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Aula 1 - Farmacocinética FARMACOCINÉTICA - o que o organismo faz com o F FARMACODINÂMICA - o que o F faz com o organismo -> mecanismo de ação do F Farmacocinética 1. ABSORÇÃO 2. DISTRIBUIÇÃO 3. METABOLISMO 4. EXCREÇÃO gc1 A distribuição, a biotransformação e a excreção ocorrem ao mesmo tempo. Os órgãos mais vascularizados são os 1os a receber o F, como rins, fígado e cérebro, mas é importante lembrar de que neste existe a barreira hematoencefálica. Transporte através de membranas O F atravessa várias membranas nos processos citados. A maior parte dos F atravessa as membranas por difusão simples lipídica (são lipossolúveis e de baixo peso molecular). Os F também podem passar por difusão simples aquosa (por um canal iônico) e difusão facilitada (por proteína transportadora). Esses 3 são transportes passivos, pois ocorrem a favor do gradiente. Há ainda o transporte ativo, caracterizado pelo gasto de energia, que ocorre por proteína transportadora. Influência do pH Todos os F são ácidos fracos ou bases fracas e estão sob as formas ionizadas e molecular quando em solução. As formas estão sempre em equilíbrio. O pH do meio vai influenciar na velocidade de absorção e distribuição. F ácido em meio ácido: predomínio da forma molecular (HA), a qual é mais lipossolúvel F básico em meio básico: predomínio da forma iônica (B), a qual é mais lipossolúvel eh O pKa dos F também influencia nas formais nas quais o F se encontra em determinado pH. Ex.: F de pKa 4,4 fica mais molecular em meio ácido (pH = 1,4 estomacal) e em meio básico (pH = 7,4 do plasma) fica mais iônico. Se 2 F se encontram no sg e se ligam à albumina, haverá competição. Ganha o F que tiver maior afinidade pela albumina. Ex.: entre fenilbutazona (anti-inflamatório) e varfarina (anticoagulante) ganha a fenilbutazona e toda a warfarina estará livre para ser distribuída. Com tanta warfarina nos tecidos, há enorme risco de hemorragia. Na distribuição, o pH é fundamental pq influencia na forma molecular em que o F se encontra. Na absorção, ele é secundário e a lipossolubilidade é mais importante. Digoxina: pequena porcentagem de ligação à albumina, mas grande afinidade por macromoléculas do coração. Existem F com preferência por determinados tecidos, pois se ligam a moléculas específicas. O endotélio vascular é altamente permeável, com exceção dos capilares encefálicos. Existe a barreira hematoencefálica: zônulas de oclusão se intercalam com as células do vaso e astrócitos permeiam os capilares. Isso faz com que apenas F hiperlipossolúveis atravessem a barreira. Ex.: polaramine (dexclorfeniramina) x claritin (loratadina) são anti-histamínicos, mas apenas polaramine atravessa a barreira e causa sono. A penicilina provoca dilatação capilar e assim atravessa a barreira hematoencefálica. Fluxo sanguíneo regional: Cérebro, rins, fígado > vísceras, musc. esquelética > tecido adiposo, osso Reservatórios tissulares: formação de depósitos do F, principalmente no tecido adiposo. Há um processo dinâmico que faz com que o F saia do reservatório e volte para a circulação e vice-versa, causando um prolongamento do efeito, pois depois de um tempo o F volta para a circulação e vai primeiro para cérebro, rins e fígado. Tecidos ósseo e adiposo são os principais reservatórios tissulares. Aula 2 - Ensaios farmacológicos Droga: fármaco ou agente tóxico, o que diferencia é o efeito benéfico ser maior que os efeitos colaterais/toxicidade no caso dos fármacos. Ensaios biológicos Pretendem quantificar ou identificar um fármaco pelo seu efeito biológico (como alterar a PA, alterar FC etc.). São usados para dosar ou identificar hormônios (como insulina), heparina, vitaminas, antibióticos e toxinas. Unidade internacional: determinada quantidade que causa determinado efeito biológico. É definida pela OMS. Compara-se o efeito dos fármacos produzidos por laboratórios com o efeito do fármaco padrão. Exs.: 1 UI de insulina é a quantidade de insulina purificada que faz com que a glicose de coelhos caia de 100 para 75. 1 UI de penicilina é a quantidade necessária para matar um halo de 2 cm de bactérias. Potência: volume padrão/volume desconhecido = [droga desconhecida]/[droga padrão] 4 tipos de ensaios biológicos Quantitativo Doses individuais conhecidas Quantal Qualitativo 1. Quantitativo Efeito = k x logDOSE *Parte da curva é uma reta 2. Doses individuais conhecidas (curva de Gauss) Eixo y = número de indivíduos que demonstram o efeito biológico estudado Eixo x = dose do fármaco administrada 3. Quantal (curva sigmóide) Tem duas características importantes: a dose não é determinada individualmente e o efeito não é mensurado (só se quer saber se o efeito desejado é causado ou não). É usado para determinar o índice terapêutico de um fármaco a partir do DL50 e do DE50. O índice terapêutico define a margem de segurança do fármaco: quanto maior, melhor. DE50: dose que causa o efeito desejado em 50% da população DT50 = DL50: dose tóxica/letal em 50% da população *Para facilitar os estudos, as curvas são transformadas em retas. 4. Qualiatativo O ensaio é feito para avaliar uma característica do fármaco. Exs.: para avaliar se um soro está contaminado ou não, mede-se a temperatura de animais tomando o soro; se a temperatura dos animais aumentar, o soro está contaminado com bactérias. Uma substância que faz a PA diminuir: quer se saber em que receptor ela atua, então se bloqueia um receptor de cada vez e se administra a droga. Ensaios clínicos São realizados após os ensaio biológicos. Os ensaios biológicos duram no mínimo 5 anos e são feitos em animais. Os ensaio clínicos são realizados em seres humanos e possuem 4 fases. Fase 1 É realizada com pessoas saudáveis, de 10 a 30 indivíduos, e em outro país. Observam-se os efeitos farmacocinéticos: como é a absorção, a distribuição, a eliminação etc. Dependendo do tipo da droga, pode ser realizada com pessoas doentes, ex.: drogas muito agressivas, como as usadas em tratamento oncológico. Fase 2 Sempre com pessoas doentes. É realizada com maior número de indivíduos. Quer se observar a farmacocinética da droga, mas também sua eficiência. Em alguns casos é usado placebo, como quando o tratamento não é crônico (ex.: remédios para dores temporárias). Pode-se também usar junto com o fármaco novo, um fármaco já conhecido, porém sem saber qual paciente usa qual droga. Fase 3 Aumenta-se o número de pessoas testadas e se passa a comparar a droga nova com drogas já existentes. A nova deve ser tão boa quanto ou melhor que as já existentes. Passa por aprovação de entidades internacionais, como o FDA (EUA). Fase 4 A droga é lançada no mercado e é feita vigilância, pois podem surgir efeitos não detectados nos estudos prévios. Aula 3 - Farmacocinética: biotransformação e excreção BIOTRANSFORMAÇÃO/METABOLIZAÇÃO: processo no qual ocorre modificação de estrutura química do F; o objetivo é gerar moléculas mais polares/hidrossolúveis para facilitar a excreção renal (principal meio de excreção). O principal órgão biotransformador é o fígado, o segundo é o intestino. CITOCROMO P450 (CYP 450): sistema enzimático responsável pela biotransformação dos F. Saber 3A4 (responsável por 50% do metabolismo hepático) e 2D6 (responsável por 30% do metabolismo hepático). Reações de biotransformação Reações de fase I: oxidação, redução e hidrólise. Alteração da estrutura molecular pelo CYP 450. São gerados metabólitos mais polares e com atividade farmacológica alterada. Pode haver aumento ou conservação da atividade, perda da atividade ou ganho de atividade (no caso de pró-fármacos). O fármaco, então, pode ser excretado ainda ativo se mesmo após a metabolização ainda tiver atividade. Reações de fase II: reações de conjugação. Gligação entre a molécula do fármaco-mãe (F que não passou pela fase I) oumetabólito da fase I com pequenas moléculas como o ácido glicurônico (GLICURONIDAÇÃO) e glutationa. Formam-se conjugados ALTAMENTE POLARES, e frequentemente inativos, excretados rapidamente na urina. Ex.: morfina (não sofre ação do P450) >GLICURONIDAÇÃO> glucuronato-6-morfina (6x mais ativo que a morfina e excretado na urina). Inibidores e indutores enzimáticos *fluconazol: inibe as 2 principais enzimas do P450 e outras, potencializando os efeitos adversos do fármaco ativo Inibidores enzimáticos Fármacos que inibem uma ou mais enzimas do P450, reduzindo a atividade metabólica deste sistema; há diminuição da velocidade de biotransformação de seus substratos, o que aumenta a [] do fármaco ativo no plasma sanguíneo e por consequência há maior incidência de reações adversas. Exs.: cimetidina, cetoconazol, fluconazol, fluoxetina. Codeína (ativo, antitussígeno e analgésico opióide fraco) >P450(2D6)> morfina (analgésico opióide potente). Se o pcte tomar fluoxetina, o efeito da codeína será prejudicado, então outro analgésico deve ser utilizado. No caso de pró-fármacos (como enalapril), não haverá o efeito desejado. Indutores enzimáticos Fármacos que aumentam a síntese de uma ou mais enzimas do P450 (processo genético lento, leva dias), aumentando a atividade metabólica deste sistema; há aumento da velocidade de biotransformação de seus substratos, o que diminui a [] do fármaco ativo no plasma sanguíneo e por consequência há menor atividade do fármaco (são formados metabólitos inativos). Exs.: carbamazepina, fenobarbital, rifampicina, fenitoína. No caso de pró-fármacos, poderá haver potencialização dos efeitos tóxicos. Álcool Uso agudo: funciona como inibidor enzimático (do P450) Uso crônico: funciona como indutor enzimático (do P450) Excreção Os fármacos são efetivamente removidos do organismo (eliminados) na forma inalterada (molécula-mãe) ou como metabólitos. Fármacos de baixo peso molecular são filtrados pelo glomérulo e caem nos túbulos renais, onde são reabsorvidos pelos capilares peritubulares se forem lipossolúveis. Fármacos de alto peso molecular saem dos peritubulares e vão para os túbulos renais por secreção (de modo ativo) para serem excretados. Para excretar um fármaco ácido (barbitúricos), é preciso alcalinizar o sangue para que a urina seja alcalinizada e o F se ionize. Assim, há também menor distribuição. O F ionizado tem menor distribuição e maior excreção. Aula 4 - Farmacologia molecular Introdução Receptores/alvos moleculares Acoplamento estímulo-resposta Curvas dose-resposta Definições SNA libera Ach >> tem grande potência, seletividade e especificidade - assim como todas as substâncias produzidas pelo corpo Receptor farmacológico: proteína de membrana virada pro meio extracelular, onde substâncias químicas atuam AGONISTA: substância que atua no recepetor e faz com que a célula realize sua função fisiológica ANTAGONISTA FARMACOLÓGICO: substância que atua no mesmo recepetor do agonista (alterando sua conformação) e faz com que a célula não realize ou diminua sua função fisiológica >> antagonismo de ação ANTAGONISMO FISIOLÓGICO: substância que atua em outro receptor, cuja ação é contrária à do seu agonista >> antagonismo de efeito *Ação: atuação da substância no receptor; mecanismo de ação *Efeito: como a célula responde à substância Alvos moleculares: Receptores farmacológicos Enzimas (tirosina-quinase) DNA/RNA Canais iônicos: ROC (canais operados por receptor) e VOC (canais operados por potencial de ação) *A maioria das substâncias atua em receptores farmacológicos Teoria da Ocupação (Clarke 1930) D+R > [DR] > EFEITO >> quanto mais receptores ocupados pela droga, maior o efeito PORÉM nem toda substância tem efeito, os antagonistas farmacológicos apenas impedem a ação e o efeito dos agonistas. Constante de afinidade Kaf = 1/DE50 >> indica a capacidade de alterar a conformação ("ocupar") do receptor Atividade instrínseca = alfa >> meio de comparação entre fármacos e o agonista endógeno Alfa = efeito máximo da droga/efeito máximo do agonista x100 *Agonista forte = agonista endógeno (teoricamente a substância que causa efeito de 100%) Antagonista >> alfa = zero Agonista endógeno >> alfa = 100% *Na homeostase, o agonista endógeno não alcança 100%, geralmente é em torno de 75% Eficácia e = efeito máximo do fármaco/efeito máximo do agonista forte x100 ***eficácia e afinidade são constantes*** Curvas dose-resposta Entre 20% e 80% o gráfico é uma reta, então a resposta é proporcional à dose e, portanto, previsível. As curvas de diferentes drogas podem ser comparadas. Há drogas com a mesma eficácia, mas é preciso menor dose de uma do que outra. Antagonistas competitivos realizam uma ação que é reversível, pois se ligam a um sítio diferente do sítio do agonista no receptor; diferente dos não-competitivos, que podem até deformar o sítio de ligação. Antagonistas não-competitivos são usados como antibióticos (para agirem no sistema da bactéria) e antineoplásicos. Definições Sinergismo: quando um fármaco facilita a ação de outro. Aumenta o efeito máximo do fármaco ou faz com que ela atue com uma menor dose. Pode ocorrer: Por adição: 2 drogas com mesmo efeito e os efeitos se somam; é possível diminuir a dose de cada uma (bom para drogas muito tóxicas) Por potencialização: a segunda droga n tem efeito e aumenta o efeito da primeira Acoplamento Direto ou através de 2º mensageiro. 2os mensageiros: cAMP (proteína Gs ou Gi na membrana) e Ca++ (proteína Gq na membrana) A proteína Gq na membrana leva à produção de IP3 e DAG dentro da célula. Estes dois liberam o Ca++ de dentro do sarcoplasma. O Ca se liga a outras substâncias e forma os complexos Ca-calmodulina e Ca-troponina, os quas estimulam o metabolismo. Definições Tolerância: perda de efeito com o tempo, é necessário aumentar dose para ter o mesmo efeito Intolerância/hiperreatividade: aumento de efeito com o tempo Taquifilaxia: tolerância imediata, intolerância após 1 única dose Hipersensibilidade: reação alérgica, mobilização do sistema imune Idiosincrasia: efeito nocivo, inesperado e sem explicação Efeito colateral: efeitos indesejados, mas podem ser bons dependendo do paciente Efeito adverso: efeito nocivo Aula 5 - Farmacologia do processo inflamatório Introdução Transmissão parácrina/autofármacos Fenômenos vasculares/T.E.L. PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO: não é patológico, é um mecanismo de defesa, dura no máximo 15 dias. É padronizado, independente do local do processo. =/= INFLAMAÇÃO: cronificação do processo inflamatório, processo patológico, perda de estruturas e funções teciduais. Ex.: artrite reumatóide. As drogas usadas para o processo inflamatório são sintomáticas, por isso não curam, apenas eliminando a causa do processo é que há resolução. Transmissões celulares Exs.: transmissão sináptica, transmissão endócrina Transmissão no processo inflamatório: uma célula reúne substâncias ao redor dela (produz ou libera ou atrai essas substâncias) e as manda para outras células >> transmissão parácrina Autofármaco: substância produzida pelo corpo e presente na transmissão parácrina. Exs.: histamina (HH), serotonina (5HT), bradicinina (BK), prostaglandinas (PGs). Estão na ordem em que são liberadas. Mastócitos são as células que liberam HH. Na presença dessa, inicia-se a liberação de serotonina pelo endotélio, depois há liberação da BK e depois das PGs. Os sintomas do processo inflamatório são causados pelas PGs, por isso as drogas só atuam nelas. Fenômenos vasculares Cada autofármaco tem seus receptores e sua potência, mas agem da mesma forma. Excepcionalmente, a bradicinina não causa aumento do DC. No sistema cardiovascular: histamina age nos receptores H1 do coração e tem efeito inotrópico e cronotrópico positivos, levando ao aumento do débito cardíaco apenas; nos vasos grandesos histamina causam vasoconstrição e nos pequenos (principalmente microcirculação) causam vasodilatação. Sob ação da histamina, há queda da pressão arterial porque a ação sobre a microcirculação é mais significativa. Na presença dos autofármacos, há aumento da permeabilidade venular (o processo inflamatório ocorre principalmente nas vênulas, não nos capilares). A quantidade de endotélio varia pouco entre vasos grandes e pequenos, a principal diferença é na camada muscular. A proporção entre endotélio e músculo é muito diferente. A HH induz a contração da camada muscular dos vasos e também atua nos receptores H1 das células endoteliais. Estas, em resposta, liberam EDRF (fator de relaxamento dependente do endotélio ou óxido nítrico), o qual causa relaxamento da musculatura do vaso. É um exemplo de antagonismo fisiológico. Assim, a ação do EDRF predomina sobre a da histamina nos pequenos vasos, porque EDRF é mais eficaz que a histamina. A contração é mais significativa que o relaxamento nos grandes vasos, porque há mais histamina que EDRF, apesar de haver muitos receptores para ambos. Há sinergismo na liberação de EDRF, pois todos os autofármacos induzem a liberação dele e a ação de todo o EDRF liberado se soma. Os receptores dos autofármacos se localizam próximos aos centríolos. Quando o autofármaco se liga, o centríolo se move e move todo o citoesqueleto, encolhendo a célula. Assim há vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. Saem do vaso água, sais e proteínas de baixo peso molecular, o que aumenta a pressão oncótica e faz sair mais água do vaso. Assim, há formação do edema. Tríplice efeito de Lewis (sinais do processo inflamatório): eritema 1ário, edema e eritema 2ário. O eritema 1ário é causado pela vasodilatação, o edema pela concentração de água fora do vaso e o eritema 2ário acontece ao redor da lesão inicial por ação neuronal e está relacionado à dor. Os sinais levam aos 4 sintomas do processo inflamatório: dor, rubor, turgor e calor. Aula 6 - Anti-inflamatórios não esteroidais (NSAID´s) Não resolvem a causa do processo, eliminam só a dor ou a dor e o edema. Fosfolipídeos de membrana são precursores das PGs. Sofrem ação da fosfolipase A2 e se tornam ácido aracdônico. Por ação da COX, o ácido vira PGs, tromboxano A2 e uma PG específica chamada PGI/PGE2. Os fármacos são inibidores da COX. O TxA2 é um coagulante do sangue, então os fármacos diminuem a coagulação do sangue. A PGI protege a mucosa gástrica da pepsina, então os fármacos deixam o estômago desprotegido. Fármacos NSAIDs: AAS Paracetamol Dipirona Ibuprofeno Cetoprofeno, naproxeno, ácido mefenâmico Diclofenaco Piroxicam Indometacina Nimesulida, meloxicam, tenoxicam COXIBs (De 2 a 8 estão em ordem crescente de potência) AAS: Dose subterapêutica > anticoagulante Dose intermediária > ação analgésica e antitérmica Dose alta > ação anti-inflamatória plena (analgésico, antitérmico e tira edema) O AAS é muito imunogênico (causa muita alergia) e inibe a COX da maneira irreversível. Síndrome de Stevens-Johnson: causada pelo AAS, faz a pele do paciente cair, pode levar ao coma por atingir o SNC, mas é reversível. Síndrome de Reye: ocorre por uso do AAS por paciente com virose, é uma encefalopatia que pode levar ao coma. É mais grave se ocorrer em crianças, por isso não se usa o fármaco em crianças. Em doses baixas e médias estimula a respiração, o que faz cair a [CO2] no sangue. Há deslocamento do equilíbro do tampão bicarbonato para o lado do CO2 e gera alcalose respiratória. O organismo compensa com maior excreção de HCO3-, ou seja, acidose metabólica. Em doses altas, o AAS deprime a respiração, há deslocamento do equilíbrio e acidose respiratória. Nessa situação pode ocorrer uma síndrome chamada salicismo: o equilíbrio do AAS (que é um ácido) é deslocado, gerando mais AAS sob a forma molecular, que pode ser distribuída. O AAS ultrapassa a barreira hematoencefálica causando alguns sintomas chatos. Overdose de AAS causa salicismo e o fármaco também começa a se depositar nos neurônios, o que pode ser fatal. Paracetamol: dana o fígado. O dano pode ser minimizado pelo uso conjunto com n-acetilcisteína (Fluimucil). Não é bom anti-inflamatório, pois tem dificuldade para chegar nos locais inflamados. Dipirona: depleta a medula óssea, o que pode levar à aplasia medular. Não é bom anti-inflamatório. Ibuprofeno: tem ação sobre edemas levas. Não indicado para hipertensos. Fármacos número 5: indicados para edemas moderados, como cólica menstrual/dismenorreia. PGs fazem o miométrio contrair, o que causa isquemia local, por isso o uso de anti-inflamatório. Os fármacos de números 6 a 9 também agem desta forma. COX1: cox "fisiológica" ou constitutiva >> células fisiológicas COX2: cox induzida >> expressa nas células inflamatórias COXIBES: fármacos que inibem muito seletivamente a COX2. Exs.: rofecoxibe (Vioxx), celecoxibe, etoricoxibe Estômago >COX1> PGE2/PGI2 >> aumentam muco e diminuem HCl Rim >COX2 principalmente/COX1> PGE2/PGI2 >> vosodilatação: auxilia no controle do fluxo sanguíneo renal Plaqueta >COX1> TXA2 >> vasoconstritor e ativador de plaquetas Células endoteliais >COX2 principalmente/COX1> PGI2 >> vasodilatação e inibição plaquetária Células inflamatórias >COX2> PGs (causam dor/febre) AAS em baixa dose: inibe seletivamente a COX1 (uso como antiplaquetário) Problemas do uso de inibidores seletivos de COX2 (ISCOX2) ou COXIBES: trombos, principalmente arteriais, porque diminui PGI2, mas mantém TXA2 >> maior problema para cardiopatas PGs renais: aumentam ação de substâncias vasoconstritoras >> diminuem perfusão renal >> diminuem taxa de filtração glomerular >> rim compensa com maior retenção de Na+ e H2O (cuidado com hipertensos) Fármacos seletivos para COX2: Muito seletivos - diclofenaco, meloxicam, nimesulida, etc. Altamente seletivos - COXIBES Aula 7 - Farmacocinética clínica > Quantificação dos processos cinéticas, para auxiliar na determinação de dosagem/posologia de um tratamento. São eles: Biodisponibilidade (F) Volume de distribuição (Vd) Tempo de meia vida (t1/2) Clearance (Cl) Biodisponibilidade (F) É quantidade de fármaco que efetivamente atinge a circulação sistêmica. É importante avaliar a velocidade do processo. O estudo é através de curva de [] plasmática do fármaco (mg/mL) X tempo (h). ASC ou AUC = área sob a curva >> indica efetivamente a biodisponibilidade Cmáx = [] máxima do fármaco no plasma Tmáx = tempo decorrido para atingir Cmáx CMT = [] máxima tolerada >> acima da linha há intoxicação CME/NPE = [] mínima efetiva/nível plasmático efetivo *Entre CMT e CME = dose terapêutica/abaixo da CME = dose subterapêutica Biodisponibilidade absoluta (Fa) Avaliação da biodisponibilidade de um fármaco administrado por via oral em relação à sua administração por via IV. Obs.: via IV >> consideramos biodisponibilidade total. Fa = AUCvia oral/AUCvia intra-venosa Ex.: dose IV = 360mg Fa = 0,6 Dose via oral = ? >> 360/0,6 = 600 mg Dose oral = dose IV/Fa Bioequivalência (biodisponibilidade relativa) Comparação de biodisponibilidade de um fármaco entre formulações diferentes. É o mesmo fármaco, na mesma dose e mesma forma farmacêutica. Compara-se AUC, Cmáx e Tmáx; deve ser igual para ser bioequivalente. Volume de distribuição (Vd) Fornece uma ideia do nível de distribuição do fármaco no organismo. O volume não é real, é aparente. Vd muito alto indica elevado grau de distribuição tecidual >> fármaco de grande lipossolubilidade. Vd = Q (dose)/C0 C0 = concentração do fármaco no plasma (tanto livre quanto conjugado) Unidade: L ou mL (pode ser apresentado na forma de L/kg se dividido pelo peso do paciente) T(h) [F] plasma 0,5 25,3 1 30,2 2 34,7 3 40,1 6 20,05 9 10,... Dose = 500 mg Vd = ? Tempo de meia vida Tempo que demora para que a [] palsmática caia pela metade.T1/2 = 0,693/Kel Kel = constante de eliminação = Cl/Vd T1/2 = 0,693 x Vd/Cl Clearance Quanto de plasma fica depurado ("livre") do fármaco por unidade de tempo. Unidade: mL/min ou L/h Cl total = Cl urinário (renal) + Cl hepático + Cl outro Cl = dose/AUC Obs.: Dose de ataque = Css x Vd Dose de manutenção (k0) = Css x Cl Css = k0/Cl Css = concentração terapêutica (ss = steady-state ou equlíbrio dinâmico) >> [] que deve ser mantida no sangue durante o tratamentos 1
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