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ANATOMIA DENTÁRIA - RIZOGENESE

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ANATOMIA DENTÁRIA - ESTUDO DA ANATOMIA
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	Para se realizar as diversas intervenções ou procedimentos endodônticos em condições técnicas adequadas o profissional necessita ter bom conhecimento dos aspectos anatômicos geral da face, e especialmente da anatomia dentária em si, sobre tudo a cavidade pulpar e a região periapical de todos eles.
Através da radiografia de diagnóstico, podem-se adquirir maiores informações acrescentando melhores detalhes aos conhecimentos cientes.
Várias técnicas e métodos têm sido empregados ao longo dos anos para estudar a topografia da cavidade pulpar. Nestas têm incluído os estudos microscópicos, radiográficos, desgastes, cortes, diafanização, técnica de preenchimento com contrastes, ou técnicas combinadas de variadas formas. (Fig. 1) 
   
FIGURA 1 – radiografia, desgaste, corte. 
Os dentes portadores de polpa com vitalidade possuem várias fases de desenvolvimento, modificando-se consideravelmente com a idade. Uma polpa jovem, altamente celular, apresenta alto grau de vitalidade. Ao erupcionar totalmente na boca, ainda possui rizogênese incompleta. À medida que busca a oclusão com o antagonista, vai terminando a formação da raiz. Ao alcançar o contato oclusal, o dente já estará com sua rizogênese quase completa (Fig. 2), ou seja, ápice quase totalmente formado, com um forame amplo.
 
FIGURA 2 – ápice aberto
Em geral, o ápice radicular encontra-se completamente formado de três a cinco anos após a erupção do dente.  A polpa dental é formada por tecido conjuntivo ricamente vascularizado e inervado, ao decorrer dos anos pela própria deposição dentinária constante fisiológica e/ou patológica, ela começa a perder parte de suas funções iniciando um processo maior de deposição de fibras e diminuindo também o volume do conduto radicular. 
Quando o ápice radicular vai se fechando, uma constrição se desenvolve no canal apical, a uma distância de 1 a 2 milímetros a partir da parte terminal da raiz. O conhecimento dessa constrição do canal na linha de união cemento dentinária, ou perto dela é uma importante marca na endodontia prática. Esta linha de união, segundo Kuttler (1980), apresenta-se em um plano inclinado e com uma discreta abertura do forame, sendo mais pronunciada a sua abertura nos dentes jovens do que nos de idosos.
Não havendo a necessidade imediata de tratamento endodôntico, a carga fisiológica nesta região aumentará progressivamente culminando na perda da função pulpar, não ocorrendo dessa forma continuidade normal na formação apical. A complementação da formação apical se dá aos poucos através da deposição lenta de cemento e dentina durante toda a vida.
Numa situação de formação apical normal, a constante deposição de cemento acaba por promover a formação do delta apical na porção terminal da raiz, respeitando o conjunto vásculo-nervoso e as estruturas que irão invaginar-se e formar o dente. Normalmente tal situação ocorre em indivíduos entre 20 e 40 anos, e uma diminuição entre 40 e 55 anos
Concluída a formação da região apical da raiz dentária, inicia-se a deposição de dentina no interior do canal radicular, dando origem a uma série de variações anatômicas como, por exemplo, canais colaterais (quase sempre na raiz mesial dos MI). Nos incisivos inferiores, o canal colateral pode ir até o ápice.
Nos trabalhos de Kuttler (1980) a respeito da deposição cementária, pode-se concluir que quanto mais avançada é a idade do indivíduo maior a deposição cementária devido ao acúmulo de cargas fisiológicas aplicadas sobre o dente. Paralelamente também ocorre um aumento do cone cementário justaposto ao dentinário. Em conseqüência disto, há um desvio do forame para lateral, devido à presença do feixe vásculo-nervoso nesta região. Em 68% dos dentes jovens e em 80% dos de adultos, a parte cementária não segue a direção da dentinária nem acaba no vértice apical, mas se desvia ao lado deste, a uma distância de 495 micra nos dentes jovens e 607 micra nos idosos como média. Às vezes seu desvio alcança até 2 ou 3 milímetros.
Com a contínua formação de dentina durante a vida, embora em ritmo decrescente, os espaços pulpares tornam-se gradualmente menores. A limitação destes espaços, entretanto não se processa com a mesma velocidade em todas as superfícies. Assim a altura da câmara pulpar diminui mais depressa do que sua largura.
A vida do órgão pulpar é dependente da deposição fisiológica de dentina secundária no interior da cavidade pulpar, e também da presença de atrição, cárie dental e traumas mecânicos, tais como: restaurações, injúrias, e forças aplicadas pelos aparelhos ortodônticos. Isto pode causar uma interpretação errônea dos verdadeiros efeitos do processo de envelhecimento.
Vários fatores podem influir na taxa de calcificação dos dentes e em raros casos pode atingir uma completa obliteração da cavidade pulpar, e, então o dente poderá ser conservado indefinidamente em estado de saúde. Por outro lado pode também ocorrer no mesmo indivíduo a configuração característica da dentinogênese imperfeita ou mesmo da displasia dentinária. 
A cavidade pulpar pode ainda apresentar modificações devido à presença de calcificações difusas, nódulos pulpares e outros processos degenerativos muitas vezes presentes no órgão pulpar.
Também pode apresentar-se com um volume anormal, aumentado, causado por: a) a uma causa qualquer que possa provocar degeneração e liquefação da polpa de um ou mais dentes de um indivíduo ainda muito jovem. O exame radiográfico, realizado muito mais tarde ao acontecimento pode mostrar a cavidade pulpar com tamanho anormal, em comparação com os outros dentes do mesmo indivíduo; 
b) em poucos casos, por razões ainda não conhecidas, a cavidade pulpar pode atingir pequena redução inicial do seu tamanho e permanecer com volume aumentado, anormal, em relação à vida adulta, com pequena ou quase nula tendência para a formação de dentina secundária; 
c) o tamanho anormal desta cavidade tem sido relacionado também com distúrbios nutricionais, como se tem observado freqüentemente nos indivíduos portadores de raquitismo tardio. 
Na configuração interior do dente, observa-se a dentina (exceto no forame apical) disposta em torno de uma cavidade central, a cavidade pulpar, ocupada pela polpa dental. Esta cavidade é dividida em duas porções: Uma parte correspondente à coroa (câmara pulpar ) e a parte correspondente à raiz (canal radicular). (Fig.3)
FIGURA 3 -  Câmara pulpar e canal radicular.
A câmara pulpar apresenta, de acordo com as faces da coroa, seis paredes: vestibular, lingual, mesial, distal, oclusal (teto da câmara), cervical (assoalho da câmara) (Fig.4).
FIGURA 4 -  Paredes da câmara pulpar: A. oclusal  ou teto; B. cervical ou assoalho; C. vestibular; D. lingual; E. distal; F. mesial.
Na maioria dos dentes anteriores os limites entre a câmara e o canal radicular não são bem nítidos; a câmara pulpar transforma-se gradualmente no canal radicular. Nos dentes posteriores: pré molares e molares tem a câmara quase sempre a forma cúbica, mostrando um teto e um assoalho bem caracterizado. Deve-se saber que mesmo em dentes uniradiculares , a raiz pode apresentar com mais de um canal e, nestes casos a câmara pulpar apresenta um assoalho bem definido. O teto da câmara geralmente apresenta reentrâncias (divertículos) que correspondem às cúspides, ocupados pelos cornos pulpares, aos tubérculos ou outras saliências da coroa.
A cavidade pulpar, na sua porção radicular, pode apresentar, com freqüência, ramificações ou fusões, que segundo Pucci e Reig (1945) recebendo as seguintes designações:
a) Canal principal: é o mais importante, passa pelo eixo dental, podendo alcançar, sem interrupções, o ápice radicular (Fig 5).
b) Canal bifurcado ou colateral: corre mais ou menos paralelamente ao canal principal, podendo alcançar independentemente o ápice. Quase sempre é menor de idade calibre do que o principal (Fig 5).
c) Canal adventício ou lateral: corre do canal principal até a superfície externa do dente (Fig 5).
d) Canal secundário: saindo de dentroda porção apical do canal principal, termina diretamente no pericemento apical (Fig 5).
e) Canal acessório: é aquele que deriva de um canal secundário para terminar na superfície externa do cemento apical (Fig 5).
f) Interconduto (ou intercanal) : é um pequeno canal que põe em comunicação entre si os canais principais bifurcados ou secundários. Mantém sempre suas relações com a dentina radicular, sem alcançar o cemento e o pericemento apical (Fig 5).
g) Canal recorrente: é o que, saindo do canal principal, segue um trajeto dentinário mais ou menos longo para novamente desembocar, a uma altura variável, no canal principal, mas sempre antes de alcançar o ápice 
h) Canais reticulares: são o resultado do entrelaçamento de três ou mais canais que correm quase paralelamente, por meio de ramificações do intercanal, apresentando um aspecto reticulado.
i) Deltas: são as múltiplas derivações que se encontram próximas do mesmo ápice e que saem do canal principal para terminar na zona apical. Dão origem a forames múltiplos, em substituição ao forame único principal.
j) Canal cavo-interradicular: é o que emana da câmara pulpar até atingir o ligamento periodontal na bi ou trifurcação. Este canal é comumente encontrado em dentes decíduos e em alguns animais experimentais.
k)  Canal fusionado: distingue-se dos demais pela união, parcial ou total, de dois canais radiculares presentes quase sempre em dentes com acentuado achatamento mésio distal da raiz ou em dentes que apresentam fusão de suas duas raízes, ex.: PMS, PMI, MI, e em alguns MS.
l) Canal atrésico: é uma variedade que indica um certo grau de atrofia radicular, onde a deposição de dentina  faz-se em maior quantidade que o normal, produzindo um canal bastante estreitado, irregular e extremamente diminuído em suas dimensões habituais. Em alguns casos este canal termina em fundo cego ou muito estreitado.
FIGURA 5 - Tipos de canais

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