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Gabarito Questionário CTPS, Jornada e Duração do Trabalho, Intervalos para Descanso, RSR

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DT II - QUESTIONÁRIO Nº 01 - CTPS, GARANTIAS PROVISÓRIAS DE EMPREGO, FGTS, SEGURO DESEMPREGO JORNADA E DURAÇÃO DO TRABALHO E INTERVALOS, RSR
Em relação às anotações existentes na CTPS, assinale a alternativa correta:
As anotações na CTPS geram presunção absoluta não se admitindo prova em contrário.
De acordo com a legislação atual, sindicatos que representam a categoria profissional dos empregados podem solicitar a emissão da CTPS.
O empregador deverá fazer anotações na CTPS relativas à alteração do estado civil do titular, à inclusão ou exclusão de dependentes e eventuais acidentes de trabalho em que se envolva o seu titular.
As anotações na CTPS deverão ser feitas única e exclusivamente pelo empregador.
Em relação aos intervalos:
O intervalo dos trabalhadores rurais é igual do empregado urbano.
Os mineiros deverão ter um intervalo de 15 minutos para repouso após cada período de 180 minutos consecutivos de trabalho, sendo o mesmo considerado tempo à disposição do empregador.
A mulher em fase de amamentação de seu filho, até que este complete seis meses de idade, tem direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos de uma hora cada. 
Nos serviços em frigoríficos, ou em câmaras frias, havendo movimentação de mercadorias do ambiente normal para o frio e vice-versa, após 120 minutos de trabalho deve haver um intervalo de 15 minutos de repouso.
Em relação aos intervalos para descanso, assinale a alternativa correta:
Trabalhos contínuos cuja duração exceda de seis horas terá intervalo de pelo menos duas horas para repouso ou alimentação 
Trabalhos que não excedendo seis horas, mas que sejam superiores a quatro horas terá intervalo mínimo de 30 minutos.
O intervalo entre jornadas de trabalho será de 11 horas.
Os intervalos intrajornadas sempre serão remunerados.
A CTPS será obrigatoriamente apresentada contra recibo pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de:
48 horas para nela anotar, a data de admissão, remuneração, condições especiais de trabalho, estimativa da gorjeta e utilidades, se for o caso.
24 horas para nela anotar a data da admissão, remuneração, condições especiais de trabalho e as utilidades, se for o caso.
48 horas para nela anotar, a data da admissão, salário, jornada e local de trabalho, exclusivamente.
24 horas para nela anotar, a data de admissão, remuneração, condições especiais de trabalho, estimativa da gorjeta e de utilidades, se for o caso.
Analise as assertivas abaixo:
I - Aqueles que exercem atividade externa incompatível com a fixação do horário de trabalho, bem como os gerentes, diretores ou chefes de departamento não têm direito a percepção de horas extras, desde que anotado na CTPS do empregado e no livro ou ficha de registro da empresa essa condição de trabalho externo.
II - Horas extras, extraordinárias ou suplementares são as prestadas além do horário contratual, legal ou normativo, que devem ser remuneradas com o adicional respectivo, de no mínimo 25% do valor da hora normal.
III - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas.
Considerando as assertivas anteriores assinale a única alternativa correta
Estão corretas as assertivas II e III.
Estão incorretas as assertivas I e II.
Apenas a assertiva II é incorreta.
Todos as assertivas são corretas.
Em relação ao repouso semanal remunerado assinale a assertiva incorreta:
Quando houver trabalho no dia do RSR e não houver compensação do mesmo, as horas trabalhadas devem ser remuneradas como extras.
O RSR é devido aos trabalhadores urbanos e rurais e também aos trabalhadores domésticos.
A Súmula 172 do TST esclareceu que as horas extras (HE) prestadas com habitualidade integram o RSR.
Os requisitos para que o empregado tenha direito a receber o RSR são de pontualidade e assiduidade.
Em relação a Carteira de Trabalho e Previdência Social, assinale a única alternativa incorreta:
Trabalhadores temporários também deverão possuir a CTPS para serem admitidos nesta condição.
Os empregados domésticos deverão possuir a CTPS para serem admitidos e o empregador deverá fazer constar na mesma, no prazo máximo de 48 horas, as anotações relativas à admissão, salário mensal ajustado, data de início e término de férias e data da dispensa, quando for o caso.
Caso o empregador não fizer o registro devido, incidirá uma multa no valor de um salário mínimo para cada trabalhador não registrado.
O empregador não poderá registrar na CTPS do empregado que este foi dispensado por justa causa e nem quais foram os fundamentos da conduta desabonadora.
Sobre o trabalho noturno e o respectivo adicional:
Será sempre das 22 às 5 horas com adicional de 20%.
O menor terá direito ao mesmo, fazendo jus ao percentual em dobro.
Para os trabalhadores rurais da lavoura será das 22 às 6 horas.
Para trabalhadores da pecuária será das 20 às 4 horas.
Em relação ao trabalho por turno de revezamento, assinale a alternativa correta:
A jurisprudência brasileira entende que a concessão de intervalo para refeição, assim como o repouso semanal remunerado irão descaracterizar este tipo de jornada. 
Só é possível ao empregador fixar o turno de trabalho do empregado de modo que ele não mais seja ininterrupto, mediante acordo ou convenção coletiva. 
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas, consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.
O trabalho por turnos ininterruptos de revezamento é aquele que possui jornada corrida de, no mínimo 8 horas sem intervalo.
 A respeito da jornada in itinere, assinale a única alternativa correta:
Não caberá mais a remuneração da chamada jornada in itinere, por não se caracterizar como tempo à disposição do empregador.
Se existe transporte público, mas ele é insuficiente, há direito a pagamento de horas in itinere
A incompatibilidade entre horários de início e término de jornada de empregado e os do transporte público regular é circunstância que gera o direito às horas in itinere.
Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas não se limitarão ao trecho não alcançado pelo transporte público.
11. De acordo com a CLT e a jurisprudência brasileira a estabilidade:
a) É garantida ao dirigente sindical, desde o registro de sua candidatura até o fim do seu mandato.
b) É garantida à gestante, até mesmo no caso de confirmação da gravidez nos contratos de prazo determinado.
c) Se aplica aos empregados que tenham se acidentado em serviço, desde que não se afastem por mais de 30 dias do trabalho.
d) Se aplica aos membros titulares da CIPA, mas não alcança os suplentes.
12. São situações que autorizam o levantamento dos depósitos efetuados na conta vinculada do FGTS, exceto:
Trabalhador com idade igual ou superior a 70 anos.
Rescisão contratual por culpa recíproca ou força maior.
Pelos sucessores do trabalhador, em caso do seu falecimento.
Após dois anos de contas inativas, fora do regime do FGTS.
Item 13 - Mélvio é médico e trabalha em um local mediante relação de emprego, possuindo também, consultório particular onde percebe renda superior a dez salários-minimos. O médico é dispensado, sem justa causa, de onde exercia sua atividade por mais de vinte anos. Nessa situação, segundo a legislação vigente sobre seguro-desemprego, o médico faria jus ao seguro-desemprego?
a) Não, pois ele não preencheu o requisito objetivo do tempo de permanência no emprego.
b) Não, pois a existência de renda suficiente para a manutenção própria e de sua família seria impediente à percepção do seguro-desemprego.
c) Sim, pois o médico, sendo demitido, fica afastado, em gozo de beneficio previdenciário, podendo cumular com o seguro-desemprego.
d) Sim, pois, mesmo que ocupasse outro emprego, esse fato não seria impeditivo de percepção do seguro-desemprego.Item 14 - Em relação ao período de duração das hipóteses de garantia provisória de emprego previstas no ordenamento jurídico, é correto afirmar:
a) Representante dos empregados no Conselho Curador do FGTS: desde o registro da candidatura, até um ano após o término do mandato. 
b) Membro representante dos trabalhadores em Comissão de Conciliação Prévia: desde a eleição, até um ano após o término do mandato.
c) Representante dos trabalhadores no Conselho Nacional de Previdência Social: da nomeação até um ano após o término do mandato.
d) Diretor de sociedade cooperativa: desde a nomeação até um ano após o término do mandato. 
Item 15 - A estabilidade destinada à gestante não inviabiliza a despedida da empregada, desde que:
a) haja a devida apuração do ato faltoso grave mediante inquérito judicial para apuração de falta grave.
b) a empregada incorra em algum ato faltoso grave previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.
c) haja a devida apuração do ato faltoso grave mediante inquérito administrativo, em que seja permitido o amplo direito de defesa da empregada.
d) o estado gestacional não seja de conhecimento do empregador.
e) se trate de contrato por prazo determinado.
RESPONDA OS ITENS ABAIXO, FUNDAMENTANDO SUAS RESPOSTAS COM A LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA
1. Para que serve a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)?
A CTPS serve como prova das relações empregatícias anteriores e seu tempo de duração, refletindo a vida profissional do trabalhador, bem como para inserção de dados de interesse da Previdência Social.
2. As anotações efetuadas na CTPS são tidas como absolutamente verdadeiras? Justifique e fundamente sua resposta.
Tanto a jurisprudência quanto a doutrina consideram as anotações efetuadas na CTPS como gozando de presunção juris tantum, isto é, relativa, admitindo prova em contrário. Tudo com base na Súmula 12 do TST e Súmula 225 do STF.
3. Qual o órgão responsável pela emissão da CTPS?
O órgão emissor é a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (nova denominação dada às Delegacias Regionais do Trabalho, de acordo com o Decreto 6.341/2008). Poderão ser emitidas por qualquer órgão federal, estadual ou municipal, da administração direta ou indireta, mediante convênio. Inexistindo convênio com essas entidades, poderá ser firmado com o sindicato. 
4. O trabalhador pode começar a trabalhar sem dispor de CTPS? Justifique sua resposta
Em regra o trabalhador não poderá ser admitido sem que apresente a sua CTPS ao seu empregador. Porém, nas localidades onde não for emitida CTPS, o trabalhador poderá prestar serviços à empresa, por até 30 dias, sem a referida carteira, ficando a empresa obrigada a permitir o comparecimento do empregado ao posto de emissão da localidade mais próxima para providenciar sua emissão. Neste caso o empregador deverá fornecer ao empregado, no ato da admissão, documento em que constem a data da admissão, a natureza do serviço prestado, o salário e a forma de seu pagamento.
5. Quanto tempo terá o empregador, para devolver ao empregado, a CTPS recebida para anotações?
O empregador terá 48 horas para proceder às anotações, após sua apresentação, contra recibo.
6. Em que momentos são feitas as anotações na CTPS?
Na data-base da categoria; no momento da rescisão contratual; quando houver necessidade de comprovação perante a Previdência Social; e a qualquer tempo, sempre que solicitado pelo empregado.
7. Que anotações típicas e usuais devem ser feitas pelo empregador na CTPS do empregado.
Salário, data de admissão, condições especiais (tempo de experiência, contrato por tempo determinado), férias, acidentes do trabalho banco depositário do FGTS, CGC do empregador. 
8. O que poderá ocorrer ao empregador que não efetua as anotações corretas na CTPS, ou que se recusa a efetuá-las nos casos previstos em lei?
O empregador estará sujeito à autuação, por Fiscal do Trabalho, que comunicará a falta de anotação ao órgão competente, para que seja instaurado o processo correspondente, bem como, estará sujeito à imposição de multa administrativa.
9. Que tipo de anotações são vedadas ao empregador efetuar?
O empregador não poderá fazer anotações na CTPS, desabonadoras à conduta do empregado, o que traria ao empregado evidente prejuízo.
10. Que direito assiste ao empregado que, tendo entre que sua CTPS à empresa, recebe-a de volta sem as anotações devidas, ou então tem o documento retido por prazo superior ao legal?
O empregado poderá comparecer perante a SRTE ou a órgão autorizado, pessoalmente ou por meio do sindicato da categoria, devendo ser lavrado termo de reclamação, a fim de ser realizada diligência para instrução do feito. 
11. Como se desenvolve o processo administrativo instaurado após a diligência de instrução? 
A empresa será notificada para prestar esclarecimentos ou efetuar as devidas anotações ou entregar a CTPS. Não comparecendo, será o reclamado considerado revel e confesso, e as anotações serão feitas por despacho da autoridade que processou a reclamação. Se o empregador comparecer e continuar se recusando a fazer as anotações, será lavrado um termo de comparecimento, sendo-lhe assegurado prazo de 48 horas para apresentação de defesa. Após o prazo, o processo subirá à autoridade administrativa de primeira instância, para novas diligências ou julgamento do feito.
12. O que ocorrerá se as alegações do reclamado versarem sobre a não-existência da relação empregatícia, ou se for impossível verificar essa condição por meios administrativos?
O processo deverá ser encaminhado à Justiça do Trabalho, ficando sobrestado o processo administrativo.
13. O que se considera jornada normal de trabalho?
A jornada normal de trabalho será o espaço de tempo durante o qual o empregado deverá prestar serviço ou permanecer à disposição do empregador, com habitualidade, excetuadas as horas extraordinárias. Nos termos da CF, art. 7º, XIII, sua duração deverá ser de até 8 horas diárias, e 44 horas semanais. 
14. Como poderá ser efetuada a redução legal da jornada de trabalho?
A redução da jornada de trabalho poderá ser feita: pelas partes de comum acordo; por convenção ou acordo coletivo de trabalho; e por previsão legal.
15. Qual deverá ser a jornada de trabalho no caso de empregado que trabalhem em turnos ininterruptos de revezamento?
Deverá ser de 6 horas, no caso de turnos que se sucedem, substituindo-se sempre no mesmo posto de trabalho, salvo negociação coletiva.
16. As horas da jornada normal podem ser compensadas sem pagamento de horas extras?
Segundo o que dispõe o art. 7, XIII da CF/88, é possível a compensação da jornada de trabalho, sem o pagamento de horas extras, desde que haja acordo ou convenção coletiva de trabalho, dispondo sobre tal e que as horas trabalhadas a mais sejam compensadas as horas em outro dia da semana, desde que o limite diário não ultrapasse 10 horas e o limite semanal não ultrapasse 44 horas. 
17. Como pode ser prorrogada a jornada normal de trabalho?
A jornada normal de trabalho somente poderá ser prorrogada em até duas horas, exceto nos casos de força maior ou necessidade imperativa; no caso de menores de 18 anos, apens por força maior.
18. De que forma deverá ser remunerada a hora extra?
Conforme o art. 7º. XVI/CF, deverá a hora extra ser remunerada, no mínimo, em 50% acima do valor da hora normal, percentual esse que poderá ser maior, por força de lei, de acordo ou convenção coletiva de trabalho.
19.) Com base em uma jornada semanal de 36 horas, qual o valor da hora de trabalho de um trabalhador que tenha salário base de R$ 5.400,00 mensais? 
Se o empregado trabalha 36 horas semanais é porque tem uma duração de trabalho de 6 horas diárias, o que implica em 180 horas mensais (6X30). Assim R$ 5.400,00 divido por 180 horas que devem ser remuneradas ao mês chega-se a um valor de R$ 30,00 a hora. 
20. Em que consiste o descanso semanal remunerado?
Descanso semanal é a folga a que tem direito o empregado, após determinado número de dias ou de horas de trabalhopor semana, medida de caráter social, higiênico e recreativo, visando a recuperação física e mental do trabalhador. É folga paga pelo empregador. 
21. Quais os dispositivos legais que regulam o descanso semanal?
Além da CF, o descanso semanal é regulado pela CLT e pela Lei nº 605/49.
22. Como deve ser gozado o descanso semanal?
Em princípio, o período deve ser de 24 horas consecutivas, que deverão coincidir, preferencialmente (CF, art. 7º, XIII), no todo ou em parte, com o domingo. Nos serviços que exigirem trabalho aos domingos (exceção feita aos elencos de teatro e congêneres), o descanso semana deverá ser efetuado em sistema de revezamento, constante de escala mensalmente organizada e sujeita à fiscalização, necessitando de autorização prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.
23. Se o empregado faltar, injustificadamente, em um dos seis dia que antecedem o descanso semanal, perderá o direito a ele?
Não. O empregado continuará a ter direito ao descanso, que é matéria de ordem social, perdendo, contudo, o direito à remuneração pelo dia de descanso semanal.
24. Por que, no caso de mecanógrafos, a cada 90 minutos de trabalho, deverá ser efetuado repouso de 10 minutos, e esse descanso é computado na duração do trabalho?
Porque o trabalho do mecanógrafo, bem como o de outras categorias (tais como datilógrafos, pianistas, digitadores permanentes, etc.), não é continuo, e sim, consecutivo. O intervalo para repouso é necessário devido à própria natureza do trabalho, que é considerado possível causa de doenças do trabalho, tais como tenossinovite e Lesão por Esforço Repetitivo (LER).
25. Qual o período considerado noturno, perante a legislação trabalhista e qual o valor do acréscimo à remuneração do trabalhado realizado no período noturno?
Para o trabalho urbano, considera-se noturno aquele realizado entre 22 horas de um dia, e 5 horas do dia seguinte; para o trabalho agrícola, entre 21 e 5 horas; para o trabalho pecuário, entre 20 e 4 horas. O acréscimo (chamado adicional noturno) é de 20% para o trabalhador urbano e de 25% para o trabalhador rural. 
26. O que significa a expressão “hora de 52 minutos e 30 segundos”?
Considera-se que o trabalho realizado no período noturno, durante 7 horas, equivale a 8; conseqüentemente, a hora de trabalho noturno equivale a 52 minutos e 30 segundos, resultado que se obtém multiplicando-se 7 horas por 60 minutos = 420 minutos, e dividindo-se por 8 horas. O cálculo da remuneração leva essa equivalência em conta, sem prejuízo do adicional noturno devido, de 20%.
27. Qual o período considerado noturno, perante a legislação trabalhista e qual o valor do acréscimo à remuneração do trabalhado realizado no período noturno?
Para o trabalho urbano, considera-se noturno aquele realizado entre 22 horas de um dia, e 5 horas do dia seguinte; para o trabalho agrícola, entre 21 e 5 horas; para o trabalho pecuário, entre 20 e 4 horas. O acréscimo (chamado adicional noturno) é de 20% para o trabalhador urbano e de 25% para o trabalhador rural. 
28. A mulher e o menor podem trabalhar em horário noturno e em condições de insalubridade ou periculosidade?
A mulher é permitido, pois a CF aboliu a diferenciação entre homens e mulheres, é permitido, com determinadas restrições, o trabalho noturno e em condições de insalubridade. Já no caso dos menores a CF não autoriza o trabalho noturno nem o insalubre ou perigoso para menores, de ambos os sexos. 
29. Que direito assiste à mulher grávida, em caso de aborto não criminoso?
 Comprovando, por meio de atestado médico oficial, que sofreu aborto, ser-lhe-á garantido repouso remunerado de 2 semanas, além do retorno à função que ocupava antes de seu afastamento.
30. Ao retornar ao trabalho, após a licença-maternidade, que direito assiste à mulher?
Até o filho completar 6 meses de idade, assiste à mulher, durante jornada de trabalho, o direito a 2 descansos especiais, de meia hora cada, destinados à amamentação do filho.
31. Que direito assiste à mulher grávida se seu trabalho for prejudicial à gestação?
A mulher grávida, cujo trabalho for prejudicial à gestação, poderá apresentando atestado médico que o confirme, romper o contrato de trabalho, sendo dispensada de conceder aviso prévio à empresa. Nesse caso, contudo, não receberá qualquer verba de caráter indenizatório.
32. Em que consiste a estabilidade da gestante?
A CF de 1988 introduziu importante inovação, que consiste em assegurar à gestante, sem prejuízo de emprego e salário, 120 dias de licença, além de vedar sua dispensa arbitrária ou sem justa causa, a partir do momento da confirmação da gravidez e até cinco meses após o parto. 
CÁLCULOS TRABALHISTAS
1. Feliciano foi contratado para exercer as funções de auxiliar de serviços gerais na Empresa FAZ TUDO LTDA, com salário mensal de R$ 1.000,00, trabalhando de segunda a sexta-feira das 12:00 às 21:00 horas, sendo observado os intervalos regulares previstos na CLT. Por força de acordo individual, excepcionalmente, durante doze dias do mês de março de 2016, Feliciano cumpriu o número máximo de horas extras permitidas por lei, logo após a sua jornada normal de trabalho. 
	A. Com base do exposto, calcule a remuneração devida a Feliciano, relativa ao mês de março de 2016. Para tanto calcule os valores relativos às horas extras cumpridas, bem como o reflexo de tais horas sobre repouso semanal remunerado e feriados. Considere que no mês de março de 2016 houve 5 domingos e 2 feriados. B. Por fim, indique até que horário Feliciano trabalhou, nos dias em que cumpriu hora extra.
CÁLCULOS
Como trabalha 8 horas por dia, de segunda a sexta-feira, Feliciano cumpre 40 horas de trabalho por semana. Feliciano faz jus ao repouso semanal remunerado, sendo assim, deve-se calcular a média de horas trabalhadas por dia que será de 6,667 horas/dia (40 ÷ 6). 
Esse valor deve ser multiplicado por 30 dias para se verificar o número total de horas do mês que Feliciano deve ser remunerado, considerando todos os dias do mês (incluído os feriados e os dias de repouso semanal remunerado), ou seja, 6,667 x 30 = 200 horas/mês. Esse é o fator que será utilizado como divisor do valor de seu salário mensal para se calcular o valor do salário hora. Dessa forma, o valor do salário/hora, de R$ 5,00 por hora (R$ 1.000,00 ÷ 200 horas).
A partir do valor do salário hora, que é de R$ 5,00 é possível calcular o valor referente às horas extras que foram, excepcionalmente, cumpridas no mês de março de 2016. Foi informado que Feliciano cumpriu, durante doze dias, o número máximo de horas extras permitidas por lei, logo ele cumpriu 24 horas extras (12 x 2). 
Considerando que as horas extras foram cumpridas logo após o término de sua jornada normal de trabalho, essas horas foram prestadas das 21:00 às 22:00 horas e das 22:00 às 22:52’:30” (a segunda hora extra é noturna, logo o seu tempo é reduzido para 52’:30”.
Feliciano deve ser remunerado pelo cumprimento de 24 horas extras, sendo 13 horas extras diurnas e 13 horas extras noturnas. 
A hora extra diurna deve ser calculada à razão de 50% de acréscimo sobre à hora diurna, logo seu valor será de R$ 7,50 (50% de R$ 5,00 = R$ 2,50, acrescido sobre a hora normal), como cumpriu 12 horas extras diurnas o valor corresponderá a R$ 90,00 (R$ 7,50 X 12 horas extras). 
A hora noturna corresponde à hora diurna majorada de 20%, logo o seu valor será de R$ 6,00 (20% de R$ 5,00 = 1,00, acrescido sobre a hora diurna). A hora extra noturna deve ser calculada à razão de 50% de acréscimo sobre a hora noturna, logo o seu valor será de R$ 9,00 (50% de R$ 6,00 = R$ 3,00, acrescido sobre a hora noturna), como cumpriu 12 horas extras noturnas o valor corresponderá a R$ 108,00 (R$ 9,00 X 12 horas extras noturnas). 
Por fim, deve-se calcular o reflexo das horas extras cumpridas no mês de novembro sobre o valor do repouso semanal remunerado e dos feriados daquele mês. Em março de 2016 ocorreram 5 domingos e 2 feriados, logo foram 24 dias úteis e como Feliciano cumpriu 24horas extras deve-se calcular a média das horas extras em relação aos dias úteis, (24 ÷ 24 = 1 hora extra por dia). 
Esse valor deve ser agregado aos 7 dias não trabalhados, porém remunerados, acrescendo-se, portanto, 5 horas extras a mais. Como foram cumpridas, igualmente, horas extras diurnas (R$ 7,50) e horas extras noturnas (R$ 9,00), deve computar a média desse valor, ou seja, (R$ 7,50 + R$ 9,00 = R$ 16,50 ÷ 2) = R$ 8,25 X 7 = R$ 57,75. Assim, a remuneração que deve ser paga a Feliciano em março de 2016 será de R$ 1.255,75; correspondente a R$ 1.000,00 de salário + R$ 97,50, relativo a 12 horas extras diurnas + R$ 117,00, relativo a 12 horas extras noturnas + R$ 57,75, correspondente a 7 horas extras mistas, referentes aos dias não trabalhados em função dos feriados e do repouso semanal remunerado. 
Nos dias em que Feliciano cumpriu horas extras sua jornada de trabalho encerrou-se às vinte duas horas, cinquenta e dois minutos e trinta segundos, em função da hora noturna diferenciada, estabelecida na CLT aos trabalhadores urbanos.

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