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Introdução A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) é avaliada como um problema de saúde pública no mundo inteiro, e nas últimas três décadas têm aumentado tanto sua incidência quanto prevalência. Sabe-se que não existe uma causa única para a ICC e, sim, fatores que aumentam a possibilidade de sua ocorrência, como os chamados fatores de risco cardiovascular. A classificação da ICC pode ser efetuada de várias formas, de acordo com suas condições clínicas, que pode ser aguda ou crônica e originar alterações hemodinâmicas ou funcionais. Conforme a clínica, sendo aguda ou crônica, pode surgir complicações nas câmaras cardíacas direita, esquerda, ou de ambas; a esquerda caracteriza-se pela presença de sinais e sintomas de congestão pulmonar, refere-se à insuficiência do ventrículo esquerdo de se encher ou esvaziar de maneira apropriada, o que leva a pressões aumentadas no ventrículo e a congestão no sistema vascular pulmonar; a direita está relacionada à disfunção do ventrículo direito para bombear adequadamente, a causa mais comum da Insuficiência Cardíaca Direita (ICD) e, geralmente, de sintomas de congestão sistêmica, que são: edema periférico, congestão hepática, turgência de jugular. Ressalte-se que o reconhecimento da(s) câmara(s) cardíaca(s) afetada(s) tem importância no diagnóstico diferencial. A ICC geralmente não avança de forma lenta, o oposto, segue uma série de fases abruptas de piora, que evoluem até a descompensação aguda. Entretanto, quando as condições precipitantes são controladas e o tratamento é intensificado, o cliente pode continuar estável por meses ou anos. O presente estudo mostrará como os profissionais de enfermagem podem agir para o cuidado com paciente com ICC. Definição A insuficiência cardíaca, também conhecida como insuficiência cardíaca congestiva, é uma condição ou um conjunto de sintomas em que o coração não bombeia sangue suficiente para satisfazer as necessidades do seu corpo. Fisiopatologia Estudos apontam a fisiopatologia da ICC como sendo mecanismos compensatórios cardíacos (aumento da freqüência cardíaca, vasoconstrição e aumento do coração) ocorrem para ajudar o coração insuficiente. Aponta também que: Estes mecanismos são capazes de compensar a incapacidade do coração em bombear efetivamente e manter o fluxo sanguíneo suficiente aos órgãos e tecidos em repouso. Os estressores fisiológicos que aumentam a carga de trabalho do coração (exercício, infecção) podem fazer com que esses mecanismos fracassem e precipitem a “síndrome clínica” associada ao coração insuficiente (pressões ventriculares/atriais elevadas, retenção de sódio e de água, diminuição do débito cardíaco, congestão circulatória e pulmonar. Os mecanismos compensatórios podem acelerar o inicio da insuficiência porque aumentam a pós-carga e o trabalho cardíaco. Causas No Brasil a causa mais comum da insuficiência cardíaca é a doença arterial coronariana (DAC), na qual teremos um estreitamento dos vasos coronarianos, que são responsáveis por levar oxigênio ao músculo cardíaco, pela presença de placas de gordura podendo levar a isquemia e infarto. Também podem levar a esta condição clínica alterações nas válvulas cardíacas, níveis pressóricos não controlados, inflamações do músculo cardíaco, doença de chagas e outras causas. Sinais e Sintomas Os sintomas mais comuns da insuficiência cardíaca são: Falta de ar na atividade física ou logo após estar deitado por um tempo Tosse Inchaço dos pés e tornozelos Inchaço do abdômen Ganho de peso Pulso irregular ou rápido Sensação de sentir o batimento cardíaco (palpitações) Dificuldade para dormir Fadiga, fraqueza, desmaios Perda de apetite, indigestão Diminuição da atenção ou concentração Redução do volume de urina Náuseas e vômitos Necessidade de urinar durante a noite Bebês podem apresentar suor durante a alimentação (ou outra atividade). Alguns pacientes com insuficiência cardíaca não apresentam sintomas. Nessas pessoas, os sintomas podem aparecer somente sob as seguintes condições: Ritmo cardíaco anormal (arritmias) Anemia Hipertireoidismo Infecções com febre alta Doença renal. Tratamento O tratamento da ICC visa primordialmente o restabelecimento da função da contratilidade do músculo miocárdio e eliminar o excesso de líquido corporal acumulado. O tipo de tratamento a ser indicado deverá ser individualizado para cada paciente e dependerá de alguns fatores como: A causa da insuficiência cardíaca, os sintomas e complicações clínicas apresentados pelo paciente e o estágio da doença. O tratamento. Em geral o paciente deverá restringir o uso de sal, a ingesta de líquidos e perder peso. Não poderá ingerir gorduras e frituras. Há medicamentos que serão prescritos para reduzir a carga de trabalho sobre o coração ao diminuir a pós-carga e pré-carga. O tratamento do paciente com ICC consiste essencialmente em modificações terapêuticas no estilo de vida, restrição hídrica, dieta hipossódica, oxigenioterapia e terapia farmacológica. Assistência de Enfermagem Monitorizar a ingesta e a excreta a cada 2 horas; Manter a posição de Fowler para facilitar a respiração; Monitorizar a resposta ao tratamento diurético; Avaliar a distensão venosa jugular, edema periférico; Administrar dieta hipossódica; Promover restrição hídrica. Proporcionar conforto ao paciente; dar apoio emocional; Manter o paciente em repouso, observando o grau de atividade a que ele poderá se submeter; Explicar antecipadamente os esquemas de rotina e as estratégias de tratamento; Incentivar e permitir espaços para o cliente exprimir medos e preocupações; Apoiar emocionalmente o cliente e familiares; Promover ambiente calmo e tranquilo; Estimular e supervisionar a respiração profunda; Executar exercícios ativos e passivos com os MMII; Pesar o paciente diariamente; Realizar balanço hídrico; Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídica; Anotar alterações no funcionamento intestinal; Administrar medicamentos conforme prescrição médica, adotando cuidados especiais; Observar o aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação medicamentosa; Transmitir segurança na execução das atividades; Cuidados na administração de digitálicos Verificar pulso e frequência cardíaca antes de administrar cada dose do medicamento. Caso o pulso esteja inferior a 60bpm, consultar o médico; Observar sintomas de toxidade digital: arritmia, anorexia, náuseas, vômito, diarreia, bradicardia, cefaleia, mal-estar e alterações comportamentais; Cuidados com a administração de diuréticos. Oferecer o medicamento pela manhã; Realizar balanço hídrico; Observar sinais de fraqueza, mal estar, câimbras musculares; Estimular a ingestão de alimentos ricos em potássio (laranja, limão, tomate), desde que não aja contraindicação. Conclusão Com este estudo pude ver que o ICC é uma doença pode danificar muito a qualidade de vida do enfermo, os sinais e sintomas prejudicam muito os pacientes com ICC, nos seus afazeres, muitos não conseguem voltar a trabalhar mais, quando sentir os primeiros sintomas deve procurar de imediato tratamento, pois a doença avança de modo rápido, o tratamento tem que ser realizado logo para diminuição dos sintomas, a equipe de enfermagem deve ser eficaz e cumprir o tratamento com perfeita destreza, estar atenta as novas complicações e ajudar o paciente a se acalmar, saber ouvi-lo para presta uma assistência de qualidade, pacientes com ICC tendem a ficar ansiosos com a situação que está vivendo, alem da parte técnica devemo0s aplicar a humanização para tentar deixar uma ambiente calmo e tranquilo para o paciente relaxar mais. Por convivermos mais com os pacientes do que qualquer outro profissional, devemos estar cientes e preparados para quando houver uma piora no quadro clinico e emocional do cliente que está com essa patologia tão grave. A enfermagem tenta papel fundamental no cuidado ao paciente. Referencias Borges ES. Insuficiênciacardíaca congestiva, São Paulo/SP 2005. Bocchi EA, Braga FGM, Ferreira SMA, Rohde P, Oliveira WA, Almeida DR et al.; Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol. 2009. Dutra OP; Sociedade Brasileira de Cardiologia. II Diretriz Brasileira de Cardiopatia Grave. Arq Bras Cardiol. 2006; Rio de Janeiro/RJ. Herdman TH. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012/2014. 2 ed. Porto Alegre: Artmed; 2013. Martins AM, Carrilho JF, Alves VAF, Castilho EA, Cerri GG, Wen CL. Clinica médica: doenças cardiovasculares, doenças respiratórias emergências e terapia intensiva. São Paulo: Manole; 2009. 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