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Caso 08 - Jerusa - Recurso em Sentido Estrito

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __º 
VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE XXXXXXXXXXXXXXXX/XX. 
) 
Autos (ou Processo) nº. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
Jerusa, Solteira, Assistente Comercial, RG nº. XXX, 
CPF nº. XXX, filho de XXXXXX e-mail: XXXXXXXXX, residência XXXXXXXXXX, por 
seu advogado que está subscreve, procuração com poderes especiais anexa, 
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, inconformado com a r. 
sentença / despacho acosta às fls. retro, interpor RECURSO EM SENTIDO 
ESTRITO, nos termos do artigo 581, inciso IV, do Código de Processo Penal, 
pelas razões de fato e de direito à seguir expostas. 
 
Caso Vossa Excelência entenda por manter a r. 
decisão, não exercendo o juízo de retratação, nos termos do artigo 589 do Código 
de Processo Penal, requer seja recebido este recurso em sentido estrito, com as 
inclusas razões, intimando-se o membro do Ministério Público para, querendo, 
apresentar contrarrazões de recurso em sentido estrito, sendo os autos 
remetidos, posteriormente, ao Egrégio Tribunal de Justiça (ou Egrégio Tribunal 
Regional Federal) para conhecimento e provimento do presente recurso. 
 
Nestes termos, 
pede-se deferimento. 
Local, 09/08/2013. 
Nome Advogado 
OAB/XXXXX nº. XXXXXXXX 
Vara de origem: __º VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE XXX/XX 
Autos (ou Processo) nº. XXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
Recorrente: Jerusa 
Recorrido: - Ministério Público 
 
Egrégio Tribunal de Justiça (ou Tribunal Regional Federal) 
 
Colenda Câmara (ou Turma) 
 
Douta Procuradoria de Justiça 
(ou Procuradoria da 
República). 
 
Conforme se depreende da r. decisão acostada às fls. 
retro, a Recorrente foi denunciada pela prática do crime do artigo 121 c/c artigo 
18, I, todos do Código Penal, o juiz recebeu a denúncia, ao fim da instrução 
processual a mesma foi pronunciada pelo crime apontado na peça acusatória 
(transcrição da decisão recorrida). 
 
Contudo, Nobres Desembargadores, tal decisão não 
vai de encontro com o costumeiro acerto do Juízo a quo, visto que o crime 
cometido pela recorrente foi o crime de homicídio culposo do artigo 302 do CTB, 
conforme passamos a demonstrar. 
 
 
FATOS 
Ocorre que a Recorrente “JESURA” em via pública a 
caminho de um compromisso profissional, ao fazer uma ultrapassagem com seu 
veículo particular, veio a atingir a vítima “DIOGO” que estava conduzindo uma 
motocicleta em sentido oposto. Cabe salientar que a Recorrente estava nos 
limites de velocidade quando ocorreu o fato e a mesma chamou socorro a fim de 
ajudar a vítima, mas “DIOGO” faleceu em virtude dos ferimentos causados pela 
colisão. O Ministério Público ofereceu denúncia contra Jerusa, imputando-lhe a 
prática de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual (Art. 121 c/c 
Art. 18, I parte final, ambos do Código Penal). 
 
DIREITO 
 
a) Preliminar 
 
I) DA NULIDADE POR INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO 
 
Deve ser declarada a competência do juízo, sendo 
anulado o processo desde o início, conforme a fundamentação do artigo 564, IV, 
c/c 95, II, do Código de Processo Penal e encaminhado os autos para o juiz 
competente conforme artigo 419 do Código de Processo Penal. 
 
II) DA AUSÊNCIA DE CONDIÇÃO PARA EXERCÍCIO DA AÇÃO 
PENAL 
 
Conforme o artigo 395, II, do Código de Processo 
Penal, a ausência de pressuposto para o exercício da ação penal, deveria ter 
motivado desde o início a rejeição liminar da peça acusatória. Com isto, percebe-
se CLARAMENTE que a conduta que melhor se adequa ao caso ora discutido é 
a conduta prevista no artigo 302 do Código de trânsito Brasileiro, razão pela qual 
a Recorrente “JERUSA” deverá responder somente pela prática de Homicídio 
Culposo na Direção de Veículo Automotor. 
 
b) Mérito 
 
I) DA INEXISTÊNCIA DE DOLO EVENTUAL 
 
O dolo eventual se configura quando o agente 
prevê o resultado, mas ainda assim assume o risco de provocá-lo. Tal hipótese 
não se adéqua a conduta da recorrente. Haja vista, que a mesma agiu com 
imprudência, sem o devido cuidado na ação, o que caracteriza culpa em sua 
conduta comissiva. 
 
II) DA DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO PREVISTO NO ARTIGO 
ART. 121 C/C ART. 18, I PARTE FINAL, DO CÓDIGO PENAL 
 
Conforme cita nos autos não houve em nenhum 
momento a intenção da Recorrente de levar a vítima “DIOGO” a óbito, o que 
torna o crime imputado visivelmente desclassificado, o que leva de encontro com 
o art. 302, do Código de Trânsito Brasileiro, para homicídio culposo na direção 
de veículo automotor, sem incidir a causa de aumento de pena prevista no inciso 
III do referido artigo, pois provado está nos autos que Jerusa prestou socorro à 
vítima. Sendo assim, o Tribunal do Júri não é competente para o julgamento do 
presente caso. 
 
PEDIDOS 
Diante de todo o exposto, a Recorrente vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência requerer: 
 
I – que seja declarada a INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO e seja 
anulado o presente processo desde o início com fulcro no art. 
564, IV, c/c 95, II, ambos do Código de Processo Penal. 
 
II – subsidiariamente requer A DESCLASSIFICAÇÃO do crime 
de homicídio doloso para homicídio culposo do artigo 302 do 
Código de Trânsito Brasileiro. 
 
III – que seja encaminhado os autos para JUIZ SINGULAR 
COMPETENTE, do Código de Processo Penal 
 
Nestes termos, 
pede-se deferimento. 
 
Local, 09/08/2013. 
Nome Advogado 
OAB/XXXXX nº. XXXXXXXX

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