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Biomecânica do Tecido Ósseo Profa. Juliana B. Corrêa Veja 04/1996 Tecido Ósseo Veja 04/1996 Tecido Ósseo Funções mecânicas: - Estrutura esquelética rígida que sustenta e protege os outros tecidos - Formam um sistema de alavancas rígidas que podem ser movimentadas pelas forças dos músculos Veja 04/1996 Tecido Ósseo Componentes materiais Organização estrutural - Matriz orgânica (cálcio, fosfato de cálcio, colágeno): 60 a 70% - Água: 25 a 30% Componentes materiais Cálcio, fosfato de cálcio Rigidez à compressão Colágeno Rigidez à tensão Maior Proporção de Colágeno Aumento da flexibilidade óssea Maior tolerância à deformação plástica. Diminuição da resistência à compressão Alto potencial de remodelagem Sobrecarga Adulto Criança FRATURA Deformação Características do tecido ósseo de Criança - Osso cortical: compacto - Osso trabecular: esponjoso Organização Estrutural: macroestrutura Estresse Deformação Macroestrutura e microestrutura do Osso - Osso Não lamelar (imaturo): embrião, recém-nascido, calo ósseo, região de metáfise do osso em crescimento, tumores - Osso Lamelar (maduro): formação 1 mês após o nascimento e ativamente substitui o osso não lamelar Organização Estrutural: microestrutura Diferentes formas Diferentes tamanhos Forma e tamanho são determinadas pelas cargas mecânicas Ossos longos e “ocos” Ossos curtos e “sólidos” Organização Estrutural Tipos de ossos C o m p re s s ã o T e n s ã o C is a lh a E s tr e s s e ( M p a ) 200 150 100 50 T e n s ã o C o m p re s s ã o Cortical Trabecular Organização Estrutural Diáfise – corpo Epífise – extremidades Placa/linha Epifisal– região de crescimento Artérias Nutrientes– medula e osso compacto Ossos longos Propriedades mecânicas • Resistência, rigidez e energia do osso dependem da composição e organização estrutural dos ossos, e tb variam com a idade, sexo, e localização do osso. • Osso: rígido, mas flexível; forte, mas leve. Força Leveza Propriedades mecânicas • Resistência: é definida pelo ponto de ruptura ou pela carga suportada antes da ruptura Excesso de mineral = osso quebradiço = não cede ao impacto + mineral no osso + rígido + forte Propriedades mecânicas • Rigidez: é determinada pela curva de tensão-deformação na faixa da resposta elástica Deformação C a rg a Região elástica Deformação Propriedades mecânicas • Rigidez: resposta plástica Deformação E s tr e s s e ( c a rg a ) Fratura / falha Região plástica Propriedades mecânicas • Rigidez Região Plástica Ponto de cedência Ponto de falha final Propriedades mecânicas Região elástica: Pouca deformação – carga elevada. Remoção da carga – retorno ao estado original. Região plástica: Muita deformação – pouca carga. Remoção da carga – tecido não retorna ao estado original. Comprometimento do tecido por deformação óssea. Ponto de Fratura: Falência total do tecido. Piezoeletricidade: Sob estresse mecânico é gerado um campo elétrico que produz força elétrica. Essas forças são fundamentais para formação óssea. Propriedades mecânicas Compressão carga negativa construção Tração carga positiva reabsorção Propriedades mecânicas Características anisotrópicas: o comportamento do osso varia de acordo com a direção da aplicação da carga. Forças mecânicas de compressão, tensão, Cisalhamento de 100N terão respostas mecânicas diferentes no mesmo osso. Cargas aplicadas ao osso Cargas aplicadas ao osso Compressão: comprime as extremidades dos ossos - São necessárias para o desenvolvimento e crescimento ósseo Cargas aplicadas ao osso Tensão: o músculo aplica uma força tensiva através do tendão, e o colágeno do osso se alinha à força de tensão do tendão Cargas aplicadas ao osso Cisalhamento: força aplicada paralela à superfície Cargas aplicadas ao osso Curvamento: força aplicada ao osso sem apoio direto da estrutura Cargas aplicadas ao osso Torção: força aplicada com uma das extremidades do osso fixa Cargas aplicadas ao osso Cargas combinadas: combinações variadas de cargas + + Crescimento e Desenvolvimento • Crescimento longitudinal: ocorre somente quando a epífise óssea está presente. Fecha por volta dos 18 anos. • Crescimento circunferencial: os ossos crescem em diâmetro durante quase toda a vida – Osteoblasto: forma tecido ósseo novo – Osteoclasto: reabsorve tecido ósseo Desenvolvimento ósseo no adulto Osteoblasto - célula óssea responsável pela produção de tecido ósseo Osteoclasto - célula óssea responsável pela reabsorção de tecido ósseo Osteócito - osteoblastos envolvidos pela própria matriz que produziram. Remodelamento ósseo Resposta do osso ao estresse • Modelamento ósseo: Formação de tecido ósseo novo que não é precedida pela reabsorção • Remodelamento ósseo: mudanças no formato e na resistência óssea de acordo com as deformações • Lei de Wolff: a resistência do osso aumenta e diminui à medida que as forças funcionais que agem no osso aumentam e diminuem. Hipertrofia óssea • Os ossos sofrem uma hipertrofia em resposta a certas atividades físicas regulares. Quanto maior a força ou a carga habitualmente encontrada, maior é a mineralização do osso. Hipertrofia óssea • Cargas intermitentes de 100 repetições por dia, determinam o aumento significante na parte transversal do osso • O peso corporal é um estímulo importante para o aumento da densidade óssea. ATENÇÃO: mulheres anoréxicas terão osteoporose Hipertrofia óssea • Critério para o treinamento osteogênico Atrofia óssea • Diminuição da massa óssea resultante da atividade osteoclástica. Osteoporose • Distúrbio com diminuição da massa e da resistência óssea, resultando em fraturas. • Causas: – Perda excessiva de componente mineral e da resistência do osso – Hiperatividade dos osteoclastos – Hipoatividade dos osteoblastos – Fatores hormonais – Ingestão insuficiente de cálcio ou outros minerais e nutrientes Osteoporose • Distúrbio com diminuição da massa e da resistência óssea, resultando em fraturas. Envelhecimento: Diminuição na quantidade de trabéculas. Diminuição da espessura do osso cortical. Redução da resistência e da rigidez. Efeitos: Mulheres > Homens. Menopausa: Pouca gordura corporal pouco estrogênio. Baixo estrogênio: Diminuição na absorção do cálcio. Facilita reabsorção do osso. Tecido ósseo - idoso Tríade da mulher atleta • Distúrbio alimentares, amenorréia e osteoporose Lesões ósseas • Fraturas: perda da continuidade do osso. • Depende: da direção, magnitude, intensidade e duração da carga mecânica Lesões ósseas Lesões epifisárias • Lesões da placa epifisária, cartilagem articular e apófise. Corredores apresentam mais massa óssea quando comparados à sedentários de mesma idade e peso (Dalin & Olsson, 1974). Atletas (mulheres) de nível universitário, apresentam maior densidade óssea vertebral que o grupo controle (sedentárias). Na pós-menopausa esta diferença se acentua. Mulheresno período de pós-menopausa, praticantes de atividade física (1 hora / 3x semanais / 1 ano) aumentaram sua densidade óssea. Inativas diminuíram sua densidade no mesmo período (Aloia et al., 1978). Dança x Caminhada: Dança preservou melhor a integridade óssea de mulheres (pós-menopausa) do que a caminhada. Ambas as atividades condicionaram adaptações biopositivas (Zetterberg et al., 1990) Soldados: Observa-se grande aumento (5 - 10 %) da massa óssea de recrutas, após 16 semanas de treinamento. Grupo apresenta alto índice de lesões ósseas. Astronautas apresentam grande excreção de cálcio através da urina. Após 1 ano de permanência no espaço podem ocorrer perdas de massa óssea da ordem de 25 % (Raumbaut et al., 1979).
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