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pcp- sistemas rodutivas

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15/04/2018 Minha Biblioteca: Planejamento e Controle da Produção - Teoria e Prática, 3ª edição
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597013726/cfi/6/22!/4/230@0:0 1/2
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Objetivos de aprendizagem
Ao final deste capítulo, o aluno deverá ser capaz de:
Entender como os sistemas produtivos são organizados.
Identiͅcar as atividades de longo, médio e curto prazo para a tomada de decisão nas empresas.
Relacionar o ͆uxo de informações com as funções do PCP dentro destes prazos.
Compreender como os sistemas de produção são classiͅcados de acordo com a demanda.
Descrever as funções do PCP nos sistemas contínuos, em massa, em lotes e sob encomenda.
Diferenciar a programação empurrada da programação puxada dentro da estratégia da manufatura enxuta.
INTRODUÇÃO
Este primeiro capítulo tem por finalidade introduzir os conceitos gerais associados aos sistemas
produtivos e sua relação com as funções de planejamento e controle da produção. Inicialmente, serão
apresentadas as atividades desenvolvidas para a tomada de decisão nas empresas a longo, médio e curto
prazo e seus objetivos. Na sequência, é introduzido o conceito de Planejamento e Controle da Produção
(PCP) como setor de apoio, dentro do sistema produtivo, para tratar estas informações, com base no
desenvolvimento de quatro funções: Planejamento Estratégico da Produção (longo prazo),
Planejamento-mestre da Produção (médio prazo), Programação da Produção (curto prazo) e
Acompanhamento e Controle da Produção (curto prazo). Como o grau de complexidade de cada uma
destas funções dependerá do tipo de sistema produtivo dentro do qual o PCP está agindo, nesta
introdução cabe discutir as características que estão por trás dos diferentes sistemas produtivos. Neste
sentido, são caracterizados os sistemas de produção contínuos, em massa, repetitivos em lotes, e os sob
encomenda, e é discutido qual deve ser o foco dado às funções do PCP em cada um deles.
A hierarquia de planos em nossa vida
15/04/2018 Minha Biblioteca: Planejamento e Controle da Produção - Teoria e Prática, 3ª edição
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597013726/cfi/6/22!/4/230@0:0 2/2
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Você deve estar em uma sala de aula agora, começando a estudar nossa disciplina de Planejamento e Controle da Produção ou de Administração da
Produção, dependendo do curso que está fazendo. Muito bem. Para chegar até aqui, você teve que tomar algumas decisões importantes na vida. Uma
delas foi, há alguns anos, escolher entre as diferentes proͅssões disponíveis e optar por fazer vestibular e cursar Engenharia de Produção ou
Administração de Empresas. É nesta área que você quer trabalhar e ocupar boa parte da sua vida produtiva no futuro e não com medicina, por
exemplo. Esta é uma decisão chamada de estratégica. Ela é tomada com muita antecedência, ou seja, no longo prazo, e sua mudança futura (por
exemplo, no quarto ano do seu curso querer mudar para medicina) será custosa e demandará novos recursos. É por isso que uma fábrica,
estrategicamente projetada para fazer sapatos, não sai produzindo geladeiras de uma hora para outra.
Agora que você está no curso de Engenharia de Produção (ou Administração), já sabe que todo semestre tem que tomar algumas decisões de
médio prazo, por exemplo: quantas e quais disciplinas neste semestre pretendo cursar? Você tem uma grade curricular a cursar e uma agenda de
tempo disponível no semestre para se ocupar com ela. Se você optar por cursar Planejamento e Controle da Produção (ou Administração da
Produção), todas as terças e quintas à tarde, por exemplo, o programa da disciplina lhe informa que terá que ir para sua aula, bem como terá três
provas e deverá entregar oito estudos de casos, entre outras tarefas a serem cumpridas no semestre. Este será seu planejamento de médio prazo, ou
tática, para o semestre. Com certeza você não irá se matricular em Patologia, pois sua estratégia não permite. Bem como você não irá se matricular
em 15 disciplinas, pois sua capacidade disponível de tempo não permite. De forma similar, a fábrica de sapatos, que não faz geladeiras, todo o mês
monta sua tática, chamada de planejamento-mestre. Neste nível de planejamento, a fábrica concilia vendas com estoques, produção com capacidade,
obtendo uma visão de médio prazo do que pretende produzir, armazenar e vender.
Olhando agora para a semana, como você se matriculou na nossa disciplina, chegamos ao dia da sua aula, no que chamamos de curto prazo.
Você está em sala de aula “produzindo” um conhecimento especíͅco em PCP que, com certeza, lhe será muito útil no seu futuro como Engenheiro ou
Administrador em uma fábrica. Hoje no caso não tem prova, mas uma apresentação de estudo de caso, e uma lista de outras atividades para cumprir
na aula. É o que chamamos de programação da produção. Da mesma forma na nossa fábrica de sapatos, em analogia, o operador da máquina de solas
(comprada e instalada estrategicamente no ano passado) está autorizado a produzir hoje uma Ordem de Produção (OP) de 500 pares de solas do
sapato social, na sequência uma OP de 1.500 pares de solas de mocassim, e assim por diante, e continuar com as outras OPs dimensionadas e
programadas para caber em seu turno (planejamento-mestre).
Assim funciona a hierarquia de planos e prazos nas fábricas, de forma similar à nossa vida, como vamos apresentar neste livro.
CONCEITOS
As empresas geralmente são estudadas como um sistema que transforma, via um processamento,
entradas (insumos) em saídas (produtos) úteis aos clientes. Este sistema é chamado de sistema
produtivo.
Objetivo de aprendizagem 1: Entender como os sistemas produtivos são organizados.
Objetivo de aprendizagem 2: Identiͅcar as atividades de longo, médio e curto prazo para a tomada de decisãonas empresas.
Para que um sistema produtivo transforme insumos em produtos (bens e/ou serviços), ele precisa ser
pensado em termos de prazos, em que planos são feitos e ações são disparadas com base nestes planos
para que, transcorridos estes prazos, os eventos planejados pelas empresas venham a se tornar realidade.
De forma geral, pode-se dividir o horizonte de planejamento de um sistema produtivo em três níveis: o
longo, o médio e o curto prazo. A Figura 1.1 apresenta como estes prazos estão relacionados às
atividades estratégicas, táticas e operacionais das empresas e quais são os objetivos pretendidos com a
execução destas atividades.
A longo prazo, no nível estratégico, os sistemas produtivos precisam montar um Plano de Produção
cuja função é, com base na previsão de vendas de longo prazo, visualizar com que capacidade de
produção o sistema deverá trabalhar para atender a seus clientes. É chamado de estratégico porque, caso
a empresa não encaminhe seus recursos físicos e financeiros para a efetivação deste Plano de Produção,
ela terá seu desempenho seriamente comprometido no futuro. E, como se tem tempo suficiente, com a
injeção de capital pode-se redirecionar o sistema produtivo para praticamente qualquer estratégia
produtiva desejada.

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