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9 40 semana + pré natal + gemeos

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Período fetal (9 sem em diante) – Inseminação artificial/pré-natal
1-Descrever os principais eventos do período fetal do desenvolvimento
2-Caracterizar o desenvolvimento dos anexos embrionários na fase fetal 
3-Caracterizar os diferentes tipos do transporte placentário e a circulação fetal 
4-Caracterizar os tipos de gravidez gemelar
5-Explicar o significado do sinal de lambda
6-Explicar os mecanismos que levam a diferença de desenvolvimento de fetos nas gestações gemelares
7-Caracterizar gestação de alto risco e identificar suas principais causas 
8-Caracterizar o pré-natal no SUS e a importância da sua realização 
9-Citar os métodos de avaliação do desenvolvimento embrionário fetal e suas indicações 
PRINCIPAIS EVENTOS DO PERIODO FETAL:
Período fetal = a partir da 9 semana de gestação (nasc: prox da 40 semana)
Da 9 – 12: (1 trimestre)
-Crescimento do corpo e diminuição do cresc da cabeça (porem ainda desproporcional)
-olhos bem separados
-centros de ossificação primarias aparecem (crânio e ossos longos)
-membros superiores bem definidos 
-intestino retorna para o abdome 
-formação da urina
US INDICADO: 
*Transvaginal 
-detecta: gravidez, numero de bebes, local de implantação do saco gestacional, se há presença de sangramento placentario e idade do feto.
-observa: anatomia do útero e ovários 
-procedimento: introdução de um transdutor por via vaginal. 
*Transvaginal morfológico 
-detecta: malformações, alterações cromossômicas (síndrome de down)
-observa a translucencia nucal (acumulo de liquido na nuca) / define a anatomia do bebe 
Da 13-16: (segundo trimestre)
-Crescimento mt* rápido 
-membros inferiores estão mais compridos 
-movimentos perceptíveis por US
-ossos visíveis ao US
-16: ovários contem folículos primordiais 
US INDICADO:
*Obstétrica 
-deceta: posição, peso, aspecto da placenta, qualidade do liq amniótico 
-observa: batimentos cardíacos/ movimentos e respiração
Da 17-20:
-crescimento fica mais lento 
-inicio dos movimentos fetais 
-visível sobrancelhas e cabelo
-18: útero formado e canalização da vagina começa a ser formada
-20: testículos começam a descer (mas ainda estão na parede abdominal)
US INDICADO:
*abdominal morfológico 
-detecta: malformações (85% de sensibilidade)
-observa: formação de cada órgão/ estruturas do bebe
Da 21-25:
-maior ganho de peso
-tamanho mais proporcional 
-cor da pele de rosa a vermelha e enrugada 
-21: mov rápido dos olhos 
-cel epiteliais começam a preparar o pulmão, alvéolos em desenvolv ficam abertos 
-sist respiratório ainda imaturo
-24:unhas dos dedos
Da 26-29: (3trimestre)
-pulmões capazes de respirar o ar 
-amadurecimento do sist. N. central para controlar o ritmo de respiração e temp corporal
-26: pálpebras abertas, cabelos bem desenvolvidos 
-unhas dos pés visíveis 
-gordura subcutânea já esta presente 
-baço torna-se local importante de fabricação de células do sangue (até a 28)
-28: medula óssea torna-se responsável pela eritropoese (formação de cel sang)
Da 30-34:
-reflexo pupilar a luz 
-pele lisa e rosada 
-membros superiores e inferiores tem aspecto “cheio”/gordo
Da 35-38:
-36:circunferência cabeça/abdome quase iguais 
-37: tamanho do pé é maior que o fêmur (passa a ser referencia p/ idade fetal)
-feto ganha cerca de 14g por dia
-torax saliente 
-testiculos já no escroto 
Sobre o ciclo gravídico-puerperal:
É um período que vai do parto até os órgãos da mulher e seu estilo de vida voltarem ao normal. 
É normalmente acompanhado de crises emocionais, aspectos psicológicos e sociais que influenciam na boa “relação” entre mãe e filho.
O SUS engloba a ajuda sobre esse período junto a atenção a saúde da mulher. 
Sobre as causas do nascimento prematuro: 
-relacionadas ao aparelho genital feminino 
-alterações placentárias (placenta previa/descolamento prematuro)
-excesso de liq amniótico 
-idade materna
-infeccoes maternas 
*Definição parto pré-termo: cuja gestação termina entre a 30 e 37 semana.
TIPOS de prematuridade:
1)limite=bebes nascidos de 37 a 38 semanas (2,200-2,800g/ 45-46cm)
-controle irregular da temp corporal
-deficiencia na deglutição 
-infeccoes neonatal
2)moderada=bebes entre 31 e 36 semanas (1,600-2,300g)
-insuficiencia respiratória 
3)extrema=menor ou igual a 30 semanas (menos de 1,500g/menos de 38cm)
-os mesmos que o 1 e 2 
-crises de apneia 
-hipo e hiperglicemia
-hemorragia intracraniana 
-anemia
-Malformações congênitas 
OBS: escala de apgar é utilizada em recém nascidos para medir riscos de acordo com 5 sinais objetivos: frequência cardíaca/respiração/reflexos/cor da pele/tônus muscular 
Sobre US no estagio embrionário: 
Maioria das mulheres são examinadas pelo menos uma vez durante sua gravidez, por uma ou mais das seguintes razões:
 • Estimativa do tempo de gestação, para confirmar a estimativa clínica.
 • Avaliação do crescimento do embrião quando há suspeita de retardo do crescimento uterino. 
• Orientação durante a amostragem de vilosidade coriônica ou líquido amniótico (Capítulo 6). • Exame de massa pélvica detectada clinicamente. 
• Suspeita de gravidez ectópica.
 • Possível anormalidade uterina. 
• Detecção de anomalias congênitas. Dados atuais indicam que o uso de ultra-som para avaliação diagnostica não causa efeitos biológicos confirmados sobre embriões ou fetos.
Outros tipos de US:
*US obstétrico com Doppler colorido 
-observa: fluxo sanguíneo da mãe e do bebe, níveis de oxigenação do bebe, identifica pré-eclampsia
*US 3D e 4D
-Imagens mais nítidas para enxergar anomalias e o rosto do bebe
Sobre o pré natal e gravidez de risco: 
Definição gravidez de risco: 
“aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”. (CALDEYRO-BARCIA, 1973).
Causas mais comuns:
1)aspectos individuais
- Idade materna
- Altura menor que 1,45m; Peso pré-gestacional menor que 45kg e maior que 75kg (IMC30); 
- Anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos; 
- Situação conjugal insegura; Conflitos familiares; 
- Baixa escolaridade; Condições ambientais desfavoráveis; 
- Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; Hábitos de vida – fumo e álcool; 
- Exposição a riscos ocupacionais: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse
2)hist. Reprodutiva anterior
- Abortamento habitual; 
- Morte perinatal explicada e inexplicada; 
- História de recém-nascido com crescimento restrito ou malformado; 
- Parto pré-termo anterior;
 - Esterilidade/infertilidade; 
- Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos; 
- Síndrome hemorrágica ou hipertensiva; Diabetes gestacional; 
- Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores)
3)condições clinicas preexistentes 
- Hipertensão arterial; 
- Cardiopatias; 
- Pneumopatias; 
- Nefropatias; 
- Endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias); 
- Hemopatias; - Epilepsia; - Doenças infecciosas (considerar a situação epidemiológica local); 
- Doenças autoimunes; 
- Ginecopatias; Neoplasias.
4) Exposição indevida ou acidental a fatores teratogênicos. 
5) Doença obstétrica na gravidez atual: 
- Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico;
 - Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada; 
- Ganho ponderal inadequado; 
- Pré-eclâmpsia e eclâmpsia; Diabetes gestacional; Amniorrexe prematura; 
- Hemorragias da gestação; Insuciência istmo-cervical; Aloimunização; - Óbito fetal. 
6) Intercorrências clínicas: 
- Doenças infectocontagiosas vividas durante a presente gestação (ITU, doenças do trato respiratório, rubéola, toxoplasmose etc.);
 - Doenças clínicas diagnosticadas pela primeira vez nessa gestação (cardiopatias, endocrinopatias).
Importancia do pré-natal: pede uma avaliação dinâmica das situações de risco para identificar problemaspara poder atuar e impedir um resultado desfavorável.
A ausência de controle pré-natal, por si mesma, pode gerar o risco para a gestante ou o recém-nascido. 
É importante alertar que uma gestação que está transcorrendo bem pode se tornar de risco a qualquer momento, durante a evolução da gestação ou durante o trabalho de parto. Portanto, há necessidade de reclassificar o risco a cada consulta pré-natal e durante o trabalho de parto. 
A intervenção precisa e precoce evita gerar morbidade grave, morte materna ou perinatal.
*A equipe do acompanhamento deve estar atenta a: 
Avaliação clínica 
Bom estabelecimento das condições clínicas e a correta valorização de agravos que possam estar presentes desde o início do acompanhamento, por meio de uma história clínica detalhada e avaliação de parâmetros clínicos e laboratoriais. 
Avaliação obstétrica 
Inicia-se com o estabelecimento da idade gestacional de maneira mais acurada possível e o correto acompanhamento da evolução da gravidez, mediante análise e adequada interpretação dos parâmetros obstétricos:
Ganho ponderal, pressão arterial e crescimento uterino.
A avaliação do crescimento e as condições de vitalidade e maturidade do feto são fundamentais. 
Repercussões mútuas entre as condições clínicas da gestante e a gravidez 
É de suma importância o conhecimento das repercussões da gravidez sobre as condições clínicas da gestante e para isso é fundamental um amplo conhecimento sobre a siologia da gravidez. Desconhecendo as adaptações pelas quais passa o organismo materno e, como consequência, o seu funcionamento, não há como avaliar as repercussões sobre as gestantes, principalmente na vigência de algum agravo. Por outro lado, se não se conhecem os mecanismos siopatológicos das doenças, como integrá-los ao organismo da grávida? Portanto, o conhecimento de clínica médica é outro requisito básico de quem se dispõe a atender gestantes de alto risco, sendo também importante o suporte de prossionais de outras especialidades.
Parto
 A determinação da via de parto e o momento ideal para este evento nas gestações de alto risco talvez represente ainda hoje o maior dilema vivido pelo obstetra. A decisão deve ser tomada de acordo com cada caso e é fundamental o esclarecimento da gestante e sua família, com informações completas e de uma maneira que lhes seja compreensível culturalmente, quanto às opções presentes e os riscos a elas inerentes, sendo que deve ser garantida a sua participação no processo decisório. Cabe salientar, todavia, que gravidez de risco não é sinônimo de cesariana. Em muitas situações é possível a indução do parto visando o seu término por via vaginal, ou mesmo aguardar o seu início espontâneo. A indicação da via de parto deve ser feita pelo prossional que for assistir ao parto. É importante que prossionais que atendem a mulher durante a gestação não determinem qual deverá ser a via de parto, que depende não só da história preexistente, como também da situação da mulher na admissão à unidade que conduzirá o parto. 
Aspectos emocionais e psicossociais 
É evidente que para o fornecimento do melhor acompanhamento da gestante de alto risco, há necessidade de equipe multidisciplinar, constituída por especialistas de outras áreas, tais como Enfermagem, Psicologia, Nutrição e Serviço Social, em trabalho articulado e planejado.
AMEXOS EMBRIONARIOS
Estruturas membranosas que auxiliam o desenvolvimento de um organismo dentro de um ovo ou dentro do corpo materno.
- Ovo megalecito: Ovo com muito vitelo (material nutritivo) 
Preenchido com vitelo (composto mais de lipídeo do que de proteína) + âmnio (que contem uma célula haploide).
Corion: Origem epitelial trofoblastica
Vesicula vitelina: origem endoderma, contem os nutrientes para manter o embriao
Alantoide: abriga os resíduos do metabolismo do embrião 
Âmnio + corion: bolsa placentária (que “estoura” no nascimento)
Âmnio, origem ectoderma, forma a cav amniótica, com o liq amniótico: protege contra choques mecânicos, mantem a hidratação, mantem a temperatura.
Alantoide + visicula vitelina: Cordao umbilical = fortemente aderido a vasos sanguíneos vindos da placenta. (liquido, oxigênio, nutrientes)
TIPOS DE GEMEOS 
-monozigoticos/univitelinicos: 
(65% dos casos): Fecundação de um mesmo ovulo por um mesmo espermatozoide > Da mórula para blástula, cria-se 2 botoes germinativos(ou embrioblastos) > tem apenas uma placenta > da origem a gemeos idênticos 
(35% dos casos): Fecundação de um mesmo ovulo por um mesmo espermatozoide > Na mórula, se divide em 2, e forma 2 blastulas > logo, 1 botao germinativo em cada uma > cada blástula dara origerem a uma placenta e gêmeos idênticos.
-dizigoticos/bivitelinicos/fraternos:
Fecundação de dois ovócitos diferentes por, cada um, um espermatozoide diferente do outro >Cada um formara uma mórula > formara uma blástula cada > 2 placentas > gêmeos não idênticos.
-CASO RARO: gêmeos siameses/xifópagos/conjugados:
Parecido com o caso monozigotivo (65%) porem os botões germinativos na blástula não estão devidamente bem separados, e dependendo da complexidade da junção tem riscos ou não. 
Exemplo: órgãos separados/órgãos juntos/gêmeos parasita (de menor tamanho)/gêmeo dentro do outro (fetus in fetu).
SOBRE O PRE NATAL NO SUS
Pós informação de que a gestante esta grávida, pergunta-se:
seu nome, idade e endereço 
a data da última menstruação
a idade gestacional, o trimestre da gravidez no momento em que iniciou o pré-natal
sua avaliação nutricional (medem o peso/idade)
*Receberá as orientações necessárias referentes ao acompanhamento pré-natal = sequência das consultas, visitas domiciliares e reuniões educativas. 
*Deverão ser fornecidos: o cartão da gestante (com a identificação)/ o calendário de vacinas/ solicitação dos exames de rotina/ as orientações sobre a participação nas atividades educativas (reuniões em grupo e visitas domiciliares).
Elaboram o calendario de consultas de acordo com:
-idade gestacional da 1 consulta
-periodo mais apropriado para coleta de dados
-periodos de maior vigilância, que podem aparecer mais complicações 
-recusos disponíveis nas unid de saúde e da possibilidade da paciente
De acordo com a lei 94,406: Pre natal de baixo risco pode ser acompanhado por uma enfermeira
Roteiro feito na primeira consulta (ANAMNESE)
1, identificação
2,dados sócio econômicos
3,motivos da consulta
4,antecedentes familiares
-hipertensao, diabetes, gemelaridade, câncer de mama,tuberculose
5, antecedentes pessoais
-hipertensão, cardiopatia, diabetes, anemia, transfusão, virose
6, antecedentes ginicologicos 
-ciclo menstrual, métodos de ac, infertilidade, DST,papanicolau
7,sexualidade
-inicio da ativ sexual, libido, prazer, dispareunia, numero de parceiros
8, antecedentes obstétricos
-numero de gestações, numero de partos/abortos/filhos vivos, intervalo entre as gestações
9,gestação atual
-DUM, DPP (data provável do parto), sinais e sintomas da gestante, medicamentos, gravidez desejada ou não, hábitos e vícios
*É feito o exame físico
-avaliação nutricional, medida e estatura, frequencia cardíaca,temperatua, pressão, inspeção da pele, exame de abdome etc
-exame de mamas, medida altura uterina, batimento fetal, espeção órgãos genitais externos 
-coleta de material para provável câncer de colo do útero

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