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Aulas de Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis

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Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
O DESENVOLVIMENTO DE 
PRODUTOS SUSTENTÁVEIS
Universidade Federal Fluminense
Departamento de Engenharia Agrícola e Meio ambiente
Curso de Engenharia de Recursos Hídricos e Meio Ambiente
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
Bibliografia base
• O desenvolvimento de produtos sustentáveis. Os 
requisitos ambientais dos produtos industriais. (Ezio 
Manzini e Carlo Vezzoli). Editora EDUSP.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
Programação da disciplina
• Presença em sala de aula (75%);
• Forma de avaliação da disciplina;
– Trabalhos (regras do trabalho)
– Provas 
• P1 
• P2 
• Horário de início das aulas;
• Chefe de turma;
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
Programação das aulas
• Sustentabilidade ambiental
• Sociedade sustentável
• Políticas e projetos
• O ciclo de vida de um sistema produtivo
• O projeto de ciclo de vida
• A minimização de recursos
• Escolha de recursos e processos de baixo impacto
• Otimização da vida dos produtos
• Extensão da vida dos materiais
• Facilitando a desmontagem
• Oportunidade e vínculos econômicos associados ao Life Cycle Design
• A complexidade ambiental e os projetos
• Avaliação do impacto ambiental do produto (Life Cycle Design)
• Instrumentos para o desenvolvimento dos produtos sustentáveis
• Impactos ambientais do nosso sistema de produção e consumo
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
Ementa da disciplina
Sustentabilidade: objetivo. Biocompatibilidade e/ou não-interferência. Ecologia industrial e
desmaterialização. Soluções sustentáveis e não sustentáveis. Eficiência, suficiência e eficácia.
Percursos para sustentabilidade. Sociedade sustentável. Economia sustentável. Dimensão
econômica e produtiva. Qualidade social. Papel dos consumidores. Políticas ambientais. Relação
entre Procura de Bem-estar e Sistema Produtivo. Competitividade e Sustentabilidade. Projeto e o
Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis. O ciclo de vida do Sistema Produto: pré-produção,
produção, distribuição, uso, descarte. Ciclos de vida adicionais. O Projeto do Ciclo de Vida:
conceito, objetivo e abordagem. Integração no Processo de Desenvolvimento dos Produtos.
Estado da Arte. Estratégias do Projeto do ciclo de vida. inter-relação e Prioridade entre Diversas
Estratégias. Minimização do uso dos Recursos na Produção e na Distribuição. Minimização do
Consumo de Recursos durante o Uso. Produtos de Uso coletivo e Compartilhado. Escolha de
Recursos e Processos de Baixo Impacto Ambiental: Os Novos Materiais; Fontes e
Transformações Energéticas. Otimização da vida dos Produtos. Projeto com Durabilidade e a
Intensificação de Uso dos Produtos. Projeto com Confiabilidade. Os produtos com facilidades de
atualização, adaptabilidade, manutenção, reparo, reutilização e refabricação. Extensão da Vida
dos Materiais. Reciclagem. Escolha de materiais com tecnologias de reciclagem eficiente.
Facilidades de Recolha e Transporte após o Uso. Identificação dos Materiais. Minimização do
número de materiais incompatíveis entre si. Facilidade de limpeza, compostagem e combustão.
Desmontagem: minimização e facilidade de Operações para desmontagem e separação, limpeza.
Uso de sistemas com junções reversíveis. Uso de sistemas de União Permanente. Tecnologias e
Formas específica para a Desmontagem destrutiva. Uso de materiais facilmente separáveis
quando triturados. Uso de insertos facilmente separáveis em materiais já triturados. Um Mix
integrado de Produtos e Serviços Eco-eficientes. Instrumentos para o Desenvolvimento dos
Produtos Sustentáveis
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
O QUE É ECODESIGN?
• Ecodesign = Modelo de projeto (design) orientado por 
critérios ecológicos.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
ECODESIGN
• É possível haver ecodesign em todas as fases do 
projeto?
COMO???
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
O QUE É DESIGN INDUSTRIAL?
• Design industrial = Ecodesign aplicado a produtos 
industrializados.
• “Atividade que, ligando o tecnicamente possível com o 
ecologicamente necessário (não viável!) faz nascer 
novas propostas socio-culturalmente apreciáveis ”. 
Manzini
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
DESIGN INDUSTRIAL X MEIO AMBIENTE
• São 4 os níveis de interferência:
1- Redesign ambiental
do existente
2- Projetos de novos 
produtos/serviços que 
substituam os atuais
4- Proposta de novos 
cenários que respondam
por um estilo de vida 
sustentável
3- Projetos de novos 
produtos/serviços
intrinsecamente 
sustentáveis
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
1- REDESIGN AMBIENTAL DO EXISTENTE
• Melhorar a eficiência global (consumo de material e 
energia);
• Facilitar a reciclagem de seus materiais;
• Reutilização de componentes;
Características:
• Comporta escolhas de caráter estritamente técnico;
• Não requer mudanças reais no estilo de vida e consumo.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
1- REDESIGN AMBIENTAL DO EXISTENTE
• Necessidade de sensibilização do usuário quanto a 
escolha (apelo ambiental);
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
2- PROJETOS DE NOVOS PRODUTOS/SERVIÇOS QUE 
SUBSTITUAM OS ATUAIS
• Serviços que são ecologicamente mais favoráveis que os demais;
• Novas propostas que sejam socialmente aceitáveis;
Deve-se considerar:
• Dificuldade de inserir novo produto no mercado;
• Dificuldade de serviços ecológicos aceitáveis em uma sociedade 
culturalmente anti-sustentável.
Carro Elétrico 
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PROJETOS DE NOVOS PRODUTOS/SERVIÇOS 
INTRINSECAMENTE SUSTENTÁVEIS
• Novas maneiras que busquem resultados socialmente apreciados 
(favoráveis ao meio ambiente);
• Decisão estratégica da empresa:
– Aceitar o risco de investir em produto que o mercado não conhece;
– Caso sucesso  abertura de novo nicho mercadológico.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PROPOSTA DE NOVOS CENÁRIOS QUE RESPONDAM 
POR UM ESTILO DE VIDA SUSTENTÁVEL
• Novos critérios de qualidade;
• Dinâmicas complexas de inovações socioculturais;
“Não se trata de somente aplicar possibilidades 
tecnológicas, mas promover novos critérios de qualidade 
sustentáveis para o meio ambiente, socialmente 
aceitáveis e culturalmente atraentes.”
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
ATUALMENTE...
• Design industrial X Meio Ambiente se resumem a:
Não é suficiente para atingir a sustentabilidade ambiental! 
Redesign ambiental
Projeto de novos 
produtos em 
substituição à 
aqueles existentes
Design para a sustentabilidade
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
DESIGN PARA A SUSTENTABILIDADE
“Sistema produtivo à procura do bem-estar, com 
redução drástica da utilização de recursos ambientais, 
em comparação aos níveis atuais”
• Quando aplicável a um produto  Life Cycle Design
(LCD).
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
LIFE CYCLE DESIGN (LCD)
“Conceber o desenvolvimentode diversos produtos, 
onde durante todas as fases de projeto, sejam 
consideradas as possíveis implicações ambientais.”
Pré-produção
Produção
Distribuição
Uso
Descarte
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
COMPLEMENTARIDADE (LCD & DS)
Life Cycle Design Design para a 
sustentabilidade
Caráter estratégico
Fundamentação 
concreta
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
• Ponto de partida:
– Nossa sociedade depende do funcionamento no longo prazo de 
ecossistemas (Natureza).
– Capacidade de produzir (alimentos, energia, matéria-prima).
• O que é SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
– “Atividades humanas não devem interferir nos ciclos naturais, 
não ultrapassando o limite de resiliência do planeta, sem 
empobrecer o capital que será transmitido às gerações futuras”
WCED, 1987 (World Commission
for Environment and Development)
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PRINCÍPIO DA EQUIDADE
“Cada pessoa (inclusive as gerações futuras) tem 
direito ao mesmo espaço ambiental.”
(ex. Relação de consumo de crianças norte-americanas e 
crianças indianas)
ESPAÇO AMBIENTAL
Quantidade de (Energia, Água,
Território, Matéria-prima 
não-renovável utilizado de 
forma sustentável.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
SUSTENTABILIDADE COMO OBJETO
• Sustentabilidade deve:
– Basear-se em recursos renováveis (garantindo o tempo de 
renovação);
– Otimizar o uso de recursos não-renováveis;
– Não acumular lixo que o ecossistema não seja capaz de 
renaturalizar (fazer retornar as substâncias minerais orgânicas)
– Fazer com que cada indivíduo, permaneça nos limites de seu 
espaço ambiental.
SUSTENTABILIDADE = Objeto a ser atingido, não uma direção!
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
MUDANÇA
• Controle do impacto ambiental depende:
– População
– Procura do bem-estar humano
– Ecoeficiência das tecnologias 
• Cenários:
– Crescimento demográfico
– Constante procura do bem-estar
– Ecoeficiência tecnológica
“É possível se viver bem
utilizando apenas 10% de 
recursos empregados nas 
sociedades industriais.”
(Manzini, 1995)
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
BIOCOMPATIBILIDADE X NÃO-INTERFERÊNCIA
• Para que as atividades humanas continuem, as perdas 
ambientais precisam tender a zero (Relatório MIT - 70):
Biociclo:
“Processos tecnológicos
biocompatíveis”.
Máxima integração
Tecnociclo:
“Processos tecnológicos
fechados entre si”.
Máxima 
não-interferência
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
BIOCICLOS (BIOCOMPATIBILIDADE)
• Sistema de produção/consumo se baseie nos recursos 
renováveis;
• Retirada de recursos renováveis (sem ultrapassar seus 
limites de produtividade)
• Reintrodução como lixo totalmente biodegradável 
(renaturalização).
Integrar ao máximo as cadeias produtiva/consumo 
com os ciclos naturais
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
TECNOCICLOS (NÃO-INTERFERÊNCIA)
• Reutilizando e reciclando todos materiais;
• Reduzir a zero os inputs e os outputs entre o sistema 
tecnológico e o sistema natural.
Academicamente impossível de se atingir:
Isso pelo fato de sempre haver troca de energia 
(termodinâmica)  entropia
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
ECOLOGIA INDUSTRIAL
• Desmaterialização da demanda social do bem-estar (redução 
drástica de produtos para atingir ao bem-estar socialmente 
aceitável).
• Como
– Reduzindo energia e matéria-prima para geração de produtos
– Aumentar a inteligência na geração
– Fontes renováveis
– Simbiose industrial (Relação mútua e vantajosa. Ex. Reutilização de 
subprodutos de diversas industrias )
Biociclo TecnocicloECOLOGIA 
INDUSTRIAL
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
GRÁFICO (MUDANÇA CULTURAL X TECNOLÓGICA)
DC
DT
Eficiência
S
u
fi
c
iê
n
c
ia
Eficiência: (próxima a 
inovação tecnológica)
“Mudança técnica é maior 
que a mudança cultural”
(Como produzir melhor?)
Suficiência: (próximo a 
inovação cultural) “Mudança
cultural maior que técnica”
(Por que necessitamos dessas
coisas?)
Eficácia: (equilíbrio entre as 
inovações tecnológicas e 
culturais) “O que é melhor p/ 
aumentar o bem-estar enquanto 
se reduzem consumos?”
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
SUSTENTABILIDADE X ECO-REDESIGN
P
ro
d
u
to
s
 b
io
ló
g
ic
o
 
e
 b
io
d
e
g
ra
d
á
v
e
is
Produtos limpos e
recicláveis
Prod. e serviços
ecoeficazes
Biocompatibilidade
Desmaterialização
Não-interferência
Limite da sustentabilidade
DC
DT
Eco-redesign:Soluções positivas 
para o Meio Ambiente, mas ainda 
não sustentáveis.
Eficiência
S
u
fi
c
iê
n
c
ia
Sustentabilidade: “Atividades humanas
não devem interferir nos ciclos naturais, 
não ultrapassando o limite de resiliência 
do planeta, sem empobrecer o capital 
que será transmitido às gerações futuras”
Fonte: WCED,1987.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
INTRODUÇÃO
“Não se pode pensar em uma sociedade futura,
que não seja sustentável, embasada em 
sistema de produção e consumo responsável 
e coerente com o meio ambiente”
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
TENSÃO SOCIAL
Frases de impacto:
• Quais são os limites ambientais 
• “Futuro, que além de possível, seja mais provável!”
• “Pensar na sociedade futura cujo metabolismo, ou seja, 
a capacidade de transformar recursos ambientais, para 
satisfazer as necessidades materiais seja muito menor 
(10% de recursos consumidos hoje).”
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
TRANSIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE
Como será a 
transição da minha sociedade, 
para a sustentabilidade?
TRANSIÇÃO 
FORÇADA
TRANSIÇÃO POR
ESCOLHA
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
TRANSIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE
TRANSIÇÃO
FORÇADA
Fenômenos 
catastróficos
Obrigação da 
reorganização do 
sistema
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
TRANSIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE
TRANSIÇÃO POR 
ESCOLHA
Mudança 
cultural, econômica
política voluntária
Reorientar atividades 
de produção 
e consumo
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
TRANSIÇÃO POR ESCOLHA
Até hoje:
Transição por escolha:
Bem-estar Aumento da disponibilidade de produtos
Bem-estar Aumento da disponibilidade de produtos
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
TRANSIÇÃO POR ESCOLHA (CENÁRIOS HIPER-
TECNOLÓGICO)
• Para a ruptura do elo (bem-estar X aumento 
disponibilidade produtos):
Cenário 1-
Hiper-tecnológico
Possível manter as
expectativas de 
bem-estar 
Reduzindo 
exacerbadamente o
consumo de recursos
Desmaterialização
Aplicação dos princípiosda “ecologia industrial”
(biociclos e tecnociclos)
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
TRANSIÇÃO POR ESCOLHA (CENÁRIOS HIPER-
CULTURAL)
Cenário 2-
Hiper-cultural
Mudança cultural
Redução de consumo
Mudança radical do 
conceito do bem-estar
Cenário 2-
Hiper-cultural
Cenário 2-
Hiper-cultural
Mudança radical do 
conceito do bem-estar
Cenário 2-
Hiper-cultural
Redução de consumo
Mudança radical do 
conceito do bem-estar
Cenário 2-
Hiper-cultural
Mudança cultural
Redução de consumo
Mudança radical do 
conceito do bem-estar
Cenário 2-
Hiper-cultural
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
Cenário Praticável
TRANSIÇÃO POR ESCOLHA (CENÁRIO PRATICÁVEL)
Trabalho com 
multiplicidade de 
atividades 
Ambiente como fator 
escasso
Sistema interconectado
(redução de consumo 
gestão otimizada de 
utilização de recursos)
Economia como 
multiplicidade de 
economias
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
DIMENSÃO ECONÔMICA E PRODUTIVA
“No cenário da sustentabilidade, qualquer ator social 
que atue na área econômica, deverá atuar 
positivamente também na área ambiental”
Novo paradigma 
econômico?
Sim! 
Pensar em uma economia, onde
os custos das variáveis ambientais
sejam muito mais altos que os atuais.
Novo paradigma 
econômico?
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
CUSTOS CRESCENTES DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS
• Custos crescentes de (sobretaxa):
– Matérias-primas
– Tratamento de efluentes
– Descartes de resíduos
– Água tratada, energia elétrica 
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
DESMATERIALIZAÇÃO DE PRODUTOS
• “Produtos e serviços que respondam ao bem-estar, 
utilizando o mínimo possível de recursos ambientais”
8 “ (80kB, 256kB, 
800kB, 1MB)
3 ½ “ (1,44MB)
Pen Drive
1GB, 2GB, 4GB, 
8GB, 16GB, 
32GB, 64GB
HD EXTERNO 
1TB, 2 TB
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
ATUAL USO DE DISQUETES
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
POLÍTICAS E PROJETOS
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
INTRODUÇÃO
• Busca da SUSTENTABILIDADE = Definir um cenário + 
colocar em ação as melhores estratégias para atingir-lo.
• Política Ambiental  Utilização do termo 
BACKCASTING (retromoldar).
“Atividades de desenvolvimento de projetos que 
comportam a subjetividade a partir dos objetivos”
Estabelecer OBJETIVO
de médio/longo prazo
Especificar os passos: 
Tempos, Modos e 
Instrumentos 
BACKCASTING
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PAPEL DO CONSUMIDOR
• A escolha dos produtos pelos consumidores são 
condicionados a fatores que:
– De um lado, tragam-lhe o bem-estar almejado;
– Do outro, dependem de quais alternativas o mercado pode 
oferecer.
“O melhor modo de seguir para a sustentabilidade é 
cada indivíduo, consumidor em potencial, agindo 
com base em seus próprios valores e critérios de 
qualidade, faça as escolhas de produtos/serviços 
compatíveis com as necessidades ambientais”
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
CONSUMIDORES SUSTENTÁVEIS
PARA QUE CONSUMIDORES
SEJAM SUSTENTÁVEIS
É PRECISO:
Que os consumidores 
tenham feedbacks
ambientais corretos 
Que aos consumidores 
sejam oferecidos
alternativas ambientais
socialmente aceitáveis 
Que se desenvolva uma 
cultura adequada para 
interpretar (feedback 
ambiental e as alternativas)
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
FEEDBACK AMBIENTAL
• É o caminho menos traumático para se chegar a 
sustentabilidade, onde cada consumidor age 
naturalmente, encolhendo a solução mais favorável 
ao meio ambiente. 
• Isso se dá devido seus a valores e princípios 
ambientais norteiam suas decisões.
• Surgimento de novos produtos ambientalmente aceitos. 
• Etiquetas Ambientais (Ecolabel)
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
HungriaLuxemburgoCanadá
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PROPOSTA DE ALTERNATIVAS 
• Pesquisas apontam que “ a sensibilidade social aos 
problemas ambientais, não responde a uma efetiva 
adequação do comportamento social”.
FALTA DE 
ALTERNATIVAS
PLAUSÍVEIS
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PROPOSTA DE ALTERNATIVAS
• Ex 1:
– O que adianta uma família separar o lixo em casa, se na hora de 
o lixeiro recolhe-lo, é depositado tudo no mesmo compartimento, 
sendo levado então este para ser destinado em um lixão 
comum?
FALTA DE 
ALTERNATIVAS
PLAUSÍVEIS
Sem coleta seletiva
pela Prefeitura
Sem aterro sanitário
controlado 
Sem sistema de 
reaproveitamento 
de resíduos
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PROPOSTA DE ALTERNATIVAS
• Ex 2:
– O que adianta deixar de utilizar o carro, para começar a usufruir 
de um sistema de transporte público ineficaz? 
FALTA DE 
ALTERNATIVAS
PLAUSÍVEIS
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Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
COMUNICAÇÃO 
• Para a transição para a sustentabilidade, é importante 
que exista QUALIDADE NA COMUNICAÇÃO:
– Veiculação de mensagens precisas ambientais;
– Promovendo o marketing das alternativas ambientais;
• Ex. PLAMER – (PLANO AMBIENTAL DE 
EMERGÊNCIA. PAE, PCE, PIE)
“Chega um momento em que as pessoas se cansam de 
ouvir notícias ruins, e não se importam mais.”
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PROJETISTAS
• Projetista não tem instrumentos para obrigar 
(legalmente) / convencer(moralmente) qualquer um a 
modificar o seu comportamento;
• Projetista só pode atuar em sistemas sociais e 
econômicos existentes, em relação à uma demanda;
• Projetista pode contribuir para aumentar o número de 
alternativas (estratégias de solução de problemas);
• Projetistas devem vislumbrar soluções;
• Projetista pode intervir na postura cultural, dos valores, 
dos critérios de qualidade, para tentar influenciar o 
mercado.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PAPEL DO PROJETISTA
“O papel do projetista no processo de transição para a 
sustentabilidade não é projetar estilos de vida 
sustentáveis, mas sim propor oportunidades de se tornar 
praticável o estilo sustentável de vida ”
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
• Empresas = Atores sociais, que detêm conhecimento e 
recursos para transformação em direção à 
sustentabilidade.
• Contudo, deve-se considerar o importante papel da 
competitividade. 
PAPEL DAS EMPRESAS
SUSTENTABILIDADE
(ações a médio e 
longo prazo)
COMPETITIVIDADE
(ações imediatas)
EMPRESA (escala temporal)
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
PAPEL DAS EMPRESAS
• Políticas públicas devem prover contexto favorável para 
empresas sustentáveis;
• Ao se difundir as inovações ambientais das empresas,cria-se novo padrão de referência;
• Cria-se também novo padrão de competitividade entre 
empresas.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
EVOLUÇÃO DA POLÍTICA AMBIENTAL EMPRESARIAL 
(PAE)
1° Geração de PAE:
- Solução de problemas ambientais 
existentes;
2° Geração de PAE:
- Cunho projetual, pré-configuração
de objetivos;
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
TRABALHO REFERENTE A EVOLUÇÃO DA POLÍTICA 
AMBIENTAL
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
COMPETITIVIDADE X SUSTENTABILIDADE
“Como pode uma empresa ser competitiva, além de 
sustentável?”
Produzir a custos
menores
Produto com valor 
agregado maior que 
o concorrente
Competitividade
Eficiência 
operacional
Incremento 
tecnológico
Posicionamento 
estratégico
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
COMPETITIVIDADE X SUSTENTABILIDADE
Paralelismo entre:
• Fronteira da produtividade: “conjunto das melhores 
tecnologias e práticas organizacionais existentes”
• Fronteira da eco-eficiência: “conjunto das melhores 
práticas que combinem eficiência ecológica e eficiência 
econômica” 
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
COMPETITIVIDADE X SUSTENTABILIDADE
Atribuir custo 
econômico adequado 
aos recursos 
ambientais
Sustentabilidade
Participação do usuário
(green consumerism)
Extensão da 
responsabilidade do 
produtor
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
COMPETITIVIDADE X SUSTENTABILIDADE
• Atualmente os custos das variáveis ambientais são subestimados 
em relação as variáveis econômicas produtivas;
• Isso demonstra que a variável ambiental não é o “fator escasso” em 
questão;
– QUEM POLUI PAGA! (Poluidor Pagador)
– ATRIBUIR TAXA DE USO DE RECURSO AMBIENTAL JUSTA
• Ex. Outorga de água 54m³/h de água = R$8000,00 (Justo???) SERLA 
INEA
– TAXA DE EMISSÃO DE CARBONO (Carbon Tax)
Atribuir custo 
econômico adequado 
aos recursos 
ambientais
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
COMPETITIVIDADE X SUSTENTABILIDADE
• Green consumerism  Ecolabel, marca de qualidade 
ambiental.
Participação do usuário
(green consumerism)
PPR –
Polipropileno 
Randômico
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
COMPETITIVIDADE X SUSTENTABILIDADE
• “A extensão da responsabilidade do produtor é uma 
estratégia que visa reduzir impactos ambientais, 
tornando-o responsável pela recuperação, reciclagem e 
destinação correta de resíduos...”
University of Lundt, 1992
Extensão da 
responsabilidade do 
produtor
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
CICLO DE VIDA DO SISTEMA - PRODUTO
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
QUAL A IMPORTÂNCIA DO CICLO DE VIDA DE UM 
PRODUTO?
• “Avaliar os inputs e outputs dos produtos em todas as 
fases, com intuito de avaliar as consequências 
ambientais.”
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
O QUE É CICLO DE VIDA DE UM PRODUTO?
• “Considera-se produto, desde a extração dos recursos 
necessários, até o último tratamento após o seu uso”
• O Ciclo de Vida é dividido em 5 fases:
– Pré-produção;
– Produção;
– Distribuição;
– Uso;
– Descarte.
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PRÉ-PRODUÇÃO
• Fase onde são produzidos os materiais (matéria-prima 
utilizada na produção);
• Dividido em 3 fases:
– Aquisição dos recursos
– Transporte dos recursos até a fábrica
– Transformação dos recursos
• Existe 2 tipos de recursos:
Recursos 
Não-renováveis
Recursos 
Renováveis
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PRÉ-PRODUÇÃO
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PRODUÇÃO
• Divididos em 3 fases:
– Transformação dos materiais
– Montagem
– Acabamento
• Além disso, existem outras atividades inclusas na 
PRODUÇÃO, como:
– Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos
– Planejamento do projeto
– Controle produtivo
– Gestão 
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PRODUÇÃO
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DISTRIBUIÇÃO
• Deve ser considerada a logística:
– Transporte;
– Armazenamento;
• Além disso, a embalagem é um outro
fator preponderante na otimização da distribuição. 
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R$1,00 – Frete Rodoviário equivale a: 
R$0,33 – Frete Hidroviário
R$0,55 – Frete Ferroviário
Transportes
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Armazenamento
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USO
• Durante o uso, algumas manutenções devem ser 
evidenciadas:
– Manutenções preventivas
– Manutenções corretivas.
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DESCARTE
• Pode-se:
– Recuperar a funcionalidade do produto/componente (reutilizar)
– Valorizar o conteúdo energético do produto (reciclar)
– Optar por não recuperar nada (destinação final - aterros)
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CICLO DE VIDA
Aquisição de recursos
Transporte
Material e energia
Produção
Transformação do 
material
Montagem
Acabamento
Armazenamento
Transporte
Embalagem
Uso do serviço/produto
Aterro
Incineração
Compostagem
Reciclagem
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O PROJETO DE CICLO DE VIDA
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INTRODUÇÃO
• “Os limites ambientais são testemunhos que já não é 
possível conceber qualquer atividade de design sem 
confrontá-la com a relação de seu ciclo de vida com o 
meio ambiente”
• Característica dos novos produtos:
– Gerar baixo impacto ambiental nas diversas etapas do ciclo de 
vida
• Obs. Muito mais eficaz agir preventivamente, no 
planejamento do projeto, do que remediar os danos 
causados no final
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LCD (LIFE CYCLE DESIGN)
• Objetivo do LCD:
– Reduzir a carga ambiental associada a todo ciclo de vida de um 
produto. 
– Em outras palavras, criar um pensamento onde os inputs de 
materiais e de energia, bem como os impactos de todas as 
emissões sejam reduzidas ao mínimo, tanto quantitativo, quanto 
qualitativo, ponderando a nocividade de seus efeitos.
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ESTRATÉGIAS DO LCD 
• Ser um produto eco-eficiente = valor produto (satisfação 
por um serviçooferecido) / impacto ambiental (poluição 
e consumo de recursos).
• As estratégias para LCD são:
– Minimização dos recursos (reduzir uso de materiais e energia)
– Escolha de recursos de baixo impacto ambiental
– Materiais e processos com maior eco-compatibilidade
– Otimizar a vida dos produtos (projetar produtos que durem)
– Reaplicação do uso do produto descartado
– Facilidade de desmontagem
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ESTRATÉGIAS DO LCD
• Contudo, a otimização da vida dos produtos está em 
oposição à cultura industrial. 
• Para o consumismo, quão maior o descarte, maior a 
geração de produtos.
• Geração de novos produtos = incremento de gasto de 
energia.
• Maior o descarte de produtos ultrapassados.
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PROJETAR O FIM DE VIDA
• Fase de maior possibilidade de impacto ambiental.
• Atualmente, é a fase que o projetista menos se 
preocupa.
• Propor 3 fases (cenários) com as relativas modalidades 
de interferência e re-orientação ambiental:
– Fase imediata
– Fase de curto prazo
– Fase a médio/longo prazo
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FIM DE VIDA – FASE IMEDIATA
• Fase relacionada a produtos projetados no passado, 
que estão sendo descartados no presente.
• Não se pode interferir sobre o projeto deste produto.
• Só o que se pode fazer é otimizar ambientalmente:
– Processos de tratamentos
– Destinação final
– Reuso de componentes (valorização de materiais)
– Reciclagem de partes possíveis
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FIM DE VIDA – FASE CURTO PRAZO
• Fase relacionada a produtos que hoje se podem intervir 
em termos de projetos, e serão descartados e 
eliminados em breve.
• Possíveis modificações pontuais (não dizem respeito ao 
fluxo de matéria e na organização da produção) 
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FIM DE VIDA – FASE MÉDIO E LONGO PRAZO
• Fase relacionada a produtos que se pode criar a re-
concepção mais profunda.
• Inovações mais radicais 
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CUSTOS DE DESCARTE 
• Em termos ambientais é preferível reutilizar um produto, 
do que reciclá-lo ou incinerá-lo.
• Contudo, hoje os altos custos de:
– Manutenção
– Reparos
– Reutilização
– Refabricação
Remetem a reciclagem e 
incineração
Também
são
muito
caros
LIXÃO
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Produção
Uso
Custos do 
serviços
BAIXOS
A
L
T
O
S
FLUXOGRAMA 
DE CUSTOS 
DE DESCARTE
Fim da vida
Custos de 
recuperação/ 
reutilização
A
L
T
O
S
Eliminação
Custos 
reciclagem ou 
incineração
LIXÃO
BAIXOS
Reciclagem ou 
incineração
Manutenção 
e reparos
Recuperação e 
ou reutilização
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MINIMIZAÇÃO DOS RECURSOS
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INTRODUÇÃO
• Minimização dos recursos = Redução do consumo de 
matéria e energia para um produto
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MINIMIZAR O USO DE RECURSOS NA PRODUÇÃO
• Minimizar:
– Conteúdo material de um produto
– Perdas e ou refugos
– Consumo de energia para produção
– Consumo de recursos no desenvolvimento dos produtos 
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MINIMIZAR O CONTEÚDO MATERIAL DE UM PRODUTO
• Redução da espessura dos produtos (ex. redução da 
espessura das paredes)
• Desmaterialização propriamente do produto –
Digitalização - (ex. substituição de hardwares por 
softwares)
• Miniaturização (ex. Microeletrônica)
• Produtos Multifuncionais - (ex. Impressora 
multifuncional)
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MINIMIZAR PERDAS E REFUGOS
• Escolher processos produtivos que minimizem o 
consumo de materiais
• Simulação para otimizar os parâmetros no processo 
produtivo (ex. Programação Linear)
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MINIMIZAR A ENERGIA NECESSÁRIA PARA 
PRODUÇÃO
• Escolha de processos produtivos de menor consumo 
energético
• Utilização de equipamentos eficientes
• Utilizar o calor dispersos por alguns processos, como co-
geração de outro processo
• Utilização de sistemas de regulagem flexível de 
equipamentos, adequando-se a demanda
• Dimensionar equipamentos otimizados para produção
• Manutenir preventivamente os equipamentos
• Definir os limites e tolerâncias do processo produtivo
• Otimizar volume de compra (estoques)
• Otimizar sistema de controle de estoque (inventários)
• Utilização de sistemas energéticos naturais renováveis (ex. 
Energia fotovoltaica, eólica, etc. )
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MINIMIZAR O CONSUMO DE RECURSOS NO 
DESENVOLVIMENTO DOS PRODUTOS
• Minimizar o consumo de materiais (ex. fotocopiar os dois 
lados do papel)
• Utilização de ferramentas de informática em projetos 
(ex. Autocad)
• Utilizar instrumentos de informática para arquivamento, 
comunicação escrita e apresentações (ex. Digitalização, 
email, PPT)
• Usar sistemas eficientes de aquecimento, ventilação, 
iluminação no local de trabalho
• Utilizar sistema de telecomunicações para reuniões a 
distância (ex. Videoconferência, teleconferência)
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MINIMIZAR O USO DE RECURSOS NA DISTRIBUIÇÃO
• Minimizar as embalagens
– Evitar excesso de embalagens
– Utilizar material somente onde for útil
– Projetar a embalagem como parte integrada do produto
• Minimizar o consumo no transporte
– Logística
– Roterização
– Projetar produtos compactos 
– Projetar produtos montáveis no local de uso (ex. Tok & Stok)
– Projetar produtos mais leves
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MINIMIZAR O USO DE RECURSOS NO USO
• Projetar produtos de uso coletivo
• Projetar buscando eficiência no funcionamento do 
produto (ex. Selo Procel)
• Usar suportes digitais re-configuráveis
• Usar sensores para adequação de funcionamento 
(poupando energia)
• Equipamentos programáveis para desligar 
automaticamente (ou hibernar)
• Equipamentos que o estado de default seja o de menor 
consumo possível (ex. NETT)
• Usar motores com maiores eficiências
• Usar sistemas de transmissão de alta eficiência (baixas 
perdas)
• Minimizar o peso dos produtos que devem ser 
movimentados
• Projetar sistemas de recuperação de energia
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ESCOLHA DE PRODUTOS E PROCESSOS DE BAIXO 
IMPACTO AMBIENTAL
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INTRODUÇÃO
“Qualquer consideração de cunho ambiental deve se 
referir sempre a todo o ciclo de vida do produto/serviço e 
a todos os processos de confecção”
“Um produto pode gerar maior impacto na fase de 
produção e eliminação, mas pode alongar sua vida útil”
“Produto com vida útil longa, reduz a geração de 
matéria-prima, para a produção, reduzindo impacto 
ambiental”Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr.
ESCOLHA DOS 
MATERIAIS DE BAIXO 
IMPACTO
http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/
2005/casasustentavel/fj2711200501.shtml
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MATERIAIS DE ALTA INSALUBRIDADE
Asbesto = Amianto
• O Amianto é utilizado como ótimo material para reforçar 
plástico e cimento, além de ser utilizado para isolamento 
e revestimento de estruturas contra calor.
• Começou a ser mais utilizado após a 2° GM.
• Contudo, descobriu-se que o Amianto é cancerígeno, e 
pode causar:
– Tumor e doenças no pulmão
– Asbestose
– Tumor no estomago
– Tumor no intestino 
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O amianto ou asbesto é uma fibra de origem mineral, derivada de rochas metamórficas eruptivas, que por 
processo natural de recristalização transforma-se em material fibroso. Compõe-se de silicatos hidratados de 
magnésio, ferro, cálcio e sódio e se dividem em dois grandes grupos: serpentinas (crisótila) e anfibólios 
(tremolita, actinolita e crocidolita, etc.).
É usado como matéria-prima na maioria das industrias sendo utilizado na produção de milhares de produtos, 
principalmente na industria de construção civil (telhas, caixas d’água de cimento- amianto, etc) e em outros 
setores e produtos como guarnições de freios (lonas e pastilhas), juntas, gaxetas, revestimentos de discos 
de embreagem, tecidos, vestimentas especiais, pisos, tintas, entre outros. 
É considerado uma substância de comprovado potencial cancerígeno em qualquer das suas formas ou em 
qualquer estágio de produção, transformação e uso. De acordo com a Organização Mundial de Saúde 
(OMS), a crisótila esta relacionada a diversas formas de doença pulmonar (asbestose, câncer pulmonar e 
mesotelioma de pleura e peritônio), não havendo limite de tolerância para o risco carcinogênico de acordo 
com o critério 203 publicado pelo IPCS/OMS, Genebra 1998.
O Brasil é o terceiro produtor mundial de amianto. Em 1999, o faturamento deste ramo da industria brasileira é de 
aproximadamente US$ 2 bilhões/ano, empregando 12 mil trabalhadores em 40 fábricas sediadas em vários 
estados.
Estima-se que a população brasileira diretamente exposta seja de 300.000 pessoas, dos quais cerca de 20.000 
são trabalhadores da indústria típica – mineração, cimento-amianto, materiais de fricção e outros. Há cerca 
de 225.000 trabalhadores engajados em manutenção de sistemas de freio no país e uma porcentagem 
desconhecida de trabalhadores na construção civil, envolvidos com instalação de coberturas, caixas d’água e 
demolições e 2 outras atividades que não são reguladas no que se refere a redução da exposição ao 
asbesto. (Algranti, 2001).
Esta substância foi totalmente proibida em 48 países em todas as suas formas químicas e estruturais e teve sua 
utilização restrita em inúmeros outros. A diretriz européia decidiu a proibição total do uso do amianto/asbesto 
em todos os países membros, a partir de janeiro de 2005, e a Argentina, Chile e El Salvador tomaram a 
mesma decisão este ano. No caso brasileiro, até o momento, a mesma decisão foi adotada nos estados de 
São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul e no município de Belo Horizonte/MG. 
Atualmente o Laboratório de Produtos Florestais do IBAMA e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de 
Alimentos da Universidade de São Paulo, estão desenvolvendo tecnologia de substituição dos produtos que 
utilizam a matéria prima amianto.
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QUAL É A DIFERENÇA ENTRE DEGRADÁVEL E 
BIODEGRADÁVEL?
• Degradação Processo onde moléculas muito grandes são quebradas em 
menores ou em fragmentos. Normalmente, o oxigênio é incorporado a esses 
fragmentos moleculares. Os filmes, fortes e resistentes normalmente, tornam-se 
fracos e quebradiços como resultado da degradação oxidativa. 
• Este resultado deve-se à grande diminuição do tamanho das moléculas que 
constituem os filmes. A degradação pode ser causada (iniciada) por calor ou 
exposição à luz UV e é intensificada por estresse mecânico. 
• "Plástico degradável: plástico elaborado para sofrer uma mudança significativa em 
sua estrutura química sob condições ambientais específicas, resultando na perda de 
algumas propriedades que podem variar, medidas através de testes apropriados 
para o plástico e sua aplicação, em um período que determina a sua classificação”. 
[ASTM D883-99] – American Society for Testing and Materials 
• Biodegradação processo onde microorganismos (bactérias, fungos ou algas) 
convertem os materiais em biomassa, dióxido de carbono e água. Biomassa é um 
termo geral usado para se referir às células dos microorganismos que estão usando 
o material como fonte de carbono para se desenvolver. 
• "Plástico biodegradável: um plástico degradável no qual a degradação resulta da 
ação de microorganismos encontrados na natureza, como bactérias, fungos e algas”. 
[ASTM D883-99] 
• Biodegradável = Vantagem na fase final do ciclo de vida. Materiais recomendáveis 
para geração de produtos sustentáveis!
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CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS E PROCESSOS 
DE BAIXO IMPACTO
• Evitar/minimizar utilizar materiais tóxicos e danosos nos 
produtos 
• Usar materiais renováveis
• Evitar uso de materiais que estão se exaurindo
• Usar materiais provenientes de refugo de processo 
industrial
• Usar componentes que provenham de produtos 
eliminados
• Usar materiais reciclados / biodegradáveis
• Escolher tecnologia de transformação de baixo impacto
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ESCOLHA DE RECURSOS ENERGÉTICOS DE BAIXO 
IMPACTO
• Escolha deve ser feita considerando todas as fases do 
ciclo de vida do produto
• Possibilidade de substituir energia empregada por 
energia muscular
• “Tecnologias mais simples, são as que perduram”
• Transporte de energia, é sempre acompanhado de 
perdas 
• Utilizar fontes de energias renováveis
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FONTES E TRANSFORMAÇÕES DE ENERGIA
• Energia apresenta-se de várias formas
– Cinética, potencial, eletromagnética, térmica, química, nuclear, 
sonora e luminosa.
• Existem diversos processos de transformação destas 
energias, tornando-as úteis para o homem:
– Aquecimento, iluminação, movimento, produção de produtos, 
etc.
Auto-forno (GERDAU)
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FONTES E TRANSFORMAÇÕES DE ENERGIA
• 1° Lei da Termodinâmica
– A energia não se perde, mas se transforma e se transfere. Em 
outros termos, a quantidade de energia presente em um sistema 
(isolado) não muda.
• 2° Lei da Termodinâmica
– Existe uma hierarquia na transformação de energia. Só 
acontece em uma direção, isto é, são irreversíveis, e tal direção 
leva a uma degradação (entropia).
– Entropia = Medida de degradação do estado de energia.
– “O uso de recursos energéticos e a transformação de suas 
formas, resultam em aumento crescente de entropia”
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INDICAÇÕES PARA ESCOLHA DE FONTES 
ENERGÉTICAS DE BAIXO IMPACTO
• Escolher fontes renováveis
• Escolher fontes, que minimizem as emissões (ex. 
Hidroeletricidade ao invés de termoeletricidade)
• Escolher fontes energéticas locais (minimizar perdas 
com transmissão)
• Escolher fontes energéticas de alto rendimento
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Energias não-renováveis
Energias renováveis
Desenvolvimento de Produtos SustentáveisProf. Ricardo Abranches Felix Cardoso Jr. http://www.renovaveis.tecnopt.com/imagens/cicloEnergia.gif
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OTIMIZAÇÃO DA VIDA ÚTIL DOS PRODUTOS
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INTRODUÇÃO
Vida útil = Tempo de uso, em condições normais de um 
produto ou material, que dura conservando seu 
comportamento em realizar um trabalho.
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ANÁLISE DA VIDA ÚTIL
• Previsão do tempo de uso
• Quantidade de uso do produto
• Tempo de duração das operações
• Vida de prateleira (armazenamento)
• Manutenção preventiva / corretiva
• Fim da vida útil = Fase da eliminação
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PRINCIPAIS RAZÕES QUE LEVAM A ELIMINAÇÃO
• Degradação de suas propriedades (fadiga estrutural)
• Degradação natural
• Danos causados por incidentes
Muito mais por:
• Obsolescência tecnológica
• Obsolescência cultural / estética
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EVOLUÇÃO 
COMPUTADOR
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PORQUE PROJETAR CONSIDERANDO DURABILIDADE 
E INTENSIFICAÇÃO DO USO
Durabilidade;
– Não se transforma em lixo precocemente
– Não necessita de consumo de novas matérias-primas
– Não gasta energia no processo de armazenamento e 
transporte
– Consumidor não necessita de novos recursos para 
adquirir
– Não gera novas emissões no processo produtivo
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PORQUE PROJETAR CONSIDERANDO DURABILIDADE 
E INTENSIFICAÇÃO DO USO
• Nem sempre a extensão da vida útil determina a 
redução do impacto ambiental.
– Acontece em produtos onde o custo ambiental de produção é 
muito elevado
• Existe portanto um limite potencial de duração de um 
produto (break-even), onde a substituição de um velho 
por um novo causa impacto menor. 
• Assim sendo, é mais correto se falar em OTIMIZAÇÃO 
do que DURABILIDADE.
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CARACTERÍSTICAS DA OTIMIZAÇÃO / DURABILIDADE
• Projetar a duração adequada
• Projetar a confiabilidade (todas as fases)
• Facilitar a atualização / adaptabilidade do 
produto
• Facilitar a manutenção
• Facilitar a reutilização
• Facilitar re-fabricação
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PROJETAR DURABILIDADE APROPRIADA
• Projetar vidas iguais para vários componentes
• Escolher materiais duráveis, considerando a vida útil do 
equipamento
• Evitar materiais permanentes, para uso temporário
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PROJETAR CONFIABILIDADE
• Minimizar o número de partes dos componentes
• Simplificar os produtos
• Evitar junções frágeis 
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FACILITAR A ATUALIZAÇÃO E ADAPTABILIDADE
• Predispor e facilitar a substituição, para atualização de 
software
• Predispor e facilitar a substituição, para atualização de 
hardware
• Projetar produtos modulares, adaptáveis a diversos 
ambientes
• Projetar produtos multifuncionais
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FACILITAR A MANUTENÇÃO
• Facilitar a substituição de partes a serem manutenidas
• Simplificar o acesso as partes (a serem limpas)
• Prover sistemas para auto-diagnóstico
• Projetar manutenções facilitadas
• Projetar para fornecer junto ao produto, ferramentas 
para manutenção
• Projetar para reduzir 
operações de manutenção. 
MOTOR GOL G5 
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FACILITAR A REUTILIZAÇÃO
• Incrementar a resistência nas partes mais sujeitas a 
avarias
• Predispor acesso para facilitar remoção de 
componentes que podem ser reutilizados
• Projetar componentes modulares
• Projetar componentes estandardizados 
• Projetar possibilidade de recarga ou reutilização da 
embalagem
• Projetar prevendo segundo uso
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FACILITAR REFABRICAÇÃO
• Projetar as partes das estruturas, separadas do 
acabamento
• Facilitar acesso as partes que devem ser refeitas
• Prever tolerância nos pontos mais sujeitos a avarias
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INTENSIFICAR O USO
• Utilizar produtos e serviços voltados para uso coletivo
• Projetar produtos multifuncionais
• Projetar componentes comuns e substituíveis
• Projetar produtos com funções integráveis.
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EXTENSÃO DA VIDA DOS MATERIAIS
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INTRODUÇÃO
• Extensão da vida dos materiais = Viver mais tempo
• Extensão a partir de 2 processos:
– Reciclagem (transformação das matérias-primas)
– Incineração (recuperação do conteúdo energético)
• Vantagem ambiental
– Evita impacto ambiental de despejo de resíduos
– Ficam disponíveis recursos não-virgens para produção de 
outros materiais.
• Desvantagem ambiental
– Reciclagem também causa impacto ambiental (ex. transporte)
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FASES DA RECICLAGEM
• Recolha e transporte
• Identificação e separação
• Desmontagem
• Limpeza / lavagem
• Pré-produção de 
matérias-primas secundárias
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RECOLHA E TRANSPORTE
• Materiais devem ser recolhidos e transportados ao local 
de reciclagem
• Normalmente é a fase que causa maior impacto
• Para isso, investimentos em:
– Logística de transporte (roteirização)
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IDENTIFICAÇÃO E SEPARAÇÃO
• Identificar precisamente os materiais que serão 
reciclados reduz:
– Energia de transformação
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DESMONTAGEM E DESMEMBRAMENTO
• Não separar somente plástico de metal. Mas separar 
também os diferentes tipos de plásticos.
• Diferentes tipos de plásticos = diferentes temperaturas 
de transformação.
• Contudo, muitos materiais podem ser reciclados juntos 
(materiais compatíveis).
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LIMPEZA / LAVAGEM
• Produto apresenta diversas formas de contaminação.
• Limpeza responde por manter uma ambiência adequada 
para a reciclagem
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CUSTOS DA RECILAGEM
• Custos da operação de 
recolha/transporte/armazenamento
• Custo da desmontagem. Caso seja facilitada a 
desmontagem, menor este custo.
• Altos custos de matérias-primas virgens.
• Custos de depósitos de lixo urbano (CASO EUROPEU)
• Valor do material reciclado (pureza de seu material)
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CARACTERÍSTICAS DARECLAGEM
1. Adotar a reciclagem em efeito cascata
2. Escolher materiais com tecnologias de reciclagem 
eficientes
3. Facilitar a recolha e transporte
4. Identificar os materiais
5. Minimizar o n° de materiais incompatíveis entre si
6. Facilitar limpeza
7. Facilitar combustão
8. Facilitar compostagem
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1- ADOTAR RECICLAGEM EFEITO CASCATA
• Planejar o uso doa materiais reciclados, de forma que 
estes sejam reciclados sequencialmente.
• Produtos de maiores qualidade  Produtos de menores 
qualidade  Exaustão da reciclagem 
(combustão/aterro) 
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2- ESCOLHER MATERIAIS COM TECNOLOGIAS DE 
RECICLAGEM EFICIENTES
• Escolher materiais que rapidamente recuperam 
serventia, quando reciclados
• Evitar materiais compostos
• Escolher materiais compatíveis a tecnologia de 
reciclagem atual
• Adotar nervuras e outras soluções geométricas em 
plástico (estrutural), ao invés de usar metal 
• Escolher termoplásticos ao invés de termo-rígidos 
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3- FACILITAR RECOLHA E TRANSPORTE APÓS USO
• Minimizar peso
• Minimizar volume
• Tornar fácil o empilhamento
• Projetar considerando a compactação 
do produto
• Fornecer ao usuário informações 
sobre seu descarte
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4- IDENTIFICAR MATERIAIS
• Codificar os diversos materiais, para defini-los
• Fornecer informações sobre idade de uso, quantas 
vezes já foi reciclado, uso de aditivos
• Usar padronização para identificação
• Posicionar os códigos em locais bem visíveis
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5- MINIMIZAR O N° DE MATERIAIS INCOMPATÍVEIS 
ENTRE SI
• Integrar as funções, minimizando o n° de componentes
• Minimizar material empregado
• Quando possível utilizar somente um tipo de material no 
produto (monomaterial)
• Em estruturas modulares, usar materiais homogêneos
• Usar materiais compatíveis
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6- FACILITAR A LIMPEZA
• Evitar tratamentos (químicos) superficiais 
desnecessários
• Evitar acabamentos de difícil remoção
• Facilitar a remoção de acabamentos superficiais 
(etiquetas)
• Usar tratamento superficial compatível ao material do 
produto
• Optar pela pigmentação do polímero, e não pela pintura
• Codificar componentes diretamente no molde do produto 
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7- FACILITAR COMPOSTAGEM
• Normalmente são materiais de alto valor de putrefação
• Usar materiais degradáveis no despejo
• Facilitar a separação dos materiais degradáveis dos não 
degradáveis
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8- FACILITAR A COMBUSTÃO
• Usar materiais de alto poder calorífico
• Evitar materiais nocivos na combustão (ex. PVC que é 
um composto clorado que quando em combustão libera 
dioxina)
• Facilitar a separação de materiais que tornam 
ineficientes o processo de combustão (ex. metais, 
cimento, cerâmicas...)
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FACILITANDO A DESMONTAGEM
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INTRODUÇÃO
• Design For Disassembly (DFD) – Projetar para facilitar 
desmontagem.
• Tornar a desmontagem: 
– Fácil
– Ágil
– Econômica
• Facilitar a desmontagem resulta em melhorar:
– Manutenção
– Atualização
– Reciclagem 
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RAZÕES AMBIENTAIS PARA O DFD
• Extensão da vida útil do produto
• Extensão da vida útil dos materiais 
– Reciclagem
– Compostagem
– Incineração
• Possibilidade de tornar inerte os materiais tóxicos
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PROCESSOS DE DESMONTAGEM
2 tipos de produtos:
• Produtos únicos
– Pré-definição dos produtos a serem desmontados.
– Normalmente é a reciclagem de produtos nas próprias fábricas 
produtoras
• Mix de produtos
– Diferentes tipos de fabricantes
– Empresas especializadas em reciclagem de produtos diversos
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MIX DE PRODUTOS
Devido sua complexidade, pode-se dividir em 2 sistemas:
• Sistemas de desmontagem em células
– Seleção e separação de materiais em mesmo local (somente 1 
operador)
• Sistemas de desmontagem em linha 
– Fluxo de trabalho variado
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DESMONTAGEM AUTOMATIZADA
• Linha de desmontagem, quase todas as operações são 
manuais.
• Contudo, as linhas de montagens são automatizadas.
• Por que não investir em automação para desmontagem 
de produtos?
– Requer elevada FLEXIBILIZAÇÃO, ADAPTABILIDADE
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FLEXIBILIZAÇÃO X ADAPTABILIDADE
• Desmontagem de produtos NOVOS e VELHOS.
• Modalidade de uso variável
• Estado de corrosividade variável
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DESMONTAGEM X RECICLAGEM
• Caso o objetivo da desmontagem, seja a reciclagem, a 
variável preço do produto a ser reciclado é 
fundamental.
• Para futuro, a reciclagem será cada vez mais uma 
opção fundamental! 
• Tendência de produtores e consumidores pagarem 
não só pela geração e consumo de produtos, mas 
também pagarem pela destinação final.
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DESMONTAGEM X TRITURAÇÃO
• Desmontagem, pureza dos materiais é maior que na trituração.
• Desmontagem, qualidades físicas é maior que na trituração.
• Desmontagem, o valor econômico é maior que na trituração.
• Trituração, custos operacionais menores que na 
desmontagem.
• É possível aplicar situações híbridas 
(Desmontagem + Trituração)
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OBJETIVOS DA DESMONTAGEM
Facilitar as operações de desmontagem
Prever tecnologias para desmontagem destrutiva
Se junções permanentes, que sejam de fácil extração
Usar sistemas de junção removíveisUsar sistemas de junção removíveis
Se junções permanentes, que sejam de fácil extração
Usar sistemas de junção removíveis
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• Adotar estruturas modulares
• Minimizar número de junções (menos junções, menos 
tempo para desmontagem)
• Fornecer informações de como proceder na 
desmontagem
• Tornar desmontável componentes de alto valor 
econômico 
• Minimizar dimensões dos produtos
• Adotar estrutura de desmontagem 
“sanduíche” (vertical)
• Usar mesmo tipo de parafuso em 
todo produto (TV LG)
Facilitar as operações de desmontagem
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• Juntas reversíveis (melhor para desmontagem)
– Juntas de garras (snap-fit)
– Parafusos 
• Juntas permanentes (melhor para reciclagem – caso 
seja de mesmo material)
Usar sistemas de junção reversíveis
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• Evitar rebites em materiais incompatíveis
• Soldar usando materiais compatíveis• Usar adesivos de fácil remoção
Se junções permanentes, que sejam de fácil extração
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• Predispor áreas de quebra
• Determinar área de corte/fratura
• Incluir elemento de separação de materiais 
incompatíveis
Prever tecnologias para desmontagem destrutiva
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FIM

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