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Legislação Aduaneira
Aula 07
1
Legislação Aduaneira – Edital 2014
13.	Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no MERCOSUL. (Decreto 6759/2009, arts. 155 a 168, IN 1059/2010 e Decisão CMC 53/2008)
14. 	Mercadoria Abandonada. (Decreto 6759/2009, arts. 642 a 648)
15. 	Avaria; Extravio e Acréscimo de Mercadorias. (Decreto 6759/2009, 	arts. 649 a 659)
	15.1.	Responsabilidade Fiscal pelo Extravio. (Decreto 6759/2009, arts. 	660 a 664)
16.	Termo de Responsabilidade. (Decreto 6759/2009, arts. 758 a 767)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Convenção
Após cada texto, foi inserida uma notação que indica de qual(ais) diploma(s) normativo(s) ele foi extraído: 
CMC 	= Decisão CMC 53/2008
RA	= Regulamento Aduaneiro (Decreto 6759/2009)
IN1	= Instrução Normativa RFB 1059/2010
IN2	= Instrução Normativa RFB 1385/2013
As normas de bagagem aplicadas no Brasil devem, por óbvio, observar as normas estabelecidas no âmbito do Mercosul. 
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Definições
Bens de viajante: os bens portados por viajante ou que, em razão da sua viagem, sejam para ele encaminhados ao País ou por ele remetidos ao exterior, ainda que em trânsito pelo território aduaneiro, por qualquer meio de transporte (IN1)
Bagagem: os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela sua quantidade, natureza ou variedade, não permitirem presumir importação ou exportação com fins comerciais ou industriais (CMC, RA e IN1)
Bagagem acompanhada: a que o viajante levar consigo e no mesmo meio de transporte em que viaje, exceto quando vier em condição de carga – amparada por conhecimento de carga ou documento equivalente (CMC, RA e IN1)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Definições
Bagagem desacompanhada: a que chegar ao território aduaneiro ou dele sair, antes ou depois do viajante, ou que com ele chegue, mas em condição de carga – amparada por conhecimento de carga ou documento equivalente (CMC, RA e IN1) 
Bagagem extraviada: a que for despachada como bagagem acompanhada pelo viajante e que chegar ao País sem seu respectivo titular, em virtude da ocorrência de caso fortuito ou força maior, ou por confusão, erros ou omissões alheios à vontade do viajante (IN1) 
Bens de uso ou consumo pessoal: os artigos de vestuário, higiene e demais bens de caráter manifestamente pessoal, em natureza e quantidade compatíveis com as circunstâncias da viagem (CMC, RA e IN1) 
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Definições
Bens de caráter manifestamente pessoal: aqueles que o viajante possa necessitar para uso próprio, considerando as circunstâncias da viagem e a sua condição física, bem como os bens portáteis destinados a atividades profissionais a serem executadas durante a viagem, excluídos máquinas, aparelhos e outros objetos que requeiram alguma instalação para seu uso e máquinas filmadoras e computadores pessoais (IN1)
Os bens de caráter manifestamente pessoal abrangem, entre outros, uma máquina fotográfica, um relógio de pulso e um telefone celular usados que o viajante porte consigo, desde que em compatibilidade com as circunstâncias da viagem (IN1)
Tripulante: a pessoa, civil ou militar, que esteja a serviço do veículo durante o percurso da viagem (IN1) 
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Definições
Não se enquadram no conceito de bagagem (CMC, RA e IN1):
I - veículos automotores em geral, motocicletas, motonetas, bicicletas com motor, motores para embarcação, motos aquáticas e similares, casas rodantes (motor homes), aeronaves e embarcações de todo tipo; e
II - partes e peças dos bens relacionados no inciso I, exceto os bens unitários, de valor inferior aos limites de isenção, relacionados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Despacho Aduaneiro de Importação
O viajante que ingressar no território brasileiro e estiver obrigado a dirigir-se ao canal “bens a declarar”, nos termos do disposto no art. 6º da Instrução Normativa nº 1.059, de 2010, deverá declarar o conteúdo de sua bagagem mediante o programa Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV) disponibilizado no sítio da RFB na Internet, no endereço eletrônico <www.receita.fazenda.gov.br>, e apresentar sua e-DBV para registro e submissão a procedimentos de despacho aduaneiro no local alfandegado de entrada no País, como condição para a liberação dos bens nela declarados (IN2)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Bens a Declarar (IN1):
 animais, vegetais ou suas partes, sementes, produtos de origem animal ou vegetal, produtos veterinários ou agrotóxicos
 produtos médicos, produtos para diagnóstico in vitro, produtos para limpeza, inclusive os equipamentos e suas partes, instrumentos e materiais, os destinados à estética ou ao uso odontológico, ou materiais biológicos
 medicamentos ou alimentos de qualquer tipo; inclusive vitaminas e suplementos alimentares, excluindo os de uso pessoal
 armas e munições
 bens destinados à pessoa jurídica ou outros bens que não sejam passíveis de enquadramento como bagagem
 bens que devam ser submetidos a armazenamento para posterior despacho no regime comum de importação
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Bens a Declarar (IN1):
 bens sujeitos ao regime aduaneiro especial de admissão temporária, quando sua discriminação em e-DBV for obrigatória;
 bens cujo valor global ultrapasse o limite de isenção para a via de transporte (US$ 300,00 para as vias terrestre, fluvial ou lacustre, e US$ 500,00 para as vias aérea e marítima)
 bens que excederem limite quantitativo para fruição da isenção
 valores em espécie em montante superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou seu equivalente em outra moeda.
O viajante poderá ainda dirigir-se ao canal "bens a declarar", caso deseje obter documentação comprobatória da regular entrada dos bens no País (IN1)
O viajante não poderá declarar como própria bagagem de terceiro, ou utilizar o tratamento de bagagem para o ingresso de bens que não lhe pertençam, com exceção dos bens de uso ou consumo pessoal de residente no País, falecido no exterior, e cujo óbito seja comprovado por documentação idônea (RA)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Isenção (CMC, RA e IN1):
 livros, folhetos, periódicos;
 bens de uso ou consumo pessoal; e
 outros bens, observado (somente pode ser exercido o direito a 	essa isenção uma vez a cada intervalo de 1 mês):
 os limites de valor global de US$ 500,00, para as vias aérea e marítima, e de US$ 300,00, para as vias terrestre, fluvial e lacustre (a Decisão CMC 53/2008 Mercosul estipula os limites de US$ 300,00 e US$ 150,00, respectivamente, permitindo aos países que tenham limites mais elevados mantê-los até que possam ser harmonizados)
 os limites quantitativos: 12 litros de bebidas alcoólicas; 10 maços de cigarro; 25 unidades de charutos ou cigarrilhas; 250 gramas de fumo; 20 unidades de outros bens de valor inferior a US$ 5,00 (terrestre, fluvial ou lacustre) ou a US$ 10,00 (aéreo ou marítimo), desde que não haja mais de 10 idênticas; 20 unidades (aéreo ou marítimo) ou 10 unidades (terrestre, fluvial ou lacustre) de outros bens, desde que não haja mais de 3 idênticos 
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Isenção (CMC, RA e IN1)
Independentemente da fruição da isenção, o viajante poderá adquirir bens em loja franca no território brasileiro, por ocasião de sua chegada ao País, com isenção, até o limite de valor global de US$ 500.00 (aéreo ou marítimo)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Tributação Especial
O regime de tributação especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor tributável dos bens (CMC, RA e IN1)
O valor tributável a que serefere o caput corresponde: ao valor global que exceder o limite de isenção; ou ao valor dos bens, que não os de uso pessoal ou os livros, folhetos e periódicos, de tripulante ou quando o viajante já tiver usufruído a isenção no último mês (IN1)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Valoração
Para fins de determinação do valor dos bens de viajante considerar-se-á o valor de sua aquisição à vista da fatura comercial ou documento de efeito equivalente (CMC, RA e IN1)
Na falta do valor de aquisição dos bens a que se refere o caput, pela não apresentação ou inexatidão da fatura comercial ou documento de efeito equivalente, a autoridade aduaneira estabelecerá o valor dos bens, utilizando-se de catálogos, listas de preços ou outros indicadores de valor (CMC, RA e IN1)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Penalidades
A opção do viajante pelo canal "nada a declarar", caso esteja trazendo bens que excedam a cota de isenção, configura declaração falsa, punida com multa correspondente a cinquenta por cento do valor excedente ao limite de isenção para a via de transporte utilizada, sem prejuízo do pagamento do imposto devido (IN1)
Quando a fiscalização aduaneira constatar divergência entre o imposto pago pelo viajante e o apurado como devido, será exigida a diferença, acrescida da multa por declaração inexata, correspondente a cinquenta por cento do valor excedente ao limite de isenção para a via de transporte utilizada (IN1)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Inconformidade
Caso o interessado não concorde com a exigência fiscal, os bens poderão ser entregues após a instauração da fase contenciosa, mediante depósito em moeda corrente, fiança idônea ou seguro aduaneiro, no valor da exigência (IN1)
Importação Comum
O despacho aduaneiro de importação de bens trazidos pelo viajante e que não sejam passíveis de enquadramento como bagagem ou que excedam os limites quantitativos será efetuado com observância da legislação referente à importação comum ou, no caso de viajante não-residente no País, à admissão temporária (IN1)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Bagagem Desacompanhada
A bagagem desacompanhada deverá ser declarada por escrito (CMC e RA)
A bagagem desacompanhada, na importação, deverá (CMC, RA e IN1):
I - chegar ao território aduaneiro, na condição de carga, dentro dos 3 (três) meses anteriores ou até os 6 (seis) meses posteriores à chegada do viajante; e
II - provir do local ou de um dos locais de estada ou de procedência do viajante.
A bagagem desacompanhada somente será desembaraçada após a comprovação da chegada do viajante ao País (CMC, RA e IN1)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Bagagem Desacompanhada
A bagagem desacompanhada, observado o disposto acima, é isenta de tributos relativamente a roupas e bens de uso pessoal, usados, livros, folhetos e periódicos (CMC, RA e IN1)
Os demais bens, caracterizados como bagagem, devem ser submetidos ao Regime de Tributação Especial (CMC, RA e IN1)
Aplica-se o regime de importação comum aos bens que cheguem ao País, como bagagem desacompanhada, com inobservância dos prazos e condições estabelecidos (CMC, RA e IN1)
Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul
Imigrante e Viajante que Regressa 
Os residentes no exterior que ingressem no País para nele residir de forma permanente, e os brasileiros que retornem ao País, provenientes do exterior, depois de lá residirem há mais de 1 (um) ano, poderão ingressar no território aduaneiro, com isenção de tributos, os seguintes bens, novos ou usados (CMC, RA e IN1):
I - móveis e outros bens de uso doméstico; e
II - ferramentas, máquinas, aparelhos e instrumentos necessários ao exercício de sua profissão, arte ou ofício, individualmente considerado.
No caso de estrangeiro, enquanto não lhe for concedido o visto permanente, seus bens poderão ingressar no território aduaneiro sob o regime de admissão temporária. (CMC, RA e IN1)
Mercadoria Abandonada
Considera-se abandonada a mercadoria que permanecer em recinto alfandegado sem que o seu despacho de importação seja iniciado no decurso dos seguintes prazos (art. 642)
I -	noventa dias:
	a) 	da sua descarga; e
	b) 	do recebimento do aviso de chegada da remessa postal internacional sujeita ao regime de importação comum;
II -	quarenta e cinco dias:
	a)	após esgotar-se o prazo de sua permanência em regime de entreposto aduaneiro;
	b) 	após esgotar-se o prazo de sua permanência em recinto alfandegado de zona secundária (75 dias); e
	c) 	da sua chegada ao País, trazida do exterior como bagagem, acompanhada ou desacompanhada; e
III -	sessenta dias da notificação nos casos de naufrágio. 
Mercadoria Abandonada
Considera-se também abandonada a mercadoria que permaneça em recinto alfandegado, e cujo despacho de importação (art. 642, § 1º)
I - 	não seja iniciado ou retomado no prazo de trinta dias da ciência:
	a) 	da relevação da pena de perdimento aplicada; ou
	b) 	do reconhecimento do direito de iniciar ou de retomar o despacho; ou
II - 	tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por ação ou por omissão do importador
Mercadoria Abandonada
Nos casos de dano ao Erário, o importador, antes de aplicada a pena de perdimento, poderá iniciar o respectivo despacho de importação, mediante o cumprimento das formalidades exigíveis e o pagamento dos tributos incidentes na importação, acrescidos de juros e de multa de mora, e das despesas decorrentes da permanência da mercadoria em recinto alfandegado  (art. 643)
Mercadoria Abandonada
Serão declarados abandonados os bens que permanecerem em recinto alfandegado sem que o seu despacho de importação seja iniciado em noventa dias (art. 644)
I -	da descarga, quando importados por órgãos da administração pública direta, de qualquer nível, ou suas autarquias, missões diplomáticas, repartições consulares ou representações de organismos internacionais, ou por seus funcionários, peritos, técnicos e consultores, estrangeiros; ou
II - do recebimento do aviso de chegada da remessa postal sujeita ao regime de tributação simplificada, quando caída em refugo e com instruções do remetente de não-devolução ao exterior. 
Mercadoria Abandonada
Serão também declarados abandonados os bens (art. 644, § 1º)
I - 	adquiridos em licitação e que não forem retirados no prazo de trinta dias da data de sua aquisição; 
II - 	ingressados no recinto alfandegado, ao amparo do regime de tributação unificado, decorrido o prazo de trinta dias:
	a) 	de sua permanência no recinto, sem que tenha sido iniciado o respectivo despacho aduaneiro; ou
	b) 	da interrupção do curso do despacho, por ação ou por omissão do habilitado; ou
III -	na hipótese de não ser efetuado o pagamento da multa exigida no prazo de trinta dias da interrupção do curso do despacho de reexportação de mercadoria admitida temporariamente
Mercadoria Abandonada
Tratando-se de importação realizada por órgãos da administração pública direta, de qualquer nível, ou suas autarquias, se não for promovido o despacho de importação, nos termos do art. 546, ou se ocorrer a interrupção deste por mais de sessenta dias, a autoridade aduaneira (art. 644, § 2º)
I - comunicará o fato ao órgão importador, para início ou retomada do respectivo despacho aduaneiro; e
II - encaminhará representação ao Ministério Público, se não for adotada a providência prevista no inciso I, no prazo de trinta dias, contados da ciência da comunicação.
Mercadoria Abandonada
Decorridos os prazos previstos nos arts. 642 e 644, sem que tenha sido iniciado o despacho de importação, o depositário fará, em cinco dias, comunicação à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil com jurisdição sobre o recinto alfandegado, relacionando as mercadorias e mencionando todos os elementos necessários à identificação dos volumes e do veículo transportador (art. 647)
Feita a comunicação dentro do prazo previsto, a Secretaria da Receita Federal do Brasil, com os recursosprovenientes do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização, efetuará o pagamento, ao depositário, da tarifa de armazenagem devida até a data em que retirar a mercadoria (§ 1º)
Art. 642: 	Dano ao Erário 	 	Perdimento
Art. 644: 	Não é Dano ao Erário (art. 644, § 4º) 	 	Declaração 				de Abandono
Mercadoria Abandonada
Aplica-se a multa de R$ 15.000,00 ao transportador, de passageiros ou de carga, em viagem doméstica ou internacional que transportar mercadoria sujeita a pena de perdimento: (art.731) - o veículo fica retido
I - 	sem identificação do proprietário ou possuidor; ou
II - 	ainda que identificado o proprietário ou possuidor, as características ou a quantidade dos volumes transportados evidenciarem tratar-se de mercadoria sujeita à referida pena. 
Considera-se abandonado o veículo, de passageiro ou de carga, em viagem doméstica ou internacional, quando não houver sido recolhida a multa prevista no art. 731, decorrido o prazo de quarenta e cinco dias de sua aplicação ou da ciência da decisão que julgou improcedente a impugnação (art. 648)
Avaria, Extravio e Acréscimo
Para os fins deste Decreto, considera-se: (art. 649)
Avaria, qualquer prejuízo que sofrer a mercadoria ou o seu envoltório. Será considerada total a avaria que acarrete a descaracterização da mercadoria.
Extravio, toda e qualquer falta de mercadoria, ressalvados os casos de erro inequívoco ou comprovado de expedição (Lei 12.350/2010).
Acréscimo, qualquer excesso de volume ou de mercadoria, em relação à quantidade registrada em manifesto ou em declaração de efeito equivalente.
Conferência Final de Manifesto
A conferência final do manifesto de carga destina-se a constatar extravio ou acréscimo de volume ou de mercadoria entrada no território aduaneiro, mediante confronto do manifesto com os registros, informatizados ou não, de descarga ou armazenamento (art. 658)
Responsabilidade Fiscal pelo Extravio
Os créditos relativos aos tributos e direitos correspondentes às mercadorias extraviadas na importação, inclusive multas, serão exigidos do responsável por meio de lançamento de ofício, formalizado em auto de infração, observado o disposto no Decreto nº 70.235, de 1972 (art. 660)
Responsável (§ 1º) :
transportador, quando constatado o extravio até a conclusão da descarga da mercadoria no local ou recinto alfandegado, observado o disposto no art. 661; ou 
o depositário, quando o extravio for constatado em mercadoria sob sua custódia, em momento posterior ao referido no inciso I. 
Fica dispensado o lançamento de ofício na hipótese de o importador ou de o responsável assumir espontaneamente o pagamento dos créditos (§ 2º) 
Responsabilidade Fiscal pelo Extravio
Transportador (art. 661)
ficar constatado que houve, após o embarque, substituição de mercadoria; 
houver extravio de mercadoria em volume descarregado com indícios de violação; ou
o volume for descarregado com peso ou dimensão inferior ao constante no conhecimento de carga, no manifesto ou em documento de efeito equivalente.
Depositário (art. 662)
Presume-se sua responsabilidade no caso de volumes recebidos sem ressalva ou sem protesto
A responsabilidade pode ser excluída nas hipóteses de caso fortuito ou força maior (art. 664) 
Termo de Responsabilidade
 O termo de responsabilidade é o documento no qual são constituídas obrigações fiscais cujo adimplemento fica suspenso pela aplicação dos regimes aduaneiros especiais (art. 758)
 As multas por eventual descumprimento do compromisso assumido no termo de responsabilidade não integram o crédito tributário nele constituído (§ 2º)
 O termo de responsabilidade é título representativo de direito líquido e certo da Fazenda Nacional com relação às obrigações fiscais nele constituídas (art. 760)
 Poderá ser exigida garantia real ou pessoal – depósito em dinheiro, fiança idônea ou seguro aduaneiro (art. 759)
 Não cumprido o compromisso assumido no termo de responsabilidade, o crédito nele constituído será objeto de exigência, com os acréscimos legais cabíveis (parágrafo único)
Termo de Responsabilidade
A exigência do crédito tributário constituído em termo de responsabilidade deve ser precedida de (art. 761):
I - 	intimação do responsável para, no prazo de dez dias, manifestar-se sobre o descumprimento, total ou parcial, do compromisso assumido; e
II - 	revisão do processo vinculado ao termo de responsabilidade, à vista da manifestação do interessado, para fins de ratificação ou liquidação do crédito. 
A exigência do crédito, depois de notificada a sua ratificação ou liquidação ao responsável, deverá ser efetuada mediante (§ 1º):
I - 	conversão do depósito em renda da União, na hipótese de prestação de garantia sob a forma de depósito em dinheiro; ou
II - 	intimação do responsável para efetuar o pagamento, no prazo de trinta dias, na hipótese de dispensa de garantia, ou da prestação de garantia sob a forma de fiança idônea ou de seguro aduaneiro. Será intimado também o fiador ou a seguradora (§ 2º).
Termo de Responsabilidade
Não efetuado o pagamento do crédito tributário exigido, o termo será encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional, para cobrança (art. 763)
O termo não formalizado por quantia certa será liquidado à vista dos elementos constantes do despacho aduaneiro a que estiver vinculado (art. 765)

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