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Unidade VI - O Ciclo de Vida de um Produto

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Engenharia e 
Desenvolvimento 
de Produto
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Marcio Nunes
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
O Ciclo de Vida de um Produto
• Introdução
• O Ciclo de Vida de um Produto
• O Produto e o Meio Ambiente
• O Processo DFE
 · Dar ao aluno uma melhor compreensão das tarefas relativas ao 
desenvolvimento da arquitetura de um produto, suas características 
e implicações.
 · Avaliar o quanto o desenvolvimento da arquitetura é importante para 
que o produto atinja as especificações esperadas, considerando que 
o investimento em tempo e em recursos deve ser o menor possível.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
O Ciclo de Vida de um Produto
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
Contextualização
Nos dias atuais, desenvolver um produto é uma arte. As exigências dos consu-
midores se aguçam progressivamente, exigindo das equipes de desenvolvimento 
grandes esforços e uma constante evolução no conhecimento. Projetar um produ-
to, fabricá-lo e colocá-lo no mercado exige um esforço contínuo de pessoas qualifi-
cadas e alocações significativas de recursos, cujo objetivo é produzir produtos com 
qualidade e que satisfaçam as exigências dos consumidores.
Desenvolver um bom produto requer, não somente muita habilidade, conheci-
mento específico, acompanhamento das tendências de mercado e dedicação, mas 
também um conhecimento das leis que regem os fatores ambientais, que acabam 
influenciando os projetos. O aquecimento global e a poluição das grandes cidades 
hoje estão na mira dos governos de modo que normas e regras acabam influencian-
do o projeto de um novo produto. Esta Unidade VI apresenta o desenvolvimento 
de um produto com profundas implicações ambientais, visando o lançamento de 
um produto ecologicamente correto.
Desse modo, você, caro(a) aluno(a), deve estar afinado com as tendências 
do mercado para compreender melhor os pormenores que cercam esta tarefa. 
Esperamos que você possa absorver esses conceitos na sua atuação profissional.
8
9
Introdução
Nesta Unidade, vamos abordar o ciclo de vida de um produto, ou seja, como é 
encarada sua duração no mercado. Também falaremos sobre a preocupação com 
a preservação do meio ambiente, cujo cuidado começa a ser tomado durante o 
desenvolvimento do projeto.
A proteção ambiental tem recebido uma importância cada vez maior nas últimas 
décadas, capitaneada pelos governos das nações, principalmente as europeias. A 
utilização crescente dos recursos naturais do planeta poderá levar a um colapso no 
futuro, pela escassez ou extinção de alguns recursos disponíveis. As modificações 
climáticas também são um problema, principalmente devido ao aumento crescente 
da emissão de gás carbônico, cuja concentração leva ao chamado efeito estufa, que 
causa aumento da temperatura média do planeta. Isso poderá causar o derretimento 
das geleiras e, consequentemente, o aumento do nível dos oceanos. Por isso, a 
preocupação em desenvolver produtos denominados “ecologicamente corretos” é 
uma tendência moderna e a previsão é que essa preocupação aumente ainda mais.
Hoje, em muitos países, já existem leis que regulam o retorno de produtos 
descartados no meio ambiente, tais como produtos químicos, baterias e pneus, 
por exemplo. Os fabricantes devem recolher esses dejetos e descartá-los ou 
reciclá-los adequadamente.
O Ciclo de Vida de um Produto
A maioria dos produtos não é produzida ininterruptamente, seja porque se 
tornaram obsoletos, ou porque perderam a vez para outros produtos mais avançados, 
e um dia deixarão de ser fabricados. O período entre o início da produção e sua 
descontinuação é chamada de ciclo de vida do produto.
Um produto morre naturalmente, deliberadamente, ou de forma programada. A 
morte natural é aquela em que as vendas caem a um nível que torna inviável a sua 
produção. É o caso dos chapéus para homens, por exemplo. A morte deliberada é 
aquela em que o fabricante decide que tirará o produto de linha em um determinado 
momento, mesmo que haja vendas suficientes do mesmo. Na maioria das vezes em 
que isso ocorre, um novo produto é lançado para ocupar o seu lugar. Por exemplo, 
um modelo de automóvel. E a morte programada é aquela em que o fabricante 
estipula um prazo para a descontinuação do produto. Por exemplo, alguns modelos 
de telefones celulares.
9
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
A grande pergunta é: onde começa o estudo do tempo de vida de um produto? 
As empresas normalmente estipulam o tempo de vida de um produto logo no 
início do seu desenvolvimento. Após a definição do problema, o primeiro passo 
na busca de novas informações é a definição do ciclo de vida do produto. De 
um modo geral, os modelos do ciclo de vida fornecem uma descrição gráfica da 
história do produto, os estágios pelos quais o produto passa. O início do ciclo é 
marcado pelos primeiros esforços organizados e planejados para criar o produto. 
O ciclo de vida do produto não acaba necessariamente quando sua manufatura 
ou venda é descontinuada. Existem produtos que são usados por muito tempo 
após as vendas terem sido encerradas. Um exemplo típico são os aviões e auto-
móveis. Contanto que a empresa ainda forneça ou fabrique componentes, o ciclo 
de vida do produto continua.
Do ponto de vista da empresa, o final de um ciclo de vida de um produto ocorre 
quando acaba o suporte de pós-vendas do mesmo. Nesse evento, é marcado o 
fim de qualquer forma de compromisso da empresa com o suporte ao produto. 
Isso significa que, em primeiro lugar, será descontinuada a manufatura, vindo 
em seguida a venda total dos estoques, e não mais fornecidos os componentes 
sobressalentes. Em alguns casos, as empresas fazem acordos com os consumidores 
para manter um estoque durante determinado período. Nestes casos, as empresas 
devem preparar um inventário de componentes sobressalentes, ou preservar o 
ferramental para possíveis necessidades. Para produtos intangíveis, o fabricante 
descontinua também o suporte técnico que eventualmente oferecia.
Um dos modelos, muito utilizado principalmente na fase de pré-desenvolvi-
mento, é o que mostra a evolução do projeto/produto em termos dos recursosfinanceiros associados com as diferentes fases ou estágios do ciclo, conforme 
mostrado na Figura 1.
A fase de desenvolvimento, que compreende o planejamento, projeto e produ-
ção, é caracterizada por um investimento crescente até o lançamento do produto 
no mercado. Nas fases de lançamento e crescimento, os custos de pesquisa e 
desenvolvimento, bem como os custos adicionais de promoção e penetração no 
mercado, fazem com que os lucros sejam negativos ou baixos. Essas fases caracte-
rizam-se por serem períodos de investimento e de risco. Ocorre um aumento dos 
lucros durante a fase de crescimento. Geralmente, poucas empresas obtêm lucro 
antes dessa fase. Na fase de maturidade, tem-se uma estabilidade, mais bem descri-
ta como um período sem crescimento e de estagnação do mercado. A maior parte 
dos lucros com o produto é obtida nessa fase. Na fase seguinte, de declínio, ocorre 
uma diminuição nas vendas causada por fatores como aumento da concorrência 
com novos produtos, por inovações e desenvolvimentos tecnológicos que levam 
o produto à obsolescência e a mudanças de hábitos nos consumidores. Em geral, 
nessa fase, as empresas gradativamente eliminam os canais de distribuição menos 
rentáveis para, em seguida, encerrar a produção do produto. O abandono de pro-
dutos geralmente ocorre após a fase de declínio, mas é possível, em alguns casos, 
que o produto vá diretamente da fase de crescimento para o declínio.
10
11
Ve
nd
as
Vendas
Lucro
Tempo
Fluxo de Caixa
Desenvolvimento Lançamento Crescimento Maturidade Declínio
Figura 1 – Ciclo de vida baseado nas vendas de um produto
É importante ressaltar que cada produto possui seu próprio ciclo de vida, e 
que, com as informações levantadas na fase anterior, busca-se definir as fases do 
ciclo de vida do produto, com base no conhecimento sobre produtos similares 
ou nos produtos que o antecederam. Além disto, o ciclo de vida depende de 
vários fatores, dentre os quais, os que se destacam: tipo de produto que vai ser 
projetado, tipo de projeto a ser executado, escala de produção, características 
de funcionamento, características de uso e manuseio, serviços de manutenção e 
filosofia de descontinuação.
A definição dos clientes associados às diferentes fases do ciclo de vida vem a 
seguir. Os clientes de um projeto podem ser classificados em três tipos diferentes: 
clientes externos, clientes intermediários e clientes internos.
Os clientes externos, que podem ser pessoas ou organizações, são aqueles que 
irão usar ou consumir o produto, e/ou manter, desativar e descartar o produto. De 
uma forma geral, esses clientes desejam que os produtos contenham atributos tais 
como: qualidade, baixo preço de aquisição e manutenção, eficiência, segurança, 
durabilidade, confiabilidade, fácil operação, manutenção e descarte, visual atrativo 
(estético), que incorporem as últimas tendências e desenvolvimentos tecnológicos e 
que sejam ecologicamente corretos. Os desejos desses clientes devem ser tratados 
com a máxima prioridade, pois, se o produto não atender às suas necessidades e 
aos requisitos, o produto resultará em um fracasso em termos de vendas.
Os clientes intermediários correspondem àqueles responsáveis pela distribuição, 
compras, vendas e marketing do produto. Estes, normalmente, esperam que o 
produto satisfaça a todos os desejos e necessidades dos clientes externos, seja 
fácil de embalar, armazenar e transportar, seja atrativo e possa ser adequadamente 
exposto para o público. O atendimento dessas necessidades é um fator determinante 
para que o distribuidor tenha sucesso na venda do produto.
11
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
Por clientes internos, entende-se como sendo os fabricantes e o pessoal 
envolvido no projeto e na produção dos produtos. Esses esperam que o produto 
contenha operações de fabricação, montagem, armazenamento e transporte fáceis 
e seguros, utilize recursos disponíveis (instalações, equipamentos, matéria-prima e 
mão de obra), utilize componentes padronizados, utilize as facilidades existentes e 
produza um mínimo de refugos e partes rejeitadas.
As categorias de clientes são mostradas na Figura 2, formando parte, e sendo 
associadas aos setores produtivos (clientes internos), que são aqueles setores em 
que se agrega valor ao produto, aos setores de mercado (clientes intermediários), 
em que o produto é comercializado, e aos setores de consumo (clientes externos), 
em que o produto é usado em funcionamento.
Especi�cações-
-meta
Projeto
Conceitual Projeto
Detalhado
Fabricação
Montagem e
Embalagem
Transporte
Pré-desenvolvimento
Projeto Conceitual
Armazenagem
VendaCompra
Uso
Função
(Clientes externos)
(Clientes intermediários)
(Clientes internos)
ProjetoDescarte
Desativação/
Reciclagem
Manutenção
Setores e Consumo
Setores de Mercado
Setores Produtivos
Escopo do
Produto
Figura 2 – Modelo do ciclo de vida em espiral
(Fonte: Fonseca, 2000, p. 68)
Os atributos relacionados às diferentes fases do ciclo de vida auxiliam na definição 
das características físicas, de forma, de materiais, de uso, de fabricação e outras.
Essa visão do relacionamento entre ciclo de vida do produto e seus clientes é de 
grande interesse no processo de desenvolvimento de produtos, pois fornece uma 
visão mais ampla de todo o processo, permitindo o desenvolvimento de soluções 
específicas para cada um desses clientes. Outra visão de grande importância do 
relacionamento entre clientes e ciclo de vida é originada do marketing. Nessa visão, 
os clientes externos do produto são divididos em quatro categorias, relacionadas ao 
fluxo de vendas apresentado na Figura 1. São elas:
• Lançamento: neste período, frequentemente, é observada uma taxa de cres-
cimento das vendas relativamente forte, porém, com uma participação no 
mercado (market-share) ainda pequena. Os lucros ainda não foram suficientes 
para suplantar as despesas com o projeto e o lançamento do produto. Os 
12
13
clientes usualmente encontrados durante essa fase do ciclo de vida do produto 
são caracterizados pelo impulso de serem os primeiros a possuir tal bem, nor-
malmente visando atrair as atenções daqueles que se encontram ao seu redor.
• Crescimento: as vendas já conseguiram suplantar as despesas realizadas no 
desenvolvimento do produto (elas existem e continuam, agora para produzir e 
distribuir o produto) e a participação no mercado já se aproxima de seu ápice, 
sendo observado, até mesmo, um lucro mediano. O perfil de cliente que atua 
nesse instante do ciclo de vida do produto é caracterizado por pessoas que, ao 
verem uma nova tecnologia ser bem-sucedida, passam a adotá-la, causando 
um elevado crescimento na taxa de vendas.
• Maturidade: a taxa de crescimento das vendas é muito fraca ou, até mesmo, 
nula, não havendo grandes variações na cota de mercado do produto. No 
entanto, é durante esse período que a empresa acaba por conseguir os maiores 
lucros, já que grande parte das despesas foi amortizada nas fases anteriores do 
ciclo de vida. Os clientes presentes nessa fase do ciclo de vida do produto são 
aqueles que compram o produto, em grande parte, por imitação.
• Declínio: os lucros passam a fracos, ou até mesmo negativos, dado o declínio 
da participação do produto no mercado, sendo observada uma taxa de 
crescimento negativa. Para a empresa, é importante manter o monitoramento 
durante a maturidade do produto de forma a identificar o mais rapidamente 
possível o aparecimento da fase de declínio e, se for necessário, descontinuar 
o produto. Nessa fase, as vendas são feitas aos clientes mais fiéis do produto, 
os quais não foram atraídos por novas marcas ou tecnologias.
O Produto e o Meio Ambiente
Um mundo sustentável é aquele em que os materiais que são extraídos da 
natureza retornam ao mesmo local de onde vieram, sem causar outros danos ou 
perturbações, além de consumir pouca energia. Por exemplo, extrai-se o ferro 
e com ele se fabricam automóveis; depois de usados, o ferro contido nesses 
automóveis deveria retornarao mesmo local, ou ainda, ser utilizado na fabricação 
de um novo. Além disso, os processos produtivos não deveriam ter deixado marcas 
no ambiente. Todos nós sabemos, entretanto, que as coisas não acontecem 
desta maneira. Muitos materiais até são reciclados, porém, os processos pelos 
quais passaram deixam suas marcas deteriorantes (elevado consumo de energia e 
elevação do teor de gás carbônico na atmosfera, por exemplo).
Conforme relata Ulrich (2012), em junho de 2009, a empresa Herman Miller 
Inc., fabricante de mobiliário para escritório nos Estados Unidos, lançou uma 
nova cadeira multifuncional com design arrojado. O projeto procurou estabelecer 
novos padrões de simplicidade, adaptabilidade e conforto do assento, com um 
desenho bastante amigável. O fabricante descobriu que muitas cadeiras utilizadas 
em escritórios eram desconfortáveis e desajustadas. Além disso, a maioria delas 
13
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
era feita com materiais e processos prejudiciais ao meio ambiente. O fabricante 
então identificou uma necessidade de mercado para uma cadeira multiuso nova 
e inovadora – uma combinação de conforto, design e preço atraente. A base 
do projeto foi um encosto flexível, moldado a partir de dois materiais à base de 
polipropileno. Sem qualquer mecanismo de inclinação e com apenas um ajuste 
(altura), a cadeira ficou significativamente mais leve, menos complexa, e mais 
barata que suas concorrentes no mesmo segmento do mercado. A Herman Miller 
produziu um produto que emergiu do compromisso assumido para minimizar os 
impactos ambientais na produção de seus produtos e fornecer um grande exemplo 
de como incorporar considerações ambientais no processo de desenvolvimento de 
produto. A cadeira foi projetada visando à reciclagem dos materiais e foi produzido 
usando materiais ambientalmente seguros e energias renováveis. Os seguintes 
fatores explicam seu nível de desempenho ambiental:
• Materiais ecológicos: a cadeira de uso múltiplo da Herman Miller é composta 
de materiais ambientalmente seguros e não tóxicos, na base de 41 % (em 
peso) de alumínio, 41 % de polipropileno e 18 % de aço.
• Conteúdo reciclado: a cadeira é composta de 44 % de materiais reciclados (em 
peso, com 23% de pós-consumo e 21% de conteúdo reciclado pós-fabricação).
• Índice de reciclagem: a cadeira é 92 % reciclável (em peso) no final da sua 
vida útil. Os componentes de aço e alumínio são 100% recicláveis. Os com-
ponentes de polipropileno são identificados com um código de reciclagem 
sempre que possível para ajudar na devolução destes materiais para o fluxo 
de reciclagem.
• Energia limpa: a cadeira foi fabricada em uma linha de produção que utiliza 
100% de energia verde (metade por meio de turbinas eólicas e metade a partir 
de gás proveniente de aterro sanitário).
• Emissões: não há emissões nocivas de ar ou água durante a produção da cadeira.
• Embalagens retornáveis e recicláveis: os componentes são recebidos pela 
Herman Miller de uma rede de fornecedores próximos em bandejas moldadas 
que são devolvidas aos fornecedores para reutilização. Materiais de embalagem 
de saída incluem papelão ondulado e um saco de plástico de polietileno, ambos 
os materiais capazes de reciclagem repetida.
O Que é Projetar para o Meio Ambiente?
O exemplo da Herman Miller é marcante. A empresa utilizou um processo 
conhecido como Design for Environment (DFE), ou projetado para o meio am-
biente (vimos na Unidade V a definição do conceito do sistema DFX). O DFE é 
uma maneira de incluir considerações ambientais no processo de desenvolvimen-
to do produto.
14
15
Cada produto tem seus impactos ambientais. A DFE fornece às organizações 
um método prático para minimizar esses impactos num esforço para criar uma 
sociedade mais sustentável. Assim como a prática eficaz de design para fabricação 
(DFM) tem demonstrado que é possível manter ou melhorar a qualidade do produto 
ao mesmo tempo em que reduz os custos, os profissionais da DFE também 
descobriram que a prática efetiva de DFE pode manter ou melhorar a qualidade e 
reduzir os custos dos produtos e os impactos ambientais.
Os impactos ambientais de um produto podem incluir o consumo de energia, o 
esgotamento dos recursos naturais, as descargas líquidas, as emissões gasosas e a 
geração de resíduos sólidos. Esses impactos se dividem em duas grandes categorias 
– energia e materiais – e ambos representam problemas ambientais críticos que 
precisam ser resolvidos. Para a maioria dos produtos, abordar o problema da 
energia significa desenvolver produtos que usam menos energia ou que utilizam 
energia renovável.
Resolver o problema dos materiais não é uma tarefa tão simples. Portanto, 
grande parte do foco do DFE é escolher os materiais certos para os produtos 
e, assim, garantir que eles possam ser reciclados. Durante os estágios iniciais do 
processo de desenvolvimento do produto, as decisões deliberadas sobre o uso do 
material, a eficiência energética e o descarte de resíduos podem minimizar ou 
eliminar os impactos ambientais. No entanto, uma vez que o conceito do design 
foi estabelecido, melhorar o desempenho ambiental geralmente envolve longas 
iterações durante o projeto. O DFE, portanto, pode envolver atividades ao longo 
de todo o processo de desenvolvimento do produto e requer uma abordagem 
interdisciplinar. O desenho industrial, a engenharia, compras e marketing trabalham 
juntos no desenvolvimento de produtos ecológicos. Em muitos casos, profissionais 
de desenvolvimento de produtos com treinamento especializado em DFE lideram 
os esforços dentro de um projeto.
O Ciclo de Vida Natural
A base do DFE é orientar o pensamento para o ciclo de vida do produto. 
Isso ajuda a expandir a preocupação do fabricante tradicional com a produção e 
distribuição de seus produtos para incluir um sistema fechado que relaciona o ciclo 
de vida do produto ao ciclo de vida natural, ambos ilustrados na Figura 3. O ciclo 
de vida do produto começa com a extração e processamento de matérias-primas a 
partir de recursos naturais, seguido pela produção, distribuição e uso do produto. 
Finalmente, no final da vida útil do produto, existem várias opções de recuperação: 
remanufatura ou reutilização de componentes, reciclagem de materiais, descarte por 
incineração ou depósito em aterro. O ciclo de vida natural representa o crescimento 
e a decadência de materiais orgânicos em um ciclo contínuo. Os dois ciclos de vida 
se cruzam, como mostra o diagrama, com o uso de materiais naturais em produtos 
15
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
industriais e com a reintegração de materiais orgânicos de volta ao ciclo natural. 
Enquanto a maioria dos ciclos de vida do produto ocorre ao longo de alguns meses 
ou anos, o ciclo natural abrange um espaço de tempo mais amplo. A maioria 
dos materiais orgânicos (baseados em plantas e animais) pode decair com relativa 
rapidez e se tornar nutrientes para o crescimento de novos materiais semelhantes. 
No entanto, outros materiais naturais (como minerais) são criados em uma escala 
de tempo muito mais longa, e por isso não são considerados recursos naturais 
renováveis. Portanto, depositar a maior parte dos materiais industriais baseados 
em minerais em aterros não recria facilmente materiais industriais semelhantes 
por talvez milhares de anos (e, muitas vezes, produz concentrações não naturais de 
resíduos nocivos).
Cada um dos estágios do ciclo de vida do produto pode consumir energia e 
outros recursos e pode gerar emissões e resíduos, todos com impactos ambientais. 
A partir dessa perspectiva do ciclo de vida, a fim de alcançar condições de 
sustentabilidade ambiental, os materiais em produtos devem ser equilibrados em um 
sistema sustentável em malha fechada. Isso dá origem a três desafios de concepção 
de produtos para alcançar a sustentabilidade, que também estão representados no 
diagrama de ciclo de vida da Figura 3:
1. Eliminar a utilização de recursos naturais não renováveis (incluindo fontes 
de energia nãorenováveis).
2. Eliminar a utilização de materiais sintéticos e inorgânicos que não se 
deteriorem rapidamente.
3. Eliminar a criação de resíduos tóxicos que não fazem parte dos ciclos de 
vida naturais.
Deposição
Tóxicos
Orgânicos
Inorgânicos
Recolha
Reuso
Remanufatura
Ciclo de vida
do produto
Uso
Decaimento
natural
Recursos
não-renováveis
Recursos
pós-industrial
Reciclagem
pós-consumo
Ciclo de vida
natural
Recursos
Materiais
Produção
Distribuição
Recursos
renováveis
Figura 3 – O ciclo de vida do produto e o ciclo de vida natural
16
17
As organizações comprometidas com o DFE procuram trabalhar para alcan-
çar essas condições de sustentabilidade ao longo do tempo. O DFE ajuda essas 
organizações a criar melhores produtos, escolhendo cuidadosamente os materiais 
e permitindo opções de recuperação adequadas para que os materiais utilizados 
em produtos possam ser reintegrados no ciclo de vida do produto ou ao ciclo de 
vida natural.
Impactos Ambientais
Todo produto pode ter vários impactos ambientais ao longo de seu ciclo de vida 
útil. A seguir, estão listados alguns dos impactos ambientais decorrentes do setor 
manufatureiro (adaptado de FIKSEL, 2009):
• Aquecimento Global: dados científicos e modelos mostram que a tempera-
tura da Terra está aumentando gradualmente como resultado do acúmulo de 
gases de efeito estufa, partículas e vapor de água na atmosfera superior. Este 
efeito parece estar acelerando como resultado das emissões de dióxido de car-
bono (CO2), metano (CH4), clorofluorcarbonos (CFCs), partículas de carbono 
preto e óxidos de nitrogênio (NOx) de processos e produtos industriais.
• Esgotamento de recursos: muitas das matérias-primas utilizadas para 
produção, como minério de ferro, gás, petróleo e carvão, são não renováveis 
e os suprimentos são limitados.
• Resíduos sólidos: os produtos podem gerar resíduos sólidos ao longo de 
seu ciclo de vida. Alguns destes resíduos são reciclados, mas a maior parte 
é depositada em incineradores ou aterros. Os incineradores geram poluição 
atmosférica e cinzas tóxicas (que são depositadas em aterros sanitários). Os 
aterros também podem criar concentrações de substâncias tóxicas, gerar gás 
metano (CH4) e liberar poluentes das águas subterrâneas. 
• Evitar o uso de água: as fontes mais comuns de poluição da água são as 
descargas de processos industriais, que podem incluir metais pesados, 
fertilizantes, solventes, óleos, substâncias sintéticas, ácidos e sólidos em 
suspensão. Os poluentes da água podem afetar as águas subterrâneas, a água 
potável e os ecossistemas frágeis.
• Poluição atmosférica: as fontes de poluição do ar incluem emissões de 
fábricas, usinas geradoras de energia, incineradores, edifícios residenciais e 
comerciais e veículos motorizados. Os poluentes típicos incluem CO2, NOx, 
dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3) e compostos orgânicos voláteis (VOCs).
• Degradação dos solos: a degradação dos solos diz respeito aos efeitos 
adversos que a extração e a produção de matérias-primas, tais como a 
mineração, a agricultura e a silvicultura, têm sobre o ambiente. Os efeitos 
incluem redução da fertilidade do solo, erosão do solo, salinidade da terra e da 
água e desmatamento.
• Biodiversidade: a biodiversidade diz respeito à variedade de espécies vegetais 
e animais e é afetada pela limpeza de terras para desenvolvimento urbano, 
mineração e outras atividades industriais.
17
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
• Degradação da camada de ozônio: a camada de ozônio protege a terra 
contra os efeitos nocivos da radiação solar. Ela é degradada por reações com 
ácido nítrico (criado pela queima de combustíveis fósseis) e por compostos de 
cloro (como os CFCs).
Histórico do DFE
O nascimento do DFE pode ser rastreado até o início dos anos 1970, quando 
Papanek (1971) desafiou os projetistas a enfrentar suas responsabilidades sociais 
e ambientais em vez de apenas considerarem interesses comerciais. O Relatório 
Brundtland (1987) da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
definiu pela primeira vez o termo desenvolvimento sustentável como “[...] 
desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a 
capacidade das futuras gerações de satisfazerem suas próprias necessidades”. Na 
década de 1990, vários livros influentes sobre design ambientalmente amigável 
foram publicados. Burall (1991) argumentou que não havia mais um conflito 
entre uma “abordagem verde” para o design e sucesso empresarial. Fiksel (1996, 
revisado em 2009) discutiu como o DFE integra o pensamento do ciclo de vida no 
desenvolvimento de novos produtos e processos.
À medida que o processo DFE amadurecia, Brezet e Van Hemel (1997) 
forneceram um guia prático chamado Ecodesign. Também na década de 1990, 
a Universidade Técnica de Delft, a Philips Electronics e o governo holandês 
colaboraram para desenvolver uma ferramenta de software de análise do ciclo de 
vida que fornece métricas para avaliar o impacto ambiental global de um produto. 
O movimento de desenvolvimento sustentável de hoje abrange o conceito mais 
amplo de design de produto sustentável (BHAMRA e LOFTHOUSE, 2007), que 
inclui não apenas DFE, mas também as implicações sociais e éticas dos produtos.
Embora os autores tenham utilizado várias terminologias para abordagens de 
design ambientalmente amigáveis, os termos design verde, ecodesign, design 
sustentável e DFE em resumo procuram dizer a mesma coisa.
A Jornada da Empresa Herman Miller para o DFE
Muitas empresas de manufatura começaram a adotar o DFE. No entanto, ao 
que se tem notícia, poucos o fizeram até o ponto de Herman Miller (o fabricante 
18
19
das cadeiras ecologicamente corretas), onde o DFE foi fundamental para a sua 
estratégia corporativa. A Herman Miller se esforçou para manter altos padrões 
de qualidade de seus produtos, ao mesmo tempo em que incorporava cada vez 
mais materiais e processos de fabricação ecológicos em cada novo design de 
produto. Em 1999, Herman Miller formou uma equipe especializada em DFE. 
Essa equipe foi responsável por desenvolver padrões de design ambientalmente 
sensíveis para produtos novos e existentes da empresa. Uma empresa de design de 
produtos e processos industriais com sede na Virgínia, a McDonough Braungart 
Design Chemistry (MBDC), apoia a formação de equipes especializadas em DFE. 
McDonough e Braungart (2002) declararam em seu livro, Cradle to Cradle: Cradle 
to Cradle: Remaking the Way We Make Things, que a abordagem DFE tradicional 
– projetar produtos que são meramente menos prejudiciais ao meio ambiente devido 
a melhorias incrementais, como a redução do uso de energia, geração ou uso de 
materiais tóxicos – não é suficiente porque esses produtos ainda não são saudáveis 
para o meio ambiente. Para passar do estágio de “menos prejudicial” para produtos 
“verdadeiramente amigáveis ambientalmente”, McDonough e Braungart (2002) 
descrevem um método DFE que se concentra em três áreas-chave de design de 
produtos, que são:
• Produtos químicos:
 » Quais os produtos químicos que compõem os materiais especificados? Eles 
são seguros para os seres humanos e o meio ambiente?
• Desmontagem:
 » Os produtos podem ser desmontados no final da sua vida útil para reciclar 
os seus materiais?
• Capacidade de reciclagem:
 » Os materiais podem ser reciclados? Os materiais são facilmente separáveis 
em categorias de reciclagem? Os materiais podem ser reciclados no final da 
vida útil do produto?
Para implementar o DFE, a Herman Miller constituiu uma equipe de especialistas 
em DFE, cujos integrantes trabalhavam em cada desenvolvimento de novos 
produtos. Juntamente com a MBDC, eles criaram um banco de dados de materiais 
e uma ferramenta de avaliação de DFE que fornecem métricas para orientar as 
decisões de design ao longo do processo de desenvolvimento do produto.
19
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
O Processo DFE
A implementação efetiva do DFE inclui atividades em todo o processo de 
desenvolvimento do produto.As etapas do processo DFE são mostradas na Figura 
4. Apesar da apresentação linear das etapas, as equipes de desenvolvimento de 
produto provavelmente repetirão algumas etapas várias vezes, tornando o DFE 
um processo iterativo. As seções a seguir descrevem cada etapa do processo DFE.
Fase de 
detalhamento
do produto
Re�namento
do projeto
Re�etir sobre
os resultados
Comparar
com metas
do DFE
Veri�car
impactos
ambientais
Aplicar
diretrizes
de DFE
Estabelecer
diretrizes
de DFE
Identi�car
impactos
ambientais
Estabelecer
a agenda
Fase de 
planejamento
do produto
Projeto a nível
do sistema
Desenvolvimento
do processo
Desenvolvimento
do conceito
Figura 4 – Fluxograma do processo de DFE
ETAPA 1: Definir os Requisitos para o DFE: Diretrizes, Objetivos e Equipe
O processo DFE começa tão cedo quanto a fase de planejamento do produto com 
a definição da agenda do DFE. Esta etapa consiste em três atividades: identificar as 
diretrizes internas e externas do DFE, definir as metas ambientais para o produto e 
configurar a equipe do DFE. Ao definir a agenda da DFE, a organização identifica 
um caminho claro e viável para um projeto de produto ambientalmente amigável.
Identificar as Diretrizes Internas e Externas para o DFE 
A fase de planeamento do DFE começa com uma discussão das razões pelas 
quais a organização pretende abordar o desempenho ambiental dos seus produtos. 
É útil documentar as diretrizes internas e externas. Esta lista pode evoluir ao longo 
do tempo, uma vez que as mudanças na tecnologia, regulação, experiência, partes 
20
21
interessadas e concorrência afetam essas diretrizes, a capacidade e os desafios da 
organização. As diretrizes internas são os objetivos do DFE dentro da organização. 
Brezet e Van Hemel (1997) recomendam:
• Qualidade do produto: o foco no desempenho ambiental pode elevar a 
qualidade do produto em termos de funcionalidade, confiabilidade, durabilidade 
e manutenção.
• Imagem pública: anunciar um alto nível de qualidade ambiental de um produto 
pode melhorar a imagem da empresa.
• Redução de custos: usar menos material e menos energia na produção pode 
resultar em consideráveis economias. A geração de resíduos e a eliminação 
de resíduos perigosos resultam em menores custos de eliminação de resíduos.
• Inovação: o pensamento sustentável pode levar a mudanças radicais no design 
do produto e pode promover a inovação em toda a empresa.
• Segurança operacional: a eliminação de materiais tóxicos pode ajudar a 
aprimorar a saúde e segurança no trabalho dos trabalhadores.
• Motivação dos empregados: os empregados podem ser motivados a 
contribuir de forma nova e criativa se forem capazes de ajudar a reduzir os 
impactos ambientais dos produtos e operações da empresa.
• Responsabilidade ética: o interesse em um desenvolvimento sustentável 
entre gerentes e desenvolvedores pode ser motivado em parte por um senso 
moral de responsabilidade pela conservação do meio ambiente e da natureza.
• Comportamento do consumidor: a disponibilidade de produtos com 
benefícios ambientais positivos pode acelerar a transição para estilos de vida 
mais limpos e para uma demanda por produtos mais ecológicos.
As diretrizes externas do DFE incluem tipicamente os regulamentos ambientais, 
as preferências dos clientes e as ofertas dos concorrentes, tais como:
• Legislação ambiental: a política ambiental orientada ao produto está se 
desenvolvendo rapidamente. As empresas não devem apenas compreender 
a miríade de regulamentos nas várias regiões onde operam e vendem produ-
tos, mas também podem antecipar futuras legislações. O foco do legislativo 
recente está mudando da proibição de certos materiais para uma respon-
sabilidade mais ampla dos fabricantes, incluindo obrigações de recolha de 
produtos descartados.
• Demanda do mercado: hoje, as empresas operam em um ambiente de 
negócios de clientes industriais cada vez mais bem informados e usuários 
finais que podem exigir produtos sustentáveis. Publicidade negativa, blogs e 
boicotes de produtos, fabricantes ou varejistas podem ter um impacto con-
siderável nas vendas. Obviamente, o efeito positivo oposto está se tornando 
mais poderoso também.
21
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
• Concorrência: as atividades de sustentabilidade empreendidas por concor-
rentes podem levar à pressão para que seja dada mais ênfase em atividades 
de DFE. A definição de um padrão ambiental elevado pode significar uma 
vantagem em um primeiro momento.
• Fornecedores: os fornecedores influenciam o comportamento da empresa 
através da introdução de materiais e materiais mais sustentáveis.
• Pressões sociais: através de seus contatos sociais e comunitários, os gerentes 
e funcionários podem ser questionados sobre a responsabilidade de seu negócio 
em relação ao meio ambiente.
No caso das cadeiras da empresa Herman Miller, as principais diretrizes do DFE 
foram a procura no mercado, a inovação e o compromisso da empresa com a 
responsabilidade ambiental.
Definir os Objetivos do DFE
Uma atividade importante na fase de planejamento do produto é definir as metas 
ambientais para cada projeto de desenvolvimento do produto. Muitas organizações 
estabeleceram uma estratégia que inclui metas ambientais de longo prazo. Essas 
metas definem como a organização atende aos regulamentos ambientais e como a 
organização reduz os impactos ambientais de seus produtos, serviços e operações. 
Em 2005, Herman Miller estabeleceu seus objetivos ambientais de longo prazo 
para o ano 2020:
• Nada para aterros sanitários;
• Nenhuma geração de resíduos perigosos;
• Emissões atmosféricas prejudiciais nulas;
• Nenhuma utilização de água de processo;
• 100 % da energia utilizada renovável;
• Todos os edifícios certificados para cumprir os padrões de eficiência ambiental; 
• Todas as vendas de produtos definidas durante o processo de DFE.
Para alcançar estes objetivos em longo prazo, metas ambientais específicas 
podem ser estabelecidas para cada produto durante a fase de planejamento. 
Esses objetivos individuais também permitem que a organização progrida rumo a 
estratégias de longo prazo. Com base no entendimento de quais estágios do ciclo 
de vida contribuem com pactos significativos de proteção ambiental, os objetivos 
podem ser desenvolvidos adequadamente.
A empresa Herman Miller entendeu que os principais impactos ambientais de 
seus produtos de mobiliário de escritório estão nos materiais, na produção e na 
recolha dos produtos descartados. Para sua cadeira de escritório, a empresa utilizou 
exclusivamente materiais com baixo impacto ambiental, facilitou a desmontagem 
do produto e possibilitou a reciclagem.
22
23
Montar uma Equipe para o DFE
A DFE exige a participação de muitos especialistas funcionais no projeto 
de desenvolvimento de produtos. A composição típica de uma equipe de DFE 
(geralmente constituída de uma subequipe dentro da equipe principal de projeto 
geral) consiste em um líder de DFE, um especialista em química e materiais 
ambientais, um engenheiro de fabricação e um representante da organização de 
compras e da cadeia de suprimentos. É claro que a composição da equipe do DFE 
depende da organização e das necessidades do projeto específico e também pode 
incluir profissionais de marketing, consultores externos, fornecedores ou outros 
especialistas. A empresa Herman Miller criou sua equipe DFE, em 1999, para 
trabalhar com os designers e engenheiros em cada projeto de desenvolvimento 
de produto para rever a composição química do material, os processos de 
desmontagem, reciclagem, embalagens de entrada e saída, fontes de energia e 
usos e geração de resíduos. A equipe do DFE deverá estar envolvida desde o início 
para assegurar que as etapas posteriores atendam aos requisitos. Ao trabalhar em 
estreita colaboração com cada equipe de desenvolvimento de produtos, a equipe 
de DFE fornece as ferramentas e conhecimentos necessários para tomar decisões 
de design ambientalmente saudáveis.
ETAPA 2: Identificar PotenciaisImpactos Ambientais
Dentro da fase de desenvolvimento do conceito, o DFE começa identificando os 
potenciais impactos ambientais do produto ao longo de seu ciclo de vida. Isso permite 
que a equipe de desenvolvimento do produto considere os impactos ambientais no 
estágio do conceito, ainda que quase não haja informação específica (no que diz 
respeito ao uso de materiais e energia, emissões e geração de resíduos) disponível 
para o produto real que possa conduzir a uma avaliação de impacto ambiental 
detalhada. No caso do redesenho do produto, entretanto, dados relevantes podem 
ser fornecidos por meio da análise de impacto de alguns produtos existentes. Na 
etapa 5 abaixo, descrevemos os métodos de avaliação do ciclo de vida.
Há algumas considerações a fazer. Para alguns produtos (por exemplo, automó-
veis, dispositivos eletrônicos) os impactos mais significativos são encontrados na 
fase de utilização. Para outros produtos (por exemplo, vestuário, mobiliário de es-
critório), os maiores impactos podem ser nos materiais, na produção e na recolha.
ETAPA 3: Selecionar as Diretrizes para o DFE
As diretrizes ajudam as equipes de design de produtos a tomarem as primeiras 
decisões de DFE sem uma análise de impacto ambiental mais detalhada, a qual só 
é possível depois que o projeto esteja mais avançado. As orientações relevantes 
podem ser selecionadas com base, em parte, na avaliação qualitativa dos impactos 
do ciclo de vida (a partir do passo 2). A seleção de diretrizes relevantes durante a 
fase de desenvolvimento do conceito permite que a equipe de desenvolvimento do 
produto as aplique ao longo do projeto de desenvolvimento do produto.
23
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
ETAPA 4: Aplicar as Diretrizes de DFE ao Projeto Inicial do Produto
Uma vez que a arquitetura do produto é desenvolvida durante a fase de projeto 
do nível do sistema, algumas escolhas iniciais de material são feitas junto com 
algumas das decisões de projeto. É benéfico, portanto, aplicar as diretrizes DFE 
mais relevantes (selecionadas na etapa 3) neste ponto. Dessa forma, o design inicial 
do produto pode ter impactos ambientais menores. Por exemplo, a equipe de 
desenvolvimento da cadeira de escritório queria que ela fosse leve para reduzir o 
uso de materiais e os impactos no transporte. Essa foi uma das diretrizes adotadas. 
Os projetistas conseguiram isso desenvolvendo um conceito e arquitetura de produto 
que não continha um mecanismo de inclinação localizado sob o assento e outras 
complexidades. Isso ajudou a reduzir o peso da cadeira em até 9 kg, segundo Ulrich 
(2012). A equipe também procurou novas formas de facilitar a desmontagem da 
cadeira, a fim de facilitar a reciclagem. Eles colocaram as juntas onde é facilmente 
acessível e também asseguraram que os componentes são separáveis à mão ou 
com ferramentas comuns (mais uma diretriz de DFE aplicada).
Na fase de detalhamento, são determinadas as especificações exatas dos mate- 
riais, a geometria detalhada e os processos de fabricação. A aplicação das diretrizes 
de DFE no projeto detalhado é essencialmente a mesma que no design do nível do 
sistema. No entanto, neste momento, muitas decisões estão sendo tomadas e os 
fatores ambientais podem ser considerados com maior precisão. Especificando 
materiais de baixo impacto e reduzindo o consumo de energia, as equipes de 
desenvolvimento de produtos criam produtos mais ecológicos. Além disso, as 
diretrizes DFE podem inspirar as equipes de desenvolvimento de produtos a me-
lhorar a funcionalidade e a durabilidade do produto, o que pode levar a impactos 
ambientais significativamente menores.
Para especificar materiais que atendessem aos requisitos ambientais e funcio-
nais, a equipe de desenvolvimento da cadeira da empresa Herman Miller utilizou 
o banco de dados de materiais proprietários da empresa. A base de dados, manti-
da em conjunto com a empresa MBDC, considerava os impactos ambientais e de 
segurança de cada material e os classificava em quatro categorias: verde (pouco 
ou nenhum perigo), amarelo (perigo baixo a moderado), laranja (dados incom-
pletos) e vermelho (alto risco). O objetivo da Herman Miller era usar somente 
materiais que classificassem amarelo ou verde para todos os novos produtos. Por 
exemplo, o cloreto de polivinila (PVC) é classificado como um material vermelho. 
O PVC é um polímero que é comumente utilizado em móveis e outros produtos 
devido ao seu baixo custo e alta resistência. No entanto, tanto a produção como a 
incineração de PVC libertam emissões tóxicas. Para evitar o uso de materiais tó-
xicos para o ser humano e para o meio ambiente, os engenheiros especificaram 
materiais mais seguros, como o polipropileno no lugar do PVC.
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ETAPA 5: Avaliar os Impactos Ambientais
O próximo passo é avaliar, na medida do possível, os impactos ambientais 
do produto ao longo de todo o seu ciclo de vida. Para fazê-lo com precisão, é 
necessário compreender detalhadamente como o produto é produzido, distribuído, 
utilizado ao longo de sua vida útil e reciclado ou descartado no final da sua vida útil.
Esta avaliação é, geralmente, feita com base na lista detalhada de materiais 
(BOM), incluindo fontes de energia, especificações de materiais componentes, 
fornecedores, modos de transporte, fluxos de resíduos, métodos de reciclagem e 
meios de descarte. Várias ferramentas quantitativas de avaliação do ciclo de vida 
(ACV) estão disponíveis para realizar essa avaliação ambiental. Essas ferramentas 
são softwares para computadores e variam em preço e complexidade, podendo 
ser selecionadas com base nos tipos de materiais e de processos envolvidos e 
na precisão necessária para a análise. As ferramentas ACV requerem uma 
quantidade significativa de tempo, treinamento e dados. Muitas análises de ACV 
são comparativas e fornecem uma base para considerar o desempenho ambiental 
de alternativas de design de produto. Os softwares comerciais de ACV estão se 
tornando amplamente utilizados na concepção de produtos, e os dados de suporte 
estão disponíveis para materiais comuns, processos de produção, métodos de 
transporte, processos de geração de energia e cenários de descarte.
Comparar os Impactos Ambientais aos Objetivos do DFE 
Este passo compara os impactos ambientais do projeto em evolução com os 
objetivos do DFE estabelecidos na fase de planejamento. Se várias opções de projeto 
foram criadas na fase do projeto detalhado, elas podem agora ser comparadas para 
julgar qual delas tem os menores impactos ambientais. A menos que a equipe de 
desenvolvimento do produto seja muito experiente em DFE, o projeto geralmente 
terá muito espaço para melhorias. Geralmente, várias iterações DFE são necessárias 
antes que a equipe esteja convencida de que o produto é tão bom quanto deveria 
ser segundo a perspectiva DFE.
ETAPA 6: Refinar o Projeto do Produto para Reduzir ou Eliminar os 
Impactos Ambientais
O objetivo desta etapa e subsequentes iterações DFE é reduzir ou eliminar quaisquer 
impactos ambientais significativos através de refinamentos de projeto. Os impactos 
podem assim ser reduzidos a um nível aceitável e o desempenho ambiental acaba 
se enquadrando nos objetivos do DFE. O refinamento para melhoria contínua de 
DFE também pode continuar após a produção começar. No caso da Herman Miller, 
depois de várias iterações de projeto, a equipe desenvolveu uma maneira de moldar 
a coluna que sustenta o encosto usando dois materiais de polipropileno diferentes 
25
UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
que são compatíveis para reciclagem sem separação. A base de alumínio da cadeira 
é um exemplo de “design mínimo”: não foi revestida e nem polida, sem trabalho de 
acabamento e sem toxinas prejudiciais, é durável e tem menos impactos ambientais 
do que as bases de cadeira tradicionais. Um dos compromissos difíceis abordados 
no desenvolvimento dessa cadeira estava relacionado à seleção de materiais para os 
braços da mesma: enquanto os engenheiros estavam determinados a evitar ouso 
de PVC, a equipe não foi capaz de moldar os braços usando materiais olefínicos 
(como polipropileno) devido a preocupações de durabilidade e falhas por fadiga. 
Os braços da cadeira foram então moldados a partir de nylon e sobre moldados 
com um elastômero termoplástico. Como esses materiais não são quimicamente 
compatíveis para reciclagem, essa decisão tirou a capacidade de reciclagem total 
da cadeira.
ETAPA 7: Refletir sobre o Processo e Eesultados do DFE
Assim como em todo processo de desenvolvimento do produto, a atividade final 
é perguntar:
• Como o processo DFE foi executado?
• Como o processo DFE pode ser melhorado?
• Quais as melhorias DFE que podem ser feitas em produtos derivados e futuros?
Como já dissemos, há várias ferramentas de avaliação disponíveis. Ulrich (2012) 
descreve que a empresa Herman Miller, utilizando uma delas, havia obtido para 
a sua cadeira ecologicamente correta o índice de 72 % em termos de facilidade 
de desmontagem e viabilidade de reciclagem, em uma escala de zero a 100 %, o 
que deixou a equipe de desenvolvimento satisfeita. Ao longo do desenvolvimento, 
porém, a pontuação de capacidade de reciclagem da cadeira subiu e desceu, caindo 
de 99 % para 92 %, devido ao trade-off relativo à escolha do material na concepção 
dos braços.
Uma conquista muito importante feita durante o desenvolvimento da cadeira 
para permitir sua reciclagem foi uma mudança nos materiais da coluna. As iterações 
iniciais usaram materiais diferentes unidos, que não podiam ser reciclados. A equipe 
do DFE desafiou a equipe de desenvolvimento a inovar ainda mais. A solução 
resultante foi a combinação de dois materiais que são compatíveis para uma 
reciclagem sem separação. Infelizmente, tal solução não pôde ser desenvolvida 
para os braços das primeiras cadeiras. Isso demonstra que a criação de um produto 
perfeito a partir de uma perspectiva DFE é um objetivo que pode levar anos para 
alcançar. Um DFE eficaz exige uma equipe de desenvolvimento de produtos que se 
esforça para a melhoria contínua.
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Outro passo importante dado pela empresa Herman Miller foi a redução do 
índice de “carbon footprint”, ou literalmente “rastro de carbono”. O rastro de 
carbono de um produto é a quantidade de emissões de gases com efeito de estufa 
causadas pelo produto, normalmente expressas em termos da massa equivalente de 
CO2 emitida. A consideração do rastro de carbono afetaria ainda mais as escolhas 
materiais da Herman Miller. Por exemplo, com base apenas na capacidade de 
reciclagem e na toxicidade ambiental, o alumínio é um material ecológico. No 
entanto, considerando o rastro de carbono do alumínio, pode ser uma escolha 
menos favorável (comparada ao aço, por exemplo), devido à quantidade de energia 
necessária para produzir alumínio novo. O alumínio reciclado, entretanto, usa muito 
menos energia, incluindo nesta análise também a energia utilizada para processar 
os metais.
E, assim, chegamos ao término desta Unidade. Esperamos que o conteúdo 
teórico descrito aqui tenha sido útil para o seu aprendizado.
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UNIDADE O Ciclo de Vida de um Produto
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Design for Sustainability: A Practical Approach
BHAMRA, T., and LOFTHOUSE, V. Design for Sustainability: A Practical Approach, 
Gower, UK, 2007.
Ecodesign, A Promising Approach to Sustainable Production and Consumption
BREZET, H., and VAN HEMEL, C. Ecodesign, A Promising Approach to Sustainable 
Production and Consumption, TU Delft, Netherlands, 1997.
Green Design
BURALL, P. Green Design, Design Council, London, 1991.
Design for Environment: A Guide to Sustainable Product Development
FIKSEL, J. R. Design for Environment: A Guide to Sustainable Product Development, 
second edition, McGraw-Hill, New York, 2009.
Cradle to Cradle: Remaking the Way We Make Things
McDONOUGH, W, and BRAUNGART, M. Cradle to Cradle: Remaking the Way 
We Make Things, North Point Press, New York, 2002.
Design for the Real World: Human Ecology and Social Change
PAPANEK, V. Design for the Real World: Human Ecology and Social Change, 
Van Nostrand Reinhold Co., New York, 1971.
Product Design and Development
ULRICH, T. K.; EPPINGER, S. D. Product Design and Development. 5. ed. New 
York: MacGraw-Hill, 2012.
The Brundtland Report: Our Common Future
World Commission on Environment and Development, The Brundtland Report: Our 
Common Future, Oxford University Press, London, 1987.
28
29
Referências
BAXTER, M. Projeto de Produto: Um guia prático para o design de novos 
produtos. São Paulo: E. Blücher, 2011.
FONSECA, A. J. H. Sistematização do Processo de Obtenção das Especifica-
ções de Projeto de Produtos Industriais e sua Implementação Computacio-
nal. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica – UFSC) – Florianópolis, 2000.
ROTONDARO, R.G.; MIGUEL, P.A.C. Projeto do produto e do processo. São 
Paulo: Atlas, 2010.
ROZENFELD, H. et al. Gestão de Desenvolvimento de Produtos: Uma referência 
para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006.
SLACK, N.; CHAMBERS, C. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2012.
29

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