Buscar

reprodução humana - Resumo Biologia (Biologiaquepariu)

Prévia do material em texto

SISTEMA GENITAL MASCULINO
1-COMPOSIÇÃO:
a) Bolsa ou Saco Escrotal;
b) Testículos;
c) Epidídimos;
d) Canais Deferentes;
e) Vesículas Seminais;
f) Próstata;
g) Uretra;
h)Glândulas Bulbouretrais;
i) Pênis.
2- ESQUEMA:
Testículos
É o órgão responsável pela produção dos gametas masculinos (espermatozóides) e o 
hormônio sexual (masculino – testosterona). Estão envolvidos pelo escroto ou saco escrotal 
e permanecem a uma temperatura de 2° a 4° abaixo da temperatura corporal, o que é 
necessário para a produção dos espermatozóides.
Quando a temperatura do ambiente é baixa, a bolsa escrotal se contrai, aproximando 
os testículos do corpo; Quando a temperatura é elevada, a bolsa relaxa, afastando os 
testículos do corpo. Isso ocorre devido à necessidade de os testículos permanecerem a 
uma temperatura ideal para que haja espermatogênese.
No interior dos testículos existem dezenas de pequenos compartimentos 
denominados lóbulos testicular; cada lóbulo abriga os túbulos seminíferos, onde os 
 1
espermatozóides são fabricados. Entre os túbulos seminíferos encontram-se as células de 
Leydig ou intersticiais responsáveis pela produção do hormônio sexual masculino.
OBS: A Testosterona é o hormônio sexual masculino responsável pelo aparecimento 
dos caracteres secundários masculino (Barba, voz grave, maior quantidade de massa 
muscular etc.). 
Epidídimo
É um tubo enovelado localizado sobre o testículo, em comunicação com os túbulos 
seminíferos. Os espermatozóides depois de formados passam para o epidídimo, onde 
terminam sua maturação e ficam temporariamente armazenados até sua eliminação durante 
o ato sexual.
 2
 
Canais Deferentes
São dois tubos musculares que partem o epidídimo e sobem o abdômen, contornam a 
bexiga. Sob a bexiga, os vasos deferentes vindos de cada testículo se unem em um tubo 
único, o canal ejaculatório, que desemboca na uretra.
VASECTOMIA
Método: Método cirúrgico que encerra permanentemente a fertilidade em homens.
Mecanismos de ação: Pelo bloqueio dos condutos deferentes (ducto ejaculatório) impede a 
presença de espermatozóide na ejaculação. 
Vantagens: Altamente eficaz (taxa de gravidez 0,15 a 1 por 100 mulheres durante o primeiro ano 
de uso); permanente; pequena cirurgia realizada sob anestesia local; menor risco cirúrgico do que a 
esterilização feminina; sem efeitos colaterais a longo prazo; não interfere com as relações sexuais 
ou função sexual (sem efeito na produção de hormônios ou espermatozóides pelos testículos).
Desvantagens: Pode se arrepender mais tarde (a reversão requer cirurgia especial, é cara e 
freqüentemente com disponibilidade limitada); não é imediatamente efetivo (requer tempo e até 20 
ejaculações) riscos e efeitos colaterais da pequena cirurgia; dor/desconforto de curta duração após 
procedimento; requer provedor treinado; Sem proteção para DST/AIDS. 
 3
Corte em um túbulo 
seminífero
Uretra
É um tubo comum aos sistemas reprodutor e urinário do homem. Ela percorre o pênis, 
abrindo-se para o exterior na extremidade da glande.
Vesículas Seminais
São duas glândulas localizadas atrás e sob a bexiga. Produz um fluído seminal que é 
lançado no ducto ejaculatório e constitui cerca de 60% do volume do sêmem ou esperma; 
Esta secreção é rica em frutose, ácido cítrico, vitaminas, etc. Nutre os espermatozóides.
Próstata
Localizada sob a bexiga urinária, é a maior glândula acessória do sistema reprodutor 
masculino. Produz uma secreção leitosa e alcalina que contribui para neutralizar a acidez 
da urina acumulada na uretra e também a acidez das secreções vaginais; a próstata lança 
sua secreção na porção inicial da uretra.
Glândulas Bulbouretrais ou Glândulas de Cowper
Localizadas abaixo da próstata e produz uma secreção, lançada na uretra, que 
contribui para a limpeza do canal antes da passagem dos espermatozóides.
Pênis
É o órgão copulador masculino. 
Possui em seu interior, os corpos 
cavernosos, tecido esponjoso, formado por 
veias e capilares sangüíneos modificados. 
Uma vez estimulado, suas artérias se 
dilatam e os corpos cavernosos se enchem 
de sangue provocando a ereção do pênis.
Na região anterior do pênis a glande 
(“cabeça” do pênis) é rica em terminações 
nervosas, o que determina grande 
sensibilidade à estimulação sexual.
 Níquel e Náusea – Fernando Gosales
 4
SISTEMA GENITAL FEMININO
1-COMPOSIÇÃO:
a) Vulva
b) Vagina
c) Útero
d) Tubas Uterinas
e) Ovários
2- ESQUEMA:
Pudendo feminino (Vulva)
Compreendem as seguintes partes:
a) Grandes lábios: duas pregas de peles maiores cobertas de pêlos pubianos.
b) Pequenos lábios: duas pregas de pele menores medialmente aos grandes lábios, que 
protegem a abertura da vagina.
c) Clitóris: órgão com capacidade erétil, de aproximadamente 1 a 2 cm de comprimento, 
localizado na região anterior da vulva na confluência dos pequenos lábios e é constituído 
por tecido esponjoso. O clitóris apresenta grande sensibilidade e corresponde à glande do 
pênis.
d) Hímen: membrana fina que reveste total ou parcialmente a entrada da vagina.
 5
Vagina
É um canal musculoso com 10 a 15 cm de comprimento que se abre para o exterior, 
na genitália externa. Representa o órgão de cópula feminino e durante a excitação sexual, a 
parede da vagina se dilata e se recobre de substâncias lubrificantes produzidas pelas 
glândulas de Bartholin, o que facilita a penetração do pênis durante o ato sexual.
Útero
É um órgão musculoso oco de aproximadamente 7,5 cm de comprimento e 5 cm de 
largura. A porção superior do útero é larga e está ligada a tubas uterinas; a porção inferior é 
estreita e comunica-se com a vagina, tal porção é chamada colo uterino. 
O interior do útero é revestido por um tecido ricamente vascularizado denominado 
endométrio. A partir da puberdade, todos os meses o endométrio torna-se mais espesso e 
rico em vasos sanguíneos como preparação para uma gravidez. Se a gravidez não ocorre, 
parte do endométrio que se desenvolveu se desloca e é eliminado juntamente com sangue 
como resultado da degeneração dos vasos sanguíneos. Tal processo é chamado de 
menstruação.
 6
 
 
 
Tubas Uterinas
São tubos musculares que comunicam os ovários com o útero. Os interiores das 
tubas são revestidos por células ciliadas, que com os batimentos dos cílios promovem a 
movimentação do óvulo; é nas tubas uterinas que ocorre a fecundação.
LIGADURA TUBÁRIA
Método: Procedimento cirúrgico de caráter voluntário para término permanente da fertilidade em 
mulheres. Feito por Minilaparotomia (intervalo ou pós-parto) ou laparoscopia (somente intervalo).
Mecanismos de ação:Bloqueia as trompas de falópio (pela secção, cauterização, anéis ou clips). 
O espermatozóide é impedido de chegar ao óvulo. 
Vantagens: Altamente eficaz (taxa de gravidez 0,2 a 1 por 100 mulheres durante o primeiro ano de 
uso); eficaz imediatamente; permanente; cirurgia simples geralmente sob anestesia local; sem 
efeitos colaterais a longo prazo; não interfere com as relações sexuais ou função sexual (sem efeito 
na produção de hormônios pelos ovários). 
Desvantagens: Pode se arrepender mais tarde (a reversão requer cirurgia complexa, é cara e 
freqüentemente com disponibilidade limitada); riscos e efeitos colaterais da cirurgia; alto custo inicial 
(mais do que para vasectomia); dor/desconforto de curta duração após procedimento; requer 
provedor treinado; Sem proteção para DST/AIDS.
Ovários
São duas gônadas sexuais femininas localizadas um de cada lado do útero. No 
interior dos ovários existem milhares de folículos. Cada um é formado por um ovócito, 
envolvido por diversas células denominadas células foliculares.
 7
 
 
 
A cada mês, alguns folículos entram em atividade, ou seja, iniciam a maturação até o 
desenvolvimento e liberação do óvulo. A medida que o folículo cresce e se torna maduro, 
passa a ser chamado de folículo de Graaf.
Obs: Com o desenvolvimento do folículo, as células foliculares se multiplicam 
ativamente e passam a secretar líquido que devido à pressão em seu interior, acaba 
por se romper, liberando o ovócito secundário interrompido na fase de metáfase II. 
Esse processo chama se de ovulação
CICLO MENSTRUAL
A eliminação do revestimento do endométrio e de sangue através da vagina é 
chamada Menstruação e ocorre, em média, a cada 28 dias, durante a vida fértil da mulher. 
O tempo de duração da menstruação varia de 3 a 7 dias, dependendo da pessoa e de suas 
condições fisiológicas. O período entre o início de uma menstruação e o início da 
menstruação seguinte é denominado Ciclo Menstrual.
Os ovários, além de produzirem os gametas femininos, produzem os hormônios 
sexuais femininos - estrógeno e progesterona - sob regula cão dos hormônios da hipófise: 
FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante).
A mulher nasce com aproximadamente com cerca de 2000.000 folículos primários em 
cada ovário, os quais amadurecem, formando os folículos secundários. A partir da 
puberdade, uma vez por mês, um folículo secundário amadurece mais ainda, por estimulo 
do hormônio hipofisário FSH (Hormônio Folículo Estimulante), e forma o folículo maduro 
ou Folículo de Graaf, que contém o óvulo e produz grande quantidade de estrógeno¸ que 
prepara o útero para a gravidez.
 8
 
 
 
Por volta do 14° dia após o primeiro dia da menstruação, o folículo está totalmente 
maduro. Recebe então influência de outro hormônio hipofisário, o LH (Hormônio 
Luteinizante), que estimula a ovulação, o folículo transforma-se no Corpo-lúteo ou 
Amarelo, que inicia a produção de Progesterona¸ que age sobre o útero mantendo-o 
propício para a gravidez.
Caso ocorra a fecundação, o corpo-lúteo, por estímulo da Gonadotrofina Coriônica 
humana (HCG), produzida pela placenta permanece produzindo Progesterona, o que 
mantém o endométrio proliferado, capaz de nutrir o embrião em desenvolvimento.
Caso não tenha gravidez, o corpo-lúteo regride, transformando-se no Corpo 
Albicans (Branco ou Corpo amarelo atrofiado). Após 14 dias da ovulação, pela falta de 
progesterona, o endométrio descama, constituindo a menstruação, quando tem o início um 
novo ciclo hormonal.
 9
Nas mulheres, a ovulação se encerra entre 45 e 50 anos de idade, fenômeno 
denominado de menopausa. Num ciclo de 28 dias, o período de maior fertilidade fica entre 
o 10° e o 18° dia do ciclo.
As Pílulas anticoncepcionais são constituídas de estrógenos e progesterona, que 
assim impedem o amadurecimento dos folículos e, conseqüentemente, a ovulação. Não 
ocorrendo ovulação, não há possibilidade de fecundação. 
Obs: Alguns autores o ciclo menstrual em Fases:
1° Fase Menstrual - Marcada pela vinda da menstruação, vai variar de mulher para 
mulher mais a média é de 5 dias.
2° Fase Proliferativa - Marcada pela liberação de FSH pela hipófise que prova o 
estimulo do ovário a liberar Estrógeno, havendo assim a Regeneração do endométrio, esse 
fase inicia após o término da menstruação e vai até a ovulação, sendo que num ciclo de 28 
dias isso ocorre normalmente no 14° dia.
3° Fase Secretora – Marcada pela secreção pela hipófise de LH que estimulada o 
corpo lúteo a liberar Progesterona, este hormônio irá preparar o endométrio para uma 
possível gravidez.
4° Fase Isquêmica - Fase que antecede a vinda da menstruação. 
 10
Seu mau humor tem explicação - Texto adaptado
Tensão pré-menstrual (TPM) é o nome dado a aquela série de 
sensações desagradáveis típicas do período que antecipa a 
menstruação. As mudanças hormonais da fase - que é o terror de 
todos os homens que convivem com mulheres - podem 
desencadear as mais diversas reações femininas. As sensações 
podem variar entre tristeza, angústia, pessimismo e até 
pensamentos mais drásticos como, por exemplo, os pensamentos 
suicidas. Ou seja, não se trata de um mito, aquele mau humor 
terrível que as mulheres sente é justificado biologicamente. 
Além das alterações psicológicas, o mal estar do período pré-menstrual também afeta o corpo. Os sintomas 
mais comuns são:
-Os seios causam desde uma pequena sensação de peso até 
um quadro de dor ou inchaço intenso, que pode chegar até a 
atrapalhar o sono ou a prática de algum esporte;
-Os gases aumentam, a menina fica inchada e o intestino ficar 
mais preso ou mais solto;
-As pernas ficam pesadas e doloridas;
-O rosto incha;
-A pele fica mais oleosa – fazendo surgir as indesejáveis 
espinhas. 
Ou seja, a menina fica mal-humorada e com uma aparência pior, o que já é mais um 
motivo para ficar mais mal-humorada ainda. 
É comum o aumento de apetite nessa fase, inclusive apetite específico – como o 
desejo de comer doces e chocolates. Depois de atacar a geladeira, é comum sentir enjôos, 
tonturas e dor nas costas. Sim, é um período terrível e é difícil acreditar que as mulheres 
consigam sobreviver a tudo isso. 
Estudos atuais revelam que uma em cada 25 mulheres apresenta um desequilíbrio 
hormonal tão grave que pode levar a alterações de personalidade. Por isso, é necessário 
que cada menina entenda o que acontece com ela no seu período menstrual e tente 
descobrir maneiras de lidar com essa realidade para conseguir ficar bem mesmo nos dias 
da famosa TPM. Abaixo, colocamos algumas dicas que servem para todo mundo:
- Beber bastante água (para combater a retenção de líquido) diminuir o sal (pelo mesmo 
motivo) o café (cafeína só vai te deixar ainda mais tensa), o chocolate e o refrigerante.
- Andar bastante, relaxar e praticar algum esporte regularmente;
- Comer alimentos que contenham vitamina B6 e vitamina E, como arroz integral, trigo,aveia, centeio, carne vermelha, repolho, ovos e leite.
Tabus a respeito da menstruação que devem ser esclarecidos: 
- Não há problema nenhum em lavar os cabelos no período menstrual.
-Sem neuras: você pode andar descalça durante esse período. 
-Não cabule sua ginástica! Fazer esportes - inclusive nadar - relaxa seus músculos e 
diminui a dor da cólica. Coloque um absorvente interno e seja feliz!
Adapatado de Andreza Aguiar (andreza@igirl.com.br)
 11
A Gametogênese é processo de formação de células reprodutoras, ou seja, de 
gametas. Os gametas humanos são o espermatozóide e óvulo. O processo se diferencia 
em alguns aspectos, que veremos abaixo:
1 – Espermatogênse:
 O menino normalmente já nasce com seus testículos no saco, mas durante muito 
tempo esses permanecem praticamente inativos, dentro dos testículos existem uma grande 
quantidade de células germinativas primordiais, que são Diplóides (Ei, lembra que é 
diplóide?) mas estas estão praticamente indiferenciadas ainda, porém ao chegar por 
envolta dos 7 anos de idade, estas células começam a se dividir originado assim as 
Espermatogônias. Então mais tarde (Durante a puberdade período marcado pelo 
aparecimento de pêlos em regiões que não tinha nada), com início da atividade hormonal, 
os testículos começaram a formar os espermatozóides. 
Observe o esquema abaixo:
 12
Espermiogênese
1- Fase de Multiplicação:
Inicia por volta dos 6 anos de idade , assim começa a multiplicação por mitose das 
espermatogônias por toda a vida do indivíduo.
2- Fase de Crescimento:
Inicia na puberdade, sob estímulos dos hormônios gonadotróficos. As 
espermatogônias de localização mais profunda nos túbulos seminíferos passam aumentar 
de volume, nutridas pelas células de sertoli, caracterizando um curto período de 
crescimento.Nessa fase não ocorre divisão celular.
3- Fase de Maturação:
Nessa fase o espermatocito I irá sofre meiose I (reducional), originando 2 
espermatócitos II. Estas células já são haplóides (Lembram o que são células haplóides?) 
estas se dividem por MeioseII (equacional) e darão origem as 4 espermátides.
4- Fase de Diferenciação:
As espermátides não se dividem sofrem modificações morfológicas e estruturais, 
denominadas de espermiogênese, originando assim os espermatozóides.
Obs: Na média normal de uma ejaculação ocorre a eliminação de cerca de 300 a 500 
milhões de espermatozóides.
Esquema:
 13
 
2 – Ovulogênse:
 O Processo de formação dos gametas femininos é chamado Ovulogênse e tem 
início antes do nascimento da mulher, em torno do terceiro mês de sua vida intra uterina. As 
células precursoras dos gametas femininos, as Ovogônias, multiplicam-se por mitose 
durante o início da vida fetal. 
Observe o esquema abaixo:
1- Fase de Multiplicação:
Na fase de multiplicação, a ovogônia se divide por mitose sucessivas e dá origem a 
numerosas células. Ao contrário da espermatogênese, na ovulogênese, todas as células 
seguem o processo sem conservação em ovogônia.
 14
2- Fase de Crescimento:
As células resultantes da multiplicação sofrem o processo de crescimento e se 
transformam nos ovócitos I (Primário).
3- Fase de Maturação:
Cada Ovócito I (diplóide) dá, por meiose I (reducional), duas células haplóides: 
Ovócito II (secundário), relativamente grande, e o 1° glóbulo polar, de tamanho reduzido. 
Logo a seguir, o Ovócito II se divide por meiose II(reducional), dando duas células também 
diferentes em tamanho: Ovótide, bem desenvolvida, e o 2° glóbulo polar, muito menor. 
Algumas vezes o 1° glóbulo polar também se divide por meiose II. A Ovótide se transforma 
em óvulo. Portanto, cada ovócito I dará origem a um óvulo e a três glóbulos polares.
OBS: Na espécie humana, a ovulogênese inicia-se nos primeiros meses de vida intra-
uterina do feto, sendo paralisada quando o ovócito I inicia a maturação, estágio que 
chamamos de dictióteno. Dessa forma, ao nascer, a menina apresenta vários folículos nos 
ovários contendo Ovócitos I “paralisados” em dictióteno. À medida que ela vai crescendo, 
muitos folículos sofrem degeneração, transformando-se em folículos atrésicos. Todos os 
ovócitos permanecerão em dictióteno até a época da ovulação, que terá início por volta dos 
12 a 14 anos de idade, encerrando a partir da menopausa, por volta dos 40 a 50 anos. 
Quando se pretende planejar a gravidez, pensa-se em métodos reversíveis e em 
métodos irreversíveis. Reversíveis, é o método que só evita a gestação enquanto está 
sendo utilizado, mas que permite o retorno à fecundidade quando se deixa de utilizá-lo; 
Irreversível (Vasectomia e ligadura de tubas), é aquele que, uma vez utilizado, faz cessar 
definitivamente a capacidade reprodutora.
Métodos reversíveis
1) Coito interrompido: consiste em retirar o pênis da vagina antes que ocorra a 
ejaculação. Com esse procedimento, evita que os espermatozóides penetrem no corpo 
feminino. O risco é não consegui-lo fazer a tempo. Portanto, pode não ser muito eficiente.
2) Abstinência periódica ou método do ritmo: é o método que se baseia no fato de 
evitar relações sexuais no período fértil. Há várias maneiras de fazer isso. Pode guiar-se 
pela média dos ciclos menstruais, fazendo a assim a chamada tabela “tabelinha”, em que o 
casal só mantém relações nos dias distantes do dia da ovulação, ou seja, só mantém 
relação pouco antes ou pouco depois da menstruação (mais ou menos uma semana antes 
e uma semana depois do primeiro dia da menstruação).
Outra maneira, mais precisa, é controlar a temperatura basal. Se a mulher medir a 
temperatura da boca, da vagina ou do ânus todos os dias, logo ao acordar, antes de fazer 
qualquer coisa (mesma falar ou levantar) e anotar essa temperatura num gráfico, vai 
observar que, nos primeiros dias do ciclo, a temperatura fica num patamar, mas quando 
ocorre a ovulação, a temperatura vai para um patamar mais elevado (entre 0,5 e 1 ºC). 
Assim, a mulher saberá quando ovulou e, após três dias de elevação da temperatura, pode 
considerar-se infértil.
Uma terceira maneira de se avaliar a data da ovulação e, portanto, a época fértil, é 
observar a secreção vaginal. O colo do útero produz um muco, que pode ser observado na 
secreção da vagina. Quanto mais próximo da época da ovulação, esse muco fica mais 
 15
abundante e mais viscoso. Assim, a vagina fica mais úmida e pode-se observar que a 
secreção fica mais “elástica”, formando fio. Portanto, nesses dias mais úmidos a mulher 
está fértil.
Pode-se associar a observação dessas três maneiras, aumentando com isso a 
segurança do método.
O grande inconveniente do método de controle da fertilidade pela abstinência sexual 
dos dias férteis é o maior risco de erro de cálculo, obtendo-se uma gravidez não-desejada. 
Quanto menos regular for o ciclo menstrual da mulher,maior a possibilidade de o erro 
acontecer.
3) Camisinha ou condom: O condom é uma luva que se veste sobre o pênis ereto e 
serve para reter a ejaculação. Desde que seja vestido corretamente, recobrindo todo o 
pênis e deixando sem ar na extremidade, e desde que o pênis seja retirado do corpo 
feminino enquanto ainda estiver ereto, pode ser um bom método. Tem a vantagem de 
diminuir o risco de contágio de algumas doenças venéreas. O condom tem de ser de boa 
qualidade e deve-se sempre verificar que não houve rupturas ou furinhos.
Camisinha masculina
 16
Camisinha feminina
4) Diafragma vaginal: O diafragma é uma cúpula de látex ou de silicone, com um arco 
elástico na borda, que se coloca no fundo da vagina formando uma barreira no colo uterino. 
Este bloqueia a passagem dos espermatozóides, e é aplicado pela própria pessoa, antes da 
relação, e retirado algumas horas depois. Comumente, é também utilizada uma geléia 
espermicida. O diafragma desde que utilizado corretamente, na medida adequada, e que 
esteja em boas condições, tem boa eficiência e não interfere na saúde da mulher, pois é 
apenas local.
5) Métodos químicos: Várias substâncias químicas podem agir bloqueando a atividade 
dos espermatozóides, por isso são chamadas espermicidas. Podem ser utilizadas na forma 
de geléias, comprimidos ou espumas que se aplicam na vagina antes da relação. Existem 
camisinhas que já são vendidas com lubrificante espermicida, o que aumenta a sua 
eficiência. Os espermicidas não são muito eficientes se utilizado como único método 
anticoncepcional, mas têm a vantagem de serem também anti-sépticos, diminuindo o risco 
de infecções transmitidas sexualmente.
6) Dispositivo intra-uterino (DIU): O DIU é um pequeno dispositivo plástico ou metal, 
aplicado pelo médico, dentro do útero. Há várias explicações para o funcionamento dos 
DIUs. O DIU parece provocar uma hostilidade no interior do útero; uma pequena inflamação 
 17
que atrai macrófagos que impede a nidação do embrião. A eficiência do DIU é bastante alta. 
O inconveniente é que pode fazer a menstruação ficar mais abundante e causar cólicas 
menstruais.
7) Pílulas anticoncepcionais: as pílulas agem inibindo a secreção de FSH e LH, o que 
conseqüentemente impede a ovulação. São por isso, os mais eficientes métodos 
anticoncepcionais que existem até hoje. A mulher deve tomar um comprimido por dia, desde 
logo após a menstruação e em um período de 2 a 4 dias após ter tomado o último 
comprimido, ocorre a menstruação. Além de ser muito eficiente (falha praticamente 0%) a 
pílula tem algumas vantagens adicionais: regulariza o ciclo menstrual e diminui as cólicas 
menstruais, a quantidade de sangramento e o risco de câncer do útero, entre outras. As 
pílulas atuais contêm dose de hormônios muito baixa e, portanto, provocam poucos efeitos 
indesejáveis, como náuseas, dor de cabeça ou ganho de peso, que aconteciam mais 
freqüentemente a 20 ou 30 anos, quando as pílulas continham altas doses hormonais.
 A pílula é tomada diariamente, durante 21 dias consecutivos, seguidos de um período de 7 
dias de descanso. Nesse espaço de tempo, ocorrerá a menstruação. 
OBS: A Pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, cujo princípio ativo é o 
levonorgestrel, tem indicações precisas. Serve para situações como quando o método 
preventivo utilizado, falha (estourou a camisinha), ou casos de violência sexual ou estupro. 
A pílula do dia seguinte pode ser tomada até 72 horas depois da relação. Sempre é bom 
consultar o médico antes de tomar.
 18
	Ovários
	Métodos reversíveis

Continue navegando