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Luís Henrique T. Zorzetto Página 1 MED 104 Resumo Núcleos da Base Capítulo 8 – Anatomia Macroscópica do Telencéfalo Núcleos da Base 1) Núcleo Caudado: massa alongada e volumosa de substância cinzenta, relaciona-se com ventrículos laterais. Extremidade anterior é dilatada, sendo a cabeça do núcleo caudado (assoalho do corno anterior do ventrículo). Continua gradualmente com o corpo do núcleo (assoalho da parte central do ventrículo lateral). Afina-se para formar a cauda do núcleo caudado (longa, delgada, arqueada), estendendo-se até a extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Obs: forma arqueada faz com que em alguns cortes, seja atravessado duas vezes. 2) Núcleo Lentiforme: Forma e tamanho de uma castanha-do-pará. Não aparece na superfície na superfície ventricular, situando-se profundamente no interior do hemisfério. Medialmente se relaciona com cápsula interna (separa caudado do tálamo), lateralmente relaciona-se com córtex da insula (separado por subst branca e claustrum). Dividido em putâmen e globo pálido por uma lamina de subst branca, a lamina medular lateral. O putâmen é lateral e maior que o globo pálido (medial), o qual é mais claro em virtude das fibras mielínicas que o atravessam. Pálido é subdivido por outra lamina, a lamina medular medial, em parte interna e externa. 3) Claustrum: Delgada calota de subst cinzenta entre córtex da insula e núcleo lentiforme. Separa-se daquele por uma lamina de subst branca, a cápsula extrema. Entre claustrum e lentiforme há outra lamina de subst branca, a cápsula externa. OBS: estruturas da face lateral à superfície ventricular -> córtex da insula, cápsula extrema, claustrum, cápsula externa, putâmen, lamina medular lateral, parte externa do globo pálido, lamina medular medial, parte interna do globo pálido, cápsula interna, tálamo, III ventrículo. 4) Corpo Amigdalóide: massa esferóide de subst cinzenta no pólo temporal do hemisfério cerebral, relacionado com cauda do núcleo caudado. Faz discreta saliência no tecto da parte terminal do corno inferior do ventrículo lateral. Faz parte do sistema límbico e é regulatório do comportamento sexual e agressividade. 5) Núcleo Accumbens: massa subst cinzenta situada na zona de união entre putâmen e cabeça do núcleo caudado (corpo estriado ventral). 6) Núcleo Basal de Meynert: Base do cérebro, entre subst perfurada anterior e globo pálido (região inominata). Contem neurônios grandes, ricos em acetilcolina. Centro Branco Medular do Cérebro: Formado por fibras mielínicas que se distinguem em dois grupos, de projeção e de associação. As primeiras ligam o córtex cerebral a centros subcorticais, enquanto a segunda une áreas corticais em pontos diferentes do cérebro. Entre as fibras de associação temos as que atravessam o plano mediano para unir áreas simétricas dos dois hemisférios, constituindo as três comissuras: corpo caloso, comissura do fórnix e comissura anterior. As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: fórnix (une córtex do hipocampo ao corpo mamilar, contribuindo pouco para formação do centro branco) e cápsula interna (grande maioria fibras que saem ou entram no córtex cerebral, formando um feixe compacto separando o núcleo lentiforme, separado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, medialmente). Acima do nível destes núcleos, fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa radiada. Vão se distinguir na cápsula uma perna anterior (entre cabeça do caudado e lentiforme) e uma perna posterior (maior, entre lentiforme e tálamo). Essas porções se encontram formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna. Ventrículos Laterais: hemisférios possuem cavidades revestidas de epêndima contendo liquido cérebro- espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito que se comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. Exceto pelo forame cada ventrículo é uma cavidade completamente fechada, cuja Luís Henrique T. Zorzetto Página 2 MED 104 capacidade varia de individuo para outro e apresenta uma parte central e 3 cornos que correspondem aos 3 pólos do hemisfério. As partes que projetam nos lobos frontal, occipital e temporal são respectivamente os cornos anterior, posterior e inferior. Com exceção de corno inferior, todas as partes do ventrículo lateral tem o teto formado pelo corpo caloso cuja remoção expõe a cavidade ventricular. Morfologia das Paredes Ventriculares: O corno anterior é a parte do ventrículo lateral que se situa diante forame interventricular. Parede medial é vertical e constituída pelo septo pelúcido, que separa corno anterior dos 2 ventrículos laterais. O assoalho inclinado forma também a parede lateral e é constituído pela cabeça do núcleo caudado, proeminente na cavidade ventricular. Teto e limite anterior do corno anterior são formados pelo corpo caloso. A parte central do ventrículo lateral estende-se dentro do lobo parietal do nível do forame interventricular para trás ate o esplênio do corpo caloso, onde a cavidade se bifurca em cornos inferior e posterior na região do trigono colateral. Tecto da parte central é formado pelo corpo caloso e parede medial, pelo septo pelúcido. O assoalho, inclinado, une-se ao tecto no ângulo lateral e apresenta as seguintes formações (fornix, plexo coróide, parte lateral da face dorsal do tálamo,estria terminal e via tálamo-estriada e núcleo caudado). O corno posterior estende-se para dentro lobo occipital e termina posteriormente em ponta, depois de descrever uma curva de concavidade medial. Suas paredes em quase toda extensão, são formadas por fibras do corpo caloso. O corno inferior curva-se inferiormente e a seguir anteriormente em direção ao pólo temporal a partir do trígono colateral. O teto do corno inferior é formado pela substância branca do hemisfério e apresenta ao longo de sua margem medial a cauda do núcleo caudado e a estria terminal, estruturas que acompanham a curva descrita pelo corno inferior do ventrículo. Na extremidade da cauda do caudado, observa-se eminência arredonda pouco nítida, formada pelo corpo amigdaloide, que faz saliência na parte terminal do tecto do corno inferior do ventrículo. A maior parte do corpo amigdaloide não tem relação com superfície ventricular, ele só pode ser visto em secções do lobo temporal. O assoalho do corno inferior do ventrículo apresenta duas eminências alongadas, e eminência colateral, formado pelo sulco colateral e o hipocampo, situado medialmente a ela. O hipocampo é elevação curva e muito pronunciada que se dispõe acima do giro para-hipocampal. É constituído de um tipo córtex muito antigo (arquicortex) e faz parte do sistema límbico, tendo importantes funções psíquicas com comportamento e memória. O hipocampo liga-se as pernas do fornix por um feixe de fibras situadas ao longo de sua borda medial, a fimbria do hipocampo. Plexos corioides dos ventrículos laterais: a pia-mater, que ocupa fissura tranversa do cérebro, penetra entre o fornix e tálamo, empurra de cada lado o epêndima reveste a cavidade ventricular para constituir com ele o plexo corioide da parte central dos ventrículos laterais. Plexo continua com o do III ventrículo através do forame interventricular e acompanhando o trajeto curvo do fornix e da fimbria, atinge o corno inferior do ventrículo lateral. Os cornos anterior e posterior não possuem plexos corioides. Capítulo 26 – Estrutura e Funções dos Núcleos da Base e do Centro Branco Medular Núcleos da Base: Claustrum, corpo amigdalóide, núcleo caudado, putâmen e globo pálido. Os três últimos constituem o corpo estriado. Ainda há núcleo basal de Meynert e o accumbens (constitui corpo estriado ventral). Alguns incluem entreos núcleos, a presença de substancia negra e subtálamo. O claustrum situado entre putâmen e córtex da insula, com função desconhecida. Corpo amigdalóide é importante componente do sistema límbico. Corpo Estriado Organização Geral: constituído pelo núcleo caudado, putâmen e globo pálido (dois últimos constituem o lentiforme, sendo separado do caudado pela cápsula interna, mas se unindo a ele na parte anterior). Apesar do putamen ser topograficamente mais ligado com o globo pálido, Luís Henrique T. Zorzetto Página 3 MED 104 filogeneticamente ele é mais relacionado com o núcleo caudado. O corpo estriado então pode ser dividido em neoestriado ou striatum (putamen+caudado) e paleoestriado ou pallidum (globo pálido). Há muitas fibras ligando caudado e putamen ao pálido e são elas, que convergindo para o mesmo, lhe dão cores mais claras. Os impulsos aferentes do estriado chegam ao neoestriado, passam pelo paleoestriado, de onde saem a maioria das fibras eferentes do estriado. O corpo estriado ventral é constituído de junções ventrais do striatum e pallidum (características histológicas e hodologicas semelhantes). As estruturas do estriado ventral diferem pois tem conexões com áreas corticais do sistema límbico, participando da regulação do comportamento emocional enquanto as estruturas do estriado dorsal são fundamentalmente motoras somáticas. O striatum ventral tem como principal componente o accumbens, na união entre putamen e cabeça do caudado. O pálido ventral fica logo abaixo das fibras comissura anterior. Conexões: exercidas através de um circuito básico, que o liga ao córtex cerebral e é modulado por circuitos subsidiários. a) Circuito Básico: origina-se no córtex cerebral e pelas fibras cortiço-estriatais, liga-se ao striatum, de onde passam impulsos ao globo pálido. Este, pelas fibras pálido-talamicas liga-se aos núcleos ventral anterior e lateral do tálamo, os quais se projetam para córtex. Fecha-se o circuito em alça cortico-estriado-tálamo-cortical, conhecido como circuito básico. Neste, as fibras cortico-estriatais originam-se virtualmente em todas as áreas do córtex, enquanto as tálamo-corticais convergem para área motora, onde tem origem o trato cortico-espinhal. Tem-se um mecanismo pela qual as info originadas no córtex são processadas no estriado e influenciam na atividade motoras através do trato cortico- espinhal. Esse circuito assemelha-se bastante aquele que a zona lateral do cerebelo mantém com córtex cerebral e admite-se que, como este, tem função importante no planejamento motor. Há evidencias que alem desse mecanismo motor há um outro através do qual, info de determinada área cortical são processadas no estriado e voltam a esta mesma área, assim o estriado influencia também áreas não motoras do córtex, como a pré-frontal (ligada a funções psíquicas) b) Circuitos subsidiarios: Entre os que se ligam, os dois mais importantes são Nigro-estriato- nigral e pálido-subtalamo-palidal. No primeiro, a subst negra mantem conexões recíprocas com o striatum. As fibras Nigro-estriatais são dopaminergias e tem ação moduladora sobre circuito básico, fazendo sinapse com neurônios espinhosos do neoestriado. Esses neurônios recebem fibras cortico-estriatais e seus axônios constituem as fibras estriato-palidais. Lesoes das fibras negro-estriatais causam a síndrome de Parkinson Através do circuito pálido-subtálamo-palidal, o núcleo subtalâmico pode modificar a atividade do circuito básico, agindo sobre a motricidade somática. Uma interrupção deste, por lesão do nucleo subtalamico, causa hemibalismo (perturbação motora) Luís Henrique T. Zorzetto Página 4 MED 104 Nos componentes do circuito básico, interagem neurônios excitadores e inibidores de maneira complexa, resultando no final (conexão tálamo-cortical) uma ação excitadora sobre áreas corticais motoras importantes na regulação dos movimentos. Considerações funcionais e clinicas: As síndromes de núcleos da base são também chamadas de síndromes extrapiramidais, e estas constituem o principal argumento de que a função dos núcleos da base é essencialmente motora, apesar de hoje sabermos que não é. a) Doença de Parkinson: aparece geralmente após 50 anos e caracteriza-se por 3 sintomas : tremor (nas extremidades paradas, sumindo com o movimento), rigidez (hipertonia da musculatura esquelética) e oligocinesia (lentidão e redução da atividade motora espontânea, na ausência de paralisia). Há também grande dificuldade de se iniciar movimentos. Lesão geralmente na substancia negra, resultando em diminuição da dopamina nas fibras Nigro-estriatais, assim cessa a atividade moduladora destas no circuito básico ao nível do neoestriado. Terapêutica Parkinson -> aumentar o teor de dopamina dessas fibras, porem não se obteve sucesso devido a essa amina so transpor a barreira hematoencefalica em grandes quantidades, tóxicas para o organismo. O isômero levogiro no entano, a L-Dopa (diidroxifeilalanina) atravessa a barreira e é captado pelos neurônios e fibras, melhorando os sintomas da síndrome. b) Coréia: movimentos involuntários rápidos e de grande amplitude que lembram uma dança. Luís Henrique T. Zorzetto Página 5 MED 104 c) Atetose: movimentos involuntários lentos e sinuosos especialmente de antebraços e mãos lembrando movimentos de verme. d) Hemibalismo: movimentos involuntários violentos de uma das extremidades que nos casos mais graves, persistem no sono, podendo levar o paciente a exaustão. Quase sempre resulta de lesões vasculares do núcleo subtalamico ( o que interrompe atividade moduladora deste sobre o pálido). Alguns quadros hipercinéticos em que já lesões no estriado, podem ser revertidos por lesões no pálido ou dos núcleos ventral anterior e lateral do tálamo. Essa lesão estereotaxica do pálido ou deses núcleos tem sido usada na doença de Parkinson quando há falha no tratamento com L-Dopa. Os sintomas podem ser hipercinéticos e hipocinéticos ocorrendo aumento ou diminuição da atividade motora mediada pelo córtex. Na primeira há aumento exagerado na atividade excitadora do circuito básico do estriado sobre área motora do córtex e que a atinge pela parte final do circuito (fibras tálamo-corticais), e na segunda, o contrario. Segundo DeLong, mudanças no circuito básico estriado-talamo-cortical levariam a uma excessiva inibição ou desinibição do tálamo levando a quadros hipo e hipercinéticos. Núcleo Basal De Meynert: constituído de conjunto de neurônios colinérgicos grandes, situado na substancia inominata (ocupa espaço entre o pálido e superfície ventral do hemisfério cerebral). Recebe fibras de varias áreas do sistema límbico e origina quase todas fibras colinérgicas do córtex, que se projetam para quase todas áreas corticais. Nos últimos anos passou a ser relacionado com a Doença de Alzheimer, pois seus neurônios degeneram resultando na depleção da acetilcolina no córtex cerebral. Nessa doença ocorre demência pré-senil, com perda progressiva de memória e do raciocínio abstrato. Nas fases mais avançadas há total deterioração psíquica, sendo paciente incapaz de reconhecer entes mais próximos. Esse núcleo, através de conexões com sistema límbico, tem importante papel na memória e funções psíquicas superiores. Centro Branco Medular do Cérebro Generalidades: Área de substancia branca, forma oval, também chamada em cada hemisfério de centro semi-oval. Constituido de fibras mielínicas divididas em fibras de projeção (liga córtex a centros subcorticais em pontos diferentes do cérebro) e de associação (divididas em fibra intra- hemisfericas e inter-hemisfericas) Fibras de Associação Intra-Hemisféricas: classificam-seem curtas (associam áreas vizinhas do córtex como dois giros passando pelo fundo do sulco) e longas. Tambem são chamadas de fibras arqueadas do cérebro ou fibras em U. As fibras unem-se em fascículos sendo os mais importantes: a) Fasciculo do Cingulo: percorre giro de mesmo nome, unindo lobo frontal ao temporal, passando pelo parietal b) Fascículo Longitudinal Superior: também chamado fascículo arqueado, liga os lobos frontal, parietal e occipital pela face supero-lateral de cada hemisfério. c) Fasciculo Longitudinal Inferior: une lobo occipital e temporal d) Fasciculo Unciforme: liga lobo frontal ao temporal, passando pelo sulco lateral. A significação funcional desses fascículos é pouco conhecida. Sabe-se que o longitudinal superior, ou fascículo arqueado, estabelece conexões entre centros anterior e posterior de linguagem, situados no lobo frontal e junção do parietal e temporal, portanto lesões deste causam graves perturbações de linguagem. Fibras de Associação Inter-Hemisféricas: Também chamadas de fibras comissurais, fazem união simétrica dos hemisférios. Agrupam-se para formar 3 comissuras do telencefalo: a) Comissura do Fórnix: pouco desenvolvida, formado por fibras que se interpõe nas pernas do fornix e conectam 2 hipocampos (arquicortex) Luís Henrique T. Zorzetto Página 6 MED 104 b) Comissura anterior: Porção olfatória que liga bulbos e tractos olfatórios e uma porção não olfatória une lobos temporais. c) Corpo caloso: Maior das comissuras e dos feixes de fibras. Estabelece conexão entre áreas corticais simétricas dos 2 hemisferios (exceto lobo temporal, que são unidas pela comissura anterior). Permite transferência de conhecimentos e info de hemisfério para outro, fazendo com que funcionem harmonicamente. Secções são realizadas para melhorar quadros epiléticos sem afetar quadro psíquico. Fibras de projeção: agrupam para formar fornix (liga hipocampo aos núcleos mamilares do hipotálamo, integrando circuito de Papez) e cápsula interna. A cápsula é grande feixe de fibras que separa tálamo (medial) do lentiforme (lateral). Acima do lentiforme, cápsula continua com a coroa radiada, abaixo com o pedúnculo cerebral. Distinguem-se na cápsula três partes: perna anterior (entre cabeça do caudado e lentiforme), perna posterior (entre tálamo e lentiforme) e joelho (ângulo entre partes). É formação muito importante pois por ela passam maioria das fibras que saem ou entram no córtex. Entre as originadas no córtex e descendentes, temos os tratos cortico-espinhal, cortico-nuclear e cortico-pontino, alem das fibras cortico-reticulares, cortico-rubras e cortico-estriatais. As que passam pela cápsula e se dirigem para córtex, vem do tálamo sendo chamadas radiações, que são divididas em óticas e auditivas (não estão misturadas e tem posições bem definidas podendo ser lesadas separadamente e gerar quadros diferentes). Assim, as do trato cortico-nuclear ocupam joelho da cápsula, sendo seguidas na perna posterior das fibras tracto cortico-espinhal e das radiações talâmicas que levam ao córtex sensibilidade somática geral. As radiações óptica e auditiva passam na perna posterior, na porção abaixo do lentiforme (porção sublentiforme da cápsula). Lesões da cápsula interna decorrente de hemorragias ou obstruções ocorrem com bastante freqüência constituindo derrames cerebrais, que causam hemiplegia e diminuição de sensibilidade na metade oposta do corpo. Luís Henrique T. Zorzetto Página 7 MED 104 QUESTÕES DIRIGIDAS 1) Quais as estruturas que compõem os NB? Núcleos caudado,núcleo lentiforme (putamen e globo pálido), Claustrum, corpo amigadalóide, núcleo accumbens e nucleo basal de Meynert. 2) Localizar nos cortes horizontais os núcleos e os elementos interpostos a eles. 3) Quais os núcleos que pertencem ao corpo estriado? Como é sua divisão filogenética? Constituído pelo núcleo caudado, putâmen e globo pálido (dois últimos constituem o lentiforme, sendo separado do caudado pela cápsula interna, mas se unindo a ele na parte anterior). O corpo estriado então pode ser dividido em neoestriado ou striatum (putamen+caudado) e paleoestriado ou pallidum (globo pálido). 4) Demonstre, através de um esquema, as conexões do estriado e suas sinapses inibitória e excitatoria e os neurotransmissores envolvidos. VIDE ESQUEMA ACIMA 5) Explique como ocorre a doença de Parkinson e seus sintomas Aparece geralmente após 50 anos e caracteriza-se por 3 sintomas : tremor (nas extremidades paradas, sumindo com o movimento), rigidez (hipertonia da musculatura esquelética) e oligocinesia (lentidão e redução da atividade motora espontânea, na ausência de paralisia). Há também grande dificuldade de se iniciar movimentos. Lesão geralmente na substancia negra, resultando em diminuição da dopamina nas fibras Nigro-estriatais, assim cessa a atividade moduladora destas no circuito básico ao nível do neoestriado 6) O que é uma lesão hipercinética? Exemplos Lesão em que há aumento exagerado na atividade excitadora do circuito básico do estriado sobre área motora do córtex e que a atinge pela parte final do circuito (fibras tálamo-corticais). Luís Henrique T. Zorzetto Página 8 MED 104 Coréia: movimentos involuntários rápidos e de grande amplitude que lembram uma dança. Atetose: movimentos involuntários lentos e sinuosos especialmente de antebraços e mãos lembrando movimentos de verme. Hemibalismo: movimentos involuntários violentos de uma das extremidades que nos casos mais graves, persistem no sono, podendo levar o paciente a exaustão. Quase sempre resulta de lesões vasculares do núcleo subtalamico ( o que interrompe atividade moduladora deste sobre o pálido). 7) O que é uma lesão hipocinética? Exemplos Lesão em que há diminuição na atividade excitadora do circuito básico do estriado sobre área motora do córtex e que a atinge pela parte final do circuito (fibras tálamo-corticais). Doença de Parkinson. 8) Qual núcleo é relacionado ao Alzheimer? Porque há perda progressiva de memória e funções psíquicas superiores? Núcleo Basal De Meynert. Recebe fibras de varias áreas do sistema límbico e origina quase todas fibras colinérgicas do córtex, que se projetam para quase todas áreas corticais. Nos últimos anos passou a ser relacionado com a Doença de Alzheimer, pois seus neurônios degeneram resultando na depleção da acetilcolina no córtex cerebral. Nessa doença ocorre demência pré-senil, com perda progressiva de memória e do raciocínio abstrato. Nas fases mais avançadas há total deterioração psíquica, sendo paciente incapaz de reconhecer entes mais próximos. Esse núcleo, através de conexões com sistema límbico, tem importante papel na memória e funções psíquicas superiores. 9) Qual núcleo faz parte do corpo estriado ventral? Quais as conexões? O corpo estriado ventral é constituído de junções ventrais do striatum e pallidum (características histológicas e hodologicas semelhantes). As estruturas do estriado ventral diferem pois tem conexões com áreas corticais do sistema límbico, participando da regulação do comportamento emocional 10) Quais os tipos de fibras encontrados no centro branco medular? Formado por fibras mielínicas que se distinguem em dois grupos, de projeção e de associação. As primeiras ligam o córtex cerebral a centros subcorticais, enquanto a segunda une áreas corticais em pontos diferentes do cérebro. 11) Quais as fibras de associação intra-hemisfericas? Fibras de Associação Intra-Hemisféricas classificam-se em curtas (associam áreas vizinhas do córtex como dois giros passando pelo fundo do sulco) e longas. Tambem são chamadas de fibras arqueadas do cérebroou fibras em U. a) Fascículo do Cingulo: percorre giro de mesmo nome, unindo lobo frontal ao temporal, passando pelo parietal b) Fascículo Longitudinal Superior: também chamado fascículo arqueado, liga os lobos frontal, parietal e occipital pela face supero-lateral de cada hemisfério. c) Fascículo Longitudinal Inferior: une lobo occipital e temporal d) Fascículo Unciforme: liga lobo frontal ao temporal, passando pelo sulco lateral. 12) Quais as fibras de associação inter-hemisfericas? Fibras de Associação Inter-Hemisféricas: Também chamadas de fibras comissurais, fazem união simétrica dos hemisférios. Agrupam-se para formar 3 comissuras do telencefalo: Luís Henrique T. Zorzetto Página 9 MED 104 a) Comissura do Fórnix: pouco desenvolvida, formado por fibras que se interpõe nas pernas do fornix e conectam 2 hipocampos (arquicortex) b) Comissura anterior: Porção olfatória que liga bulbos e tractos olfatórios e uma porção não olfatória une lobos temporais. c) Corpo caloso: Maior das comissuras e dos feixes de fibras. Estabelece conexão entre áreas corticais simétricas dos 2 hemisferios (exceto lobo temporal, que são unidas pela comissura anterior). Permite transferência de conhecimentos e info de hemisfério para outro, fazendo com que funcionem harmonicamente. Secções são realizadas para melhorar quadros epiléticos sem afetar quadro psíquico 13) Qual fascículo lesado na afasia condicional? Fascículo longitudinal superior ou fascículo arqueado. Quando o fascículo é lesado, temos a chamada afasia de condução, em que a compreensão da linguagem é normal (pois a área de Wernicke está íntegra), mas existe déficit da expressão. 14) Qual trato passa pela perna anterior da cápsula interna? Tractos córticopontino,além das fibras córtico-reticulares,córtico-rubras e córtico-estriatais. 15) Quais tratos passam pela perna posterior da cápsula interna? Tracto cortico-espinhal e das radiações talâmicas , óptica e auditiva 16) Quais tratos passam pelo joelho da cápsula interna? Trato cortico-nuclear
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