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Resumo Núcleos da Base

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Luís Henrique T. Zorzetto 
Página 1 
MED 104 
 
Resumo Núcleos da Base 
Capítulo 8 – Anatomia Macroscópica do Telencéfalo 
 Núcleos da Base 
1) Núcleo Caudado: massa alongada e volumosa de substância cinzenta, relaciona-se com 
ventrículos laterais. Extremidade anterior é dilatada, sendo a cabeça do núcleo caudado (assoalho 
do corno anterior do ventrículo). Continua gradualmente com o corpo do núcleo (assoalho da 
parte central do ventrículo lateral). Afina-se para formar a cauda do núcleo caudado (longa, 
delgada, arqueada), estendendo-se até a extremidade anterior do corno inferior do ventrículo 
lateral. Obs: forma arqueada faz com que em alguns cortes, seja atravessado duas vezes. 
2) Núcleo Lentiforme: Forma e tamanho de uma castanha-do-pará. Não aparece na superfície na 
superfície ventricular, situando-se profundamente no interior do hemisfério. Medialmente se 
relaciona com cápsula interna (separa caudado do tálamo), lateralmente relaciona-se com córtex 
da insula (separado por subst branca e claustrum). Dividido em putâmen e globo pálido por uma 
lamina de subst branca, a lamina medular lateral. O putâmen é lateral e maior que o globo pálido 
(medial), o qual é mais claro em virtude das fibras mielínicas que o atravessam. Pálido é subdivido 
por outra lamina, a lamina medular medial, em parte interna e externa. 
3) Claustrum: Delgada calota de subst cinzenta entre córtex da insula e núcleo lentiforme. Separa-se 
daquele por uma lamina de subst branca, a cápsula extrema. Entre claustrum e lentiforme há 
outra lamina de subst branca, a cápsula externa. 
OBS: estruturas da face lateral à superfície ventricular -> córtex da insula, cápsula extrema, 
claustrum, cápsula externa, putâmen, lamina medular lateral, parte externa do globo pálido, 
lamina medular medial, parte interna do globo pálido, cápsula interna, tálamo, III ventrículo. 
4) Corpo Amigdalóide: massa esferóide de subst cinzenta no pólo temporal do hemisfério cerebral, 
relacionado com cauda do núcleo caudado. Faz discreta saliência no tecto da parte terminal do 
corno inferior do ventrículo lateral. Faz parte do sistema límbico e é regulatório do 
comportamento sexual e agressividade. 
5) Núcleo Accumbens: massa subst cinzenta situada na zona de união entre putâmen e cabeça do 
núcleo caudado (corpo estriado ventral). 
6) Núcleo Basal de Meynert: Base do cérebro, entre subst perfurada anterior e globo pálido (região 
inominata). Contem neurônios grandes, ricos em acetilcolina. 
 Centro Branco Medular do Cérebro: Formado por fibras mielínicas que se distinguem em dois grupos, de 
projeção e de associação. 
 As primeiras ligam o córtex cerebral a centros subcorticais, enquanto a segunda une áreas 
corticais em pontos diferentes do cérebro. 
 Entre as fibras de associação temos as que atravessam o plano mediano para unir áreas 
simétricas dos dois hemisférios, constituindo as três comissuras: corpo caloso, comissura do 
fórnix e comissura anterior. 
 As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: fórnix (une córtex do hipocampo ao corpo 
mamilar, contribuindo pouco para formação do centro branco) e cápsula interna (grande maioria 
fibras que saem ou entram no córtex cerebral, formando um feixe compacto separando o núcleo 
lentiforme, separado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, medialmente). 
 Acima do nível destes núcleos, fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa radiada. Vão 
se distinguir na cápsula uma perna anterior (entre cabeça do caudado e lentiforme) e uma perna 
posterior (maior, entre lentiforme e tálamo). Essas porções se encontram formando um ângulo 
que constitui o joelho da cápsula interna. 
 Ventrículos Laterais: hemisférios possuem cavidades revestidas de epêndima contendo liquido cérebro-
espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito que se comunicam com o III ventrículo pelo forame 
interventricular. Exceto pelo forame cada ventrículo é uma cavidade completamente fechada, cuja 
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capacidade varia de individuo para outro e apresenta uma parte central e 3 cornos que correspondem 
aos 3 pólos do hemisfério. As partes que projetam nos lobos frontal, occipital e temporal são 
respectivamente os cornos anterior, posterior e inferior. Com exceção de corno inferior, todas as partes 
do ventrículo lateral tem o teto formado pelo corpo caloso cuja remoção expõe a cavidade ventricular. 
 Morfologia das Paredes Ventriculares: O corno anterior é a parte do ventrículo lateral que se situa 
diante forame interventricular. Parede medial é vertical e constituída pelo septo pelúcido, que 
separa corno anterior dos 2 ventrículos laterais. O assoalho inclinado forma também a parede 
lateral e é constituído pela cabeça do núcleo caudado, proeminente na cavidade ventricular. Teto 
e limite anterior do corno anterior são formados pelo corpo caloso. 
A parte central do ventrículo lateral estende-se dentro do lobo parietal do nível do forame 
interventricular para trás ate o esplênio do corpo caloso, onde a cavidade se bifurca em cornos 
inferior e posterior na região do trigono colateral. Tecto da parte central é formado pelo corpo 
caloso e parede medial, pelo septo pelúcido. O assoalho, inclinado, une-se ao tecto no ângulo 
lateral e apresenta as seguintes formações (fornix, plexo coróide, parte lateral da face dorsal do 
tálamo,estria terminal e via tálamo-estriada e núcleo caudado). 
O corno posterior estende-se para dentro lobo occipital e termina posteriormente em 
ponta, depois de descrever uma curva de concavidade medial. Suas paredes em quase toda 
extensão, são formadas por fibras do corpo caloso. 
O corno inferior curva-se inferiormente e a seguir anteriormente em direção ao pólo 
temporal a partir do trígono colateral. O teto do corno inferior é formado pela substância branca 
do hemisfério e apresenta ao longo de sua margem medial a cauda do núcleo caudado e a estria 
terminal, estruturas que acompanham a curva descrita pelo corno inferior do ventrículo. Na 
extremidade da cauda do caudado, observa-se eminência arredonda pouco nítida, formada pelo 
corpo amigdaloide, que faz saliência na parte terminal do tecto do corno inferior do ventrículo. A 
maior parte do corpo amigdaloide não tem relação com superfície ventricular, ele só pode ser 
visto em secções do lobo temporal. O assoalho do corno inferior do ventrículo apresenta duas 
eminências alongadas, e eminência colateral, formado pelo sulco colateral e o hipocampo, 
situado medialmente a ela. O hipocampo é elevação curva e muito pronunciada que se dispõe 
acima do giro para-hipocampal. É constituído de um tipo córtex muito antigo (arquicortex) e faz 
parte do sistema límbico, tendo importantes funções psíquicas com comportamento e memória. 
O hipocampo liga-se as pernas do fornix por um feixe de fibras situadas ao longo de sua borda 
medial, a fimbria do hipocampo. 
 Plexos corioides dos ventrículos laterais: a pia-mater, que ocupa fissura tranversa do cérebro, 
penetra entre o fornix e tálamo, empurra de cada lado o epêndima reveste a cavidade ventricular 
para constituir com ele o plexo corioide da parte central dos ventrículos laterais. Plexo continua 
com o do III ventrículo através do forame interventricular e acompanhando o trajeto curvo do 
fornix e da fimbria, atinge o corno inferior do ventrículo lateral. Os cornos anterior e posterior 
não possuem plexos corioides. 
Capítulo 26 – Estrutura e Funções dos Núcleos da Base e do Centro Branco Medular 
 Núcleos da Base: Claustrum, corpo amigdalóide, núcleo caudado, putâmen e globo pálido. Os três últimos 
constituem o corpo estriado. Ainda há núcleo basal de Meynert e o accumbens (constitui corpo estriado 
ventral). Alguns incluem entreos núcleos, a presença de substancia negra e subtálamo. O claustrum 
situado entre putâmen e córtex da insula, com função desconhecida. Corpo amigdalóide é importante 
componente do sistema límbico. 
 Corpo Estriado 
 Organização Geral: constituído pelo núcleo caudado, putâmen e globo pálido (dois últimos 
constituem o lentiforme, sendo separado do caudado pela cápsula interna, mas se unindo a ele 
na parte anterior). Apesar do putamen ser topograficamente mais ligado com o globo pálido, 
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filogeneticamente ele é mais relacionado com o núcleo caudado. O corpo estriado então pode ser 
dividido em neoestriado ou striatum (putamen+caudado) e paleoestriado ou pallidum (globo 
pálido). 
Há muitas fibras ligando caudado e putamen ao pálido e são elas, que convergindo para o 
mesmo, lhe dão cores mais claras. Os impulsos aferentes do estriado chegam ao neoestriado, 
passam pelo paleoestriado, de onde saem a maioria das fibras eferentes do estriado. O corpo 
estriado ventral é constituído de junções ventrais do striatum e pallidum (características 
histológicas e hodologicas semelhantes). As estruturas do estriado ventral diferem pois tem 
conexões com áreas corticais do sistema límbico, participando da regulação do comportamento 
emocional enquanto as estruturas do estriado dorsal são fundamentalmente motoras somáticas. 
O striatum ventral tem como principal componente o accumbens, na união entre putamen e 
cabeça do caudado. O pálido ventral fica logo abaixo das fibras comissura anterior. 
 Conexões: exercidas através de um circuito básico, que o liga ao córtex cerebral e é modulado 
por circuitos subsidiários. 
a) Circuito Básico: origina-se no córtex cerebral e pelas fibras cortiço-estriatais, liga-se ao 
striatum, de onde passam impulsos ao globo pálido. Este, pelas fibras pálido-talamicas 
liga-se aos núcleos ventral anterior e lateral do tálamo, os quais se projetam para córtex. 
Fecha-se o circuito em alça cortico-estriado-tálamo-cortical, conhecido como circuito 
básico. Neste, as fibras cortico-estriatais originam-se virtualmente em todas as áreas do 
córtex, enquanto as tálamo-corticais convergem para área motora, onde tem origem o 
trato cortico-espinhal. Tem-se um mecanismo pela qual as info originadas no córtex são 
processadas no estriado e influenciam na atividade motoras através do trato cortico-
espinhal. Esse circuito assemelha-se bastante aquele que a zona lateral do cerebelo 
mantém com córtex cerebral e admite-se que, como este, tem função importante no 
planejamento motor. Há evidencias que alem desse mecanismo motor há um outro 
através do qual, info de determinada área cortical são processadas no estriado e voltam a 
esta mesma área, assim o estriado influencia também áreas não motoras do córtex, como 
a pré-frontal (ligada a funções psíquicas) 
b) Circuitos subsidiarios: Entre os que se ligam, os dois mais importantes são Nigro-estriato-
nigral e pálido-subtalamo-palidal. No primeiro, a subst negra mantem conexões 
recíprocas com o striatum. As fibras Nigro-estriatais são dopaminergias e tem ação 
moduladora sobre circuito básico, fazendo sinapse com neurônios espinhosos do 
neoestriado. Esses neurônios recebem fibras cortico-estriatais e seus axônios constituem 
as fibras estriato-palidais. Lesoes das fibras negro-estriatais causam a síndrome de 
Parkinson 
Através do circuito pálido-subtálamo-palidal, o núcleo subtalâmico pode modificar 
a atividade do circuito básico, agindo sobre a motricidade somática. Uma interrupção 
deste, por lesão do nucleo subtalamico, causa hemibalismo (perturbação motora) 
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Nos componentes do circuito básico, interagem neurônios excitadores e inibidores de maneira 
complexa, resultando no final (conexão tálamo-cortical) uma ação excitadora sobre áreas corticais 
motoras importantes na regulação dos movimentos. 
 Considerações funcionais e clinicas: As síndromes de núcleos da base são também chamadas de 
síndromes extrapiramidais, e estas constituem o principal argumento de que a função dos 
núcleos da base é essencialmente motora, apesar de hoje sabermos que não é. 
a) Doença de Parkinson: aparece geralmente após 50 anos e caracteriza-se por 3 sintomas : 
tremor (nas extremidades paradas, sumindo com o movimento), rigidez (hipertonia da 
musculatura esquelética) e oligocinesia (lentidão e redução da atividade motora 
espontânea, na ausência de paralisia). Há também grande dificuldade de se iniciar 
movimentos. Lesão geralmente na substancia negra, resultando em diminuição da 
dopamina nas fibras Nigro-estriatais, assim cessa a atividade moduladora destas no 
circuito básico ao nível do neoestriado. Terapêutica Parkinson -> aumentar o teor de 
dopamina dessas fibras, porem não se obteve sucesso devido a essa amina so transpor a 
barreira hematoencefalica em grandes quantidades, tóxicas para o organismo. O isômero 
levogiro no entano, a L-Dopa (diidroxifeilalanina) atravessa a barreira e é captado pelos 
neurônios e fibras, melhorando os sintomas da síndrome. 
b) Coréia: movimentos involuntários rápidos e de grande amplitude que lembram uma 
dança. 
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c) Atetose: movimentos involuntários lentos e sinuosos especialmente de antebraços e 
mãos lembrando movimentos de verme. 
d) Hemibalismo: movimentos involuntários violentos de uma das extremidades que nos 
casos mais graves, persistem no sono, podendo levar o paciente a exaustão. Quase 
sempre resulta de lesões vasculares do núcleo subtalamico ( o que interrompe atividade 
moduladora deste sobre o pálido). 
Alguns quadros hipercinéticos em que já lesões no estriado, podem ser revertidos 
por lesões no pálido ou dos núcleos ventral anterior e lateral do tálamo. Essa lesão 
estereotaxica do pálido ou deses núcleos tem sido usada na doença de Parkinson quando 
há falha no tratamento com L-Dopa. 
Os sintomas podem ser hipercinéticos e hipocinéticos ocorrendo aumento ou 
diminuição da atividade motora mediada pelo córtex. Na primeira há aumento exagerado 
na atividade excitadora do circuito básico do estriado sobre área motora do córtex e que 
a atinge pela parte final do circuito (fibras tálamo-corticais), e na segunda, o contrario. 
Segundo DeLong, mudanças no circuito básico estriado-talamo-cortical levariam a uma 
excessiva inibição ou desinibição do tálamo levando a quadros hipo e hipercinéticos. 
 Núcleo Basal De Meynert: constituído de conjunto de neurônios colinérgicos grandes, situado na 
substancia inominata (ocupa espaço entre o pálido e superfície ventral do hemisfério cerebral). Recebe 
fibras de varias áreas do sistema límbico e origina quase todas fibras colinérgicas do córtex, que se 
projetam para quase todas áreas corticais. Nos últimos anos passou a ser relacionado com a Doença de 
Alzheimer, pois seus neurônios degeneram resultando na depleção da acetilcolina no córtex cerebral. 
Nessa doença ocorre demência pré-senil, com perda progressiva de memória e do raciocínio abstrato. 
Nas fases mais avançadas há total deterioração psíquica, sendo paciente incapaz de reconhecer entes 
mais próximos. Esse núcleo, através de conexões com sistema límbico, tem importante papel na memória 
e funções psíquicas superiores. 
 Centro Branco Medular do Cérebro 
 Generalidades: Área de substancia branca, forma oval, também chamada em cada hemisfério de 
centro semi-oval. Constituido de fibras mielínicas divididas em fibras de projeção (liga córtex a 
centros subcorticais em pontos diferentes do cérebro) e de associação (divididas em fibra intra-
hemisfericas e inter-hemisfericas) 
 Fibras de Associação Intra-Hemisféricas: classificam-seem curtas (associam áreas vizinhas do 
córtex como dois giros passando pelo fundo do sulco) e longas. Tambem são chamadas de fibras 
arqueadas do cérebro ou fibras em U. As fibras unem-se em fascículos sendo os mais 
importantes: 
a) Fasciculo do Cingulo: percorre giro de mesmo nome, unindo lobo frontal ao temporal, 
passando pelo parietal 
b) Fascículo Longitudinal Superior: também chamado fascículo arqueado, liga os lobos 
frontal, parietal e occipital pela face supero-lateral de cada hemisfério. 
c) Fasciculo Longitudinal Inferior: une lobo occipital e temporal 
d) Fasciculo Unciforme: liga lobo frontal ao temporal, passando pelo sulco lateral. 
A significação funcional desses fascículos é pouco conhecida. Sabe-se que o longitudinal 
superior, ou fascículo arqueado, estabelece conexões entre centros anterior e posterior de 
linguagem, situados no lobo frontal e junção do parietal e temporal, portanto lesões deste 
causam graves perturbações de linguagem. 
 Fibras de Associação Inter-Hemisféricas: Também chamadas de fibras comissurais, fazem união 
simétrica dos hemisférios. Agrupam-se para formar 3 comissuras do telencefalo: 
a) Comissura do Fórnix: pouco desenvolvida, formado por fibras que se interpõe nas pernas 
do fornix e conectam 2 hipocampos (arquicortex) 
 Luís Henrique T. Zorzetto 
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b) Comissura anterior: Porção olfatória que liga bulbos e tractos olfatórios e uma porção não 
olfatória une lobos temporais. 
c) Corpo caloso: Maior das comissuras e dos feixes de fibras. Estabelece conexão entre áreas 
corticais simétricas dos 2 hemisferios (exceto lobo temporal, que são unidas pela 
comissura anterior). Permite transferência de conhecimentos e info de hemisfério para 
outro, fazendo com que funcionem harmonicamente. Secções são realizadas para 
melhorar quadros epiléticos sem afetar quadro psíquico. 
 Fibras de projeção: agrupam para formar fornix (liga hipocampo aos núcleos mamilares do hipotálamo, 
integrando circuito de Papez) e cápsula interna. A cápsula é grande feixe de fibras que separa tálamo 
(medial) do lentiforme (lateral). Acima do lentiforme, cápsula continua com a coroa radiada, abaixo com o 
pedúnculo cerebral. Distinguem-se na cápsula três partes: perna anterior (entre cabeça do caudado e 
lentiforme), perna posterior (entre tálamo e lentiforme) e joelho (ângulo entre partes). É formação muito 
importante pois por ela passam maioria das fibras que saem ou entram no córtex. Entre as originadas no 
córtex e descendentes, temos os tratos cortico-espinhal, cortico-nuclear e cortico-pontino, alem das 
fibras cortico-reticulares, cortico-rubras e cortico-estriatais. As que passam pela cápsula e se dirigem para 
córtex, vem do tálamo sendo chamadas radiações, que são divididas em óticas e auditivas (não estão 
misturadas e tem posições bem definidas podendo ser lesadas separadamente e gerar quadros 
diferentes). Assim, as do trato cortico-nuclear ocupam joelho da cápsula, sendo seguidas na perna 
posterior das fibras tracto cortico-espinhal e das radiações talâmicas que levam ao córtex sensibilidade 
somática geral. As radiações óptica e auditiva passam na perna posterior, na porção abaixo do lentiforme 
(porção sublentiforme da cápsula). 
Lesões da cápsula interna decorrente de hemorragias ou obstruções ocorrem com bastante 
freqüência constituindo derrames cerebrais, que causam hemiplegia e diminuição de sensibilidade na 
metade oposta do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES DIRIGIDAS 
1) Quais as estruturas que compõem os NB? 
 Núcleos caudado,núcleo lentiforme (putamen e globo pálido), Claustrum, corpo amigadalóide, núcleo 
accumbens e nucleo basal de Meynert. 
2) Localizar nos cortes horizontais os núcleos e os elementos interpostos a eles. 
 
3) Quais os núcleos que pertencem ao corpo estriado? Como é sua divisão filogenética? 
Constituído pelo núcleo caudado, putâmen e globo pálido (dois últimos constituem o lentiforme, sendo 
separado do caudado pela cápsula interna, mas se unindo a ele na parte anterior). O corpo estriado então pode 
ser dividido em neoestriado ou striatum (putamen+caudado) e paleoestriado ou pallidum (globo pálido). 
 
4) Demonstre, através de um esquema, as conexões do estriado e suas sinapses inibitória e excitatoria e os 
neurotransmissores envolvidos. 
 VIDE ESQUEMA ACIMA 
5) Explique como ocorre a doença de Parkinson e seus sintomas 
Aparece geralmente após 50 anos e caracteriza-se por 3 sintomas : tremor (nas extremidades paradas, 
sumindo com o movimento), rigidez (hipertonia da musculatura esquelética) e oligocinesia (lentidão e redução da 
atividade motora espontânea, na ausência de paralisia). Há também grande dificuldade de se iniciar movimentos. 
Lesão geralmente na substancia negra, resultando em diminuição da dopamina nas fibras Nigro-estriatais, assim 
cessa a atividade moduladora destas no circuito básico ao nível do neoestriado 
 
6) O que é uma lesão hipercinética? Exemplos 
Lesão em que há aumento exagerado na atividade excitadora do circuito básico do estriado sobre área motora do 
córtex e que a atinge pela parte final do circuito (fibras tálamo-corticais). 
 Luís Henrique T. Zorzetto 
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Coréia: movimentos involuntários rápidos e de grande amplitude que lembram uma dança. 
 Atetose: movimentos involuntários lentos e sinuosos especialmente de antebraços e mãos lembrando 
movimentos de verme. 
 Hemibalismo: movimentos involuntários violentos de uma das extremidades que nos casos mais graves, 
persistem no sono, podendo levar o paciente a exaustão. Quase sempre resulta de lesões vasculares do núcleo 
subtalamico ( o que interrompe atividade moduladora deste sobre o pálido). 
 
 
7) O que é uma lesão hipocinética? Exemplos 
 Lesão em que há diminuição na atividade excitadora do circuito básico do estriado sobre área 
motora do córtex e que a atinge pela parte final do circuito (fibras tálamo-corticais). Doença de Parkinson. 
 
 
8) Qual núcleo é relacionado ao Alzheimer? Porque há perda progressiva de memória e funções psíquicas 
superiores? 
Núcleo Basal De Meynert. Recebe fibras de varias áreas do sistema límbico e origina quase todas fibras 
colinérgicas do córtex, que se projetam para quase todas áreas corticais. Nos últimos anos passou a ser 
relacionado com a Doença de Alzheimer, pois seus neurônios degeneram resultando na depleção da acetilcolina 
no córtex cerebral. Nessa doença ocorre demência pré-senil, com perda progressiva de memória e do raciocínio 
abstrato. Nas fases mais avançadas há total deterioração psíquica, sendo paciente incapaz de reconhecer entes 
mais próximos. Esse núcleo, através de conexões com sistema límbico, tem importante papel na memória e 
funções psíquicas superiores. 
 
9) Qual núcleo faz parte do corpo estriado ventral? Quais as conexões? 
 O corpo estriado ventral é constituído de junções ventrais do striatum e pallidum (características 
histológicas e hodologicas semelhantes). As estruturas do estriado ventral diferem pois tem conexões com áreas 
corticais do sistema límbico, participando da regulação do comportamento emocional 
 
10) Quais os tipos de fibras encontrados no centro branco medular? 
Formado por fibras mielínicas que se distinguem em dois grupos, de projeção e de associação. As 
primeiras ligam o córtex cerebral a centros subcorticais, enquanto a segunda une áreas corticais em pontos 
diferentes do cérebro. 
 
11) Quais as fibras de associação intra-hemisfericas? 
Fibras de Associação Intra-Hemisféricas classificam-se em curtas (associam áreas vizinhas do córtex como 
dois giros passando pelo fundo do sulco) e longas. Tambem são chamadas de fibras arqueadas do cérebroou 
fibras em U. 
a) Fascículo do Cingulo: percorre giro de mesmo nome, unindo lobo frontal ao temporal, passando pelo 
parietal 
b) Fascículo Longitudinal Superior: também chamado fascículo arqueado, liga os lobos frontal, parietal e 
occipital pela face supero-lateral de cada hemisfério. 
c) Fascículo Longitudinal Inferior: une lobo occipital e temporal 
d) Fascículo Unciforme: liga lobo frontal ao temporal, passando pelo sulco lateral. 
 
12) Quais as fibras de associação inter-hemisfericas? 
Fibras de Associação Inter-Hemisféricas: Também chamadas de fibras comissurais, fazem união simétrica 
dos hemisférios. Agrupam-se para formar 3 comissuras do telencefalo: 
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a) Comissura do Fórnix: pouco desenvolvida, formado por fibras que se interpõe nas pernas do fornix e 
conectam 2 hipocampos (arquicortex) 
b) Comissura anterior: Porção olfatória que liga bulbos e tractos olfatórios e uma porção não olfatória une 
lobos temporais. 
c) Corpo caloso: Maior das comissuras e dos feixes de fibras. Estabelece conexão entre áreas corticais 
simétricas dos 2 hemisferios (exceto lobo temporal, que são unidas pela comissura anterior). Permite 
transferência de conhecimentos e info de hemisfério para outro, fazendo com que funcionem harmonicamente. 
Secções são realizadas para melhorar quadros epiléticos sem afetar quadro psíquico 
 
13) Qual fascículo lesado na afasia condicional? 
Fascículo longitudinal superior ou fascículo arqueado. Quando o fascículo é lesado, temos a chamada 
afasia de condução, em que a compreensão da linguagem é normal (pois a área de Wernicke está íntegra), mas 
existe déficit da expressão. 
 
14) Qual trato passa pela perna anterior da cápsula interna? 
Tractos córticopontino,além das fibras córtico-reticulares,córtico-rubras e córtico-estriatais. 
15) Quais tratos passam pela perna posterior da cápsula interna? 
 Tracto cortico-espinhal e das radiações talâmicas , óptica e auditiva 
 
16) Quais tratos passam pelo joelho da cápsula interna? 
Trato cortico-nuclear

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