUSAM: Vale dizer que a legitimidade ad causam, divide-se em legitimidade ativa – do autor, “aquele que deduz em juízo uma pretensão” e legitimidade passiva – do réu, “aquele em face de quem aquela pretensão é deduzida”. A legitimidade pode ser:
EXCLUSIVA: Quando a lei atribui legitimidade um único sujeito, que em regra é ao próprio titular do direito.
CONCORRENTE: Quando a lei atribui legitimidade a mais de um sujeito, também chamada de co-legitimação ou legitimação disjuntiva.
ORDINÁRIA: Quando a lei atribui legitimidade ao titular da relação jurídica discutida, ou seja, a parte corresponde com o legitimado, que defenderá em nome próprio direito próprio.
EXTRAORDINÁRIA: Conforme previsto no art. 6º, CPC, 26 quando se defende em nome próprio interesse alheio. Um bom exemplo é a ação de investigação de paternidade proposta pelo MP em favor do menor, na forma da Lei nº 8.560/92. Nesse caso, o titular do direito material é o menor, que deseja saber quem é o seu pai. Entretanto, muitas vezes, quem deduz essa pretensão em juízo é o MP, na condição de legitimado extraordinário.
INTERESSE DE AGIR: O interesse de agir é verificadopela reunião de duas premissas: a utilidade e a necessidade do processo. A utilidade está em se demonstrar que o processo pode propiciar benefícios; a necessidade do processo se constata quando o proveito de que se precisa só é possível alcançar por meio do Judiciário.
POSSIBILIDDE JURÍDICA DO PEDIDO: É a aptidão de um pedido, em tese, ser acolhido. Se, em tese, o pedido é possível, está preenchida esta primeira condição da ação.
Previsibilidade pelo direito objetivo da pretensão manifestada pelo autor, ou seja, é a admissibilidade, em abstrato, do provimento demandado.
Deve ser aferida em dois aspectos:
POSITIVO: Pode-se pedir tudo aquilo que esteja expressamente previsto em lei.
NEGATIVO: Só se pode pleitear o que não seja vedado por lei. O silêncio da lei é interpretado em favor da parte. Essa é a posição do direito brasileiro.
Um exemplo clássico de impossibilidade jurídica do pedido existiu, entre nós, até 1977. Tratava-se do pedido de divórcio, que, então, era vedado pelo ordenamento jurídico. Com a aprovação da Lei do Divórcio (Lei n. 6.515/77) deixou de existir a vedação antes existente.
Pressupostos processuais >> Os pressupostos processuais são de existência ou de validade.
CONCEITO: São os requisitos mínimos necessários para o estabelecimento de uma relação jurídica processual válida e regular. (Art. 267, IV, CPC).
São requisitos para a existência do processo:
OBS.: Os requisitos de ordem formal devem ser cumpridos, pois dependendo do tipo de ação, a inicial não segue...
EX.: APELAÇÃO. PETIÇÃO INICIAL DE MANDADO DE SEGURANÇA INDEFERIDA. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. Para caber em mandado de segurança o pedido formulado deve ser líquido e certo. E, “direito líquido e certo é aquele que não precisa ser aclarado com o exame de provas em dilações; que é, de si mesmo, concludente e inconcusso” (cf. J.CRETELLA JÚNIOR, cf. Comentário á Lei do Mand. De Segurança, 7ª. Edição Forense 1995/p.65).
Outro exemplo:
Ajuízo uma ação de divórcio na vara criminal, logo, o processo é extinto sem resolução de mérito por falta de validade (incompetência para julgar).
OBS.: Todos os pressupostos devem ser observados. A falta de qualquer pressuposto pode levar a extinção do processo sem resolução de mérito nos termos do artigo 267, IV do CPC. No entanto, para evitar a extinção em nome do princípio do aproveitamento dos atos processuais pode o magistrado determinar a correção da questão sanada, portanto, o vício.
PROCEDIMENTOS
O procedimento é a forma, a maneira como os atos processuais se desenvolvem.
A escolha do procedimento não é feita de forma livre pelo autor, deve obedecer ao disposto em lei.
OBS.: Para saber qual procedimento devemos adotar, usamos o critério de exclusão de baixo para cima, ou seja, primeiro verificamos se é um Procedimento Especial (1º Jurisdição Voluntária/ 2º Jurisdição Contenciosa).
Se não for Procedimento Especial, passamos então para o Procedimento Comum (3º Sumário/ 4º Ordinário).
EX.:
Hipóteses de Procedimentos:
Procedimento Comum
ORDINÁRIO (SE NÃO FOR NENHUM DOS PROCEDIMENTOS ANTERIORES, ADOTAREMOS ESSE): É aquele reservado as questões de maior complexidade, pois permite maior dilação probatória.
SUMÁRIO (TERCEIRO A SER VERIFICADO): Previsto no art. 275 do CPC, é marcado pela brevidade nos procedimentos, pela impossibilidade da intervenção de terceiros, salvo a assistência e pela impossibilidade do uso da reconvenção que foi substituída pelo pedido contraposto (atenção aos artigos 278 e 280 do CPC).
Existem casos que tem menor complexidade probatória, sem grandes dificuldades.
Critérios: Art. 275 – Observar-se-á o procedimento sumário:
VALOR >> I – nas causas cujo valor não exceda a 60x o valor do salário mínimo;
MATÉRIA >> II – nas causas, qualquer que seja o valor:
De arrendamento rural e de parceria agrícola;
De cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;
De ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
De ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre;
De cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo ressalvados os casos de processo de execução;
De cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvando o disposto em legislação especial;
Que versem sobre revogação de doação;
Nos demais casos previstos em lei
Procedimento Especial
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA (SEGUNDO A SER VERIFICADO) >> São indicados entre os artigos 890 a 1.102 do CPC e regulam situações que em razão de sua especificidade merecem um procedimento próprio.
EX.: Tem lide >> Em suma, a Jurisdição Contenciosa “tem por objetivo a composição e solução de um litígio.” (BORGES, p. 211).
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTO (890, CPC): A referida ação decorre da manifestação de vontade do devedor de pagar ao credor em juízo, extinguir uma obrigação e, consequentemente, a mora accipiendi que dela decorra.
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA (PRIMEIRO A SER VERIFICADO): É caracterizada pela ausência de lide e está previsto a partir do art. 1.103 do CPC.
ART. 1.103 – Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem a jurisdição voluntária as disposições constantes deste Capítulo.
EX.: Divórcio Consensual.

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