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Altemir José Borges Deformação em vigas horizontais Deformação em vigas horizontais Uma viga horizontal suposta homogênea e uniforme, sujeita a uma carga uniformemente distribuída, sofre uma deformação conforme a figura abaixo: A B Neste caso tem-se uma flexão simples, onde as fibras superiores estão submetidas a um esforço de compressão, enquanto as fibras inferiores têm um esforço de tração. As fibras que não sofrem esforço nem de tração, nem de compressão, constituem uma superfície neutra. A fibra AB que inicialmente coincidia com o eixo da viga, encontra-se agora na superfície neutra, e é chamada de linha elástica. Agora vamos deduzir a equação desta curva. Considere uma seção transversal da viga a uma distância x da extremidade A. Seja CD a interseção com a superfície neutra e P o traço da linha elástica nesta seção. A B x C D P Sabemos da mecânica que o momento M em relação a CD é dado por: R EIM = (1) Onde: E = Módulo de elasticidade da estrutura. I = Momento de inércia da seção transversal, em relação a CD. R = Raio de curvatura da linha elástica, no ponto P. Sabemos do cálculo diferencial que o raio de curvatura é dado por: 2 2 2 3 2 1 dx yd dx dy R + = (2) Como a inclinação da linha elástica é muito pequena, podemos impor que , então (2) fica.0= dx dy 2 2 1 dx yd R = (3) Substituindo (3) em (1) , vem a equação diferencial que define a linha elástica. EI M dx yd =2 2 R EIM = Uma viga horizontal bi-engastada de comprimento l, recebe uma carga uniformemente distribuída de w kg/m. Determinar a equação da linha elástica e a deformação máxima. w Exemplo: wl 2 1 x P 2 x wx AM BM Calculando o momento à esquerda de P, tem-se: =M (4) Substituindo (4) na equação diferencial da linha elástica, vem: Inicialmente vamos indicar as reações de apoio. w x y wlx 2 1 + 2 2 1 wx−AM wl 2 1 2 2 2 2 1 2 1 wxwlxM dx ydEI A −+= (5) 2 2 1 2 1 wxwlxM dx dx dyd EI A −+= dxwxwlxMdx dydEI A −+= 2 2 1 2 1)( 1 32 6 1 4 1 CwxwlxxM dx dyEI A +−+= Escrevendo na forma de diferencial, tem-se: Integrando, vem: Impondo que e x=0 , tem-se que C1=0. Assim:0=dx dy 32 6 1 4 1 wxwlxxM dx dyEI A −+= (6) 1 32 6 1 4 1 CwxwlxxM dx dyEI A +−+= w x y Veja que na origem, a linha elástica possui uma reta tangente horizontal. Logo: 0= dx dy 33 6 1 4 10 wlwllM A −+= 2 12 1 wlM A −= Assim (6) fica: 32 6 1 4 1 wxwlxxM dx dyEI A −+= w x y Mas no engaste da direita a linha elástica também possui uma reta tangente horizontal. Assim impondo que e x=l , vem : (6) 322 6 1 4 1 12 1 wxwlxxwl dx dyEI −+−= Escrevendo na forma de diferencial, tem-se: Integrando, vem: dxwxwlxxwlEIdy −+−= 322 6 1 4 1 12 1 Impondo que na origem a deformação é nula, x=y=0, determina-se a constante de integração, C2=0. Assim: 2 4322 24 1 12 1 24 1 CwxwlxxwlEIy +−+−= 4322 24 1 12 1 24 1 wxwlxxwlEIy −+−= 4322 24 1 12 1 24 1 wxwlxxwlEIy −+−= Isolando y, temos a equação da linha elástica. ( )222 2 24 xllx EI wx y −−= Como a viga é simétrica, a flecha máxima ocorre no meio do vão, x=l/2. Assim: EI wl y 384 4 max −= Este material encontra-se disponível na página: http://pessoal.utfpr.edu.br/altemirborges
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