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Recurso em Sentido Estrito

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DA VARA DO TRIBUNAL DO JÚRIDA COMARCA DE XXXXXXXX
Processso nº: xxxxx
Réu: Robertson Azevedo
ROBERTSON AZEVEDO,jáqualificadonosautosem epígrafe, por intermédio dosprocuradoressignatários, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interporRecurso em Sentido Estrito, com fundamento no artigo 581, inciso IV, do Código de Processo Penal, pugnando, desde já, que seja observado o juízo de retratação ínsito ao artigo 589 do Código de Processo Penal. Seguem as razões inclusas.
Postula-se, assim, orecebimento e processamento do presente recurso em sentido estrito, com a intimação do Ministério Público para apresentar contrarrazões, e, após o juízo de retratação (em caso de manutenção da decisão), sejam remetidos os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça para julgamento.
Termos em que, pede e espera deferimento.
Guaíba/RS,20deoutubrode 2017.
DIÓGENES RIBAS EDUARDO KAMINSKI
OAB/RS 00.000OAB/RS 00.001
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A)-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXXXXX
Proc nº xxxxx
Apelante: Robertson Azevedo
Apelado: Ministério Público
ROBERTSON AZEVEDO,já qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio dosprocuradoressignatários, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentarRAZÕES AO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO,com fulcro no artigo 600 do Código de Processo Penal, pelas razões fundamentadas a seguir.
I – DOS FATOS:
O recorrente foi pronunciado pelo crime insculpido no artigo 121, “caput”,c/c o artigo18, inciso I, parte final, ambosdo Código Penal.
II – DO MÉRITO:
Conforme se verifica das provas angariadas, Excelências, é evidente a ausência de provas que comporte o dolo da conduta do recorrente, sendo de rigor a desconstituição da sentença de pronúncia.
Com efeito, somente se submetem ao procedimento do júri os crimes dolosos contra a vida, conforme preceitua o artigo 5º, inciso XXXVIII, alínea “d”, da Constituição Federal.
No caso em apreço, embora reconhecida pelo juízo a tese de dolo eventual – assumiu o risco de produzir o acidente -, constata-se, na verdade, que o recorrente agiu culposamente no ato.
De acordo com a defesa, é exacerbado que se reconheça o dolo eventual no caso, tendo em vista que, conquanto tenha movidoultrapassagem sem ter ligado a seta,amotoem que colidiu vinha emvelocidade superior para a via, ocasionando o acidente. Salienta-se, ainda, que o recorrente sequer ingeriu bebida alcoólica.
Nesses termos, veja-se que não há a presença de dolo, ou seja, o agente não quis o resultado e não assumiu o risco em produzi-lo (artigo 18, inciso I, do Código Penal). Pelo contrário, por um infortúnio, acabou sendoimprudente, incorrendo em culpa (artigo 18, inciso II, do Código Penal).
Colaciona-se:
“RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CRIME CONTRA A VIDA. HOMICÍDIO TENTADO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. PRONÚNCIA. Não há cogitar de conduta eventualmente dolosa, nem sequereventual, sobretudo na modalidade tentada. O dolo direto e o eventual são equiparados quanto aos efeitos, e, não obstante conceito de dolo esteja intimamente ligado ao resultado - ou à previsão desse -, o que leva à equiparação referida, afigura-se evidente que a busca do resultado e a aceitação do risco de produzi-lo constituem condutas diversas. E somente naquele há manifestação de vontade, pois neste, à previsibilidade segue-se a assunção de risco que não constitui, propriamente, ato volitivo característico do proceder diretamente doloso, tão-somente (querer o resultado). Caso em que, o denunciado, justamente por se encontrar embriagado, invadiu pista da contramão de direção, acabando por atropelar as vítimas, o que aponta para proceder culposo (imprudência e imperícia). Réu despronunciado. Desclassificação operada. RECURSO PROVIDO, POR MAIORIA. (Recurso em Sentido Estrito Nº 70069648079, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio Baptista Neto, Redator: Honório Gonçalves da SilvaNeto, Julgado em 06/07/2016)”
É necessário, portanto, a desconstituição da sentença de pronúncia, para o fim de desclassificar o crime de homicídio doloso para homicídio culposo, previsto na legislação de trânsito, e, sendo de competência da justiça comum, deve o feito ser remetido a ela.
III – DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, requer-se:
(a)Seja o presente recurso recebido, conhecido e provido, a fim de que seja reformada a sentença condenatória, absolvendo-se o réu Robertson Azevedo, com fulcro no artigo386, inciso VII, do Código de Processo Penal;
(b) Subsidiariamente, seja redimensionada a pena-base do recorrente ao mínimo legal.
Guaíba/RS,20deoutubrode 2017.
DIÓGENES RIBAS EDUARDO KAMINSKI
OAB/RS 00.000OAB/RS 00.001

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