Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
_______________________________________________________________________________________ Mini curriculum Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor Universitário, de Pós Graduação e de Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil. Contatos: E‐mail: g.custodio@uol.com.br Facebook: b.com/custodio.nogueira Site: custodionogueira.com.br 2ª Fase OAB ‐ 100% GRATUITO digite no you tube: custodio nogueira 2ª fase grátis RECLAMAÇÃO TRABALHISTA REFORMA TRABALHISTA: COMO ERA: Art. 840 CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior. COMO FICOU: Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, QUE DEVERÁ SER CERTO, DETERMINADO E COM INDICAÇÃO DE SEU VALOR, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1º deste artigo. § 3º OS PEDIDOS QUE NÃO ATENDAM AO DISPOSTO NO § 1º DESTE ARTIGO SERÃO JULGADOS EXTINTOS SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Aumentarão as demandas do sumaríssimo em flagrante prejuízo as partes que terá as hipóteses de interposição de Recurso de Revista limitadas: Art. 896, § 9º da CLT - Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal. Não pode simplesmente atribuir um valor a dano moral para alcançar 40 salários mínimos, por conta da sucumbência. Possibilidade de Conversão de Ritos: Jurisprudência do TST. RECURSO DE REVISTA. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. NULIDADE. CONVERSÃO DE RITO SUMARÍSSIMO EM ORDINÁRIO. I. Esta Corte Superior já se manifestou no sentido de que o não atendimento dos requisitos previstos no art. 852-B, I, da CLT não importa necessariamente o arquivamento do feito, podendo o julgador, por questão de economia e celeridade processual e desde que não haja prejuízo às partes, determinar a conversão do rito sumaríssimo em ordinário. Tal entendimento advém da interpretação do art. 794 da CLT, segundo o qual "nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes". Precedentes. II. No presente caso, não consta das razões de recurso de revista a alegação de que houve prejuízo que possa ter sido causado pela conversão do rito sumaríssimo em ordinário. A Reclamada insiste no arquivamento do feito, entretanto não aponta nenhum prejuízo que pudesse justificar a declaração de nulidade da conversão do rito. III. Recurso de revista de que se conhece, por divergência jurisprudencial, e a que se nega provimento. Tribunal Superior do Trabalho TST - RECURSO DE REVISTA: RR 15002420105210008 - Inteiro Teor ESTUDO INDIVIDUAL DOS REQUISITOS DA PEÇA INICIAL 1.º Endereçamento; 2.º Qualificação; 3.º Questões Processuais; 4.º Fatos; 5.º Pedido; 6.º Provas, e 7.º Valor da Causa. 1.º ENDEREÇAMENTO: Regras de COMPETÊNCIA em razão da Matéria e do Local. Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho (compentência em razão da matéria) da ___ª Vara do Trabalho de ________. (competência em razão do local) NOVIDADE ‐ REFORMA TRABALHISTA: Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: IV – “f” - decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho. 2.º ‐ QUALIFICAÇÃO: 3º. QUESTÕES PROCESSUAIS: ATENÇÃO não utilizar o título “Preliminar” na inicial, deixar implícito (Duplo Arquivamento, Distribuição por Dependência, Justiça Gratuita, CCP, CCT, Responsabilidade Civil das Reclamadas...). FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITO NA VIA EXTRAJUDICIAL! NOVIDADE NA CLT – AUTOCOMPOSIÇÃO DAS PARTES REFORMA TRABALHISTA ARBITRAGEM NO DISSÍDIO INDIVIDUAL Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja REMUNERAÇÃO seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, PODERÁ ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 R$ 5.531,31 x 2 = R$ 11.062,62 QUITAÇÃO ANUAL DO CONTRATO DE TRABALHO Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridasmensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO VIA ACORDO Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: I - por metade: a) o aviso prévio, se indenizado; e b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; (20%) II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. § 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. § 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. PDV – PDI – DISPENSA INDIVIDUAL, PLURIMA OU COLETIVA Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. Orientação Anamatra. EFEITOS DE PAGAMENTOS EFETUADOS FORA DA ESFERA JUDICIAL. INDECLINABILIDADE DE JURISDIÇÃO. ART. 5º, XXXV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARBITRAGEM INDIVIDUAL. QUITAÇÃO PERIÓDICA, DISTRATO. PROGRAMA DE DEMISSÃO INCENTIVADA. ARTS. DA CLT 507-A, 507-B, 484-A E 477-B. EFEITOS LIMITADOS AOS VALORES PAGOS. AUSÊNCIA DE QUITAÇÃO GERAL. QUITAÇÃO LIMITADA A VALORES. DIREITO DE ACIONAMENTO DO JUDICIÁRIO TRABALHISTA PARA RESGUARDO DE LESÕES. Os pagamentos efetuados por conta de termo de compromisso arbitral, quitação anual de obrigações trabalhistas, extinção do contrato por mútuo acordo e plano de demissão voluntária ou incentivada podem produzir eficácia liberatória limitada aos valores efetivamente adimplidos. Em aplicação à garantia constitucional de acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV), mantém- se pleno direito de acesso ao Judiciário para solucionar situações conflituosas, inclusive para satisfação de diferençassobre rubricas parcialmente pagas. CAPÍTULO III‐A DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início porpetição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. § 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum. § 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de suacategoria. Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6ºdo art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8ºart. 477 desta Consolidação. Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juizanalisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirásentença. Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazoprescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo. Orientação Anamatra: Cabe Recurso da Decisão que NÃO Homologar? Ação de homologação de acordo extrajudicial. Impossibilidade de recurso por inadequação da decisão que não homologar o acordo. Competência para homologação de acordo extrajudicial de caráter absoluto e natureza funcional da Vara do Trabalho. No caso de recurso da decisão que não homologar o acordo extrajudicial, o Tribunal não poderá retornar o processo para que o Juiz de primeiro grau homologue em razão do juízo de equidade permitido pela norma. Não há direito certo das partes quanto à homologação de acordo, cabendo-lhes tão- somente apresentar a ação trabalhista correspondente para discutir o objeto da petição do acordo de homologação extrajudicial não homologado. Súmula nº 418 do TST MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. Competência. A competência territorial do processo de jurisdição voluntária para homologação de acordo extrajudicial segue a sistemática do art. 651 da CLT. Aplica-se analogicamente o art. 63, § 3º do CPC, permitindo que o juiz repute ineficaz de ofício a eleição de foro diferente do estabelecido no art. 651 da CLT, remetendo os autos para o juízo competente territorialmente, observando as regras do artigo celetista. NOVIDADE CLT – CCT e ACT PREVALÊNCIA SOBRE A LEI Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: Orientação Anamatra: CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. ADEQUAÇÃO DA AUTONOMIA DA VONTADE DIANTE DE DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS. ANÁLISE DA LEGALIDADE. VERIFICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL PELA AUDITORIA FISCAL DO TRABALHO. I- Normas autônomas devem integrar a legislação trabalhista a partir do princípio norteador da norma mais favorável. A autonomia da vontade coletiva, enunciada no art. 8º, paragrafo 3º da Lei nº 13.467/17, não pode se sobrepor a direitos fundamentais nem a preceitos constitucionais, tais como a valorização do trabalho, o respeito à dignidade humana e à saúde e segurança dos trabalhadores. II- Prevalece em todo caso em relação à matéria negociada, os princípios da proteção, da norma mais favorável e da inafastabilidade da tutela jurisdicional. III- A Auditoria Fiscal do Trabalho possui o dever de exigir o cumprimento das normas laborais mais favoráveis ao trabalhador, sejam elas constitucionais, infraconstitucionais ou negociadas, o que inclui a possibilidade de verificação da aplicabilidade ou não de convenções e acordos coletivos de trabalho sob aquela sistemática. Continua art. 611-A da CLT: I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II – banco de horas anual; III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; Orientação Anamatra: Direitos trabalhistas garantidos por normas de ordem pública, relativos a medidas de higiene, saúde e segurança do trabalho, são infensos à redução ou supressão mediante negociação coletiva, consoante a interpretação conjunta dos incisos XXII e XXVI do art. 7º da Constituição. É, portanto, inconstitucional a previsão do art. 611-A, III e XII, da CLT (com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017). Continua art. 611-A da CLT: IV – adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº 13.189, de 19 de novembro de 2015; V – plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; VI – regulamento empresarial; VII – representante dos trabalhadores no local de trabalho; VIII – teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; IX – remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; X – modalidade de registro de jornada de trabalho; XI – troca do dia de feriado; XII - enquadramento do grau de insalubridade; XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; MEDIDA PROVISÓRIA Nº 808 XII – enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres, incluída a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença previa das autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas, na integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; Orientação Anamatra: Direitos trabalhistas garantidos por normas de ordem pública, relativos a medidas de higiene, saúde e segurança do trabalho, são infensos à redução ou supressão mediante negociação coletiva, consoante a interpretação conjunta dos incisos XXII e XXVI do art. 7º da Constituição. É, portanto, inconstitucional a previsão do art. 611-A, III e XII, da CLT (com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017). Continua art. 611-A da CLT: XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; XIV – prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; XV – participação nos lucros ou resultados da empresa. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA – CCP ‐ CONCILIAÇÃO TÍTULO VI-A DA COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Art. 625-B § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de ConciliaçãoPrévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometeremfalta grave, nostermos da lei. Art. 625-E Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, nalocalidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou dosindicato da categoria. REFORMA TRABALHISTA – JUSTIÇA GRATUITA!!!!! COMO É: Art. 790, § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, OU declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. R$ 937,00 x 2 = R$ 1.874,00 COMO FICARÁ ‐ NOVA REDAÇÃO – REFORMA TRABAHISTA. Art. 790, § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 40% do teto do INSS = R$ 2.212,52 § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que COMPROVAR insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. GRATUIDADE DA JUSTIÇA = JUSTIÇA GRATUITA JUSTIÇA GRATUITA ≠ ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA, instituição que dá às pessoas pobres os meios de pleitear em juízo. Art. 5º, LXXIV, CF - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; JUSTIÇA GRATUITA, prevista no art. 98 e 99 do CPC, refere-se à isenção do recolhimento de custas e despesas processuais. Podemos entender que a Assistência Jurídica prevista na CF é gênero que engloba a espécie Justiça Gratuita. As fLs. 10 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos: Segundo a PGR, é possível entender que, aquele que receba até 40% teto (INSS) tem garantido a JG por simples pedido e quem receba + 40% teto (INSS = R$ 2.212,52) deverá comprovar. As fLs. 42 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos: REFORMA TRABALHISTA Da Exigência de Comprovação do Estado de Pobreza àqueles que percebam SALÁRIO superior a 40% do teto dos benefícios do INSS NOVA REDAÇÃO Art. 790, § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que COMPROVAR insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. O CPC NÃO EXIGE A COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE POBREZA! Art. 99 – CPC - O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. § 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça. Art. 790, § 4º da CLT X Art. 99, § 3º do CPC TESE PRINCIPAL, controle de constitucionalidade na via difusa: Qual é a Norma mais Favorável ao empregado? Art 99, §3º do CPC. Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação de Direito Material. Controle de Constitucionalidade na Via Difusa Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. QUANTO AO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE JG, O CPC PREVÊ Art. 99 – CPC - O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos. A CLT é omissa, na omissão da CLT: Art. 769 CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Art. 15 CPC - Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. TESE SUBSIDIÁRIA, requerer a aplicação do art. 99, § 2º do CPC, pois a CLT é omissa quanto a possibilidade da parte apresentar mais documentos para comprovar o pedido. E os processos que estão em andamento? … REFORMA TRABALHISTA – SUCUMBÊNCIA NA PERÍCIA COMO É: Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, SALVO se beneficiária de justiça gratuita. COMO FICARÁ ‐ NOVA REDAÇÃO: Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, AINDA que beneficiária da justiça gratuita. Art. 98 CPC, § 3o - Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. Art. 790-B, § 4º - Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo. Art. 2º da Resolução nº 66/2010 do CSJT - A responsabilidade da União pelo pagamento de honorários periciais, em caso de concessão do benefício da justiça gratuita, está condicionada ao atendimento simultâneo dos seguintes requisitos: I – fixação judicial de honorários periciais; II – sucumbência da parte na pretensão objeto da perícia; III – trânsito em julgado da decisão. As fLs. 13 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos: O §4º do art. 790-B da CLT - Desconsidera a condição de insuficiência de recursos que justificou o benefício. As fLs. 15 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos: As fLs. 17 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos: São estes os fundamentos constitucionais que a PGR utilizou na ADIN 5766 face a sucumbência quanto aoshonorários periciais. Art. 790‐B, § 4º da CLT X Art. 98, § 3º do CPC TESE PRINCIPAL, controle de constitucionalidade na via difusa: Qual é a Norma Mais Favorável ao empregado? Art. 98, §3º do CPC. Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação de Direito Material. Controle de Constitucionalidade na Via Difusa Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. TESE SUBSIDIÁRIA, requerer a aplicação do art. 98, § 1º, V e VI do CPC, pois a CLT é omissa quanto ao que compreende os benefícios da JG. DA OMISSÃO DA CLT QUANTO AO QUE COMPREENDE A JG Art. 98 - CPC - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira; Na omissão da CLT: Art. 769 CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Art. 15 CPC - Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. E os processos em andamento? … Ainda quanto aos Honorários Periciais: Art. 790-B da CLT, § 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. § 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 do CSJT - Regulamenta, no âmbito da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, a responsabilidade pelo pagamento e antecipação de honorários do perito, do tradutor e do intérprete, no caso de concessão à parte do benefício de justiça gratuita. Art. 3º Em caso de concessão do benefício da justiça gratuita, o valor dos honorários periciais, observado o limite de R$ 1.000,00 (um mil reais), será fixado pelo juiz, atendidos: Art. 790-B da CLT, § 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias. OJ 98 da SBDI-2 - MANDADO DE SEGURANÇA. CABÍVEL PARA ATACAR EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO DE HONORÁRIOS PERICIAIS. É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito. REFORMA TRABALHISTA ‐ HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIA NOVIDADE NA CLT Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Art. 791-A, § 4º, CLT - Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. Art. 98 CPC - § 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. As fLs. 19 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos: O §4º do art. 791-A da CLT desconsidera a condição de insuficiência de recursos que justificou o benefício. As fLs. 15 e 17 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos: Art. 791‐A, § 4º da CLT X Art. 98, § 3º do CPC TESE PRINCIPAL, controle de constitucionalidade na via difusa: Qual é a Norma Mais Favorável ao empregado? Art. 98, §3º do CPC. Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação de Direito Material. Controle de Constitucionalidade na Via Difusa Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Procedência Parcial do Pedido OU Procedência Parcial da Ação? Art. 791-A, § 3º, CLT - Na hipótese de procedência parcial (do que?), o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários. Orientação Anamatra: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PROCEDÊNCIA PARCIAL. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. SOMENTE OCORRE SUCUMBÊNCIA PELO RECLAMANTE QUANDO O PEDIDO POR ELE FORMULADO É REJEITADO. O ACOLHIMENTO DO PEDIDO, COM QUANTIFICAÇÃO INFERIOR AO POSTULADO NÃO CARACTERIZA SUCUMBÊNCIA PARCIAL, POIS A VERBA POSTULADA RESTOU ACOLHIDA. Assim, quando o legislador mencionou “sucumbência parcial”, referiu-se ao acolhimento de parte dos pedidos formulados na inicial, o que não se confunde com acolhimento de pedido, porém em quantificação inferior ao que se postulou. TESE SUBSIDIÁRIA, requerer a aplicação do art. 98, § 1º, VI do CPC, poisa CLT é omissa quanto ao que compreende os benefícios da JG. DA OMISSÃO DA CLT QUANTO AO QUE COMPREENDE A JG Art. 98 - CPC - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira; Na omissão da CLT: Art. 769 CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Art. 15 CPC - Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. E os Processos que estão em andamento? Orientação Anamatra: HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. INAPLICABILIDADE AOS PROCESSOS EM CURSO. PRINCÍPIOS DA CAUSALIDADE, DA VEDAÇÃO DA DECISÃO SURPRESA E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Não se pode aplicar a teoria do isolamento dos atos processuais quanto à condenação em honorários de sucumbência no processo do trabalho, por conta da sucumbência recíproca e principalmente pela possibilidade de “compensação” do crédito do trabalhador. Deve ser aplicado o princípio da causalidade, segundo o qual quem deu causa ao processo deve arcar com os honorários de sucumbência. Contudo, o momento de a parte sopesar os riscos do processo é o do ajuizamento da ação. Observância, ainda, do princípio da vedação da decisão surpresa, da garantia inerente ao mínimo existencial e do princípio da dignidade humana. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL. GARANTIA DE NÃO SURPRESA. Em razão da natureza híbrida dos honorários advocatícios (material e processual), a condenação à verba sucumbencial só poderá ser imposta nos processos iniciados após a entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, haja vista a garantia de não surpresa, corolário do princípio constitucional da segurança jurídica; 4º. DOS FATOS: deverá expor os fatos (art. 840, § 1º da CLT), sintetizando os mesmos sempre dividindo por tópicos. INICIAL TRABALHISTA ‐ § 1º art. 840 CLT X INICIAL CÍVEL art. 319 CPC Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS ‐ art. 840, § 1º da CLT X CAUSA DE PEDIR ‐ art. 319 do CPC Art. 319. NCPC - A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; A exposição dos fatos DEVE ser simples e sintética, enquanto a causa de pedir é acoplada à formulação da pretensão, da exigência de algum direito e da motivação. O adjetivo “breve” do § 1º do art. 840 da CLT, não foi lançado a esmo pelo legislador e objetiva realmente desonerar o empregado de maiores detalhamentos técnicos. Tanto que se admite o Pedido Implícito: 1ª – hipótese - Multa do artigo 467 da CLT: Jurisprudência: PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO. MULTA DO ART. 467 DA CLT. A possibilidade de aplicação do "Princípio da Extrapetição" encontra amparo no parágrafo 4º do artigo 461 do CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho nos termos do art. 769 da CLT. E, fato é que referido princípio autoriza o juiz a conferir, de oficio, pedidos não constituídos na inicial, mas que, pela autorização do legislador, podem ser exercidas dentro do seu poder dispositivo, sendo exemplos, a condenação em litigância de má-fé, a multa do artigo 467 da CLT, a correção monetária e os juros. TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO RO 00006904420135020373 SP 00006904420135020373 A28 (TRT-2) Data de publicação: 10/10/2014 Art. 537 nCPC - A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito. 2ª hipótese - Pagamento da reintegração, quando esta se tornar inviável (art. 496, CLT; Súmula 396, II, TST); Súmula nº 396 do TST. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. 3ª hipótese - Juros legais e Correção monetária (Súmula 211, TST); Súmula nº 211 do TST JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação. DICA: Sessão da Tarde – Prof. JOseval e Custódio Nogueira. https://www.youtube.com/watch?v=SBR2BgfFDqw&t=120s 5º ‐ PEDIDO: Trata-se do objeto da Reclamação Trabalhista, sempre com base em cada fato relatado, formulando os pedidos de forma clara e separadamente. A decorrência lógica da narrativa fática deve desaguar no pedido. NOVA REDAÇÃO DO § 1º DO ART. 840 DA CLT No Rito Ordinário, artigo 840, §1º da CLT indica que a inicial deve conter “o pedido”: Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito. No Rito Sumaríssimo, os pedidos também devem ser liquidados. Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo OU determinado e indicará o valor correspondente; O que significa pedido CERTO, DETERMINADO e COM INDICAÇÃO DE SEU VALOR? * CERTO – De forma expressa, com precisão, de conteúdo explícito. (bem da vida); * DETERMINADO (aspectos qualitativos e quantitativos). * INDICAÇÃO DO VALOR (R$ ....,..) E o Pedido Genérico? Da Inépcia da Inicial: Art. 330 do CPC - A petição inicial será indeferida quando: § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: II - o pedido for indeterminado, RESSALVADAS AS HIPÓTESES legais em que se permite o pedido genérico; Rito Ordinário Trabalhista: Art. 789 da CLT - Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo dequatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. § 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas processuais. Rito Sumaríssimo Trabalhista: Épossível sentença ilíquida? O Presidente da República vetou e, o Congresso Nacional não o derrubou o veto: Art. 852- I, § 2º da CLT - (VETADO) não admite sentença condenatória por quantia ilíquida, o que poderá, na prática, atrasar a prolação das sentenças, já que se impõe ao juiz a obrigação de elaborar cálculos, o que nem sempre é simples de se realizar em audiência. Seria prudente vetar o dispositivo em relevo, já que a liquidação por simples cálculo se dará na fase de execução da sentença, que, aliás, poderá sofrer modificações na fase recursal. Jurisprudência: PROCESSO SUMARÍSSIMO – SENTENÇA ILÍQUIDA – ARGUIÇÃO DE NULIDADE DO JULGADO PELO RECLAMADO – NÃO CABIMENTO. A faculdade de proferir sentença líquida insere-se dentro do poder diretivo do Magistrado, segundo preconiza o artigo 765 do Texto Consolidado. Se não houve convencimento do mesmo quanto aos valores apontados pelo reclamante, perfeitamente possível o deferimento de verbas, diferindo a apuração do quantum debeatur para a fase de liquidação de sentença. Ressalte-se que o artigo 852, I da CLT, cujo texto continha a proibição suscitada pelo reclamado foi vetado e, ainda, eventual argüição de vício do julgado caberia somente ao autor e não ao réu, consoante entendimento jurisprudencial sumulado – Súmula 318, do C. STJ. Preliminar rejeitada. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região TRT-15 – Recurso Ordinário: RO 75488 SP 075488/2010 Do Pedido Genérico: Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: 1ª – hipótese: II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato (fato humano) ou do fato (fato não-humano); (ilícito) Não há como apurar a extensão do dano provocado, não há como prever todas as consequencias e prejuízos causados ao autor, torna-se impossível determinar o valor de algo que ainda não foi apurado. Trata-se de pedido que demanda produção de prova pericial, Acidente de Trabalho (Típico ou Atípico), Insalubridade e Periculosidade. Não há como calcular o dano material (pensionamento, dano emergente e lucro cessantes), mas DEVEMOS pedir. Jurisprudência: INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. DANOS EMERGENTES. COMPROVAÇÃO DE VALORES NA FASE DE LIQUIDAÇÃO. A ausência de especificação do pedido é excepcional no contexto da teoria geral do processo. Porém, ao contrário, é comum o pedido genérico em casos de despesas médicas decorrentes de acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais, em que não se vislumbra, desde o ajuizamento da ação, os valores efetivamente devidos em decorrência dos tratamentos médicos (art. 286, II, do CPC). Trata-se de típico caso em que é aplicável, posteriormente, aliquidação por artigos, devendo a parte comprovar os gastos médicos relativos ao tratamento após a condenação. Portanto, não há violação dos artigos apontados. Recurso de revista não conhecido. TST - RECURSO DE REVISTA RR 300004520085150006 (TST) Data de publicação: 02/10/2015 2ª – hipótese: Art. 324, III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. § 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. Quando o reclamante não puder determinar o pedido por estar pendente uma obrigação de fazer imposta ao reclamado que, uma vez descumprida, faz nascer a possibilidade de indenização. Nesse caso como quantificar, a princípio, o valor desta indenização? Interessante para casos de pedido de vínculo de emprego. Jurisprudência: Por interpretação do art. 286, III, do CPC, de aplicação subsidiária é possível a elaboração de pedido genérico quando a especificação do montante devido depender de ato que deve ser praticado pelo réu. Ora, é dever do empregador de manter a documentação da relação de trabalho dada sua maior aptidão à demonstração do regular e correto pagamento dos salários e demais benefícios à empregada, de sorte que o fato da reclamante não especificar "a quantidade de dias em que teria laborado e a reclamada teria considerado de falta, e que teria realizado o desconto salarial" ou “a quantidade de vale-transporte que não lhe teria sido disponibilizada," (pág. 3, ID 5d21399) não são hábeis a impossibilitar o acolhimento da pretensão formulada pela reclamante, como entendido na origem. Ademais, o processo do trabalho é regido pelo princípio da simplicidade, de sorte que é exigida da petição inicial, nos termos do § 1º do art. 840 da CLT, uma breve exposição dos fatos e pedido. TRT-4 - Inteiro Teor. Recurso Ordinário: RO 203022320155040411 RS 0020302-23.2015.5.04.0411 Data de publicação: 20/11/2015 Para ambas as possibilidades apresentar ainda TESE SUBSIDIÁRIA. Súmula nº 263 do TST. PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015). Fundamento Legal para que a Reclamada traga aos autos a Documentação A CLT não regula o tema, sendo aplicável o CPC (art. 769 da CLT). Procedimento: Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder. Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá: I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa; II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa; III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária. Válido inclusive, para a liquidação do pedido face a Reforma Trabalhista. Princípio do Contraditório: Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação. Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade. Decisão do Juízo e seus Efeitos: Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se: I - o requerido tiver obrigação legal de exibir; II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova; III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se: I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398; II - a recusa for havida por ilegítima. Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido. PROTESTO INTERRUPTIVO DA PRESCRIÇÃO: OJ 392 SDBI-1 do TST - PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AJUIZAMENTO DE PROTESTO JUDICIAL. MARCO INICIAL. O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por força do art. 769 da CLT e do art. 15 do CPC de 2015. O ajuizamento da ação, por si só, interrompe o prazo prescricional, em razão da inaplicabilidade do§ 2º do art. 240 do CPC de 2015 (§ 2º do art. 219 do CPC de 1973), incompatível com o disposto no art. 841 da CLT. Jurisprudência: RECURSO DE REVISTA. PRESCRIÇÃO. MARCO INICIAL. PROTESTO JUDICIAL INTERRUPTIVO. A jurisprudência deste Tribunal é firme no sentido de que o protesto judicial interrompe tanto a prescrição bienal quanto a quinquenal, sendo o marco inicial para a contagem do quinquênio prescricional a data do ajuizamento do protesto judicial, e não a propositura da reclamação trabalhista, conforme disposto na Orientação Jurisprudencial nº 392 da SBDI-1 do TST. O protesto judicial interruptivo da prescrição, previsto no artigo 202, inciso II, do Código Civil (artigo 172, inciso II, do CC/1916), é aplicado subsidiariamente no processo do trabalho para interromper o prazo prescricional, posto que omissa a lei processual trabalhista neste sentido e compatível com as normas pertinentes. Assim, admite-se o direito processual comum como fonte subsidiária (artigo 769 da CLT). Na ação de protesto judicial, o requerente deve dizer claramente a finalidade interruptiva da prescrição em curso, isto é, deve declarar expressamente na ação de protesto judicial qual o alegado direito violado pelo empregador, decorrente de contrato de trabalho, conforme prevê o artigo 868 do Código de Processo Civil, quando diz que na petição dirigida ao Juiz o requerente "exporá os fatos e os fundamentos do protesto". Assim, correta a decisão de origem que pronunciou a prescrição das parcelas vencidas e exigíveis anteriores a 05-11-2002, uma vez que o protesto antipreclusivo foi ajuizado em 05-11-2007 (fl. 65). Tribunal Superior do Trabalho TST - RECURSO DE REVISTA: RR 10451420105040661 MODELO PARA PETIÇÃO INICIAL Entende o obreiro que o pedido é certo (adicional de periculosidade), E SERÁ também determinado (pelo período que o nobre perito judicial reconhecer a exposição), quanto a indicação do valor (art. 840, § 1º da CLT), resta prejudicado. É sabido da possibilidade de apresentação do pedido genérico, eis que a CLT é omissa, pois não disciplina o tema. Sabe‐se também que na omissão da CLT (art. 769) aplica‐se o CPC (art. 15) que, regula o pedido genérico, vejamos: Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. E mais, sequer inepto o pedido poderá ser considerado, eis que: Art. 330 do CPC - A petição inicial será indeferida quando: § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: II - o pedido for indeterminado, RESSALVADAS AS HIPÓTESES legais em que se permite o pedido genérico; Portanto, entende o trabalhador que o pedido genérico é sim admitido nesta Especializada. Ressalta‐se que o pedido genérico é admitido na lide cível, aquela Excelência, que cuida de partes em paridade de armas, ou seja, condição absolutamente distinta da lide trabalhista que no dissídio individual, sobretudo na relação de emprego, vigora o princípio protetivo de raiz constitucional prevista no art. 5º caput da CF. Requer portanto, seja aplicado o CPC, posto que omisso o texto laboral, ainda que reformado! Neste seguro norte, verifica-se que a sentença do rito ordinário pode ser ilíquida, vejamos: Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. Art. 789 da CLT - Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. § 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas processuais. No mesmo sentido, a sentença no rito sumaríssimo, também pode ser ilíquida, eis que o Excelentíssimo Senhor Presidente da República, vetou o art. 852, I, § 2º da CLT ante a seguinte mensagem de veto: não admite sentença condenatória por quantia ilíquida, o que poderá, na prática, atrasar a prolação das sentenças, já que se impõe ao juiz a obrigação de elaborar cálculos, o que nem sempre é simples de se realizar em audiência. Seria prudente vetar o dispositivo em relevo, já que a liquidação por simples cálculo se dará na fase de execução da sentença, que, aliás, poderá sofrer modificações na fase recursal. Portanto, se as sentenças NÃO precisam ser liquidadas, razão não há para a liquidação do pedido inicial, no sentido de se indicar o valor que o obreiro pretende ver a Reclamada condenada. Desde modo, o Reclamante indica o valor ao pedido do adicional de periculosidade em 04 (quatro) salários e o proporcional ao pedido do FGTS e demais verbas trabalhistas. Por cautela, insta consignar que o valor apontado, não limita a pretensão da condenação, eis que na Justiça Especializada o valor da causa se presta para determinação de rito (sumário até 02 salários mínimos, sumaríssimo até 40 salários mínimos e ordinário superior aos 40 salários mínimos) E mais, falta a Especializada competência pelo valor da causa como se dá nos Juizados Especiais da Justiça Federal e da Justiça Comum, portanto, o valor ora atribuído ao pedido, não limita a pretensão obreira. Nesse sentido: LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DA CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. O valor dado à causa é atribuído para efeito de alçada, nos termos do artigo 2º, da Lei 5584/70, que dispõe sobre normas de Direito Processual do Trabalho e dá outras providências. O valor da condenação é atribuído, provisoriamente, para efeito de cálculo das custas processuais, a teor do artigo 789, da CLT. Abarca as atualizações e juros, representando virtual expressão econômica do resultado a ser atingido no processo. Assim, o fato de o reclamante ter atribuído à causa um valor líquido não significa que limitou o valor da execução do principal, o qual deve ser apurado em regular liquidação. Recurso do reclamante a que se dá provimento no particular. TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO RO 00007077220145020041 SP 00007077220145020041 A28 (TRT-2) Data de publicação: 09/02/2015 Impende consignar que, no caso dos autos é impossível determinar, desde logo, ou seja, na peça inicial, as consequências do ato ou fato (art. 324, II do CPC), posto que somente o perito judicial é quem poderá demonstrar nos autos se o local de trabalho representa risco de morte ou não e, sobretudo, o período de exposição, condições que impedem a indicação de um valor que o obreiro gostaria de ver a Reclamada condenada. Ainda nesse sentido, resta claro que a determinação do valor da condenação depende de ato que deve ser praticado pela Reclamada (art. 324, III do CPC), eis que torna-se indispensável a juntada dos Programas de Medicina e Segurança do Trabalhador que, por óbvio, encontram-se em poder do empregador. Tanto Excelência que, na peça inicial, de forma absolutamente prudente e responsável o obreiro protestou por provas, na seguinte conformidade: DAS PROVAS Outrossim, requer seja a Reclamada compelida a juntar toda a documentação pertinente ao Reclamante, sendo: Holerites; Fichas de entrega de EPIs com as especificações dos equipamentos, datas de trocas, higienizaçãoe devoluções, do certificado de aprovação dos equipamentos entregues, com a data de expedição e validade, bem como do comprovante de treinamento da Reclamante, com oposição de assinatura da obreira, sempre dentro do prazo de validade indicado pelo fornecedor do equipamento, juntando aos autos 01 (uma) amostra do EPI que fornecia, o que desde já se requer. o PPP (Perfil Profissional Profissiográfico), o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho) e ainda, o laudo de que trata o artigo 160 da CLT. Deverá ainda a Reclamada demonstrar que cumpriu integralmente as obrigações do artigo 157 da CLT, notadamente pela juntada das ordens de serviços para comprovar ter oferecido orientação ao Reclamante sobre o fiel cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho, sem prejuízo de outros que se fizerem necessários ao deslinde da causa. Referido pedido é para que este d. Juízo determine que a Reclamada junte a lista de documentos acima referida, sob pena de não o fazendo ser aplicado os artigos 400 até 403 do nCPC, requerendo seja apontado tal condição na notificação que se expedir a empregadora. Fundamenta ainda, no art. 3º, VII da IN 39 do TST, requerendo aplicação do art. 373, § 1º do nCPC eis que a distribuição dinâmica do ônus da prova, revela-se mais eficaz, já que a excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput, bem como à maior facilidade de obtenção da prova, já referenciada acima, pela Reclamada. Protestando ainda, por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal da Reclamada sob pena de confissão e sem prejuízo de aplicação da Súmula 74, I do Colendo TST, e ainda inquirição de testemunhas, perícia técnica, juntada das provas emprestadas e outras que se fizerem necessárias no decorrer do processo. Esclarece que, justamente, por meio dos documentos requeridos, será possível melhor entender o grau de risco da atividade desenvolvida pelo obreiro, justificando a aplicação do inciso III do art. 324 do CPC, ou seja, justificando a indicação do valor do pedido apresentado neste ato. Esclarece mais, o obreiro requereu inclusive a inversão dinâmica do ônus da prova, agora, com fundamento no art. 818, § 1º da CLT. Ainda neste sentido: AGRAVO DE PETIÇÃO. LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA. VALOR SUPERIOR ÀQUELE ATRIBUÍDO À CAUSA. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AOS LIMITES DO PEDIDO. LIMITE DO MONTANTE EXEQUENDO. 'JULGAMENTO EXTRA PETITA' Alega a agravante que a decisão atacada, violou os artigos 128 e 460 do CPC, configurando julgamento extra petita, uma vez que o juízo da execução teria apurado valor fora dos limites da pretensão do autor. Entende que por ter o autor atribuído à causa o valor de R$24.919,31 (vinte e quatro mil, novecentos e dezenove reais e trinta e um centavos), a decisão atacada que julgou procedente os cálculos no valor de R$30.732,34 (trinta mil setecentos e trinta e dois reais e trinta e quatro centavos), mais o FGTS de R$2.549,77 (dois mil quinhentos e quarenta e nove reais e setenta e sete centavos), teria extrapolado os limites da pretensão. (...) Desta forma, o valor atribuído à causa tratou-se de expectativa parcial do valor da condenação, não limitando o valor a ser alcançado por ocasião da liquidação das obrigações constantes na sentença. O valor apurado, mesmo que superior ao constante na petição inicial, não afronta os limites da lide. Rejeita-se. Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região TRT-18 - AGRAVO DE PETICAO: AP 00003973520105180082 GO No mesmo sentido, a doutrina na lição de Wagner D. Giglio: “Em grande número de litígios, porém, o trabalhador, regra generalíssima reclamante, não tem elementos materiais de informação para determinar o valor exato das verbas pretendidas, porque não arrolou, mês a mês, as horas extras trabalhadas, ou ignora o montante das prestações recolhidas, nas vendas a prazo que efetuou, para saber exatamente o total das comissões que lhe são devidas, para citar dois exemplos. Nesses casos, o pedido, embora certo quanto às verbas, pode não ser determinado quanto ao valor delas, que somente será apurado no decorrer do processo, freqüentemente através de liquidação do julgado. Diz-se, então, que o pedido é genérico.” (in Curso de Direito Processual do Trabalho, p. 179) REFORMA TRABALHISTA – DO ÔNUS DA PROVA REDAÇÃO REVOGADA: Art. 818 – A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. NOVA REDAÇÃO: Art. 818. O ônus da prova incumbe: I – ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; (DEFESA DE MÉRITO DIRETA) II – ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante. (DEFESA DE MÉRITO INDIRETA) § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. § 2º A decisão referida no § 1º deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido. § 3º A decisão referida no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. A CONTESTAÇÃO DE MÉRITO PODERÁ SER DIRETA OU INDIRETA Será contestação de Mérito Direta quando o empregador NEGAR o fato constitutivo do direito do empregado, ou seja, aquele que foi narrado na exordial para sustentar o pedido. Fato Constitutivo é o fato capaz de produzir o direito que a parte pleiteia. Aqui o ônus da prova é do empegado, conforme art. 818 da CLT – O ônus da prova incumbe: I – ao reclamante, quanto ao fato constitutivo do seu direito; PETIÇÃO INICIAL Os fatos narrados na inicial são os que constituem o direito pretendido do Reclamante. Fatos Constitutivos. CONTESTAÇÃO (CONTESTAÇÃO DE MÉRITO DIRETA) Quando a Reclamada Negar o Fato Constitutivo do direito do Reclamante. O fato constitutivo neste caso, é o controvertido e, portanto, o ônus da prova é do Reclamante. Exemplo: PETIÇÃO INICIAL Trabalhou na Reclamada Sem Registro. CONTESTAÇÃO NUNCA trabalhou na Reclamada. A contestação simplesmente NEGA o fato CONSTITUTIVO da inicial. Portanto o ônus da prova é do Reclamante. Jurisprudência: PEDIDO DE CONDENAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO SEGUNDO RÉU. CONTESTAÇÃO QUE NEGA QUE A AUTORA TENHA PRESTADO SERVIÇOS EM FACE DO SEGUNDO RECLAMADO. ÔNUS DA PROVA DA RECLAMANTE DE QUE SE ATIVOU EM FAVOR DO TOMADOR DE SERVIÇOS. Em contestação, foi negada a prestação de serviços da autora em face do segundo demandado. Considerando a defesa direta de mérito (negativa do fato constitutivo), cabia à autora a prova do fato constitutivo, mas desse ônus não se desincumbiu. Recurso a que se dá provimento para julgar improcedentes os pedidos em face do segundo réu, excluindo-o da condenação. TRT-1 – RECURSO ORDINÁRIO RO 00117205720145010571 RJ (TRT-1) Será contestação de Mérito Indireta quando a Reclamada NEGAR o fato constitutivo do direito do autor e apresentar na contestação um fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do Reclamante. Aqui o ônus da prova é do empregador, conforme artigo 818, II da CLT – O ônus da prova incumbe: II – ao reclamado, quanto a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor; A contestaçãoapresenta um fato IMPEDITIVO de direito do autor. Portanto o ônus da prova é da Reclamada, pois o fato do empregado e paradigma trabalharem na empresa é fato incontroverso. INICIAL Fazia as mesmas funções que o paradgma e recebia menos CONTESTAÇÃO Quando o autor foi contratado o paradgima contava com mais de dois anos de função. Jurisprudência: EQUIPARAÇÃO SALARIAL ALEGAÇÃO DE FATO IMPEDITIVO. ÔNUS PROBATÓRIO DA RECLAMADA. Consoante prescrevem as regras de distribuição do ônus da prova, em arguindo a reclamada fato impeditivo do direito postulado pelo reclamante, seu é o encargo de demonstrar a veracidade dos fatos, sob pena de, dele não se desincumbindo, ver julgada procedente a ação. (TRT-7 – RO: 15651220105070007 CE 0001565-1220105070007, Relator: ANTONIO MARQUES CAVALCANTE FILHO, DEJT) Quando a contestação apresentar um fato MODIFICATIVO de direito do autor. Portanto o ônus da prova é da Reclamada porque o fato ficou incontroverso, pois houve trabalho sim e o empregador CHAMOU a obrigação de comprovar a relação de trabalho. O ônus da prova inicialmente era do empregado e agora é do empregador. INICIAL Trabalhou na Reclamada sem Registro (R.E.) CONTESTAÇÃO Trabalhou na Reclamada como autônomo (R.T.) Jurisprudência: VÍNCULO DE EMPREGO. ÔNUS DA PROVA. Ao admitir a prestação de serviços e negar a relação de emprego, a ré apresenta contestação de mérito indireta, ou seja, aceita o fato constitutivo (trabalho executado) e alega fato modificativo (mas não na forma de relação de emprego), cabendo-lhe, portanto, o ônus da prova (Art. 818 da CLT cc Art. 333, I do CPC). (TRT-2 – RO: 00016294620115020065 SP 00016294620115020065 A28, Relator: ANTERO ARANTES MARTINS, 6ª TURMA) Quando a contestação apresentar um fato EXTINTIVO de direito do autor. Portanto o ônus da prova é da Reclamada porque o fato ficou incontroverso, o empregador CHAMOU a obrigação de comprovar o pagamento. O ônus da prova inicialmente era do empregado e agora é do empregador. INICIAL Fez horas extras e não recebeu CONTESTAÇÃO As horas extras foram pagas Jurisprudência: HORAS EXTRAS. DEFESA COM ALEGAÇÃO DE FATO EXTINTIVO. DEMONSTRAÇÃO ARITMÉTICA DA QUITAÇÃO OU COMPENSAÇÃO. ÔNUS DA RECLAMADA. Alegado em defesa, fato extintivo, ou seja, de que as horas extras eram integralmente quitadas ou compensadas, o ônus da prova se direciona à reclamada (artigo 818 da CLT c/c artigo 333, II do CPC), a quem incumbe, assim, demonstrar e justificar aritmeticamente, ainda que por amostragem, que as horas extras do período de vigência do contrato de trabalho, tal como alegado, foram quitadas (fato extintivo). Recurso patronal improvido. (TRT-2 – RO: 6393920125020 SP 00006393920125020447 A28, Relator: RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS, 4ª TURMA) A Contestação determina de quem é o Ônus da Prova: CONTESTAÇÃO Ônus da Prova de Mérito Direta do Reclamante CONTESTAÇÃO Ônus da Prova de Mérito Indireta da Reclamada
Compartilhar