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Aula 8 – Sistema Nervoso Autônomo II BLOQUEADORES DE RECEPTORES NICOTÍNICOS: Maior interesse para os que estão no músculo esquelético, sem interesse de que eles entrem no SNC. Nicotínico Canal iônico (5 subunidades) Ganglionar Muscular 2(α3)3(β4) 2(α1)1(β1)δε Gânglios autonômicos (pós-‐sináptico) Junção neuromuscular Excitatória Aumento da permeabilidade a cátions (Na+, K+) Excitatória Aumento da permeabilidade a cátions (Na+, K+) Contração Agonistas possuem pouca especificidade (o único direcionado é para o tratamento do tabagismo), por outro lado, os antagonistas são mais específicos (trimetafan atua somente no receptor nicotínico glandular e a tubocurarina e o pancurônio atuam somente no receptor muscular). -‐ Por quê inibir um receptor nicotínico? Cirurgias; anestesia e etc -‐ Tipos: .Bloqueadores ganglionares: • Efeitos: hipotensão, perda dos reflexos cardiovasculares, inibição das secreções, paralisia gastrintestinal e comprometimento da micção; • Usos clínicos: obsoletos, exceto no uso ocasional do trimetafana (arfonad) para produzir hipotensão controlada na anestesia; • Exemplos: Hexametônio e trimetafana (esta é mais utilizada) .Bloqueadores neuromusculares: • Derivados do curare, um paralisador muscular; agem bloqueando os receptores nicotínicos da acetilcolina, pós-‐sináptico, reduz o potencial de ação, presentes nas fibras esqueléticas. Do ponto de vista clínico, o bloqueio neuromuscular só é utilizado como adjuvante da anestesia, quando se dispõe de ventilação artificial. • A absorção oral é muito baixa, administração intravenosa. • Alguns podem ser esteroides • Divididos em DESPOLARIZANTES (quando há uma despolarização da membrana, mas a repolarização não é permitida) e NÃO-‐DESPOLARIZANTES (não causam a despolarização): -‐ Despolarizantes: Suxametônio/succinilcolina (duas moléculas de Ach ligadas por acetil). Causa paralisia flácida devido à despolarização persistente e infusão contínua do medicamento, utilizada em cirurgias mais curtas. Pode ser degradada pela AChe, porém é mais lenta do que a da ACh. Efeitos adversos: bradicardia, disritmia cardíaca, hipertermia maligna (uma febre causada por intensos espasmos musculares e que pode ser combatida com dantroleno uma droga que inibe a contração muscular ao impedir a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático) Efeitos indesejáveis: apneia prolongada – varia com a velocidade de degradação da ACh, que é definida geneticamente, com o uso de drogas anticolinesterásicas (para glaucoma e miastenia gravis, por exemplo). Os recém-‐nascidos e pacientes com hepatopatia podem apresentar baixa atividade da colinesterase plasmática e paralisia prolongada com o suxametônio -‐ Não-‐despolarizantes: São competitivos com a ACh Administração IV (preferencialmente) ou IM Pouco lipossolúveis Primeiros alvos são os músculos oculares extrínsecos, pequenos músculos da face, membros e faringe. Os últimos são os da respiração. Pancurônio, norcuron, vercuron: promovem liberação de histamina nos mastócitos, provocando dilatação, edema ou outras reações não desejadas em uma cirurgia. Atracúrio, tracur e tracrium não promovem a liberação de histamina Uso: Paralisia muscular durante a cirugia (adjuvantes anestésicos; O paciente continua sentindo dor e mantém, pela maior parte, consciência), prevenção de traumas durante a terapia de eletrochoque (utilizada em casos de depressão extrema), controle de espasmos musculares. Escolha do medicamento dependerá de fatores da necessidade de duração da ação, da presença (ou não) de comorbidades (sobretudo hepatopatia, nefropatia, já que o medicamento pode ser excretado pelo fígado ou pelo rim – excreção mais rápida-‐ e essas comorbidades iriam aumentar o tempo de atuação do medicamento, e histórico anterior de choque anafilático – propensão à liberação de histamina) e das vias de metabolização do medicamento e tipos de metabólitos formados vs necessidade do paciente. (Paciente em cirurgia ou em UTI? – O uso será restrito a um evento ou será de aplicação contínua ? O medicamento não deve dar origem a metabólito mais tóxico que irá se acumular no organismo do paciente). O gráfico representa a porcentagem de bloqueio do medicamento em relação ao tempo. Nesta figura, o atracúrio é o medicamento que é perde o bloqueio mais rapidamente, não sendo ativo aos 40min. O atracúrio possui uma degradação que não é nem renal, nem hepática, ele mesmo se degrada, e isso gera um metabólito que é tóxico e passa a BHE, não sendo uma boa escolha para pacientes em UTI. Os derivados do atracúrio, como o cisatracúrio, não geram esse metabólito.
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