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APOSTILA - Técnicas radiologicas ll

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Técnicas Radiológicas II 
 
2 
 
ESÔFAGO E ESTÔMAGO 
 
ANATOMIA RADIOLÓGICA 
SISTEMA DIGESTIVO 
 
 O Sistema digestivo inclui todo o canal 
alimentar e vários órgãos acessórios. O canal alimentar 
começa na (1) cavidade oral (boca), continua como (2) 
faringe, (3) esôfago, (4) estômago, (5) intestino delgado e (6) 
intestino grosso, que termina como (7) ânus. 
Os órgãos acessórios da digestão incluem 
glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar. 
A anatomia e o posicionamento das partes (1) cavidade oral, 
a (5) duodeno, serão discutidos neste capitulo. Funções: O 
sistema digestivo realiza três funções primárias: 
1. A primeira é a ingestão de água, vitaminas e minerais, mais 
a ingestão e digestão de alimento. O alimento é ingerido na 
forma de carboidratos, lipídios e proteínas. Estes grupos 
alimentares complexos devem ser decompostos ou digeridos 
de forma que possa haver absorção. 
2. A segunda é a absorção de partículas de alimento 
digeridas, juntamente com água, vitaminas e elementos 
essenciais do canal alimentar para os capilares sanguíneos 
ou linfáticos. 
3. A terceira é a eliminação de qualquer material não utilizado 
na forma de escórias semi-sólidas. 
Procedimentos radiológicos comuns 
Dois procedimentos radiológicos comuns que 
envolvem o sistema gastrointestinal alto são apresentados 
neste capitulo. Procedimentos radiológicos comuns são 
aqueles exames realizados rotineiramente em grandes e 
pequenos departamentos de radiologia, bem como em 
determinadas clinicas e consultórios médicos. Estes exames 
radiológicos comuns envolvem a administração de um meio 
de contraste. 
1. Esofagografia ou Deglutição de Bário: 
- Estudo da faringe e do esôfago. 
O exame radiológico especifico da faringe e do esôfago é 
denominado esofagografia ou deglutição de bário. Este 
procedimento estuda a forma e a função da deglutição ao 
nível da faringe e do esôfago. 
2. Seriografia Gastrointestinal Alta (GIA) (GI Alta): 
- Estudo do esôfago distal, estômago e duodeno. 
O procedimento designado para estudar o esôfago distal, 
estômago e duodeno em um exame é denominado seriografia 
gastrointestinal alta. Outras designações da seriografia 
gastrointestinal alta incluem GIA, alta, GI ou, mais 
comumente, GI alta. A radiografia PA de uma seriografia GI 
alta é mostrada na figura ao lado. O sulfato de bário misturado 
a água é o contraste preferido para todo o canal alimentar. A 
área de densidade negativa (branca) na radiologia indica a 
área do estômago e do duodeno com sulfato de bário. 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
3 
Cavidades que se Comunicam com a Faringe 
O desenho na figura, ao lado ilustra que há sete 
cavidades ou aberturas que se comunicam com as três porções da 
faringe. As duas cavidades nasais e as duas timpânicas conectam-se 
a nasofaringe. As cavidades timpânicas dos ouvidos médios unem-se 
a nasofaringe através das tubas auditivas ou de Eustáquio (não 
mostradas neste desenho). 
A cavidade oral (boca) comunica-se posteriormente com 
a orofaringe. Inferiormente, a laringofaringe conecta-se as aberturas 
da laringe e do esôfago. 
 
ESÔFAGO 
A terceira parte do canal alimentar é o esôfago, um canal 
muscular, com cerca de 25 cm de comprimento, que se estende da 
laringofaringe até o estômago. Ele começa posterior no nível da borda 
inferior da cartilagem cricóide da laringe (C5-6), que está em nível da 
margem superior da cartilagem tiróide. Termina em sua conexão com 
o estômago, ao nível da décima primeira vértebra torácica (T11). 
A aorta torácica descendente situa-se entre o esôfago 
distal e a porção inferior da coluna torácica. O coração, dentro de seu 
saco pericárdico, situa-se imediatamente posterior ao esterno, anterior 
ao esôfago e superior ao diafragma. 
O esôfago é essencialmente vertical quando desce até o 
estômago. Este tubo de deglutição é a parte mais estreita de todo o 
canal alimentar. Ele é mais estreito, primeiro, em sua extremidade 
proximal onde entra no tórax, e, segundo, onde atravessa o diafragma 
na abertura ou hiato esofágico. Perfura o diafragma ao nível T10. 
Imediatamente antes de atravessar o diafragma, o esôfago apresenta 
uma dilatação distinta, conforme mostrado na figura ao lado. 
Á medida que o esôfago desce dentro da face posterior 
do mediastino, há dois entalhes. Um ocorre no arco aórtico e o 
segundo, no ponto onde o esôfago cruza o brônquio fonte esquerdo. 
A porção inferior do esôfago situa-se próxima das faces 
posteriores do coração. 
 
Aberturas do Diafragma 
O esôfago atravessa o diafragma ligeiramente à 
esquerda e um pouco posterior ao ponto médio do diafragma. O 
desenho à direita representa a superfície inferior do diafragma e 
indica as posições relativas do esôfago, da veia cava inferior e da 
aorta. 
O desenho à direita na mesma figura (pag. 189,1ºdes.) 
mostra a curta porção abdominal do esôfago abaixo do 
diafragma. O segmento abdominal do esôfago, 
denominado antro cardíaco, mede entre 1 e 2 cm. O 
antro cardíaco curva-se subitamente a esquerda após 
atravessar o diafragma para fixar-se ao estômago. 
A abertura entre o esôfago e o estomago é 
chamado de junções esofagogástrica (óstio cardíaco). 
Cardíaco é um adjetivo que designa uma relação com o 
coração; portanto, o antro cardíaco e o óstio cardíaco 
estão localizados próximos do coração. A junção do 
estomago como esôfago normalmente esta 
seguramente fixada ao diafragma, de forma que a 
porção superior do estômago tende a acompanhar os 
movimentos respiratórios do diafragma. 
 
 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
4 
Deglutição e Peristalse 
O esôfago contém camadas bem 
desenvolvidas de músculo esquelético (circular e 
longitudinal) em seu terço superior, músculos esquelético e 
liso em seu terço médio, e músculo liso em seu terço 
inferior. Ao contrario da traquéia, o esôfago, é um tubo 
colabável que só se abre quando ocorre deglutição. O 
processo de deglutição continua nele após originar-se na 
boca e na faringe, os líquidos tendem a ir à boca e faringe 
para o estômago basicamente por gravidade. Um bolo de 
material sólido tende a passar por gravidade e peristalse. 
 Peristalse é uma serie de contrações 
musculares, semelhantes a ondas, que impulsionam 
materiais sólidos e semi-sólidos através do canal alimentar 
tubular. O bolo de sulfato de bário, observado no esôfago, 
está descendendo para o estômago por gravidade e por 
peristalse. 
O esôfago também é observado cheio de bário 
com uma contração peristáltica normal na porção inferior. 
Este paciente também possui um marca-passo na porção 
médio-superior do tórax. O acumulo de bário no estômago é 
observado em ambas estas radiografias. 
 
ESTÔMAGO 
O estômago, localizado entre o esôfago e o 
intestino delgado, é a porção mais dilatada do canal alimentar. 
Quando vazio, tende a colabar. Quando recebe o alimento e o 
liquido deglutidos, expande significativamente. Após uma 
refeição muito grande, o estômago distender-se-á até um 
ponto que pareceria ser quase o ponto de rotura. 
Os sinônimos de estômagos são as palavras 
ventriculus, do latim, que significa “pequeno ventre”, e gaster, 
do grego “estômago”. Gastro é um termo comum que significa 
estômago. 
Como o formato e a posição do estômago, são 
altamente variáveis, o formato e a localização médios serão 
utilizados nas ilustrações a seguir, e as variações serão vistas 
posteriormente. 
Abertura e curvaturas do estômago 
A junção esofagogástrica (óstio cardíaco) é a 
abertura entre o esôfago e o estômago, protegida por 
músculos circularesdo esfíncter cardíaco. Esta abertura (a 
junção esofagogástrica) na pratica é comumente denominada 
óstio cardíaco e refere-se à relação deste orifício com aquela 
parte do diafragma próxima do coração sobre a qual este 
repousa. Diretamente acima deste orifício a uma incisura 
chamada de incisura cardíaca. Esta porção abdominal distal 
do esôfago curva-se subitamente em uma porção levemente 
expandida do esôfago denominada antro cardíaco. 
A abertura ou o orifício que deixa a porção distal 
do estômago e designada óstio pilórico, algumas vezes 
chamado apenas de piloro. O esfíncter pilórico neste orifício 
muscular espesso que relaxa periodicamente durante a 
digestão para permitir que o conteúdo gástrico passe para a 
primeira parte do intestino delgado, o duodeno. 
A pequena curvatura, que se estende ao longo 
da borda direita ou medial do estômago, forma uma borda 
côncava à a medida que se situa entre as aberturas cardíacas 
e pilórica. 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
5 
A grande curvatura estende-se ao longo da borda 
direita ou medial do estômago. A grande curvatura é quatro a 
cinco vezes mais longa que a pequena. 
Subdivisões do Estômago. 
O estômago é composta de três subdivisões 
principais: o fundo, o corpo, porção pilórica. O fundo é aquela 
porção alargada situada ao lado e acima do óstio cardíaco. A 
porção superior do estômago, incluindo o antro cardíaco do 
esôfago, está relativamente fixada ao diafragma e tende a 
deslocar-se com o movimento do diafragma. Na posição 
ortostática, o fundo é geralmente preenchido de ar deglutido. 
A extremidade inferior do corpo gástrico tem uma 
área parcialmente contraída que separa o corpo da porção 
pilórica do estômago. Esta incisura ou área anular contraída é 
denominada incisura angular. 
A porção terminal menor do estômago à direita ou 
medial à incisura angular é a região pilórica do estômago que 
termina no esfíncter ou óstio pilórico. 
A porção pilórica do estômago é freqüentemente 
dividida em duas partes, (1) o antro pilórico, mostrado como uma 
pequena dilatação imediatamente distal à incisura angular, e (2) 
o canal pilórico estreitado, que termina no esfíncter pilórico. 
 
Pregas Gástricas - Rugas 
Quando o estômago esta vazio, o revestimento 
interno forma numerosas pregas longitudinais denominadas 
pregas gástricas, comumente chamadas de rugas. Acredita-se 
que o canal gástrico, formado por rugas ao longo da pequena 
curvatura, conduza os líquidos diretamente para o piloro. 
 Posição do Estômago 
 A ilustração ao lado mostra a orientação típica do 
estômago médio, vazio na incidência frontal e lateral. O fundo, 
além de ser a porção mais superior do estômago, está localizado 
posterior ao corpo do estômago. O corpo pode ser observado 
curvando-se inferior do corpo gástrico. 
 
Distribuição de Ar-Bário no Estômago 
Se um indivíduo bebesse uma mistura de sulfato de 
bário e água, juntamente com algum ar, a posição do corpo da 
pessoa determinaria a distribuição do bário e do ar dentro do 
estômago. As ilustrações mostram o ar como preto e a mistura 
de sulfato de bário como branco. 
O desenho à direita representa o estômago de uma 
pessoa em decúbito dorsal. Nesta posição, o bário seguirá para 
o fundo e as porções superiores do estômago, enquanto o ar 
ascenderá até a extremidade distal do estômago incluindo a 
porção pilórica. 
Ao se estudarem radiografias do estômago que 
contém ar e sulfato de bário em decúbito, pode-se determinar a 
posição do paciente pelas localizações relativas de ar em 
relação ao bário. 
O desenho do meio mostra o estômago de uma pessoa em decúbito ventral. 
Como o fundo sita-se mais posterior que a porção inferior do corpo do estômago, o ar será 
encontrado basicamente no fundo,enquanto o bário descerá para a parte inferior do corpo e 
para a porção pilórica do estômago. 
O desenho à esquerda representa o estômago de uma pessoa em posição 
ortostática. Nesta posição, o ar ascenderá para ocupar o fundo, enquanto o bário descerá pela 
ação da gravidade para ocupar a porção pilórica do estômago. 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
6 
O revestimento de ar-bário tenderá a ser uma linha reta na posição ortostática em 
comparação com as posições de decúbito ventral e dorsal. 
 
 
DUODENO 
A quinta e ultima parte do Sistema GI alto a ser 
estudada é o duodeno, a primeira porção do intestino delgado. 
Como o duodeno é examinado radiologicamente durante a 
seriografia GI alta de rotina, será estudado, enquanto o restante 
do intestino delgado será estudado com o sistema GI baixo. 
O duodeno tem cerca de 25 cm de comprimento e é 
porção mais curta, mais larga e mais fixa do intestino delgado. 
O desenho na figura ao lado demonstra que o 
duodeno em forma de C está intimamente relacionado à cabeça 
do pâncreas. A cabeça do pâncreas, aninhada na alça em C do 
duodeno, foi afetuosamente denominada por determinados 
autores o “romance do abdome”. 
O duodeno e o pâncreas são estruturas 
retroperitoneais, isto é, estão localizados atrás do peritônio 
parietal, conforme descrito e ilustrado no próximo capitulo sobre o 
sistema GI baixo. 
 
Quatro Partes do Duodeno 
O duodeno tem o formato de uma letra C e consiste 
em quatro partes. A primeira porção (superior) começa no piloro. 
A primeira parte da porção superior é denominada bulbo 
duodenal. Tem formato algo semelhante ao da ponta de uma 
seta. O bulbo duodenal é facilmente localizado durante estudos 
com bário de trato GI alto e deve ser cuidadosamente estudado, 
pois esta área é um local comum de úlcera. 
A segunda parte do duodeno é a segunda porção 
(descendente), o segmento mais longo. A porção descendente do 
duodeno recebe o ducto colédoco e o ducto pancreático principal. 
A terceira parte do duodeno é chamada de terceira 
porção (horizontal). Esta porção curva-sede volta para a 
esquerda a fim de unir-se ao segmento final, designado quarta 
porção (ascendente). A junção do duodeno com a segunda 
porção de intestino delgado, o jejuno, é denominada flexura 
duodenojejunal (ãngulo de Treitz). Esta porção é relativamente 
fixa e mantida no lugar por uma faixa muscular fibrosa, o 
ligamento de Treitz. Este é um ponto de referência importante em 
determinados estudos radiológicos do intestino delgado. 
 
 
REVISÃO DE ANATOMIA 
Radiografia do Estômago e Duodeno 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
7 
Esta radiografia PA do estômago e duodeno 
proporciona boa revisão de importante anatomia radiológica. 
Identificar as estruturas legendadas na radiografia da figura ao 
lado e comparar suas respostas com aquelas relacionadas a 
seguir: 
A. Esôfago distal. 
B. Arca da junção esofagogástrica (óstio cardíaco) 
C. Pequena curvatura do estômago. 
D. Incisura angular do estômago. 
E. Porção pilórica do estômago. 
F. Válvula ou esfíncter pilórico. 
G. Bulbo duodenal. 
H. Segunda porção (descendente) do duodeno. 
I. Corpo do estômago. 
J. Grande curvatura do estômago. 
K. Pregas gástricas ou rugas. 
L. Fundo do estômago. 
Nota: Uma constricção patológica denominada “anel de Schatzke” é evidente no esôfago distal 
(ver seta). (figura acima). Este é um tipo de hérnia de hiato no 
qual a junção esofagogástrica herniou através da abertura 
diafragmática. 
 
SEMELHANÇAS 
Os procedimentos ou exames radiológicos de todo 
o canal alimentar são semelhantes em três aspectos gerais. 
Em primeiro lugar, como a densidade do trato GI é comparável à 
dos tecidos que o circunda, deve ser adicionado algum tipo de 
meio de contraste para visualizar estas estruturas. Comumente, 
as únicas partes do canal alimentar que podem ser observadas 
em radiografias simples são o fundo do estômago (na posição 
ortostática) devido à bolha de ar gástrica, e as partes do 
intestino grosso devido à presença de ar e acúmulos de matéria 
fecal. 
A maior parte docanal alimentar simplesmente 
funde-se com as estruturas adjacentes e não pode ser 
visualizada sem o uso de contraste. Este fato é ilustrado ao se 
comparar uma radiografia simples do abdome a uma radiografia de seriografia GI alta utilizando 
sulfato de bário como contraste. Uma segunda semelhança é que o estágio inicial de cada 
exame radiológico do canal alimentar é realizado utilizando fluoroscopia. A fluoroscopia permite 
que o médico interessado observe o trato GI em movimento, 
faça radiografias durante o decorrer do exame e determine o 
curso de ação mais apropriado para realizar o exame radiológico 
completo. E absolutamente essencial para o exame radiológico 
do trato GI alto que seja possível visualizar órgãos em 
movimento e isolar estruturas anatômicas. As estruturas nesta 
área assumem grande variedade de formatos e tamanhos 
dependendo do biótipo, da idade e de outras diferenças 
individuais. 
Além disso, a atividade funcional do canal alimentar 
exibe grande variedade de diferenças consideradas dentro dos 
limites normais. Alem destas variações, existe um grande 
numero de condições anormais que tronam importante que 
estes órgãos sejam visualizados diretamente por fluoroscopia. 
Uma terceira semelhança é que são realizadas 
radiografias durante e após o exame fluoroscópico de quaisquer 
partes especificas do canal alimentar para fornecer um registro 
permanente dos achados normais ou anormais. 
 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
8 
MEIOS DE CONTRASTE 
Meios de contraste radiotransparentes 
e radiopacos são utilizados para tomar o trato GI 
visível radiologicamente. Meios de contraste 
radiotransparentes ou negativos incluem ar 
deglutido, cristais de CO2, e a bolha de gás 
normalmente presente no estômago. Os cristais de 
carbono citrato de cálcio e magnésio são usados 
mais comumente na produção de CO2. 
Nota: Os meios de contraste radiopacos absorvem 
mais raios X, e os meios radiotrasparentes 
absorvem menos, tornando as estruturas 
preenchidas por estes meios de contraste mais 
visíveis que os tecidos adjacentes. 
Sulfato de Bário (Bário) 
O meio de contraste positivo ou 
radiopaco mais comum usado para visualizar o 
sistema gastrointestinal é o sulfato de bário, 
(BaSO4), comumente denominado apenas bário. 
Como ilustrado na figura acima, o sulfato de bário 
é uma substância pulverizada, semelhante a giz. 
Em pó e misturado à água antes de ser ingerido 
pelo paciente. Esta substância especifica, que é um 
sal de bário, é relativamente inerte em virtude de 
sua extrema insolubilidade em água e outras 
soluções aquosas tais como ácidos. Todos os 
outros sais de bário tendem a ser tóxicos ou venenosos para o sistema humano. Portanto, o 
sulfato de bário usado em departamentos de radiologia deve 
ser quimicamente puro. 
Uma mistura de sulfato de bário e água forma 
uma suspensão coloidal, não uma solução. Para ser uma 
solução, as moléculas da substância adicionadas à água 
devem realmente dissolver-se nela. 
O sulfato de bário nunca se dissolve em água. 
Entretanto na suspensão coloidal (como sulfato de bário e 
água), as partículas suspensas na água podem tender a 
precipitar quando permanecem em repouso por um período. 
A radiografia da figura ao lado mostra copos de 
quatro marcas diferentes de bário que foram misturados nas 
mesmas proporções de água e sulfato de bário (1:1) e 
depois ficaram em repouso por 24 horas. Como foram 
usadas diferentes marcas de sulfato de bário, 
alguns copos mostram maior precipitação que os 
outros. Isso demonstra que quando o sulfato de 
bário e a água são misturados antes do necessário, 
cada copo deve ser bem agitado antes do uso. 
Existem muitas preparações 
comerciais especiais de sulfato de bário. A maioria 
contém esta substância finamente dividida em um 
agente de suspensão especial, de forma que estas 
preparações tendem a resistir à precipitação e, 
portanto, permanecem mais tempo em suspensão. 
Entretanto, cada uma destas suspensões deve ser 
bem misturada antes do uso. Várias marcas 
possuem diferentes odores e sabores, como chocolate, chocolate maltado, baunilha, limão, 
lima ou morango. 
 
 
BÁRIO FINO 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
9 
O sulfato de bário pode ser preparado ou comprado em uma mistura relativamente 
fina ou espessa: A mistura de sulfato de bário fino e água, ilustrada na figura abaixo) contém 
uma parte de BaSO4 para uma parte de água. O bário fino tem a consistência de um milk shake 
fino e usado para estudar todo o trato GI. 
A mortalidade, ou velocidade com que o sulfato de bário atravessa o trato GI, 
depende do meio de suspensão e de aditivos, da temperatura e da consistência da preparação, 
bem como da condição geral do paciente e do trato GI. É mais importante misturara 
preparação exatamente de acordo com as preferências do radiologista e o protocolo do 
departamento. Quando a mistura está fria, o sabor de giz é muito menos desagradável. 
 
Bário Espesso 
O bário espesso contém três ou quatro partes de BaSO4 para uma parte de água e 
deve ter consistência de cereal cozido. O bário espesso e mais difícil de ser engolido, mas é 
bem adequado para uso no esôfago. Pois desce lentamente e tende a revestir a mucosa. 
 
Contra-indicações ao sulfato de Bário 
As misturas de sulfato de bário são contra-indicadas 
se houver qualquer chance de que elas possam escapar para a 
cavidade peritoneal. Isso pode ocorrer através de uma víscera 
perfurada ou no ato cirúrgico se este suceder o procedimento 
radiológico. Em qualquer destes dois casos, deve ser usado 
contraste iodado, hidrossolúvel. Um exemplo deste tipo é o MD-
Gastroview®, mostrado na figura ao lado em um frasco de 240 ml. 
Outros exemplos são o Gastrogranfin® ou Hypaque Oral®, todos 
os quais podem ser facilmente removidos por aspiração antes da 
cirugia ou durante esta. Se qualquer uma destas substâncias 
hidrossolúveis passar para a cavidade peritoneal, o corpo pode 
absorvê-la facilmente. Por outro lado, o sulfato de bário não será 
absorvido e deverá ser removido pelo cirurgião de qualquer lugar 
em que seja encontrado fora do canal alimentar. 
Uma desvantagem dos materiais hidrossolúveis é seu 
sabor amargo. Embora estes meios de contraste iodados algumas 
vezes sejam misturados a refrigerantes para mascarar o sabor, freqüentemente são usados da 
forma natural ou diluídos com água. O paciente deve ser advertido de que o sabor pode ser 
ligeiramente amargo. 
Advertência: O contraste iodado hidrossolúvel não deve ser usado se o paciente for sensível 
ao iodo. 
Também foi descrito que um pequeno número de pacientes é hipersensível ao 
sulfato de bário. Embora isso seja raro, o paciente deve ser observado quanto a quaisquer 
sinais de reação alérgica. 
 
Duplo Contraste 
O uso de técnicas de duplo 
contraste foi amplamente empregado para 
auxiliar no diagnostico de determinadas 
doenças. Alguns departamentos também 
estão realizando esofagografias com duplo 
contraste. O uso de técnicas de duplo 
contraste que empregam meios de 
contraste radiotransparentes e radiopacos 
foi desenvolvido no Japão, onde há 
elevada incidência de carcinoma de 
estômago. 
O meio de contraste radiopaco 
é o sulfato de bário. É usado bário de alta 
densidade para proporcionar bom 
revestimento da mucosa gástrica. 
Freqüentemente o departamento fornece 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
10 
um corpo de sulfato de bário. Pré-medido, comercialmente produzido, no qual o tecnológico 
necessita apenas acrescentar água e misturar bem. 
O meio de contraste radiotransparente é o ar ambiente ou dióxido de carbono. 
Para introduzir o ar ambiente, são feitos pequenos orifícios com alfinete no canudo usado pelo 
paciente. À medida que ele bebe a mistura de bário, o ar entra. 
O dióxido de carbono é criado quando o paciente ingere cristais produtores degás. Duas formas comuns destes cristais são citrato de cálcio e magnésio. Após chegar ao 
estômago, estes cristais formam uma grande bolha de gás. O gás força o sulfato de bário 
contra a mucosa gástrica, proporcionando melhor revestimento e visibilidade da mucosa e seus 
padrões (figura ao lado, pag.195, fig.2). Possíveis pólipos, divertículos e úlceras serão mais 
bem demonstrados com a técnica de duplo contraste. 
 
Eliminação Pós-exame (Defecação) 
Uma das funções normais do intestino grosso é a absorção de água. Qualquer mistura de 
sulfato de bário que permaneça nele após uma seriografia GI alta ou um enema baritado pode 
endurecer e tornar-se algo solidificada no intestino grosso, e, conseqüentemente, pode tornar-
se difícil de ser eliminada. Alguns pacientes podem necessitar de um laxativo após estes 
exames para ajudar a remover o sulfato de bário. S eos laxativos são contra-indicados, o 
paciente deve ingerir líquidos ou usar óleo mineral até que as fezes estejam livres de todos os 
resíduos de branco. 
 
EQUIPAMENTO DE RADIOGRAFIA-FLUOROGRAFIA 
Unidade de Fluoroscopia Geral 
 
Durante a fluoroscopia, o observador é 
capaz de posicionar uma parte de forma que a anatomia 
em questão possa ser mais bem observada isolando-a 
de imagens sobrejacentes indesejáveis. A unidade 
fluoroscópica é equipada com um dispositivo para 
seriografias a fim de registrar de forma permanente 
imagens ótimas. Chassis de vários tamanhos podem ser 
deslocados para a posição no intuito de permitir uma 
exposição radiológica convencional, fotocronometrada. 
Quando está sendo realizada fluoroscopia, estes 
chassis estão em uma posição estacionada protegida 
por chumbo dentro da unidade fluroscópica. 
Uma unidade convencional de associação 
radiografia-fluorografia (R/F) é ilustrada ao lado. O tubo 
de fluoro raios x está localizado sob a mesa. A sala de fluoroscopia moderna para fins gerais é 
equipada com vários dispositivos eletrônicos. Estes 
incluem um intensificador de imagem e dispositivo para 
imagem de detalhes que se movem á medida que a 
mesa é inclinada para cima ou para baixo. A imagem 
eletronicamente realçada pode ser vista com um sistema 
óptico de espelhos de visualização direta ou com um 
monitor de televisão. 
Fluoroscopia por televisão: o equipamento 
mostrado ao lado inclui sistema de monitor por televisão. 
O tubo de captura de imagem (câmera de televisão) 
geralmente está localizado na torre da unidade de 
fluoroscopia em combinação com intensificador de 
imagem. O sistema de televisão é muito mais versátil e 
mais aceito que a visualização direta com o sistema de 
espelhos. Como estes sistema de televisão são sempre 
de circuito fechado, também podem ser colocados monitores fora da sala de fluoroscopia para 
observação simultânea durante o exame. 
Seriografias ou Cinefluorografia: Alguns sistemas fluoroscópicos também utilizam uma 
câmera de seriografias para seriografias (pequenas radiografias de detalhes fixas feitas em 
filme de 105 mm) ou cineflurografias (múltiplas imagens expostas em sucessão vistas como 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
11 
filme). Estas seriografias ou cinefluorografias 
são gravadas pela câmera de detalhes no lado 
de saída do intensificador de imagens, 
enquanto os filmes de detalhes convencionais 
feitos em chassis de 18 x 24 cm ou de tamanho 
semelhante são imagens diretas obtidas do 
lado de entrada do intensificador de imagens 
(figura acima). Portanto, as seriografias não 
usam o intensificador de imagens e não 
possuem o brilho do filme de detalhes e 
imagens em filme. 
 As câmeras de detalhes são 
semelhantes às de cinema, mas a freqüência 
de imagens é menor e o tamanho do filme é 
maior. Estas câmeras de detalhes geralmente são de 16 mm ou 35 mm, ou com um filme de 
70, 90 ou 105 mm (largura do filme).* Os quadros podem ser ajustados de uma única 
exposição (fotos) a 6 ou 12 quadros por segundo (filme). A obtenção de imagens com câmeras 
de detalhes tornou-se possível fluoroscópicas mais brilhantes resultantes do uso de 
intensificação de imagem. 
 
Intensificação de Imagem 
A fluoroscopia convencional inicial possuía duas grandes limitações: (1) a imagem 
era inferior e (2) a quantidade de luz emitida impedia o uso de visão à luz do dia ou fotópica. 
Isso exigia o uso de óculos coloridos pelo radiologista antes do inicio da fluoroscopia a fim de 
adaptar os olhos para a imagem de baixo nível de iluminação. No inicio da década de 1950, a 
invenção do intensificador de imagem revolucionou a fluoroscopia. 
O intensificador de imagem utiliza a radiação que atravessa o paciente e realça a 
imagem resultante por tornar, eletronicamente, esta imagem 1.000 a 6.000 vezes mais 
brilhante que as antigas técnicas de fluoroscopia. A imagem produzida através de 
intensificação de imagem é suficientemente brilhante para ser observada com visão fotópica na 
diurna. As luzes da sala são diminuídas e o exame fluroscópico é realizado em um ambiente 
confortavelmente iluminado. 
O intensificador de imagem está localizado na torre de fluoroscopia acima do 
tampo da mesa, enquanto o tubo de raio x está localizado sob o da mesa (figura acima). 
 
PROTEÇÃO PROFISSIONAL DURANTE A FLUOROSCOPIA 
 
Padrões de Exposição Os padrões de exposição e as doses 
relacionadas aos procedimentos fluoroscópicos.Indicando onde 
o técnico, ou o radiologista, deve ou não ficar dentro da sala. 
A Figura demonstra esses padrões de exposição, 
que chamam a atenção do técnico assistente para que não 
fique próximo à mesa em nenhum dos lados do radiologista, 
mas que fique atrás do campo de maior radiação a maior parte 
do tempo possível durante o procedimento fluoroscópico. 
O Escudo Protetor de Chumbo Um escudo (placa) protetor de 
chumbo flexível. preso à frente do equipamento fluoroscópico, é 
muito importante e deve ser inspecionado regularmente, para 
garantir que não esteja danificado ou malposicionado. 
O Protetor da Abertura Bucky O técnico deverá garantir que o Bucky esteja na extremidade 
distal da mesa, que então prepara o protetor da abertura Bucky para cobrir o espaço de cerca 
de 2 polegadas (5 cm) embaixo das laterais da mesa. Essa proteção reduz bastante a 
dispersão de radiação da válvula de raios X localizada sob a mesa. 
A radiação poderá escapar através da abertura Bucky se o protetor de abertura 
não estiver acoplado ao sistema em funcionamento. 
Esse requisito da abertura Bucky na extremidade da mesa durante a fluoroscopia é importante 
não somente para proteção do profissional, mas é também necessário para manter o 
mecanismo Bucky na direção do tubo de fluoroscopia que se situa sob a mesa. 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
12 
Avental de Chumbo Aventais de proteção com 
o equivalente a 0,5 mm de chumbo devem 
sempre ser usados durante a fluoroscopia. 
Alguns radiologistas também usam lentes que 
equivalem ao chumbo e escudos tireoidianos de 
chumbo. 
Antes que o técnico ou radiologista 
dirija a mão para o feixe fluoroscópico, uma luva 
de chumbo deve sempre ser calçada e o feixe 
deve ser sempre atenuado pelo corpo do 
paciente em exame. O uso de um é a melhor 
alternativa para colocar as mãos, mesmo que 
com luvas, diretamente sobre o feixe primário 
do fluoroscópio quando se necessita comprimir 
partes abdominais do paciente durante o exame. 
 
 
PROTEÇÃO DO FUNCIONÁRIO E SUMÁRIO DE BENEFICIOS 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E 
COLETIVA (EPC) 
BENEFICIO 
Campo de fluoroscopia com chumbo Reduz bastante a exposição da equipe de 
fluoroscopia 
Avental de chumbo (0,5 mm Pb) Reduz a exposição do tronco 
Luvas de chumbo Reduz a exposição dos punhos e das mãos 
Escudo de Bucky Reduz a exposição da região gonadal 
Óculos de proteção com chumbo Reduz a exposição do cristalino 
Escudo tireoidiano Reduz a exposição da tireóide 
Compressor Reduz a exposiçãodo braço e da mão do 
profissional que faz a fluoroscopia 
 
 
FLUOROSCOPIA DIGITAL (FD) 
Com o uso crescente de computadores e 
de imagem digital, a utilização da fluoroscopia digital 
está se tornando mais comum. Uma unidade de 
fluoroscopia digital com braço C é mostrada na 
Figura. Nessa posição, a válvula de raios X se 
encontra na porção inferior do braço C, e o 
intensificador de imagem está na porção superior. 
Esse tipo de unidade digital é bastante flexível e pode 
girar em torno do paciente em qualquer posição para 
vários tipos de procedimentos especiais, incluído 
estudos angiográficos evasivos. 
Radiografia-fluoroscopia Digital (RjF) 
Um sistema de R/F é mostrado na 
Figura. Esse tipo de combinação radiografia-fluoroscopia é usado comumente para 
procedimentos do TGI. O sistema incorpora as vantagens da fluoroscopia digital com o raios-X 
de mesa convencional, tendo a válvula sob a mesa. O sistema também inclui uma válvula 
adicional que pode ser acoplada sobre o paciente, como na radiografia convencional. 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
13 
A fluoroscopia digital é similar ao 
sistema de fluoroscopia por televisão descrito na 
página anterior, com a adição do conversor digital e 
de um computador para manipulação e/ou 
armazenamento da imagem. Um conversor 
analógico-digital é incorporado na torre de 
fluoroscopia, captando a imagem que sai do 
intensificador. Daí a informação da imagem é 
transmitida ao computador para manipulação e/ou 
armazenamento. 
O disco rígido do computador 
armazena as imagens produzidas durante o estudo. 
Devido ao limitado espaço em disco, as imagens 
são mantidas gravadas por um período de tempo 
limitado antes de serem transferidas para disco ou 
magnético ou óptico para armazenamento em longo prazo. Uma estação de trabalho de 
computador fornece um teclado e também um mouse, ou outro dispositivo, para manipulação 
da imagem. 
As imagens podem ser exibidas em monitores de alta resolução na sala de exame, 
bem como em monitores em outros locais do centro radiográfico. O uso de fluoroscopia digital 
permite que estudos do TGI permaneçam em formato digital e possam ser mandados para 
vários lugares dentro do hospital e fora dele. A técnica levou ao uso crescente dos PACS - 
Patient Archiving and Communications Systems (Sistema de Arquivamento e Comunicação de 
Dados do Paciente), que é uma rede de imagens digitais em que é possível armazenar, 
recuperar, manipular e imprimir exames específicos em vários lugares. 
Os PACS conectam todas as modalidades de imagem digital, como ultra-som, 
medicina nuclear, ressonância magnética e radiografia computadorizada, em uma unidade 
digital que permite a radiologistas, médicos solicitantes e outros a visualização dessas 
imagens. O conceito de "sala de filmes" com negatoscópio está se tornando obsoleto com os 
PACS, já que, com a imagem digital, o manuseio e a armazenagem das radiografias não são 
mais necessários. 
 
VANTAGENS DA FLUOROSCOPIA DIGITAL SOBRE A FLUOROSCOPIA CONVENCIONAL 
Não Necessita de Porta-filmes As imagens radiológicas podem ser registradas durante a 
fluoroscopia similarmente aos spot filmes, sem precisar de porta-filmes. As imagens são 
capturadas sob a forma digital e exibidas em monitores de alta resolução, ou para 
armazenamento e manipulação, conforme a necessidade, sendo transformado em filme se 
desejado. Desse modo, essas imagens digitais substituem os filmes convencionais e a captura 
de imagens nos porta-filmes antes da passagem dessa imagem pelo intensificador. As imagens 
digitais também substituem as imagens em spot e os filmes dinâmicos obtidos durante um 
estudo do TGI. Isso economiza tempo e dose de radiação ao paciente. 
 
Imagens Opcionais Convencionais Pós-fluoroscopia O uso dessas imagens é determinado 
pelo radiologista ou pelos protocolos do departamento. Quase sempre são registradas imagens 
suficientes de todo o TGI em várias posições durante a fluoroscopia, fazendo com que imagens 
convencionais não sejam necessárias. Isso resulta em significativa economia de filme e de 
tempo durante os estudos do TGI alto e baixo. 
 
Formatação com Múltiplas Imagens em um 
Filme - Múltiplas imagens podem ser formatadas e 
transformadas em um único filme. O formato pode 
ser quatro em um (Fig. 14.50), seis em um, nove 
em um ou mesmo 12 em um. Uma cópia do filme 
pode ser obtida a qualquer hora, sempre que for 
necessário. Assim, se uma radiografia se perder 
ou estiver em lugar de difícil acesso, ou mesmo se 
se desejam duplicatas, as imagens originais 
podem ser novamente transformadas em filme. 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
14 
Geração de Imagens Dinâmicas - As imagens individuais podem ser registra das em rápida 
sucessão e, então, exibidas como imagens dinâmicas, uma após a outra. Isso é benéfico em 
certos estudos, como a esofagografia, na pesquisa de um possível refluxo esofágico ou de me-
canismos anormaisde deglutição. Isso acaba com a necessidade de câmeras de vídeo e 
registro de imagens. Uma vez o estudo estando completo, o técnico pode exibir as imagens 
registradas, demonstrando o fluxo dinâmico do bário através do esôfago ou estômago. O 
radiologista pode ainda interpretar o estudo através de um monitor localizado na sala de 
interpretação de exames. 
Manipulação e Melhoria das Imagens - As 
imagens por fluoroscopia digital podem ser 
trabalhadas e/ou manipuladas com o uso de filtros de 
equalização (Figs. 14.51 e 14.52). Essas melhorias 
incluem acentuação de bordas, controle geral de 
brilho e contraste, máscaras e subtração digital. 
Outras opções incluem a geração de uma imagem 
positiva ou negativa, controle de artefato de 
movimento e acentuação das bordas da imagem. 
Com o estudo gravado em disco rígido, o radiologista 
ou o técnico tem a capacidade de alterar vários 
padrões de imagem, conforme desejar. 
Exposição Reduzida do Paciente - A técnica 
fluoroscópica digital pode reduzir a exposição do 
paciente em 30 a 50%, comparada com a 
fluoroscopia convencional, graças à grande 
sensibilidade dos receptores de imagem, resultando 
num processo pulsado progressivo de aquisição de 
imagens.* Essa é uma consideração importante em 
aplicações pediátricas.O "mapeamento" é também 
possível com a fluoroscopia digital, meio pelo qual 
uma imagem fluoroscópica específica pode ser 
colocada num monitor em combinação com uma 
imagem contínua em um segundo monitor ou em 
diferentes partes do mesmo monitor. Essa 
característica é uma vantagem em certos 
procedimentos intervencionistas que requerem a 
colocação de cateteres e fios-guia. Esse tipo de 
mapeamento intermitente ou fixação de imagem 
também diminui a exposição do paciente, 
reduzindo a necessidade de exposição contínua 
ao raios-X durante o procedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESOFAGOGRAFIA 
Dois procedimentos radiológicos 
comum do sistema gastrointestinal alto que envolve 
a administração de contraste são a esofagografia 
ou deglutição de bário, como é denominada algumas 
vezes, é a seriografia Gl alta. Cada um destes 
procedimentos será descrito em detalhes, 
começando com a esofagografia. 
 
 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
15 
Definição 
A esofagografia ou deglutição de bário é o procedimento ou exame radiológico 
comum da faringe e do esôfago, que utiliza o contraste radiopaco. Ocasionalmente pode ser 
usado um contraste negativo ou radio transparente. 
 Objetivo 
O objetivo de uma esofagografia é estudar radiologicamente a forma a função doa aspectos da 
deglutição da faringe e do esôfago. 
Indicações 
Algumas indicações clínica para a esofagografia incluem: 
• Anomalias anatômicas 
• Comprometimento dos mecanismos de deglutição 
• Obstrução Por corpo estranho 
• Refluxo esofágico 
As anomalias anatômicas podem ser congênitas ou adquiridas emvirtude do estilo de vida ou 
de doença, como o câncer que envolve o esôfago. Os pacientes que sofrem acidente vascular 
cerebral freqüentemente desenvolvem comprometimento de deglutição. 
Os pacientes podem ingerir vários corpos estranhos que incluem um bolo de 
alimento, objetos metálicos e outros materiais. Sua localização e dimensões podem ser 
determinadas durante a esofagografia. Corpos estranhos radiotransparentes como ossos de 
peixe podem exigir o uso de outros materiais e técnicas para detectá-los. 
O refluxo esofágico é descrito como pirose por muitos pacientes. Conteúdo 
gástrico retornará através do óstio gástrico e irritará o revestimento do esôfago. 
As varizes esofágicas são a dilatação das veias na porção distal esôfago. Esta 
condição freqüentemente na hepatoparia aguda como a cirrose. Em casos avançados, as veias 
podem começar a sangrar. 
Contra-indicações 
Não há grandes contra-indicações paras as 
esofagografias, exceto possível sensibilidade ao 
contraste usado. O técnico ou tecnólogo em 
radiologia deve determinar se o paciente possui 
uma historia de sensibilidade ao sulfato de bário, ou 
ao contraste hidrossolúvel, se este for utilizado. 
Preparo do Paciente 
O exame radiológico de qualquer parte 
do canal alimentar exige que a porção do trato a ser 
estudado esteja vazio. Como o esôfago está vazio 
na maior parte do tempo, não há preparo do 
paciente para uma esofagografia, exceto se 
sucedida por uma seriografia GI alta. 
Quando associada a uma GI alta, ou 
se o interesse básico for a porção inferior do 
esôfago, o preparo para a GI alta tem precedência. 
Para uma esofagografia apenas, 
devem-se remover toda a roupa e objetos metálicos 
entre a boca e a cintura, e o paciente deve usar um 
roupão hospitalar. Antes da fluoroscopia, a 
anamnese pertinente deve ser feita e o exame deve ser cuidadosamente explicado ao 
paciente. 
 
Preparo da Sala 
A primeira parte da esofagografia envolve fluoroscopia com um contraste positivo. 
A sala de exame deve estar limpa e arrumada, e apropriadamente abastecida antes do inicio 
do exame. A quantidade e o tipo apropriados de contraste devem estar prontos. As 
esofagografias utilizam bário fino e espesso. Outros itens na detecção de corpo estranho 
radiotransparente são (1) bolas de algodão embebidas em bário fino, (2) comprimidos de bário 
ou cápsulas gelatinosas cheias com BaSO4 e (3) marshmallows seguidos por bário fino 
O painel de controle deve ser ajustado para fluoroscopia com os fatores técnicos 
apropriados selecionados. O temporizador de fluoroscopia dever ser ajustado para seu 
máximo, geralmente 5 minutos. O mecanismo do seriógrafo deve estar em ordem de trabalho 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
16 
apropriado e deve haver um suprimento de chassis acessível. Devem ser fornecidos o número 
e o tamanho apropriado de chassis convencionais. A câmera de filmagem deve estar carregada 
e na condição operacional. 
Como a esofagografia começa com a mesa em posição vertical, o suporte para os 
pés deve estar no lugar, e sua segurança deve ser testada. Devem ser fornecidos ao 
radiologista aventais e luvas de chumbo, bem como aventais de chumbo para o restante da 
equipe que permanecerá na sala. Devem ser observados métodos de proteção radiológica 
apropriado em todo o tempo durante a fluoroscopia. 
Na maioria das unidades de fluoroscopia, a bandeja Buckuy deve ser posicionada 
na extremidade da mesa. Colocar apropriadamente o pedal e fornecer um banco ao 
radiologista, exceto quando o exame é controlado a distancia. Lençóis, toalhas, bacia para 
vômito, colheres, canudos e uma lixeira devem estar facilmente acessíveis. 
 
Procedimento Geral 
Fluoroscopia: Com a sala preparada e o paciente pronto, este e o radiologista entram nela, e 
são discutidas a historia do paciente e o motivo do exame. O exame fluoroscópico geralmente 
começa com um estudo geral do tórax do paciente, que inclui coração, pulmões e diafragma, e 
do abdome. (figura abaixo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante a fluoroscopia, os deveres do tecnólogo em radiologia são, em geral, 
seguir as instruções do radiologista, auxiliar o paciente quando necessário e ajudar no 
procedimento de qualquer forma possível. Como o exame é iniciado em posição ortostástica, 
um copo de bário fino é colocado na mão esquerda do paciente próximo ao ombro esquerdo. O 
paciente é então instruído a seguir as instruções do radiologista sobre quanto e quando beber. 
O radiologista observará, com o fluoroscópio, o fluxo de bário. 
A deglutição de bário fino é observada com o paciente em várias posições frontais 
e obliquas. Podem ser utilizadas posições semelhantes, enquanto o paciente deglute o bário 
espesso. O uso de bário espesso permite melhor visualização dos padrões da mucosa e de 
qualquer lesão dentro do esôfago. Entretanto, o tipo de mistura de bário a ser usada será 
determinado pelo radiologista. 
Após os estudos em posição ortostática, podem seguir-se as posições horizontal e 
de Trendelenburg com bário espesso e fino. E mostrado um paciente em posição para a 
incidência OAD com um copo de bário fino (figura abaixo). A faringe e o esôfago cervical 
geralmente são estudados fluoroscopicamente com seriografias, enquanto a porção principal 
do esôfago até o estômago é estudada com fluoroscopia e com radiografias. As radiografias 
que utilizam o seriógrafo ou a câmera de filmagem são expostas para documentar quaisquer 
anormalidades ou áreas suspeitas. 
 
 
 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
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ESOFAGOGRAFIA 
Refluxo Esofágico 
O diagnostico de possível refluxo esofágico ou regurgitação de conteúdo gástrico 
pode ocorrer durante a esofagografia. Pode-se solicitar ao paciente que realize um dos 
seguintes procedimentos para detectar refluxo esofágico. 
1. Exercício respiratório 
2. O teste da água 
3. Técnica da pá de compressão 
4. O teste de tocar os dedos dos pés 
 
1. Exercícios Respiratórios 
Os vários exercícios respiratórios são 
todos designados para aumentar as pressões 
intratorácica e intra-abdominal. O exercício 
respiratório mais comum é a manobra de 
valsalva. O paciente é instruído a inspirar 
profundamente e, enquanto prende a respiração, a 
fazer força para baixo como se tentasse defecar. 
Esta manobra força o ar contra a dote fechada. 
Uma manobra de valsava modificada é realizada 
fazendo-se o paciente prender o nariz, fechar a 
boca e tentar assoar o nariz. As bochechas devem 
expandir-se para fora como se o paciente 
estivesse enchendo um balão. 
A manobra de Muller também pode ser 
realizada fazendo-se o paciente expirar e a seguir 
tentar inspirar contra uma glote fechada. 
 
2. Teste da Água 
O teste da água é realizado com o 
paciente em decúbito dorsal e voltado 
ligeiramente para cima sobre seu lado 
esquerdo. Esta ligeira posição OPE encherá o 
fundo com bário. O paciente é instruído a 
engolir um gole de água através de um canudo. 
Sob fluoroscopia, o teste da água positivo 
ocorre quando grandes quantidades de bário 
refluem do estômago para o esôfago. 
 
3. Técnica de Compressão 
Uma pá de compressão pode ser colocada sob o paciente em decúbito ventral e 
insuflada, quando necessário, para pressionar a região do estômago. O radiologista pode 
 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
18 
encobrir a junção esofagogástrica durante este processo a fim de detectar possível refluxo 
esofágico. 
 
4. Manobra de Tocar os Dedos dos Pés 
A manobra de tocar os 
dedos dos pés também é realizada para 
estudar a possível regurgitação do 
estômago ao esôfago. Sob fluoroscopia, 
o óstio cardíaco é observado quando o 
paciente curva-se e toca os dedos dos 
pés. O refluxo e ashérnias de hiato são 
demonstrados algumas vezes utilizando-
se esta manobra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESOFAGOGRAFIA 
Imagem Pós-fluoroscopia 
Após a fluoroscopia da esofagografia, são realizadas radiografias de todo o 
esôfago cheio de bário. O posicionamento geral é semelhante ao da radiografia de tórax, 
porém com centralização mais alta. Deve ser visualizada a área da porção inferior do pescoço 
até o diafragma, exigindo centralização ao nível de T5 ou T6 (2,5 cm abaixo do ângulo 
esternal). 
São administradas ao paciente um a três colheres cheias de bário espesso antes 
de cada exposição. A colher final é mantida em sua boca até imediatamente antes da 
exposição, que é feita após a deglutição do bolo. Geralmente não é necessário que o paciente 
interrompa a respiração, visto que esta é suspensa por aproximadamente dois segundos após 
a deglutição. 
O paciente deve ser examinado em decúbito ou em ortostatismo. O bário espesso 
não descerá tão rapidamente quando o paciente está deitado, e será obtido enchimento mais 
completo do esôfago. 
Três incidências são consideradas rotineiras para a esofagografia ou deglutição de 
bário. Estas incluem: (1) OAD, (2) lateral esquerda e (3) AP. 
Algumas vezes, são necessárias variações da lateral de rotina. Uma variação é a 
posição lateral para tecidos moles. Quando moles. Quando há suspeita de corpo estranho alto 
nos tratos respiratório ou digestivo, uma radiografia lateral para tecidos moles é 
freqüentemente a radiografia inicial. O posicionamento é semelhante a uma lateral ortostática 
da coluna cervical , embora os fatores técnicos sejam ajustados de forma que se utilizem 
aproximadamente 10 kVp a menos. Corpos estranhos radiopacos e alguns não-opacos podem 
ser demonstrados com esta posição (uma menor kVp é usada para proporcionar maior 
contraste e não haver penetração excessiva de objetos estranhos pequenos, menos 
radiopacos). 
 
ROTINA CARDÍACA 
A rotina cardíaca é um exame radiológico muito semelhante à esofagografia. A 
rotina cardíaca consiste em quatro incidências do esôfago, bem cheio com uma mistura de 
bário espessa. Estas são (1) uma PA, (2) uma lateral esquerda, (3) uma OAD 45° e (4) uma 
OAE 60°. O esôfago cheio indica o tamanho e a configuração do coração, como observado 
nestas quatro radiografias. 
Entretanto, a rotina cardíaca raramente é realizada atualmente devido à maior 
precisão de outras modalidades de imagem. Um exemplo é a ecocardiografia, o uso de energia 
da onda de ultra-som para estudar o coração. Este método é considerado ideal para estudar o 
tamanho do coração e de seus componentes. Medirá com precisão os ventrículos e o septo 
interventricular e demonstrará as valvas cardíacas. 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
19 
 
 
SERIOGRAFIA GI ALTA 
Além da esofagografia, o segundo e muito comum procedimento ou exame 
radiológico do sistema gastrointestinal alto que envolve contraste é a seriografia 
gastrointestinal alta (GIA). 
 
DEFINIÇÃO 
O exame radiológico do esôfago distal, estômago e duodeno é denominado 
seriografia GI alta (GIA). 
 
OBJETIVO 
O objetivo da seriografia GI alta é estudar radiologicamente a forma e a função do 
esôfago distal, estômago e duodeno, bem como detectar condições anatômicas e funcionais 
anormais. 
Indicações Clínicas 
Algumas indicações clínicas para a seriografia GI alta incluem: 
• Úlceras pépticas 
• Hérnia de hiato 
• Gastrite aguda ou crônica 
• Tumores benignos e carcinoma 
• Divertículos 
• Bezoar 
As úlceras pépticas, que incluem 
úlceras gástricas e duodenais, são erosões da 
mucosa gástrica ou duodenal, causadas por varias 
condições fisiológicas ou ambientais, tais como 
secreções gástricas excessivas, estresse, dieta e 
tabagismo. Alguns estudos mais recentes 
sugerem que as úlceras podem ser causadas por 
bactérias e, portanto, podem ser tratadas com 
antibióticos. Se não tratada, a úlcera pode levar a 
uma perfuração do estômago ou do duodeno. A 
úlcera da mucosa geralmente se encherá de 
sulfato de bário a seriografia GI alta. Uma 
pequena úlcera péptica é demonstrada na figura 
14.65. 
A hérnia de hiato é uma condição 
em que uma parte do estômago hérnia através da 
abertura diafragmática. Pode ser uma discreta 
herniação ou uma forma grave na qual a maior 
parte do estômago encontra-se dentro da 
cavidade torácica acima do diafragma. Uma hérnia 
de hiato moderada é mostrada na figura ao lado 
(figura 14.63). A gastrite é a inflamação da 
mucosa gástrica. Pode desenvolver-se em 
resposta e varias condições fisiológicas e 
ambientais. A gastrite aguda apresentará 
sintomas intensos de dor e desconforto. A gastrite 
crônica é uma condição intermitente que pode ser 
produzida por e rações na dieta, estresse ou 
outros fatores. 
Os tumores no estômago ou no 
duodeno podem ser carcinomas benignos. Um 
pólipo é uma pequena massa que cresce a partir 
da parede mucosa. Poderia ser maligno ou 
benigno. 
Os divertículos são enfraquecimento e saliência de uma porção da parede da 
mucosa. Embora benignos, podem causar perfuração, se não tratados. Uma seriografia GI alta 
 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
20 
com duplo contraste é melhor para diagnosticar quaisquer tumores ou divertículos. Um 
divertículo do dulbo duodenal em duplo contraste é mostrado na abaixo. 
 
 
 
 
 
O bezoar é uma massa não digerida que fica retida no estômago. Esta massa 
geralmente é constituída de pêlos, determinadas fibras vegetais ou farpas de madeira. O 
material acumula-se e pode formar uma obstrução com o decorrer do tempo. Embora uma 
condição rara, pode ser observado durante a seriografia GI alta. 
 
Contra-indicações 
As contra indicações à seriografia GI aplicam-se basicamente ao tipo de contraste 
usado. Se o paciente possui uma história de perfuração intestinal, laceração, ou de víscera, o 
uso de sulfato de bário pode ser contra-indicado. O contraste iodado hidrossolúvel oral pode 
ser usado no lugar do sulfato de bário. 
 
SERIOGRAFIA GI ALTA 
Preparo do Paciente 
O objetivo do preparo do paciente 
para uma seriografia GI alta é o paciente chegar 
ao departamento de radiologia com o estômago 
completamente vazio. Para um exame marcado 
pela manhã, ele deve ficar em dieta zero a partir 
da meia-noite até o horário do exame. Sólidos e 
líquidos ser suspensos durante, no mínimo, 8 
horas antes do exame. O paciente também é 
instruído a não fumar cigarros ou mascar 
chiclete durante o período de dieta zero. Estas 
atividades tendem a aumentar as secreções 
gástricas e a salivação, o que impede 
revestimento apropriado da mucosa gástrica 
pelo bário. 
 A seriografia GI alta 
freqüentemente é um processo demorado, de 
forma que o paciente, quando marcar o horário, 
deve ser advertido do tempo que o exame pode levar. Isso ocorre principalmente se a 
seriografia GIA for seguida do intestino delgado. A importância do estômago vazio também 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
21 
deve ser enfatizada quando é marcado o exame, de forma que o paciente chegue 
apropriadamente preparado física e psicologicamente. 
 
Precações na Gravidez 
Se o paciente é do sexo feminino, deve ser obtida a historia menstrual. A 
irradiação da gravidez inicial é uma das situações mais perigosas na radiologia diagnóstica. 
Os exames por raios X, como a seriografia GI alta, que incluem a pelve e o útero no feixe 
primário e que incluem fluoroscopia só devem ser realizados em mulheres grávidas quando 
absolutamente necessários. 
 Qualquer exame radiológico do abdome de uma mulher possivelmente grávida 
deve ser orientado pela “regra dos dez dias”, como descrito no capitulo de estudo radiológico 
do abdome, ou por uma política de registro eletiva na qual os benefícios devem superar o 
possível risco da radiação. Em geral, entretanto, asradiografias abdominais durante uma 
gravidez conhecida devem ser adiadas ao menos até o terceiro trimestre, ou se a condição da 
paciente permitir, o que deve ser determinado pelo médico, até após a gravidez. Isso é 
particularmente importante se a fluoroscopia, que aumenta a exposição do paciente, estiver 
envolvida. 
 
Preparo da Sala 
As responsabilidades do tecnólogo em radiologia antes da chegada do paciente 
incluem preparo da sala para fluoroscopia da sala para a seriografia GIA é muito semelhante 
ao da esofagografia. A mistura de sulfato de bário fino é o contraste habitual necessário para a 
seriografia GI alta. Ocasionalmente, pode ser usado bário espesso além de algum tipo de 
preparo formador de gás. Raramente, será usado contraste hidrossolúvel no lugar da mistura 
de sulfato de bário. 
A mesa de fluoroscopia é levantada até a posição vertical, embora em alguns 
pacientes muito enfermos o exame deva ser iniciado com a mesa horizontal. Portanto, o 
suporte para os pés deve estar colocado na extremidade da mesa. A sala deve estar limpa e 
arrumada, e o painel de controle deve ser ajustado para fluoroscopia. O mecanismo de 
seriografias e a câmera de filmagem devem estar adequadamente carregados e em condições 
de operação. Devem ser fornecidos todos os chassis para todo o exame. Devem ser opostos à 
disposição dos radiologistas aventais de chumbo, luvas de chumbo e pá compressora, bem 
como aventais de chumbo ao restante da equipe que permanecer na sala. Qualquer outro 
equipamento a ser utilizado durante o exame deve estar facilmente acessível. 
Antes da entrada do paciente e do radiologista, o procedimento do exame deve 
ser cuidadosamente explicado ao paciente, e sua anamnese deve ser feita. 
 
SERIOGRAFIA GI ALTA E/OU SERIOGRAFIA DO INTESTINO DELGADO 
Não comer, beber, fumar ou mascar chiclete após a meia-noite. Qualquer 
medicamento antiespasmódico deve ser preferencialmente interrompido no mínimo 24 horas 
antes do exame. O kit de preparo Fleete III pode ser comprado na maioria das farmácias. A 
Baptist Medical Center Pharmacy coloca este kit juntamente com as drogas Revco e Thrifty. 
Por favor, telefonar para sua farmácia se tiver quaisquer dúvidas. 
 
Procedimento de Rotina Geral 
Os deveres gerais durante 
fluoroscopia para a seriografia GI alta são 
semelhantes aqueles de uma esofagografia. 
O tecnólogo em radiologia deve seguir as 
instruções do radiologista, ajudar o paciente 
quando necessário e auxiliar no 
procedimento de qualquer forma possível. 
A rotina fluoroscópica seguida 
por radiologistas varia muito. A rotina geral 
de cada médico também pode variar, visto 
que cada paciente e cada exames são 
diferentes. A rotina de fluoroscopia 
geralmente é iniciada com o paciente na 
posição ortostática. Uma grande variedade 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
22 
de movimentos da mesa, movimentos do paciente e manobras especiais segui-se até a 
conclusão da fluoroscopia. 
 
Movimentos da Mesa 
Como são feitas muitas mudanças de posição durante o exame fluoroscópico, o 
tecnólogo em radiologia deve ajudar o paciente com o copo de bário, fornecer um travesseiro 
quando o paciente estiver deitado e manter o paciente adequadamente coberto durante todo o 
tempo. O copo de bário deve ser seguro pelo paciente na mão esquerda próximo ao ombro 
esquerdo sempre que estiver em posição ortostática. O copo deve ser retirado dele quando a 
mesa for inclinada para cima ou para baixo. 
Parte da responsabilidade do tecnólogo é observada as mãos e dedos do paciente 
durante os movimentos da mesa. Algumas vezes, o ato de segurar na borda da mesa pode 
resultar em pressão dos dedos. O radiologista está ocupado observado a tela de fluoroscopia 
no monitor durante estes movimentos e não vê as mãos do paciente . 
 
Movimento do Paciente 
São feitos vários movimentos 
do paciente combinados a movimentos da 
mesa durante a fluoroscopia. A posição 
oblíqua anterior direita, ilustrada na figura 
ao lado, permite que o bário migre para a 
porção pilórica ou porção distal do 
estômago, enquanto qualquer ar presente 
deslocar-se-á para o fundo. 
 
 
Rotinas Pós – fluoroscopia 
 
Após a fluoroscopia, são 
realizadas determinadas posições ou 
incidências de rotina para melhor 
documentar qualquer tentativa de 
diagnóstico concluído por fluoroscopia. 
Estas radiografias, como a OAD cujo 
posicionamento é mostrado na figura ao 
lado, devem ser realizadas imediatamente 
após a fluoroscopia, antes que grande 
parte do bário ingerido tenha passado para 
o jejuno (segunda parte do intestino 
delgado). 
 
 
 
SUMÁRIO DAS SUGESTOES DE POSICIONAMENTO PARA SERIOGRAFIA GI ALTA 
 
História Clínica 
A coleta da história clínica, ou sua recuperação a partir do prontuário, é importante 
para se determinar as indicações clínicas do exame e determinar a ocorrência de cirurgias 
antigas ou recentes envolvendo o TGI. A cirurgia ou a ressecção de segmentos gástricos e 
intestinais alteram suas posições originais. É importante estar atento ao monitor durante a 
fluoroscopia, podendo-se surpreender essas diferenças, " que pode afetar o posicionamento e 
a centralização na obtenção das imagens pós-fluoroscopla. 
A revisão do prontuário do paciente garante que o procedimento correto seja 
realizado, de acordo com a indicação clínica. Alergias específicas e outras alterações 
pertinentes também deverão ser avaliadas com base nos dados clínicos. 
Biotipo 
Deve-se considerar o biotipo do paciente. Deve-se lembrar que o estômago é 
elevado e transverso no paciente hiperestênico e rebaixado e vertical no paciente hipostênico. 
O paciente médio ou estênico apresenta o bulbo duodenal no nível de L2. Normalmente, L2 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
23 
está localizado 2,5 a 5 em acima do rebordo costal lateralmente. A centralização de pontos 
neste texto está designada pelas referências médias de pacientes estênicos. 
Fluoroscopia 
Durante a fluoroscopia, deve-se identificar o estômago no monitor fluoroscópico. 
Atentar para estruturas adjacentes para obter pistas quanto à localização do estômago e do 
duodeno. Por exemplo, se o corpo gástrico é adjacente à asa ilíaca, centralizar um pouco 
abaixo em relação à média ou ao paciente estênico. 
 
Alto Pico de Quilovoltagem (kVp) e Tempo de Exposição Curto 
Um kVp alto de 100 a 125 é necessário para uma boa penetração de raios, 
conseguindo-se um bom contraste das estruturas preenchidas pelo bário. Um tempo de 
exposição curto é necessário para evitar artefatos produzidos pelos movimentos peristálticos. 
Em estudos do TGI com duplo contraste, uma redução do kVp para uma faixa entre 80 e 90 é 
comum, garantindo imagens com maior contraste (dependendo da preferência de kVp de cada 
centro radiográfico). 
 
Modalidades e Procedimentos Alternativos 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) 
A TC é um excelente exame para evidenciar tumores do TGI, fígado, baço e 
pâncreas. Com o uso de contraste oral diluído, podem ser visualizados divertículos, hérnia e 
perfuração intestinal. 
A TC tornou-se o exame de escolha para revelar lesões traumáticas do TGI e de 
órgãos acessórios. 
 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) 
Varizes de esôfago, doenças vasculares e tumores do fígado são visualizados 
pela RM com o uso de uma seqüência de pulso com flipangle curto, sensível a fluxo. 
A hemocromatose, ou sobrecarga de ferro, que pode ocorrer em pacientes que se 
submetem a múltiplas transfusões sangüíneas ou que pode ser devida a uma condição 
genética, é bem visualizada com a RM. Essa condição leva a uma quantidade excessiva de 
ferro depositada no parênquima hepático. Ferro excessivo depositado no tecido produz um 
forte sinal nas imagens por RM. 
 
ULTRA-SONOGRAFIA 
A US intra-esofágica para a visualização de varizes e carcinoma esofágicos está 
se tornando umaalternativa à esofagografia. Passando um pequeno transdutor pelo interior do 
esôfago pode-se obter imagens detalhadas da mucosa interna do órgão. Pequenas varizes e 
pólipos do esôfago e estômago superior podem ser vistos. 
A ultra-sonografia com Doppler pode ser usada para detectar fluxo vascular em 
órgãos acessórios específicos do TGI. 
 
MEDICINA NUCLEAR 
O uso de radionuclídeos específicos demonstra cirrose hepática, tumores 
esplênicos, sangramento gastrointestinal e estuda esvaziamento gástrico. Esses estudos de 
esvaziamento gástrico são realizados para se determinar a taxa de drenagem alimentar do 
estômago. 
O refluxo esofágico também pode ser diagnosticado pela adição de um 
radionuclídeo a uma bebida, como o leite. Com uma cinta de compressão colocada sobre o 
abdome superior, a câmera de medicina nuclear pode avaliar o retorno do conteúdo gástrico 
através da junção esofagogástrica. 
 
POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO 
Dados e Informações de Pesquisas 
Um levantamento sobre procedimentos radiográficos de rotina realizados em 
centros dos Estados Unidos e do Canadá foi realizado no ano de 1999. A informação do 
quadro à direita foi compilada a partir do levantamento, indicando uma rotina para as 
incidências básicas para as esofagografia e SEED. Os resultados do levantamento foram muito 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
24 
consistentes em todas as regiões dos Estados Unidos, mas diferiram significativamente entre 
Estados Unidos e Canadá. A diferença mais óbvia foi a exclusão do estudo pós-fluoroscopia 
com imagem convencional quando a fluoroscopia digital foi usada nos Estados Unidos (40%) 
em . comparação com o Canadá (72%). 
A técnica do duplo contraste durante a SEED é um procedimento comum, como 
indicam os números do levantamento realizado nos EUA em 1989 (62%). Essa pergunta não 
foi incluída nos levantamentos de 1995 e 1999, mas presume-se que os números sejam 
similares, ou mesmo maiores. Geralmente, a rotina de posicionamento na técnica com duplo 
contraste é similar àquela da SEED, com a única diferença sendo o menor kVp durante a 
exposição, como já descrito. 
 
Incidências Pós-fluoroscópicas Básicas e Especiais 
Certas posições ou incidências básicas e especiais do esôfago, estômago e 
duodeno são descritas e demonstradas nas páginas a seguir. 
As três incidências pós-fluoroscópicas básicas para a esofagografia estão 
descritas na seção sobre posicionamento deste capítulo, juntamente com uma posição oblíqua 
especial. 
As cinco incidências para a SEED são listadas em ordem de utilidade clínica, 
quando incidências pós-fluoroscópicas são requeridas. Como indica o levantamento descrito 
acima, com o uso crescente da fluoroscopia digital, essas incidências convencionais pós-
fluoroscopia não são tão comuns como no passado, porém os radiologistas devem ser capazes 
de realizá-las quando solicitado, ou quando julgarem necessário. 
 
 
POSIÇÃO OAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proteção Colocar escudo de chumbo sobre a região pélvica do paciente para proteger as 
gônadas. 
Posição do Paciente Posicionar o paciente em pé ou deitado. A posição deitada é preferida, 
pois permite um enchimento mais completo do esôfago (devido ao fator gravidade na posição 
ortostática). 
Posição da Parte 
Rodar 35° a 40° a partir da posição deitada, com a porção anterior direita do corpo apoiada 
sobre a mesa ou sobre o filme. 
Deixar o braço direito ao lado do corpo e flexionar o braço esquerdo no cotovelo, com a mão 
próxima à boca, segurando o copo com bário e o canudo à boca. Fletir o joelho esquerdo para 
apoiar o corpo. Alinhar a linha média do tórax na posição oblíqua em relação à linha da mesa 
e/ou do filme. Posicionar a parte superior do filme a cerca de 5 cm acima dos ombros, para 
coincidir o RC com o centro do filme. 
Raio Central 
RC perpendicular ao centro do filme 
RC no centro do chassis, ao nível de 15 ou 16 (2 a 3 polegadas ou 5 a 7,5 cm abaixo da 
incisura jugular) 
DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm) ou 72 polegadas (180 cm) se o paciente estiver em 
pé 
Colimação Colimar as bordas laterais para criar uma colimação bilateral de cerca de 5 ou 6 
polegadas (12 a 15 cm) de largura. Colimar as bordas laterais nas bordas do filme, com a 
esquerda ou a direita colocada dentro do campo de colimação. 
Respiração Prender a respiração e expor durante a expiração (veja Observações). 
Observações - Bário denso: Duas ou três colheres de sopa cheias de bário denso devem ser 
ingeri das, e a exposição é feita imediatamente após o último bário ser engolido. (O paciente 
geralmente não respira imediatamente após a deglutição.) 
Bário ralo: Para o completo enchimento do esôfago com o bário ralo, o paciente terá que 
beber pelo canudo, com deglutição contínua, e a exposição é feita após três ou quatro 
deglutições, sem parada da respiração (usando o menor tempo de exposição possível). 
Critérios Radiográficos 
Estruturas Mostradas: O esôfago deve ser visível entre a coluna vertebral e o coração. (A 
posição OAD fornece maior visibilidade anatômica entre as vértebras e o coração que a 
posição OAE.) 
Posição: A adequada rotação do corpo projeta o esôfago entre a coluna vertebral e o coração. 
Se o esôfago está situado sobre a coluna vertebral, maior rotação é necessária. O esôfago é 
inteiramente preenchido por contraste. Os membros superiores não devem se superpor ao 
esôfago. 
Colimação e RC: As margens de colimação são vistas lateralmente na radiografia. O RC 
atinge o nível de T5 ou T6 para incluir todo o esôfago. Critérios de Exposição: A técnica 
apropriada deve ser usada para visualizar claramente as bordas do esôfago preenchido pelo 
contraste; margens nítidas indicam ausência de movimento. 
 
Patologia Demonstrada 
Estreitamentos, corpos estranhos, anomalias 
anatômicas e neoplasias do esôfago. 
Esofagografia 
básica 
OAD (35° a 40") 
Lateral 
AP (PA) 
Fatores Técnicos 
Tamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17 
polegadas), em sentido longitudinal 
Grade móvel ou estacionária 
Faixa de 100 - 110 kVp 
Técnica e dose' em kVp mAs Cur. LM 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
26 
 
POSIÇÃO LATERAL: ESOFAGOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proteção Posicionar escudo de chumbo sobre a área gonadal. 
Posição do Paciente Posicionar o paciente deitado ou em pé (preferencialmente deitado). 
Posição da Parte 
Colocar os braços do paciente acima da cabeça, com os cotovelos fletidos e superpostos. 
Alinhar o plano médio-coronal à linha média do filme e/ou da mesa. 
Colocar ombros e quadril em posição lateral verdadeira. 
Posicionar a parte superior do filme cerca de 2 polegadas (5 cm) acima do nível dos ombros, 
para coincidir o RC com o centro do filme. 
Raio Central 
RC perpendicular ao centro do filme 
RC no nível de T5 - T6 (2 a 3 polegadas ou 5 a 7,5 cm abaixo da incisura jugular) 
DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm) ou 72 polegadas (180 cm) se o paciente estiver em 
pé 
Colimação Colimar nas bordas laterais para criar uma colimação bilateral de cerca de 5 ou 6 
polegadas (12 a 15 cm) de largura. 
Respiração Prender a respiração e expor à expiração. 
Observação: Veja página anterior para instruções quanto à deglutição do bário. 
 
 
 
Patologia Demonstrada 
POSIÇÃO LATERAL: ESOFAGOGRAFIA 
Estreitamentos, corpos estranhos, anomalias 
anatômicas e neoplasias do esôfago. 
 
Esofagografia 
BÁSICA 
OAD (35' a 40') 
Lateral 
AP (PA)Fatores Técnicos 
Tamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 
17polegadas), em sentido longitudinal 
Grade móvel ou estacionária 
Faixa de 100 - 1 10 kVp 
Técnica e dose' em kVp mAs Cur. LM. 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
27 
Posição opcional lateral do nadador (Fig. 14.75, acima) permite melhor visualização do esôfago 
superior sem a superposição dos braços e ombros. 
Posicionar ombros e quadris na posição lateral verdadeira e separar 05 ombros da região 
esofágica, colocando o ombro superior para trás e para baixo, com o braço por trás do corpo. 
Posicionar o ombro e o braço inferiores à frente do corpo, com a mão próxima à boca, 
segurando o copo de bário. 
 
Critérios Radiográficos 
Estruturas Mostradas: O esôfago inteiro é visto entre a coluna torácica e o coração. 
Posição: Uma posição lateral perfeita é indicada pela superposição direta das costelas 
posteriores. Os braços do paciente não devem se superpor ao esôfago. 
O esôfago deve ser preenchido por contraste. 
Colimação e RC: As margens de colimação são vistas lateralmente na radiografia. 
O RC atinge o nível de T5 ou T6 para incluir todo o esôfago. 
Critérios de Exposição: A técnica apropriada é usada para "Visualizar claramente as bordas 
do esôfago preenchido pelo contraste; margens nítidas indicam ausência de movimento. 
 
INCIDÊNCIA AP (PA): ESOFAGOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proteção Colocar um escudo de chumbo sobre a região pélvica do paciente, a fim de proteger 
as gônadas. 
 
 
 
Patologia Demonstrada 
Estreitamentos, corpos estranhos, anomalias anatômicas 
e neoplasias do esôfago são demonstradas nessa 
incidência. Essa incidência pode não ser tão 
esclarecedora, do ponto de vista diagnóstico, quanto as 
incidências OAD e lateral. 
Esofagografia 
básica 
OAD (35° a 40°) 
Lateral 
AP (PA) 
Fatores Técnicos 
Tamanho do filme - 35 x 43 cm (14 X 17 polegadas), em 
sentido longitudinal 
Grade móvel ou estacionária 
Faixa de 100 - 110 kVp 
Técnica e dose: 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
28 
Posição do Paciente: Posicionar o paciente em pé ou deitado (preferencialmente deitado). 
Posição da Parte 
Alinhar o plano mediossagital à linha média do filme e/ou da mesa. 
Garantir que os ombros e os quadris não estejam rodados. 
Posicionar o braço direito superiormente, a fim de segurar o copo de bário. 
Posicionar a parte superior do filme cerca de 2 polegadas (5 cm) acima do ombro, para 
coincidir o RC com o centro do filme. 
Raio Central 
RC perpendicular ao centro do filme 
RC no plano mediossagital, 1 polegada (2,5 cm) abaixo do ângulo esternal (T5-T6), ou 
aproximadamente 3 polegadas (7,5 cm) abaixo da incisura jugular . 
DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm) ou 72 polegadas (180 cm) se o paciente estiver em 
pé 
Colimação Utilizar colimação estreita, resultando num campo de colimação de cerca de 5 ou 6 
polegadas (12 a 15 cm) de largura. Colimar as bordas em relação às bordas do filme. 
Respiração Parar a respiração e expor durante a expiração. 
Alternativa em PA: Essa imagem também pode ser conseguida como uma incidência em PA, 
com posicionamento, centralização e localização do RC similares. 
Observações: Duas ou três colheradas de bário denso devem ser ingeridas, e a exposição é 
feita imediatamente após o último bário ser deglutido. (O paciente geralmente não respira 
imediatamente após a deglutição.) Para o enchimento completo do esôfago com bário ralo, o 
paciente terá que beber pelo canudo, com deglutição contínua, e a exposição é feita após três 
ou quatro deglutições, sem parada da respiração. 
 
Critérios Radiográficos 
Estruturas Mostradas: O esôfago inteiro está preenchido pelo bário. 
Posição: Não deve haver rotação do corpo do paciente, o que é evidenciado pela simetria das 
articulações esterno claviculares. 
Colimação e RC: As margens de colimação são vistas lateralmente na radiografia. 
 O RC está centralizado no nível de T5 ou T6 para incluir todo o esôfago. 
Critérios de Exposição: Técnica apropriada deve ser usada para se visualizar o esôfago 
através da coluna torácica superposta; margens nítidas indicam ausência de movimento. 
 
POSIÇÃO OEA: ESOFAGOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
29 
 
 
 
Proteção Colocar um escudo de chumbo sobre a área gonadal. 
Posição do Paciente Posicionar o paciente deitado ou em pé (preferencialmente deitado). 
Posição da Parte 
Rodar 35° a 40° a partir da posição deitada, com a porção anterioresquerda do corpo apoiada 
sobre a mesa, ou sobre o filme. Deixar o braço esquerdo ao lado do corpo e flexionar o direito 
no cotovelo, com a mão próxima à boca, segurando o copo com bário e o canudo à boca. 
Flexionar o joelho direito para apoiar o corpo. Posicionar a parte superior do filme com cerca 
de 2 polegadas (5 cm) acima dos ombros, para coincidir o RC com o centro do filme. 
Raio Central 
RC perpendicular ao centro do filme. 
RC no centro do chassis, ao nível de T5 ou T6 (2 a 3 polegadas ou 5 a 7,5 cm abaixo da 
incisura jugular) 
DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm) ou 72 polegadas (180 cm) se o paciente estiver em 
pé 
Colimação Colimar as bordas laterais para criar uma colimação bilateral de cerca de 5 ou 6 
polegadas (12 a 15 cm) de largura. Colimar as bordas laterais em relação às bordas do filme. 
Respiração Parar a respiração e expor durante a expiração. 
Observações: Bário denso: Duas ou três colheres de sopa cheias de bário denso devem ser 
ingeri das, e a exposição é feita imediatamente após o último bário ser deglutido. (O paciente 
geralmente não respira imediatamente após a deglutição.) 
Bário ralo: Para o completo enchimento do esôfago com bário ralo, o paciente terá que beber 
pelo canudo, com deglutição contínua, e a exposição é feita após três ou quatro deglutições, 
sem parada da respiração (usando o menor tempo de exposição possível). 
 
Critérios Radiográficos 
Estruturas Mostradas: O esôfago é visto entre a região hilardos pulmões e a coluna torácica. 
O esôfago inteiro é preenchido pelo contraste. 
Posição: Os braços do paciente não devem se superpor ao esôfago. 
Colimação e RC: As margens de colimação são vistas lateralmente na radiografia. O RC está 
centralizado no nível de T5 ou T6, para incluir todo o esôfago. 
Critérios de Exposição: Técnica apropriada deve ser usada para se visualizarem as bordas 
do esôfago preenchido pelo contraste através da sombra cardíaca. Margens nítidas indicam 
ausência de movimento. 
 
 
 
Patologia Demonstrada 
Estreitamentos, corpos estranhos, anomalias 
anatômicas e neoplasias do esôfago 
Esofagografia 
ESPECIAL 
OAE 
Fatores Técnicos 
Tamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17 
polegadas), em sentido longitudinal 
Grade móvel ou estacionária 
Faixa de 100 - 11O kVp 
Técnica e dose: 
 
 
Técnicas Radiológicas II 
 
30 
 
POSIÇÃO OAD: OED: SERIOGRAFIA ESOFAGO – ESTÔMAGO – DUODENO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proteção Colocar escudo de chumbo sobre a região pélvica do paciente para proteger as 
gônadas sem cobrir as regiões anatômicas em estudo. 
Posição do Paciente Posicionar o paciente deitado, com o corpo parcialmente rodado na 
posição OAD; fornecer um travesseiro para a cabeça. 
Posição da Parte 
Rodar 40° a 70° a partir da posição deitada, com a porção anterior direita do corpo apoiada 
sobre a mesa ou sobre o filme (uma rotação maior às vezes é necessária para pacientes 
pesados do tipo hiperestênico; uma rotação menor

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